30mi. Verba pública banca 75% do patrocínio no Brasileirão POR ADALBERTO LEISTER FILHO E ERICH BETING

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1 OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 30mi é o quanto recebe o Corinthians da Caixa, o maior patrocínio máster do futebol brasileiro; só oito clubes ganham mais de R$ 10mi ao ano EDIÇÃO 608 QUARTA-FEIRA, 5 DE OUTUBRO DE 2016 Verba pública banca 75% do patrocínio no Brasileirão POR ADALBERTO LEISTER FILHO E ERICH BETING Visto antes como único esporte a não depender de verba estatal para existir, o futebol mostra agora que a história é muito diferente. Com os acertos firmados pela Caixa Econômica Federal nas últimas semanas com Botafogo, Fluminense e Santos, aumentou ainda mais a dependência do futebol brasileiro do dinheiro público para sobreviver. Apenas a dois meses do fim do campeonato, a Série A do Brasileirão terá todos os times com uma marca no patrocínio máster em seu uniforme. Mas, mais do que isso, uma projeção anual com os valores dos patrocínios dos clubes mostra que 75% da receita dos times depende de dinheiro público. Levantamento feito pela Máquina do Esporte com as projeções de receita de clubes que estão ainda assinando Grêmio e Inter são dois dos 15 clubes que contam com verba pública na Série A do Brasileiro em 2016; novo governo fez a Caixa ir atrás de mais clubes patrocinados e deu mais força ao dinheiro estatal no futebol, que pode ser ainda maior no ano que vem 1

2 com a Caixa e outros que fecharam acordo no meio da competição, como o São Paulo, mostra que os 20 clubes da Série A teriam a receber R$ 215 milhões do patrocínio máster. Desse total, R$ 165 mi são pagos por Caixa e Banrisul, empresas públicas. PSG TERÁ TIME DE E-SPORTS O PSG é o novo clube grande da Europa interessado na montagem de uma equipe de esportes eletrônicos. A modalidade conta com 256 milhões de fãs e crescimento anual de 10% no mundo. O clube tem a intenção de reforçar seus laços com esses milhões de fãs, atrair novos seguidores e aumentar a influência de nossa marca em todo o mundo, divulgou o clube francês, em comunicado oficial. MERCEDES É MAIS UMA NA F-E A dependência do dinheiro estatal tornou-se maior nos últimos quatro anos. Com valores inflacionados na camisa e o começo da crise econômica, os clubes tinham dificuldades em achar empresas dispostas a pagar milhões pelo espaço máster. O acerto do Corinthians no fim de 2012 com a Caixa iniciou um período de injeção de dinheiro público no esporte mais popular do país. No início da semana, ao comunicar acerto com o Santos (que só será pago no ano que vem), a Caixa revelou que o gasto com o patrocínio de clubes foi elevado para R$ 128,5 milhões. O número, porém, deve saltar consideravelmente em 2017, já que desde o início do governo Temer a estatal aumentou gastos com patrocínio no futebol, mudando tendência da gestão anterior. Oito times fecharam com a Caixa nos últimos três meses, num aporte total de R$ 7,5 milhões. Para o ano que vem, porém, o gasto com esses clubes deve chegar a um total de R$ 50 milhões. Se esse cenário se concretizar, a Caixa poderá injetar quase R$ 180 milhões só com o patrocínio a clubes de futebol. Enquanto isso, no setor privado, os investimentos tendem a cair. Hoje, Palmeiras e São Paulo puxam a fila de patrocínios. Dos R$ 50 milhões pagos ao ano por empresas privadas na Série A, os dois clubes respondem por um total de R$ 37 milhões. Mas o contrato do Palmeiras com a Crefisa (avaliado em R$ 25 milhões pelo patrocínio máster) se encerra no final desta temporada. Após Jaguar e Audi, a Mercedes assinou acordo com a Fórmula E e terá a opção de entrar na competição de carros elétricos a partir de , quinta temporada da F-E. Com isso, a Mercedes poderá ficar com uma das nove vagas da próxima temporada. O acordo está sujeito à aprovação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo). A entrada de grandes montadoras é o maior desejo hoje da categoria. ADVENTURE TEM CARRO DA GM A Adventure Sports Fair, feira de esportes de aventura, será usada para o lançamento do novo modelo da picape S10 da Chevrolet. A GM vai usar o encontro voltado aos amantes de esportes de aventura para mostrar os detalhes do carro da marca. A feira acontece entre os dias 12 e 16 de outubro e terá, além da GM, outras montadoras como expositoras. Outro nicho de mercado explorado é o de destinos turísticos de aventura. 2

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4 OPINIÃO Dependência de estatal é maior entrave para o futebol no país A dependência da verba pública para financiar o futebol brasileiro é um dos maiores entraves para que a indústria do esporte se desenvolva no país. É perfeitamente compreensível, do ponto de vista comercial, o aporte que a Caixa faz ao futebol. Mas é inútil para a estatal pulverizar o investimento em vários clubes, sendo alguns deles de baixa exposição em TV aberta. O patrocínio que a Caixa faz nos clubes tem muito mais a característica de ser uma ação de mídia do que uma ação de marketing esportivo. Em vez de buscar se relacionar com os clubes e seus torcedores, a Caixa faz o cálculo de exposição de marca para determinar o valor a ser injetado nos clubes. Isso criou um parâmetro ruim para o desenvolvimento do mercado de patrocínio esportivo no Brasil. A exposição - e só ela - é considerada quando um clube vai buscar um patrocinador. Quando 75% do dinheiro que banca o patrocínio máster no futebol vem da esfera pública, que historicamente não investe em ações de ativação de marca, entramos num ciclo vicioso de POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte considerar que patrocínio se restringe a ter a marca exposta numa camisa. Levando em consideração que a TV aberta dá maior exposição a dois clubes, é desperdiçar dinheiro patrocinar algum outro time além desses dois. No final das contas, a Caixa virou o paitrocínio do futebol. Justo ele, que se gabava de ser alheio a essa dependência do dinheiro público por ser o único esporte a seduzir a iniciativa privada. O mercado anseia por mudança. Nuzman é reeleito e irá completar 25 anos na presidência do COB POR REDAÇÃO Carlos Arthur Nuzman foi eleito ontem para seu sexto mandato à frente do COB (Comitê Olímpico do Brasil). O dirigente, que terá como vice Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), assume a partir do dia 1º de janeiro. Se completar esse novo período, ficará 25 anos no poder. Dos 34 dirigentes aptos a votar, 29 foram à eleição. Desses, 24 votaram a favor da chapa Nuzman/Wanderley e três se abstiveram. Um votou contra e houve um voto em branco. Colocarei toda a experiência que adquiri, como presidente da CBJ, a serviço de todas as confederações e do desenvolvimento dos esportes olímpicos no Brasil, afirmou Wanderley, apontado como sucessor de Nuzman, que completou, em 2016, 74 anos. A eleição não contou com oposição. O presidente da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de Mesa) ensaiou a formação de uma chapa, mas teve seu desejo barrado pela Justiça. Pelo estatuto do COB, a inscrição das chapas teria que ser feita oito meses antes da eleição, com a assinatura de ao menos dez presidentes. Após a eleição, Nuzman anunciou Agberto Guimarães como novo diretor executivo de esportes do COB, cargo que era ocupado por Marcus Vinícius Freire. O dirigente deixou o COB logo após falhar na meta de colocar o país no top 10 do quadro de medalhas do Rio-16. 4

5 Por faturamento, Fortaleza é mais um a ter linha própria de roupas POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Fortaleza decidiu romper seu contrato com a Kappa e criou sua própria marca de material esportivo. A equipe cearense lançou, no mês passado, a Leão 1918, referência à mascote e ao ano de fundação do clube cearense. O primeiro lançamento foi o terceiro uniforme. A gente fez um estudo sobre a possibilidade de ter uma marca própria, que seria mais rentável para o clube. Agora, controlamos a produção, distribuição e venda do produto, diz Kauê Aguiar, gerente de marketing do Fortaleza, em entrevista à Máquina do Esporte. As camisas contam com as cores da bandeira da França, as mesmas do Fortaleza. A linha recebeu o nome de Revolution, em homenagem à Revolução Francesa. Cada uma é inspirada em um dos lemas do movimento ( Liberdade, Igualdade e Fraternidade ). Para o primeiro lançamento, a diretoria do clube atendeu pedido dos torcedores e lançou a terceira camisa limpa, sem nenhum logo de empresa. Atualmente, o clube conta com o apoio de Serval, que é o patrocinador máster, Apodi, Unimed, Embracon e Pro Tork. Conversamos com todas as empresas e conseguimos a liberação. Também confeccionamos algumas camisas com logo para os patrocinadores usarem em ações. Os modelos são confeccionados pela Bomache, fábrica de Fortaleza que já tem experiência em atender times com força regional. No início do ano, ela tornou-se a fabricante do material esportivo do Paysandu, que também lançou marca própria. Estudamos o caso do Paysandu antes de lançarmos a nossa linha. A torcida tinha receio que, ao sair a Kappa, o material fosse perder a qualidade, diz Aguiar, contabilizando os lucros: o primeiro lote foi inteiramente vendido. O material é vendido na loja oficial do time, no estádio Alcides Santos, bem como em redes varejistas e através de venda online. Cristiano Ronaldo pode ter coleção na Nike Após renovar com a Nike até 2021, Cristiano Ronaldo pode ganhar divisão própria na empresa, como Michael Jordan e Ronaldo Fenômeno. Os detalhes do novo contrato não foram revelados, mas no mercado a crença é de que, após o novo acordo, o jogador esteja perto de assinar um contrato vitalício com a marca americana. De olho sempre em expandir seus negócios, o craque inaugurou na última segunda-feira seu segundo hotel em Portugal, dessa vez em Lisboa, em parceria com a rede Pestana. A primeira unidade foi erguida na Ilha da Madeira, terra natal de Cristiano Ronaldo. A próxima unidade do hotel de CR7 será em Nova York, nos Estados Unidos. 5