Promoção de vendas norteia as ativações pré-olimpíadas

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 2,5 mi foi a receita de bilheteria de Corinthians x Audax, pela semifinal do Paulistão-2016 EDIÇÃO 488 Promoção de vendas norteia as ativações pré-olimpíadas POR DUDA LOPES Os patrocinadores dos Jogos Olímpicos são responsáveis por cerca de 20% dos ingressos do evento. E, com sobras de entrada, veicular sua distribuição à venda direta de produtos é uma prática simples, mas efetiva. Assim como aconteceu em peso na Copa do Mundo, os parceiros do Rio 2016 têm apostado na prática antes de qualquer outra grande ativação para os Jogos. A Samsung é um exemplo recente, ainda que a iniciativa não seja isolada nas ativações olímpicas. Em março, por exemplo, a marca lançou uma campanha local, com o conceito Desafie Barreiras. Nesta semana, a marca lançou globalmente um documentário com os Jogos como tema, aproveitando-se do aporte ao COI, vigente desde Ainda assim, um dos primeiros desdobramentos do Desafie Barreiras foi uma promoção de venda. Com uma ação online, a Samsung condicionou à compra de um celular Galaxy S7, o top de linha da marca, a alguns brindes. Quem adquirir o aparelho levará também uma camisa retrô, com referência a Jogos Olímpicos passados. E, claro, concorrerá a pacotes de viagem com acompanhante para o Rio Neste mesmo mês, a Bridgestone já havia lançado uma promoção de venda. A cada R$ 300 em pneus ou outros produtos da marca, o consumidor ganha um cupom que deve ser cadastrado em um hotsite criado pela marca. Em disputa, uma viagem para o Rio para conhecer a estrutura dos Jogos Olímpicos, além de ingressos para os jogos de futebol. Até os Jogos, nós pretendemos lançar outras ações, contou o gerente de marketing da Bridgestone, Eduardo Corch, em entrevista à Máquina do Esporte. Outra empresa que já optou pelo mesmo caminho foi a Visa, em ação lançada ainda em Em parceria com a Cielo, o uso do cartão gerava um número para um sorteio que dava ingresso à abertura do Rio Com os Jogos à porta, as ações das marcas devem aumentar. 1

2 Falta mais ação de clubes para existir uma liga independente POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de da conteúdo da Máquina do Esporte Quase ninguém percebeu, mas a Primeira Liga teve a final de sua primeira edição na semana passada. O Fluminense venceu o Atlético-PR, em Juiz de Fora, para pouco menos de 24 mil pessoas. Com poucas datas e jogos espaçados, a liga independente ainda está longe de decolar. Os críticos afirmam que não é possível introduzir mais uma competição no já abarrotado calendário do futebol brasileiro. Um time grande pode disputar até cinco torneios no ano: Estadual, Copa do Brasil, torneios sul-americanos, Brasileirão e copas regionais. Se ganhar a Libertadores, ainda ficará uns 15 dias fora no Mundial de Clubes da Fifa. Junte-se a isso um mês de férias e outro de pré-temporada e chega-se à conclusão de que a conta não fecha. Seus defensores acreditam que é positiva a iniciativa dos clubes de promover seu torneio, sem estar submetido a federações ou CBF. Nesse sentido, a Primeira Liga pode ser o primeiro passo para a formação de uma liga brasileira, tal qual um dia almejou o Clube dos 13. É assim que funciona nas potências da bola, como Inglaterra e Alemanha. Em bloco, é mais fácil negociar com TVs e arrecadar mais. Em 2008, o basquete brasileiro havia chegado ao fundo do poço, ao completar 12 anos fora da Olimpíada. Foi quando os clubes formaram o NBB. Oito anos depois, a liga está na TV aberta e fechada, tem parceria com a NBA e soma parceiros. Bem mais popular, o futebol não padece do problema de visibilidade. Mas talvez o esporte do 7 a 1 ainda esteja longe de seu fundo do poço para obrigar os clubes a agir. Com oferta irrecusável, Umbro consegue tirar Penalty do Cruzeiro POR DUDA LOPES O Cruzeiro tem novo fornecedor de material esportivo. A marca inglesa Umbro patrocinará o time mineiro até dezembro de O acordo com a Penalty, que mantinha contrato até 2017, foi rompido. Segundo o diretor comercial e de marketing do Cruzeiro, Robson Pires, o clube não pôde recusar a investida do novo parceiro: Nós estamos sempre ouvindo propostas. E a Umbro fez uma proposta irrecusável, em termos financeiros, em planejamento e em ativação, contou o executivo à Máquina do Esporte. Para fechar com a Umbro, o Cruzeiro fez uma rescisão com a Penalty. Ainda neste ano, houve notícias de que a empresa estava atrasada nos repasses ao clube, o que irritava a diretoria. Pires negou qualquer entrevero com a Penalty e garantiu que a rescisão foi amigável. No entanto, a data de estreia do novo uniforme indica uma conversa antiga com a Umbro; a nova camisa será usada já na estreia do Campeonato Brasileiro, 15 de maio. A primeira ativação será justamente com o lançamento do uniforme. Uma festa com os torcedores está em planejamento e deverá ser anunciada na próxima semana. Além do Cruzeiro, a Umbro tem mais três clubes patrocinados na Série A: Atlético-PR, Chapecoense e Grêmio. 2

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4 POR REDAÇÃO Após tumulto por ingressos, rúgbi indenizará torcedores O que era para ser um sábado de festa ao rúgbi brasileiro, com jogo no Allianz Parque e transmissão em TV aberta pela primeira vez na história, acabou virando um caos para parte dos torcedores, que não conseguiu retirar o ingresso comprado pela internet. E, pelo acontecimento, o CEO da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu), Agustin Danza, pediu desculpas publicamente. Agora, a entidade tenta compensar os torcedores prejudicados. A CBRu ofereceu um para que as pessoas que não conseguiram entrar no sábado possam adquirir novas entradas para a próxima partida, no Pacaembu. O próprio Agustin Danza estará no evento para entregar as entradas e pedir desculpas pessoalmente. Além disso, serão sorteadas 30 entradas VIPs para os prejudicados, para que eles possam aproveitar um jogo de um jeito especial, segundo o executivo. O problema aconteceu porque, segundo a CBRu, uma grande quantidade de torcedores foi retirar os ingressos em cima da hora. Com uma demanda maior do que a esperada, formou-se fila grande, e parte dos torcedores não conseguiu entrar a tempo da partida. Em redes sociais, muitos reclamaram da falta de preparo da entidade em lidar com a demanda. O jogo da seleção brasileira foi cercado de expectativa porque foi o primeiro no Allianz Parque, o estádio do Palmeiras, e o primeiro com transmissão em televisão aberta, pela Rede TV. Cerca de 8 mil pessoas assistiram à derrota brasileira para a seleção uruguaia. A próxima partida será no Pacaembu, local que no ano passado marcou o recorde de público de uma partida de rúgbi no Brasil; foram mais de 10 mil torcedores em Para este ano, em jogo contra o Chile, o torcedor precisa pagar apenas um quilo de feijão ou uma lata de leite para entrar. Samsung faz vídeo olímpico com ganhador do Oscar A Samsung resolveu ativar o aporte ao Rio com o lançamento de um documentário de curta-metragem sobre os Jogos. O filme conta a história de quatro atletas, de diferentes partes do mundo, que almejam estar no Rio de Janeiro. Para realizar as filmagens, a marca chamou o diretor Morgan Neville, que venceu o Oscar em 2014 pelo documentário A Um Passo do Estrelato. Neste ano, com Melhores Inimigos, ele também esteve entre os indicados ao prêmio. A estreia do filme foi numa exibição privada no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova York. Chamado de A Fighting Chance, o documentário está agora aberto a todo o público; a Samsung o disponibilizou por streaming, no site de vídeos Vimeo. O vídeo, com a história de superação dos atletas, está alinhado ao conceito Desafie Barreiras usado pela Samsung para ativar os Jogos do Rio de Janeiro mundialmente. Ao compartilhar essas histórias inspiradoras, queremos contar a história da Samsung não como apenas uma patrocinadora olímpica, mas como uma empresa que está realmente contribuindo para o progresso significativo desses atletas, comentou o vice-presidente de marketing global da empresa, Younghee Lee. 4

5 Opção técnica leva Paulista a ter final com menor público e renda POR ERICH BETING O futebol é feito também de dinheiro, mas não só de dinheiro. O futebol é feito de respeito com torcedor, com as tradições, e com aquilo que cada clube fez durante competição. A frase foi dita por Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, para justificar a decisão tomada pela entidade para mandar os dois jogos da final do Paulistão Itaipava para os acanhados estádios José Liberatti e Vila Belmiro, em Osasco e Santos. Os duelos entre Audax e Santos serão nos estádios em que os dois times mandaram suas partidas durante toda a competição. A decisão foi tomada em comum acordo pelas três partes envolvidas: os clubes e a federação. Isso fará com que, pela primeira vez neste século, a final estadual leve menos de 30 mil pessoas aos estádios. A última vez que isso aconteceu foi em 1990, quando pela primeira vez dois times do interior paulista decidiram o Estadual. Naquela ocasião, Bragantino e Novorizontino levaram cerca de 30 mil torcedores a campo. Em Osasco, o Audax só deve colocar 10 mil ingressos à venda para a decisão contra o Santos. Já a partida derradeira da competição, em Santos, deve atrair ao máximo 15 mil torcedores, que é a capacidade da Vila Belmiro. Achei melhor, em conjunto com os donos, jogar no município que recebeu tão bem a equipe. Foi de comum acordo, disse Vampeta, presidente do Audax. Com isso, os dois clubes não terão uma arrecadação milionária para a decisão. No ano passado, o duelo entre Palmeiras e Santos, da primeira final, gerou uma receita bruta de R$ 4,181 milhões, dividida entre as duas equipes. Já o Audax faturou cerca de R$ 1 milhão com a semifinal contra o Corinthians, jogada em Itaquera. Semifinal paulista perde em audiência para clássicos Palmeiras e Santos fizeram jogo agitado no último domingo, que terminou apenas nas cobranças de pênaltis. Mas, mesmo com a importância do duelo, a partida não conseguiu o que parecia natural para uma disputa de vaga na final: o recorde de audiência do Campeonato Paulista de Isso não significa que o Ibope não tenha marcado bons números. Foram 27 pontos no total, com participação de 46% das televisões ligadas. A Globo teve 21 pontos, enquanto a Band, seis. Ainda assim, outras duas partidas conseguiram audiência mais alta, ambas com clássicos envolvendo o Corinthians. Contra o São Paulo, o Ibope marcou 28 pontos. Já contra o Palmeiras, 31. 5