Del Nero amansa clubes, e ideia de liga esfria após reunião

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 9 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA R$ 1,8 bi Silvio Berlusconi embolsou ao vender 48% das ações do Milan para um empresário tailandês EDIÇÃO 270 Del Nero amansa clubes, e ideia de liga esfria após reunião POR ERICH BETING PRESIDENTE EDUARDO BANDEIRA DE MELLO, DO FLAMENGO, FALA AO MICROFONE DURANTE REUNIÃO NA SEDE DA CBF, NO RIO O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, venceu o primeiro round da batalha que se aproxima nos bastidores do futebol nacional. Em encontro com os clubes na tarde de segunda-feira, na sede da entidade, no Rio de Janeiro, Del Nero esvaziou a ideia de criação de uma liga de clubes e conseguiu um importante movimento para lhe garantir relativa paz política nos próximos dias. Num encontro com representantes dos 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro, Del Nero obteve apoio para modificar o estatuto da CBF exatamente num ponto que agrada aos clubes. O cargo de presidente será limitado a no máximo dois mandatos de quatro anos cada um, tal qual ocorre nos cargos públicos. Além disso, o dirigente viu os apelos para a criação de uma liga de clubes praticamente minguarem durante o encontro. O tema, que vem sendo debatido entre os dirigentes, foi sufocado na reunião e voltou a ser timidamente a aprovação da MP. A CBF vai tentar brecar a medida, vista como discutido em encontro posterior, num hotel no Rio de Janeiro, que muito dura para os clubes. contou com a participação de representantes do movimento Bom de se aproximar de Brasília, Del Nesta terça-feira, já em tentativa Senso FC, que reúne jogadores. Nero irá à Câmara dos Deputados participar de uma audiência O único consenso que houve na reunião foi o de que a CBF pública para debater a corrupção seguirá a defender os clubes para no futebol. Além disso, deverá já tentar brecar a aprovação da MP defender o veto para a MP , que regulamenta o refinanciamento da dívida com o gover- criação de uma comissão perma- Outro mimo aos clubes foi a no. Após o escândalo que levou o nente, que poderá propor alterações técnicas em competições ex-presidente José Maria Marin à prisão, o governo havia acelerado sem a CBF ter poder de veto. 1

2 Perdemos 1ª chance de cobrar mais transparência no futebol DA REDAÇÃO POR PRISCILA BERTOZZI repórter da Máquina do Esporte O primeiro amistoso da seleção no Brasil pós-copa do Mundo, 7 a 1 e escândalo de corrupção mundial envolvendo até mesmo o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin tinha ingredientes suficientes para transformar o Allianz Parque em um caldeirão. Tinha. Não teve. Quem esperava protestos ou indignação dos torcedores viu uma torcida desacostumada a estádios, selecionada pelo preço salgado dos ingressos entre R$ 180 e R$ 600. Um público totalmente alheio à engrenagem que mantém o cotidiano do principal esporte do país. A crise? Virou piada, coadjuvante em um dia que poderia ter sido histórico com uma cobrança incisiva por transparência, ética e mudanças. As vaias e os aplausos ficaram restritos à esfera esportiva. Elias, o intruso corintiano na arena palmeirense, que o diga. A rivalidade paulista falou mais alto que o bom futebol apresentado pelo jogador. Se a urna é a nossa chance de mudança política e democracia, o estádio é onde ressoa a voz do torcedor. E perdemos a chance de fazer eco justamente na praça mais arisca aos desmandos da CBF e da seleção. Resignação é o sentimento que menos precisávamos em um momento em que o futebol, tão retrógrado nos bastidores, tenta a fórceps avançar. Que os gaúchos de Porto Alegre, anfitriões da seleção no jogo contra Honduras, façam mais e melhor pelo esporte. Não é hora para fazer piada. O futebol está sem graça. Turner lança marca de EI Max para receber partidas da Liga dos Campeões POR REDAÇÃO Como estratégia para a transmissão da próxima temporada da Liga dos Campeões, a Turner lança, a partir de agosto o EI Max. O canal de TV por assinatura fará parte do portfólio dos canais Esporte Interativo. Além da Liga dos Campeões, o EI Max irá transmitir também a Copa do Nordeste, a Copa Verde, o Campeonato Brasileiro da Série C, eventos de MMA e boxe, talk shows e um programa apresentado por Zico. Segundo o canal, haverá equipes de reportagem em todas as regiões do país e em nove cidades da Europa, garantindo transmissões direto dos estádios. O canal também irá abrir espaço para a participação de ex-jogadores que já atuaram na Liga dos Campeões da Uefa. Vamos fazer a maior cobertura da história da Liga dos Campeões no Brasil com a transmissão de todos os jogos com narração e comentários em português, fato inédito no Brasil, afirmou Edgar Diniz, vice-presidente sênior de Conteúdo Esportivo da Turner América Latina. A transmissão da principal competição de clubes da Europa impõe um grande desafio ao canal, já que irá substituir a ESPN, que por 26 anos deteve os direitos de transmissão do torneio na TV fechada brasileira. Estamos preparados e faremos tudo com muita emoção, participação e engajamento do público, marcas registradas do EI. Vamos fazer o torcedor de casa se sentir dentro do estádio. 2

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4 99Taxis reforça tendência de mecenas no futebol brasileiro POR DUDA LOPES A 99Taxis tem formado um time de clubes no Brasil. Já são cinco equipes da Série A nacional que contam com o logotipo do aplicativo que busca táxis. Focada em exposição de marca, a empresa segue um caminho pouco usual no restante do mundo, mas que tem virado uma regra no Brasil. Hoje, uma empresa que patrocine apenas um clube é fato raro no futebol brasileiro. Poucas marcas em várias equipes é uma regra cada vez mais comum. Na série A, somente três empresas mantêm 21 contratos entre as equipes. O movimento não chega a ser novidade. Coca-Cola, nos anos 1980, e, com menos intensidade, Fiat e BMG, nos anos 2000, são exemplos da prática nas últimas décadas. Mas poucas vezes esse fenômeno reuniu tantas marcas num mesmo período. Quem começou o movimento atual foi a TIM, que fechou com o Corinthians em Depois, com estratégia focada na exposição no número do uniforme, uma série de equipes recebeu esse aporte. Hoje, oito times da Série A mantêm a marca na camisa. Recentemente, o plano da operadora passou a contar com mais ativações. À Máquina do Esporte, a executiva de marketing da TIM Lívia Marquez explicou os aportes, que se aproximam de 100 milhões de fãs. Entramos no futebol não somente com o foco em exposição da marca, mas para aproximar ainda mais os torcedores dos seus clubes antes, durante e após os jogos. Por isso, não faria sentido fechar uma única parceria, elegendo apenas uma torcida. Depois, a Caixa se espalhou com investimentos de R$ 100 milhões para fechar com uma série de clubes. São oito equipes na Série A, tendo a exposição de marca como trunfo para a estatal. 4

5 Em fim de semana esportivo, só futebol triunfa na audiência POR DUDA LOPES Entre sexta-feira e domingo, o telespectador teve várias opções de eventos esportivos exibidos na TV aberta. Mas, na audiência, foi justificado o lema de país do futebol. Liga dos Campeões e seleção brasileira tiveram bom desempenho. Já os outros esportes patinaram no interesse. Na sexta-feira, a Globo exibiu a Liga Mundial de Vôlei. A emissora ficou com apenas nove pontos de média em São Paulo, algo raro para o canal. No Rio de Janeiro, o desempenho foi um pouco melhor, com 12 pontos de média. No sábado à tarde, o Ibope da Globo voltou a subir com a final da Liga dos Campeões da Uefa. Em São Paulo, o Ibope ficou em 17 pontos. No Rio de Janeiro, o índice foi de 20 pontos. A Band, que também transmite a partida, chegou a ter pico de oito pontos na capital paulista na decisão. Depois, em rodada pouco comum para o torcedor brasileiro, com jogo de futebol às 22h de um sábado, o Brasileirão teve seu pior desempenho no Ibope. Somadas, Globo e Band tiveram 18 pontos com Joinville x Corinthians, sendo 15 no canal carioca. No Rio, a situação foi parecida, com 18 pontos para Atlético-MG x Vasco, sendo 17 da Globo. A partida igualou a pior audiência do torneio na cidade, com a mesma audiência de Atlético-MG x Fluminense, domingo à tarde. O futebol voltou a ter alta na Globo com o amistoso entre Brasil e México. Foram 23 pontos de média em São Paulo, mais do que qualquer partida do Brasileirão no domingo. Apenas Grêmio e Corinthians tiveram resultado melhor, mas numa quarta-feira. No Rio, o mesmo fato foi visto, com 22 pontos de média. Por fim, a Fórmula 1 não conseguiu boa audiêmcia mesmo em horário mais nobre. O GP do Canadá às 15h de domingo teve só 10 pontos no Rio e São Paulo. Na TV aberta, o futebol segue a ser campeão de audiência... O esporte na TV aberta Vôlei Fórmula 1 Tênis Futebol DOIS JOGOS DO BRASIL NA O GP DO CANADÁ NÃO A FINAL MASCULINA DE ATÉ NORUEGA X TAILÂNDIA LIGA MUNDIAL. NA SEXTA, EMPOLGOU NO IBOPE: ROLAND GARROS FOI FOI MELHOR QUE O TÊNIS. ÀS 14H45, FORAM 9 PONTOS MARCOU 10 PONTOS, EXIBIDA AO VIVO PELA O JOGO DA COPA DO EM SP E 12 NO RIO. NO MESMO DESEMPENHO DO BAND; A VITÓRIA DE STAN MUNDO FEMININA DEU 1,4 DOMINGO, 10 PONTOS. GP NO ANO PASSADO WAWRINKA DEU 0,6 PONTO PONTO NO DOMINGO 5