CAPÍTULO II CIRCUITOS ELÉCTRICOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPÍTULO II CIRCUITOS ELÉCTRICOS"

Transcrição

1 CAPÍTULO II CIRCUITOS ELÉCTRICOS 2.1. INTRODUÇÃO A matéria é constituida por moléculas, que por sua vez são compostas por átomos. No estado de energia mínima, os átomos são neutros dado que: O número de protões do núcleo do átomo é igual ao número de electrões que giram em órbitras à volta do núcleo; O centro de carga positiva coincide com o centro de carga negativa. A matéria pode ser electrizada, utilizando um dos seguintes processos: atrito, condução e influência eléctrica. Um corpo está electrizado positivamente ou negativamente consoante possui um défice ou um excesso de electrões. Uma carga eléctrica q, em repouso, cria em todos os pontos do espaço um campo vectorial designado por campo eléctrico. Este campo define-se como a força que se exerce sobre a unidade de carga positiva colocada em cada ponto do espaço 1. Quando a carga eléctrica está em movimento dá também origem a uma corrente eléctrica que, por sua vez, cria um novo campo vectorial, o campo magnético 2. Os campos eléctrico e magnético, a carga e a corrente eléctrica estão relacionados através das Equações de Maxwell, de que falaremos num outro capítulo. 1 Este campo vectorial: (i) tem a direcção da linha que une os pontos onde medimos o campo eléctrico e onde está localizada a carga; (ii) está dirigido para a carga ou para fora, consoante a carga seja negativa ou positiva; e (iii) o seu módulo é dado por E=q / 4πεr 2 em que ε é a constante dieléctrica do meio e r representa a distância do ponto onde medimos o campo à carga que o cria. 2 Este campo vectorial é definido por B = µ qv r / 4π r em que r é o vector definido pelos pontos onde está a carga e onde medimos o campo magnético, µ é a permeabilidade magnética do meio e o simbolo x representa o produto externo de dois vectores. 2 1

2 As correntes eléctricas são conduzidas, com facilidade, pelos electrões livres da estrutura cristalina dos metais. Em especial, o ouro, a prata e o cobre são bons condutores eléctricos 3. No extremo oposto, existem substâncias como a baquelite que são bons isolantes, já que não conduzem a energia eléctrica CORRENTE ELÉCTRICA Introdução Uma corrente eléctrica é constituida por um fluxo ordenado de cargas eléctricas. Normalmente associamos a noção de corrente aos condutores eléctricos. Contudo, o feixe de electrões do monitor clássico 4 de um computador ou o feixe de iões carregados de um acelerador de partículas também são correntes eléctricas. Os condutores eléctricos possuem um número elevado de electrões livres que, em geral, se movem aleatoriamente (Figura 2.1a). Para que o condutor seja percorrido por uma corrente eléctrica, ou seja, para que exista um movimento ordenado dos electrões livres, é preciso que ele fique sujeito à acção de um campo eléctrico (Figura 2.1b). Este campo é criado pela tensão aplicada aos terminais do condutor e vai acelerar todos os electrões livres do condutor na direcção oposta à sua propria direcção 5. Os electrões vão entretanto perder alguma energia devido às suas colisões com os protões do condutor. Do balanço final resulta que os electrões livres adquirem uma velocidade adicional v d, a qual é responsável pela criação da corrente eléctrica que percorre o condutor. Figura 2.1 Condutor eléctrico isolado e percorrido por uma corrente eléctrica 3 Os condutores eléctricos vulgares são feitos em cobre devido a sua boa relação preço/qualidade. 4 Hoje existem monitores que não possuem tubos de raios catódicos. 5 Uma carga eléctrica q imersa num campo eléctrico E fica sujeita a uma força F = q E. Quando um electrão e um protão são sujeitos à acção de um campo eléctrico, como a massa do protão é muito maior que a do electrão, esta partícula move-se muito mais que o protão que, no limite, podemos considerar que está em repouso. 2

3 Intensidade da corrente eléctrica A intensidade da corrente eléctrica que percorre um condutor é o quociente entre a quantidade de carga que passa numa secção do condutor ( Q) pela duração do intervalo de tempo em que foi feita a observação ( t). I = Q/ t (2.1) No limite, quando a duração do intervalo tende para zero, a expressão anterior reduzse a 6 : Ι = dq/dt (2.2) A carga Q que passa numa secção de um condutor eléctrico num intervalo de tempo t é dada por (Figura 2.2): Q=q n A v d t (2.3) em que q é a carga do electrão, n é a densidade dos electrões livres e A é a área da secção transversal do condutor. Substituindo (2.3) em (2.1) obtemos: I = q n A vd (2.4) Figura 2.2 Condutor percorrido por uma corrente eléctrica A intensidade da corrente mede-se em Ampère (A) 7. Um Ampère é a intensidade da corrente que percorre um condutor eléctrico quando 1 Coulomb (C) 8 atravessa uma secção do condutor num segundo. Em electricidade são muito usados alguns múltiplos e sub-múltiplos das unidades, contruídos a partir da unidade base e dos prefixos giga, mega, kilo, mili, micro, nano e pico (Tabela 2.1). Assim, por exemplo, 1.2 MA = A 3.5 na = A 6 Pela definição de derivada. 7 Neste livro vamos adoptar o Sistema Internacional (SI) de unidades. 8 O Coulomb é a unidade de carga eléctrica do Sistema Internacional. 3

4 Múltiplos Sub-Múltiplos Tera 1 t = Mili 1 m = 10-3 Giga 1 G =10 9 Micro 1 µ = 10-6 Mega 1 M =10 6 Nano 1 n = 10-9 Kilo 1 k =10 3 Pico 1 p = Tabela 2.1. Múltiplos e Sub-Múltiplos das Unidades Problema 2.1 Considere um fio de cobre com um raio de mm. Calcule: a) A densidade de electrões livres, admitindo que há um electrão livre por átomo. b) A velocidade de deriva dos electrões que conduzem uma corrente de 1 A. Resolução a) Como admitimos que existe um electrão livre por átomo, a densidade de electrões livres (n d ) é igual à densidade de átomos (n a ). A densidade de átomos calcula-se através da formula n a = ρm N A M em que ρ m representa a densidade de massa, N A é o Número de Avogadro e M é a massa molecular. Para o cobre obtemos n d 3 23 ( 8.93g / cm )( átomos / molécula) 28 3 = n a = = m 63.5 g / molécula b) A velocidade de deriva dos electrões calcula-se através da expressão v d = I nqa que conduz ao seguinte resultado v d 5 1 = ms Problema 2.2 Determine o tempo que um electrão leva desde a bateria de um carro até ao motor de arranque, supondo que estes dois componentes estão ligados por um fio de cobre de comprimento 1 metro e que a velocidade de deriva é de 3.5x10-5 m/s. (Solução: 7,9 horas) 9. 9 Felizmente, quando ligamos o motor não temos de esperar 7 horas até que o carro comece a andar. De facto, quando ligamos o motor, a bateria aplica instantaneamente um campo eléctrico no interior do fio de cobre, o qual vai ordenar o movimento de todos os electrões livres do cobre, sendo os electrões de uma dada secção substituidos pelos electrões da secção contígua; os electrões da extremidade junto ao motor de arranque passam para este componente enquanto os electrões da bateria transitam para a secção do condutor que está ligada ao pólo da bateria. 4

5 Tipos de correntes As correntes eléctricas que percorrem os condutores podem ter o mesmo valor em todos os instantes de tempo (correntes contínuas) ou variarem ao longo do tempo (correntes variáveis). As correntes contínuas têm sempre o mesmo sentido (correntes directas (DC 10 )), enquanto as correntes variáveis no tempo podem ter sempre o mesmo sentido ou variarem de sentido ao longo do tempo (correntes alternadas (AC 11 )). Embora a maioria dos aparelhos eléctricos funcione com corrente contínua, os distribuidores de energia eléctrica fornecem-na na forma de corrente alternada sinusoidal 12. Este facto é devido a duas razões fundamentais: A energia eléctrica é gerada pelo movimento de um conjunto de espiras condutoras num campo magnético estático sob a forma de tensão alternada sinusoidal 13 ; A tensão da energia eléctrica sinusoidal é facilmente elevada ou reduzida através de transformadores 14. Uma corrente alternada sinusoidal é definida pela expressão i(t) = I M cos (ω t + α) (2.5) em que i(t) representa o valor instantaneo, I M é a intensidade máxima, ω é a frequência angular e α é a desfazagem na origem dos tempos. O período (T) e a frequência (f) são definidos na forma usual para as grandezas alternadas sinusoidais T = 2 π / ω = 1 / f (2.6) ω = 2 π f (2.7) O período exprime-se em segundos (s) e a frequência em Hertz (Hz). Problema 2.3 Determine o período de uma corrente alternada sinusoidal de 50 Hz. (Solução: T=0.02 s) 10 Acrónimo de Direct Current. 11 Acrónimo de Alternate Current. 12 Este facto faz com que os referidos aparelhos tenham uma fonte de alimentação, constituida por um transformador (que reduz a tensão de entrada para os valores adequados ao funcionamento do aparelho) e por um conjunto de diodos (que rectificam a tensão, transformando-a em tensão contínua). 13 Os vários tipos de centrais eléctricas (hidroeléctricas, térmicas ou nucleares) correspondem a formas diferentes de colocar a espira em movimento. 14 O transporte da energia eléctrica desde as centrais aos consumidores deve ser feito em alta-tensão, para reduzir as perdas por efeito de Joule nos cabos condutores que procedem a este transporte. Por isso, a tensão tem de ser elevada à saida das centrais e reduzida, por razões de segurança, junto aos centros populacionais. 5

6 2.3. ELEMENTOS DE UM CIRCUITO ELÉCTRICO Introdução Os circuitos eléctricos podem integrar uma grande variedade de elementos: baterias, fontes de alimentação, resistências, condensadores, bobinas, diodos, transistores, interruptores, circuitos integrados, amplificadores operacionais, memórias, elementos de lógica e instrumentação digital, etc. Alguns destes elementos, como, por exemplo, as baterias e as fontes de alimentação, são elementos activos, uma vez que podem fornecer energia ao circuito. Outros, como, por exemplo, as resistências, são elementos passivos, porque dissipam energia por efeito de Joule. Neste trabalho vamos apenas estudar circuitos de corrente contínua, constituidos por baterias e resistências, ou de corrente directa, formados por baterias, resistências e condensadores (Figura 2.3) Figura 2.3 Representação esquemática de uma bateria, uma resistência e um condensador Resistências Todas as substâncias oferecem uma certa resistência à passagem da corrente eléctrica, dependente do valor de uma propriedade da substância chamada resistividade eléctrica (ρ c ). A Tabela 2.2 apresenta o valor da resistividade eléctrica de algumas substâncias à temperatura de 20 o C. Notemos que a resistividade electrica varia com a temperatura de acordo com a expressão ρ c =ρ c20 [1 + α (t 20 )] 15 (2.8) em que α representa o coeficiente de variação da resistividade eléctrica com a temperatura 16. Os condutores vulgares são fios cilíndricos de cobre. A sua resistência eléctrica pode ser: Medida através de um ohmimetro 17 ; Determinada por um processo experimental; 15 A resistividade exprime-se em Ωm. 16 Como veremos mais tarde, um condutor percorrido por uma corrente eléctrica dissipa calor por efeito de Joule. Em consequência deste facto, a temperatura do condutor pode aumentar, o que conduz ao incremento da sua resistência. 17 Ver secção

7 Substância Resistividade eléctrica (em Ωm) Ouro Prata Cobre Ferro Volfrâmio Mercurio Carbono Alumínio Vidro Baquelite Tabela 2.2 Valores da resistividade eléctrica de algumas substâncias à temperatura de 20 o C Calculada através da expressão L R = ρc (2.9) S em que L e S representam, respectivamente, o comprimento e a área da secção transversal do fio. Esta expressão significa que a resistência de um condutor é tanto menor quanto menor for a sua resistividade eléctrica e o seu comprimento e maior for a sua secção transversal. Quando pretendemos comprar uma resistência devemos fornecer três dados fundamentais ao vendedor: os valores da resistência, da precisão e da potência máxima que ela vai dissipar. Estes valores estão impressos na resistência através, nomeadamente, de códigos de cores (Tabela 2.3). Problema 2.4 Calcule a resistência de um condutor de cobre com 10 m de comprimento e 1 mm 2 de secção Problema 2.5 Determine o comprimento de um condutor que tem 2 Ω de resistência, um raio de 0.65 mm e que é feito de um material de resistividade eléctrica igual a 10-6 Ω m (Solução: L=2.65 m) 7

8 Cor Valor Factor Tolerância Preto 0 1 N/A Castanho 1 10 N/A Vermelho % Laranja N/A Amarelo N/A Verde N/A Azul N/A Violeta N/A Cinzento N/A Branco N/A Dourado N/A 0.1 5% Prateado N/A % Tabela 2.3 Significado das cores de uma resistência Bobinas As bobinas ideais são componentes que, quando percorridas por uma corrente eléctrica, criam um campo magnético e, consequentemente, armazenam energia magnética. As bobinas reais são constituídas por um fio condutor eléctrico, revestido por um isolante, enrolado à volta de um tubo cilíndrico. Por isso, um bobina real comporta-se também, como uma resistência eléctrica, embora o projectista da bobina procure sempre minimizar o valor da sua resistência (Figura 2.4). Figura 2.4 Desenho esquemático e representação gráfica de uma bobina As bobinas são caracterizadas pelos seguintes parâmetros geométricos: número de espiras (N), número de camadas (n), tipo de núcleo (ar ou ferro), comprimento (l) e secção (S) da bobina e comprimento, secção e resistividade eléctrica do fio. As bobinas são caracterizadas pelos seguintes parâmetros electromagnéticos: indutância (L), resistência eléctrica (R b ) e corrente máxima que a pode percorrer (I max ). 8

9 O campo magnético criado por uma bobina longa (comprimento muito maior que o diâmetro), de núcleo de ar, é dado por B = µ ο N I / l (2.10) em que µ ο é a permeabilidade magnética do ar. Esta fórmula representa uma aproximação que é tanto mais rigorosa quanto mais longa for a bobina. A sua dedução é feita a partir das Equações de Maxwell 18, admitindo que o campo magnético é uniforme no interior da bobina. Esta hipótese só é completamente verdadeira se a bobina for infinita (Figura 2.5a). Numa bobina finita o campo sofre a influência do efeito das extremidades da bobina (Figura 2.5b). A indutância desta bobina é calculada através da expressão L = µ ο N S / l (2.11) enquanto a energia magnética armazenada nesta componente é dada por: 1 LI 2 2 Wm = (2.12) (b) (a) Figura 2.5 Linhas de força do campo magnético criado por uma bobina infinita (a) e real (b) Problema 2.6 Considere uma bobina longa, de secção transversal com a área de 12 cm 2 e com 50 espiras por unidade de comprimento. Determine: a) A indutância da bobina b) O campo magnético no interior da bobina quando esta é percorrida por uma corrente de 10 A Condensadores Dá-se o nome de condensador a um conjunto de dois condutores eléctricos, na influência um do outro. 18 As Equações de Maxwell são as equações fundamentais do campo electromagnético. 9

10 Um condensador é caracterizado pela sua capacidade (C) e pela tensão máxima que se pode aplicar entre os dois condutores 19 (V max ). Em geral, a capacidade de um condensador é o simétrico do coeficiente de capacidade mútua. C = - C 12 = - C 21 (2.13) Quando um condutor envolve completamente o outro, a capacidade do condensador define-se como o quociente do módulo da carga de cada condutor (Q) pela diferença de potencial entre os condutores ( V) C = Q / V (2.14) Do ponto de vista geométrico, podemos considerar três tipos de condensadores: planos, esféricos e cilíndricos (Figura 2.6). Os dois últimos têm interesse puramente académico. Os condensadores comerciais são, normalmente, do tipo condensador plano. Um condensador plano é contituído por dois condutores paralelos, de área S, separados por um dieléctrico, de constante dieléctrica ε e espessura d. A sua capacidade é dada por C = εs / d (2.15) O campo eléctrico no interior do condensador é dado por E = V/d (2.16) em que V representa a diferença de potencial entre os dois condutores. O campo eléctrico no interior do condensador só é uniforme se os condutores forem infinitos. Com condutores finitos aparece o chamado efeito das bordas (Figura 2.7). Este efeito é tanto menor quanto maior for a área dos condutores e menor a distância entre eles. Figura 2.6 Representação esquemática dos condensadores plano, esférico e cilíndrico 19 Vulgarmente designados por armaduras ou terminais 10

11 Figura 2.7 Linhas de força do campo eléctrico no interior de um condensador infinito (a) e finito (b). A energia eléctrica armazenada no condensador é dada por W e = C ( V ) (2.17) A partir das definições de capacidade de um condensador e de intensidade de corrente é possível deduzir a expressão que relaciona a tensão aos terminais do condensador com a intensidade de corrente que flui de ou para ele (Figura 2.b) V = Q / C 1 = C i( t) dt (2.18) Quando pretendemos adquirir um condensador temos de especificar a sua capacidade, a tensão máxima que lhe vai ser aplicada 20 e o tipo do condensador. Existem dois tipos especiais de condensadores: condensador de óleo (especialmente vocacionado para tensões muito elevadas), e condensador electrolítico (quando cada terminal do condensador tem uma polaridade fixa (positiva ou negativa)). Problema 2.7 Determine a capacidade de um condensador plano, constituído por duas armaduras de área 1 cm 2, separadas por 1 cm de vácuo. Problema 2.8 Considere um condensador plano de capacidade C=1 nf e que possui uma carga de 10 nc. Determine: a) A diferença de potencial entre os terminais do condensador (Solução: V=10 V) b) A energia eléctrica armazenada no condensador (Solução: W e =50 nj) Impedância e admitância Define-se impedância de um elemento de um circuito eléctrico (Z) como o quociente da tensão aos seus terminais pela corrente variável no tempo que o percorre 20 A partir deste valor da tensão, pode-se dar a disrupção do dieléctrico, havendo um curto-circuito entre as duas armaduras do condensador. 11

12 Z = v(t) / i(t) (2.19) O inverso da impedância é designado por admitância Y = 1 / Z (2.20) A Tabela 2.4 apresenta as impedâncias e as admitâncias de resistências, bobinas e condensadores percorridos por corrente alternada sinusoidal de frequência angular ω (j é a raiz quadrada de 1). Elemento Impedância Admitância Resistência R 1 / R Bobina jωl 1 / jωl Condensador 1 / jωc jωc Tabela 2.4 Impedâncias e admitâncias de elementos de circuitos eléctricos A análise desta tabela permite concluir que: Em corrente continua (ω=0), uma bobina comporta-se como um curto-circuito (Z=0) e um condensador é um circuito aberto (Z= ). Para as frequências muito elevadas, no limite infinitas, uma bobina funciona como um circuito aberto enquanto um condensador comporta-se como um curto-circuito. A impedância e a admitância de um circuito eléctrico são, em geral, números complexos e os seus valores dependem da frequência das correntes que percorrem o circuito Associações de elementos de um circuito eléctrico Os elementos de um circuito eléctrico podem-se associar em série (quando têm apenas um ponto comum) ou em paralelo (quando possuem dois pontos comuns) (Figura 2.8). Figura 2.8 Associações em série(à esquerda) e em paralelo (à direita) de elementos de um circuito Uma associação em série é equivalente a um elemento com uma impedância igual à soma das impedâncias dos elementos que a constituem. Z = Z 1 + Z Z n (2.21) 21 Estas duas conclusões têm aplicações muito importantes nos circuitos eléctricos percorridos por correntes alternadas sinusoidais. 12

13 Uma associação em paralelo é equivalente a um elemento com uma admitância igual à soma das admitâncias dos elementos que a constituem. Y = Y 1 + Y Y n (2.22) Cálculos muito simples baseados nas fórmulas anteriores e nas definições de impedância e admitância permitem concluir que (Tabela 2.5): Numa associação em série somam-se as resistências, as indutâncias e os inversos das capacidades; Numa associação em paralelo somam-se as capacidades e os inversos das resistências e das indutâncias. Elementos Série Paralelo Resistências R=R 1 +R 2 +R /R=1/R 1 +1/R 2 +1/R Bobinas L=L 1 +L 2 +L /L=1/L 1 +1/L 2 +1/L Condensadores 1/C=1/C 1 +1/C 2 +1/C C=C 1 +C 2 +C Tabela 2.5 Equivalências de associações em série e em paralelo de resistências, bobinas e condensadores Problema 2.9 Determine a resistência equivalente à associação de resistências representada na figura (Solução: 10 Ω) Problema 2.10 Determine a indutância equivalente à associação de bobinas representada na figura (Solução: 5 mh) Problema 2.11 Determine a capacidade equivalente à associação de condensadores representada na figura (Solução: 3 4 µf). 13

14 Nós, ramos e malhas Um nó é um ponto de um circuito eléctrico onde se encontram mais de dois elementos de um circuito. Um ramo é um troço de um circuito eléctrico compreendido entre dois nós consecutivos. Uma malha é um conjunto fechado de ramos. O circuito representado na Figura 2.9 tem dois nós (pontos A e B), três ramos e três malhas (M1, M2 e M3). Figura 2.9 Circuito eléctrico Problema 2.12 Considere o circuito representado na figura a) O ponto A do circuito é um nó? Justifique a sua afirmação. b) Quantas malhas tem o circuito? 2.4. LEI DE OHM A Lei de Ohm relaciona a tensão aos terminais de um condutor eléctrico de resistência R com a intensidade da corrente que o percorre V = R I 22 (2.23) 22 Em geral, podemos escrever que ou ainda v(t) = R I(t) (2.24) v(t) = Z i(t) (2.25) 14

15 corrente I 23 P = R I 2 (2.26) As resistências medem-se em Ohm (Ω). Um Ohm é a resistência de um condutor eléctrico que, quando percorrido por uma corrente de 1 A, apresenta aos seus terminais uma tensão de 1 V. Problema 2.13 Determine a resistência de um condutor que apresenta aos seus terminais uma tensão de 100 V quando percorrido por uma corrente de 4 A. (Solução: 25 Ω) LEI DE JOULE A Lei de Joule permite calcular a potência dissipada numa resistência R percorrida por uma A potência mede-se em Watt (W) enquanto a energia (eléctrica ou magnética se mede em Joules (J)). Os contadores de energia eléctrica que temos em nossas casas medem a energia consumida expressa em kilowatts-hora (kw.h) 1 kw.h= Joules (2.28) Problema 2.14 Calcule o custo de uma lâmpada de 100 W acesa durante 20 horas, sabendo que o preço de cada kw.h é de 5 Cêntimos. (Solução: 10 Cêntimos) LEIS DE KIRCHHOFF Lei dos Nós A Lei dos Nós (1a Lei de Kirchhoff) diz que a soma das correntes que entram num nó é igual à soma das correntes que saiem do nó. A aplicação desta Lei aos nós do circuito eléctrico representado na Figura 2.9 conduz às seguintes equações: I = + (2.29) 1 I 2 I 3 I + = (2.30) 2 I 3 I1 23 Em geral: 2 P = Z I ef (2.27) 15

16 Lei das Malhas A Lei das Malhas (2a Lei de Kirchhoff) diz que a soma das tensões ao longo de uma malha é nula. Na aplicação da Lei das Malhas: A tensão aos terminais de uma bateria é positiva ou negativa conforme ao circularmos na malha encontramos primeiro o pólo positivo ou negativo da bateria; A tensão aos terminais de uma resistência é positiva ou negativa consoante o sentido de circulação coincide ou é oposto ao sentido da corrente eléctrica que percorre a resistência. A aplicação desta Lei às três malhas do circuito eléctrico representado na Figura 2.9 conduz às seguintes equações: R I + R I + E E 0 (2.31) = R I E R I 0 (2.32) = R I + R I E 0 (2.33) = 2.7. RESOLUÇÃO DE UM CIRCUITO ELÉCTRICO Introdução A resolução de um circuito eléctrico consiste na determinação das correntes que percorrem os vários ramos do circuito. A aplicação pura e simples das Leis de Kirchhoff a todos os nós e a todas as malhas de um circuito conduz a um número de equações que excede o número de incógnitas. Por exemplo, o circuito da Figura 2.9 tem dois nós e três malhas, mas apenas três incógnitas correspondentes às correntes que percorrem os três ramos do circuito Método das malhas independentes De entre os vários métodos que permitem escolher o número correcto de equações vamos descrever o método das malhas independentes. Malhas independentes é um conjunto de malhas do circuito que obedecem as seguintes duas condições: Cada elemento do circuito pertence pelo menos a uma malha; Cada malha tem um elemento do circuito que não integra nenhuma outra malha. Por exemplo, os pares de malhas do circuito representado na Figura 2.9 M1-M2, M2- M3 e M1-M3 constituem três conjuntos possíveis de malhas independentes. 16

17 A resolução de um circuito pelo método das malhas independentes consiste na seguinte sequência de procedimentos: Escolhemos um conjunto de malhas independentes do circuito; Arbitramos sentidos positivos para as correntes nos vários ramos e para a circulação nas malhas; Aplicamos a Lei das Malhas ao conjunto de malhas independentes escolhido; Escrevemos equações da Lei dos Nós em número igual à diferença entre o número de incógnitas e o número de malhas independentes; Resolvemos o sistema de equações assim obtido. Determinados os valores das correntes, consoante as suas intensidades sejam positivas ou negativas, assim os sentidos positivos arbitrados para as correntes estão correctos ou invertidos. No caso do circuito representado na Figura 2.9 vamos escolher o conjunto de malhas independentes M1-M3, os sentidos positivos das correntes e da circulação indicados na mesma figura e o nó A. Somos, assim, conduzidos ao seguinte sistema de três equações a três incógnitas 2I 1 +4I =0 (2.34) 2I 1 +6I 3-10=0 (2.35) I 1 =I 2 +I 3 (2.36) cuja resolução conduz aos seguintes resultados I 1 = -10/ A I 2 = -50/ A I 3 = 40/ A Análise dos resultados O facto de termos chegado a valores negativos das intensidades das correntes I 1 e I 2 significa que os sentidos positivos que arbitrámos à partida para estas correntes não correspondem à realidade. De facto, estas correntes têm os sentidos positivos indicados na Figura A análise desta figura permite concluir que a bateria de força electromotriz E 2 está a fornecer energia ao circuito (a corrente está a sair desta bateria) enquanto a bateria de força electromotriz E 1 está a ser carregada (a corrente I 1 entra na bateria). Ou seja, a bateria E 2 17

18 fornece uma corrente ao circuito (I 2 ), a qual se divide em duas correntes no nó A, uma das quais (I 1 ) vai carregar a bateria E 1 enquanto a outra (I 3 ) vai percorrer a resistência R 3. Figura 2.10 Circuito da Figura 2.9, com todas as correntes com os sentidos positivos correctos Problema 2.15 Determine os valores das correntes que percorrem os ramos do circuito representado na figura (I 1 =2A, I 2 =-3A, I 3 =-5A) CIRCUITOS RC COM CORRENTE DIRECTA Introdução Conforme o próprio nome sugere, um circuito RC é constituido por uma resistência e um condensador. A corrente eléctrica flui neste circuito sempre no mesmo sentido, mas com intensidade decrescente no tempo dado que um condensador é um circuito aberto em corrente continua. Por isso esta corrente é designada por corrente directa (DC, acrónimo de Direct Current ). Um exemplo de um circuito RC é o flash de uma máquina fotográfica. Quando ligamos o flash, a sua bateria carrega um condensador que depois é descarregado sobre a lâmpada quando o flash é disparado. Logo após o disparo, a bateria volta a carregar o condensador e o flash está pronto para ser novamente disparado. 24 Numa outra disciplina terá, provavelmente, a oportunidade de estudar este mesmo circuito em corrente alternada sinusoidal. 18

19 O circuito RC tem várias aplicações nos Laboratórios. As mais comuns são, sem dúvida, como integrador 25 e como filtro passa-alto Descarga de um condensador Consideremos o circuito representado na Figura 2.11, em que o condensador possui uma carga Q o. Quando fechamos o interruptor, num instante que designamos por t=0, a diferença de potencial entre as duas placas do condensador origina uma corrente eléctrica no condutor, a qual está relacionada com a diminuição da carga no condensador através da expressão i(t) = - dq(t)/dt (2.37) Figura 2.11 Circuito de descarga de um condensador A aplicação da Lei das Malhas conduz a R i(t) v C (t) = 0 (2.38) ou seja dq Q R = 0 (2.39) dt C ou seja dq dt = (2.40) Q RC Integrando ambos os membros da equação anterior obtemos Q t ln = (2.41) Q RC que pode ser escrita na forma 0 25 Um integrador é um circuito que fornece à saída uma tensão que é o integral da tensão que lhe é aplicada à sua entrada. 26 Um filtro passa-alto é um circuito que apenas deixa passar as componentes do sinal de entrada com frequências superiores à frequência de corte do filtro. 19

20 em que representa a constante de tempo do circuito RC (Figura 2.12). t Q( t) = Q e τ (2.42) 0 τ = RC (2.43) Figura 2.12 Evolulção da carga do condensador A corrente que percorre o circuito pode ser determinada a partir da equação (2.37) t Q 0 i( t) = e τ (2.44) RC A análise das expressões (2.43) e (2.44) permite concluir que, à medida que a resistência R aumenta, o tempo necessário para que o condensador se descarregue cresce enquanto o valor inicial da corrente (t=0) diminui, já que: i (0) = Q o /RC (2.45) Carga de um condensador Suponhamos que, no instante t=0, fechamos o interruptor do circuito de carga de um condensador representado na Figura

21 Figura 2.13 Circuito de carga de um condensador A aplicação da Lei das Malhas a este circuito conduz à seguinte equação: v R (t) + v C (t) -E = 0 (2.46) em que v R (t) = R i(t) (2.47) e 1 V C ( t) = i( t) dt (2.48) C Substituindo (2.47) e (2.48) em (2.46) e diferenciando em ordem ao tempo, obtemos a seguinte equação di( t) 1 R + i( t) = 0 (2.49) dt C que admite a seguinte solução t i( t) = I e τ (2.50) o em que I o é uma constante de integração cujo valor determinaremos em breve e τ = RC (2.43) representa, uma vez mais, a constante de tempo do circuito RC. A tensão aos terminais do condensador pode ser calculada substituindo (2.50) em (2.48): t v ( t) = I R e τ + C (2.44) c o o em que C o é uma nova constante de integração. Vamos agora calcular as constantes de integração C o e I o. Para isso chamamos à atenção do leitor para os seguintes factos: 21

22 (i) Ao fim de um tempo suficientemente longo (t >>τ), no limite infinito, o condensador vai estar carregado (v c (t>>τ) E), dado que a corrente que percorre o circuito tem de ser nula, visto que o condensador é um circuito aberto em corrente contínua. Então, da equação (2.44) concluímos que: v c ( )=C 0 =E (2.45) (ii) Em t=0, atendendo a que o condensador está descarregado e ao Princípio da Conservação da Energia, a tensão aos terminais do condensador é nula, pelo que da equação (2.44) concluímos que: v c (0) = -I 0 R+E=0 (2.46) e E I 0 = (2.47) R A Figura 2.14 mostra as variações no tempo das tensões aos terminais do condensador e da resistência e da corrente que percorre o circuito Papel da resistência É importante analisar o papel das resistências dos circuitos de carga e descarga de um condensador. A análise das expressões (2.43), (2.45) e (2.47) permite concluir que a resistência R condiciona a corrente que percorre os circuitos de descarga e carga do condensador. Quando maior for R mais tempo o condensador demora a carregar-se ou a descarregar-se e menor é o valor inicial das correntes. 22

23 Figura 2.14 Variações no tempo das tensões aos terminais do condensador e da resistência e da corrente que percorre o circuito 23

6. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

6. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 6. CCUTOS DE COENTE CONTÍNUA 6.. Força Electromotriz 6.2. esistências em Série e em Paralelo. 6.3. As egras de Kirchhoff 6.4. Circuitos C 6.5. nstrumentos Eléctricos Análise de circuitos simples que incluem

Leia mais

6. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

6. CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 6. CCUTOS DE COENTE CONTÍNUA 6. Força Electromotriz 6.2 esistências em Série e em Paralelo. 6.3 As egras de Kirchhoff 6.4 Circuitos C 6.5 nstrumentos Eléctricos Análise de circuitos simples que incluem

Leia mais

Sistemas eléctricos e magnéticos

Sistemas eléctricos e magnéticos Sistemas eléctricos e magnéticos Circuitos eléctricos Prof. Luís Perna 00/ Corrente eléctrica Qual a condição para que haja corrente eléctrica entre dois condutores A e B? Que tipo de corrente eléctrica

Leia mais

FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) CORRENTE ELÉTRICA E RESISTÊNCIA

FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) CORRENTE ELÉTRICA E RESISTÊNCIA FÍSICA (ELETROMAGNETISMO) CORRENTE ELÉTRICA E RESISTÊNCIA FÍSICA (Eletromagnetismo) Nos capítulos anteriores estudamos as propriedades de cargas em repouso, assunto da eletrostática. A partir deste capítulo

Leia mais

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Disciplina de Física e Química A 10ºAno

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Disciplina de Física e Química A 10ºAno Agrupamento de Escolas João da Silva Correia DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXPERIMENTAIS Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Disciplina de Física e Química A 10ºAno FICHA DE TRABALHO

Leia mais

2 - Circuitos Basicos

2 - Circuitos Basicos 2 - Circuitos Basicos Carlos Marcelo Pedroso 18 de março de 2010 1 Introdução A matéria é constituída por átomos, que por sua vez são compostos por 3 partículas fundamentais. Estas partículas são os prótons,

Leia mais

Conceitos Básicos de Teoria dos Circuitos

Conceitos Básicos de Teoria dos Circuitos Teoria dos Circuitos e Fundamentos de Electrónica Conceitos Básicos de Teoria dos Circuitos T.M.lmeida ST-DEEC- CElectrónica Teresa Mendes de lmeida TeresaMlmeida@ist.utl.pt DEEC Área Científica de Electrónica

Leia mais

Corrente e resistência

Corrente e resistência Cap. 27 Corrente e resistência Prof. Oscar Rodrigues dos Santos oscarsantos@utfpr.edu.br Circuito 1 Força eletromotriz Quando as cargas de movem em através de um material condutor, há diminuição da sua

Leia mais

Questionário de Física IV

Questionário de Física IV Questionário de Física IV LEFT-LEA-LMAC-LCI 2 Semestre 2002/2003 Amaro Rica da Silva, Teresa Peña Alfredo B. Henriques Profs. Dep.Física - IST Questão 1 Na figura junta representam-se as linhas de campo

Leia mais

Revisão de conceitos. Aula 2. Introdução à eletrónica médica João Fermeiro

Revisão de conceitos. Aula 2. Introdução à eletrónica médica João Fermeiro Revisão de conceitos Aula 2 Introdução à eletrónica médica João Fermeiro Objetivos Rever as grandezas elétricas e elementos de circuito passivos. Considerações sobre resistência/indutância/capacitância

Leia mais

Unidades. Coulomb segundo I = = Ampere. I = q /t. Volt Ampere R = = Ohm. Ohm m 2 m. r = [ r ] = ohm.m

Unidades. Coulomb segundo I = = Ampere. I = q /t. Volt Ampere R = = Ohm. Ohm m 2 m. r = [ r ] = ohm.m Eletricidade Unidades I = Coulomb segundo = Ampere I = q /t R = Volt Ampere = Ohm r = Ohm m 2 m [ r ] = ohm.m Grandeza Corrente Resistência Resistividade Condutividade SI (kg, m, s) Ampere Ohm Ohm.metro

Leia mais

Conceitos Básicos de Eletricidade Visando as Instalações Elétricas. Professor: Ricardo Costa Alvares

Conceitos Básicos de Eletricidade Visando as Instalações Elétricas. Professor: Ricardo Costa Alvares Conceitos Básicos de Eletricidade Visando as Instalações Elétricas Professor: Ricardo Costa Alvares Composição da Matéria Todos os corpos são compostos de moléculas, e estas de átomos que são as menores

Leia mais

2 Eletrodinâmica. Corrente Elétrica. Lei de Ohm. Resistores Associação de Resistores Geradores Receptores. 4 Instrumento de Medidas Elétricas

2 Eletrodinâmica. Corrente Elétrica. Lei de Ohm. Resistores Associação de Resistores Geradores Receptores. 4 Instrumento de Medidas Elétricas 2. Eletrodinâmica Conteúdo da Seção 2 1 Conceitos Básicos de Metrologia 4 Instrumento de Medidas Elétricas 2 Eletrodinâmica Corrente Elétrica Resistência Elétrica Lei de Ohm Potência Elétrica Resistores

Leia mais

Lei de Ohm e Resistores reais Cap. 2: Elementos de circuito

Lei de Ohm e Resistores reais Cap. 2: Elementos de circuito 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples REDES e CIRCUITOS: A interconexão de dois ou mais elementos de circuitos simples forma uma rede elétrica. Se a rede tiver pelo menos um caminho fechado, ela é

Leia mais

5. Corrente e Resistência

5. Corrente e Resistência 5. Corrente e Resistência 5.1. Corrente Eléctrica 5.2. Resistência e Lei de Ohm 5.3. A resistividade de Diferentes Condutores. 5.4. Supercondutores 5.5. Um Modelo para a Condução Eléctrica 5.6. Energia

Leia mais

Energia envolvida na passagem de corrente elétrica

Energia envolvida na passagem de corrente elétrica Eletricidade Supercondutividade Baixando-se a temperatura dos metais a sua resistividade vai diminuindo Em alguns a resistividade vai diminuindo com a temperatura, mas não se anula Noutros a resistividade

Leia mais

Corrente e Resistência

Corrente e Resistência Cap. 26 Corrente e Resistência Prof. Oscar Rodrigues dos Santos oscarsantos@utfpr.edu.br Corrente e resistência 1 Corrente Elétrica Corrente Elétrica (i) é o movimento ordenado de elétrons provocados por

Leia mais

FICHA DE TRABALHO DE FÍSICA E QUÍMICA A DEZEMBRO 2010

FICHA DE TRABALHO DE FÍSICA E QUÍMICA A DEZEMBRO 2010 FICHA DE TRABALHO DE FÍSICA E QUÍMICA A DEZEMBRO 2010 APSA Nº11 11º Ano de Escolaridade 1- Classifique como verdadeiras ou falsas cada uma das seguintes afirmações, corrigindo estas últimas sem recorrer

Leia mais

CORRENTE E RESISTÊNCIA

CORRENTE E RESISTÊNCIA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA III CORRENTE E RESISTÊNCIA Prof. Bruno Farias Corrente Elétrica Eletrodinâmica: estudo das

Leia mais

Estudo do Indutor em Corrente Contínua

Estudo do Indutor em Corrente Contínua Unidade 5 Estudo do Indutor em Corrente Contínua Nesta unidade, você estudará os conceitos, características e comportamento do componente eletrônico chamado indutor. Objetivos da Unidade Enumerar as principais

Leia mais

Corrente elétrica. GRANDE revolução tecnológica. Definição de corrente Controle do movimento de cargas

Corrente elétrica. GRANDE revolução tecnológica. Definição de corrente Controle do movimento de cargas Definição de corrente Controle do movimento de cargas corrente elétrica{ GANDE revolução tecnológica fi eletrotécnica, eletrônica e microeletrônica (diversidade de aplicações!!) Ex. motores elétricos,

Leia mais

LISTA DE EXECÍCIOS AULA 3 FÍSICA ELETRICIDADE

LISTA DE EXECÍCIOS AULA 3 FÍSICA ELETRICIDADE LISTA DE EXECÍCIOS AULA 3 FÍSICA ELETRICIDADE DENSIDADE DE CORRENTE E VELOCIDADE DE ARRASTE 1) A American Wire Gauge (AWG) é uma escala americana normalizada usada para padronização de fios e cabos elétricos.

Leia mais

Elementos de circuito Circuito é a interligação de vários elementos. Estes, por sua vez, são os blocos básicos de qualquer sistema

Elementos de circuito Circuito é a interligação de vários elementos. Estes, por sua vez, são os blocos básicos de qualquer sistema Elementos de circuito Circuito é a interligação de vários elementos. Estes, por sua vez, são os blocos básicos de qualquer sistema Um elemento pode ser ativo (capaz de gerar energia), passivo (apenas dissipam

Leia mais

Problema 1 (só exame) Problema 2 (só exame) Problema 3 (teste e exame)

Problema 1 (só exame) Problema 2 (só exame) Problema 3 (teste e exame) º Teste: Problemas 3, 4 e 5. Exame: Problemas,, 3, 4 e 5. Duração do teste: :3h; Duração do exame: :3h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas

Leia mais

Aula II Lei de Ohm, ddp, corrente elétrica e força eletromotriz. Prof. Paulo Vitor de Morais

Aula II Lei de Ohm, ddp, corrente elétrica e força eletromotriz. Prof. Paulo Vitor de Morais Aula II Lei de Ohm, ddp, corrente elétrica e força eletromotriz Prof. Paulo Vitor de Morais E-mail: paulovitordmorais91@gmail.com 1 Potencial elétrico Energia potencial elétrica Quando temos uma força

Leia mais

Cap. 5 - Corrente, Resistência e Força Eletromotriz

Cap. 5 - Corrente, Resistência e Força Eletromotriz Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física III 2014/2 Cap. 5 - Corrente, Resistência e Força Eletromotriz Prof. Elvis Soares Nesse capítulo, estudaremos a definição de corrente,

Leia mais

1. Conceito de capacidade 2. Tipos de condensadores. 3. Associação de condensadores. 4. Energia de um condensador. 5. Condensador plano paralelo com

1. Conceito de capacidade 2. Tipos de condensadores. 3. Associação de condensadores. 4. Energia de um condensador. 5. Condensador plano paralelo com 1. Conceito de capacidade 2. Tipos de condensadores. 3. Associação de condensadores. 4. Energia de um condensador. 5. Condensador plano paralelo com dieléctrico. Utilidade: Armazenamento de carga e energia

Leia mais

Lista 02 Parte I. Capacitores (capítulos 29 e 30)

Lista 02 Parte I. Capacitores (capítulos 29 e 30) Lista 02 Parte I Capacitores (capítulos 29 e 30) 01) Em um capacitor de placas planas e paralelas, a área de cada placa é 2,0m 2 e a distância de separação entre elas é de 1,0mm. O capacitor é carregado

Leia mais

Quantização da carga. todos os objectos directamente observados na natureza possuem cargas que são múltiplos inteiros da carga do eletrão

Quantização da carga. todos os objectos directamente observados na natureza possuem cargas que são múltiplos inteiros da carga do eletrão Eletricidade Quantização da carga todos os objectos directamente observados na natureza possuem cargas que são múltiplos inteiros da carga do eletrão a unidade de carga C, é o coulomb A Lei de Coulomb

Leia mais

CONCEITOS BÁSICOS Capítulo

CONCEITOS BÁSICOS Capítulo . Sistema Internacional de Unidades. Sistema de Unidades-MKS (SI) A engenharia eléctrotécnica usa o sistema de medidas MKS na sua versão moderna, SI. Tabela. Unidades Mecânicas Fundamentais no Sistema

Leia mais

CET ENERGIAS RENOVÁVEIS ELECTROTECNIA

CET ENERGIAS RENOVÁVEIS ELECTROTECNIA CET ENERGIAS RENOVÁVEIS ELECTROTECNIA CADERNO DE EXERCÍCIOS 1. Duas cargas pontuais q1 = 30µ C e q2 = 100µ C encontram-se localizadas em P1 (2, 0) m e P2 (0, 2) m. Calcule a força eléctrica que age sobre

Leia mais

Capítulo 2. Corrente eléctrica. 2.1 Introdução. Capítulo 2. F.Barão, L.F.Mendes Electromagnetismo e Óptica (MEEC-IST) 49

Capítulo 2. Corrente eléctrica. 2.1 Introdução. Capítulo 2. F.Barão, L.F.Mendes Electromagnetismo e Óptica (MEEC-IST) 49 Capítulo 2 Corrente eléctrica 2.1 Introdução Uma corrente eléctrica consiste no movimento ordenado de cargas eléctricas num dado meio. O número de cargas eléctricas que atravessam uma dada superfície por

Leia mais

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA

CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa T5 Física Experimental I - 2007/08 CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 1. Objectivo Verificar as leis fundamentais de conservação da

Leia mais

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora

Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Agrupamento de Escolas da Senhora da Hora Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos Informação Prova da Disciplina de Física e Química - Módulo: 5 Circuitos eléctricos de corrente

Leia mais

Elementos de Circuitos Elétricos

Elementos de Circuitos Elétricos Elementos de Circuitos Elétricos Corrente e Lei de Ohm Consideremos um condutor cilíndrico de seção reta de área S. Quando uma corrente flui pelo condutor, cargas se movem e existe um campo elétrico. A

Leia mais

Capítulo 9.Corrente Eléctrica e Resistência

Capítulo 9.Corrente Eléctrica e Resistência Capítulo 9.Corrente Eléctrica e Resistência Tópicos do Capítulo 9.1. Corrente Eléctrica 9.2. Resistência e Lei de Ohm 9.3. Supercondutores 9.4. Energia Eléctrica e Potência Até aqui a nossa discussão dos

Leia mais

Teoria de Eletricidade Aplicada

Teoria de Eletricidade Aplicada 1/46 Teoria de Eletricidade Aplicada Conceitos Básicos Prof. Jorge Cormane Engenharia de Energia 2/46 SUMÁRIO 1. Introdução 2. Sistemas 3. Circuitos Elétricos 4. Componentes Ativos 5. Componentes Passivos

Leia mais

Física 3 - EMB5031. Prof. Diego Duarte. (lista 10) 12 de junho de 2017

Física 3 - EMB5031. Prof. Diego Duarte. (lista 10) 12 de junho de 2017 Física 3 - EMB5031 Prof. Diego Duarte Indução e Indutância (lista 10) 12 de junho de 2017 1. Na figura 1, uma semicircunferência de fio de raio a = 2,00 cm gira com uma velocidade angular constante de

Leia mais

Energia e fenómenos elétricos

Energia e fenómenos elétricos Energia e fenómenos elétricos 1. Associa o número do item da coluna I à letra identificativa do elemento da coluna II. Estabelece a correspondência correta entre as grandezas elétricas e os seus significados.

Leia mais

EO- Sumário 9. Raquel Crespo Departamento Física, IST-Tagus Park

EO- Sumário 9. Raquel Crespo Departamento Física, IST-Tagus Park EO- Sumário 9 Raquel Crespo Departamento Física, IST-Tagus Park Corrente eléctrica e - Dentro de um condutor os electrões são os portadores de carga. E=0 E=0 E Na presença de um campo eléctrico os electrões

Leia mais

Física 3. Fórmulas e Exercícios P3

Física 3. Fórmulas e Exercícios P3 Física 3 Fórmulas e Exercícios P3 Fórmulas úteis para a P3 A prova de física 3 traz consigo um formulário contendo várias das fórmulas importantes para a resolução da prova. Aqui eu reproduzo algumas que

Leia mais

3ª Ficha. Corrente, resistência e circuitos de corrente contínua

3ª Ficha. Corrente, resistência e circuitos de corrente contínua 3ª Ficha Corrente, resistência e circuitos de corrente contínua 1- Um condutor eléctrico projectado para transportar corrente elevadas possui um comprimento de 14.0 m e uma secção recta circular com diâmetro

Leia mais

MÓDULO 1 Noções Básicas de Eletricidade

MÓDULO 1 Noções Básicas de Eletricidade Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos ESCOLA SECUNDÁRIA DE TOMAZ PELAYO SANTO TIRSO 402916 MÓDULO 1 Noções Básicas de Eletricidade Eletrónica Fundamental Prof.: Erika Costa Estrutura da Matéria

Leia mais

dt dq dt Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Exemplos: V -5A -3 A Unidades: Watt (W)

dt dq dt Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Exemplos: V -5A -3 A Unidades: Watt (W) POTÊNCIA Definição Potência é definida como sendo a taxa de dispêndio de energia por unidade de tempo: Unidades: Watt (W) Exemplos: 2A dwab dwab dq p ( t ) v ( t)* i ( t ) dt dq dt - + -5A Qual o sentido

Leia mais

Tópico 01: Estudo de circuitos em corrente contínua (CC) Profa.: Ana Vitória de Almeida Macêdo

Tópico 01: Estudo de circuitos em corrente contínua (CC) Profa.: Ana Vitória de Almeida Macêdo Disciplina Eletrotécnica Tópico 01: Estudo de circuitos em corrente contínua (CC) Profa.: Ana Vitória de Almeida Macêdo Conceitos básicos Eletricidade Eletrostática Eletrodinâmica Cargas elétricas em repouso

Leia mais

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova.

Duração do exame: 2:30h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova. Duração do exame: :3h Leia o enunciado com atenção. Justifique todas as respostas. Identifique e numere todas as folhas da prova. Problema Licenciatura em Engenharia e Arquitetura Naval Mestrado Integrado

Leia mais

A força magnética tem origem no movimento das cargas eléctricas.

A força magnética tem origem no movimento das cargas eléctricas. Grandezas Magnéticas Força e Campo Magnético A força magnética tem origem no movimento das cargas eléctricas. Considere os dois fios condutores paralelos e imersos no espaço vazio representados na Figura

Leia mais

Aula 03- Resistência Elétrica e Associação de Resistores Eletrotécnica

Aula 03- Resistência Elétrica e Associação de Resistores Eletrotécnica Aula 03- Resistência Elétrica e Associação de Resistores Eletrotécnica Resistividade dos Materiais É a propriedade característica específica de um material, em relação a sua constituição atômica. A resistividade

Leia mais

Aula-6 Corrente e resistência. Curso de Física Geral F o semestre, 2008

Aula-6 Corrente e resistência. Curso de Física Geral F o semestre, 2008 Aula-6 Corrente e resistência Curso de Física Geral F-328 1 o semestre, 2008 Corrente elétrica e resistência a) A condição para que exista uma corrente elétrica através de um condutor é que se estabeleça

Leia mais

q 1 q 2 2 V 5 V MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2018/2019 EIC0014 FÍSICA II 2º ANO, 1º SEMESTRE 23 de janeiro de 2019 Nome:

q 1 q 2 2 V 5 V MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2018/2019 EIC0014 FÍSICA II 2º ANO, 1º SEMESTRE 23 de janeiro de 2019 Nome: MESTRADO NTEGRADO EM ENG. NFORMÁTCA E COMPUTAÇÃO 208/209 EC004 FÍSCA 2º ANO, º SEMESTRE 23 de janeiro de 209 Nome: Duração 2 horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O formulário pode

Leia mais

Corrente Elétrica Prof. Dr. Gustavo A. Lanfranchi

Corrente Elétrica Prof. Dr. Gustavo A. Lanfranchi Corrente Elétrica Prof. Dr. Gustavo A. Lanfranchi Tópicos de Física, Eng. Civil 2018 Corrente Elétrica O que é corrente elétrica? O que é resistência elétrica? Qual é a Lei de Ohm? Como ele pode ser aplicada?

Leia mais

FÍSICA III PROFESSORA MAUREN POMALIS

FÍSICA III PROFESSORA MAUREN POMALIS FÍSICA III PROFESSORA MAUREN POMALIS mauren.pomalis@unir.br ENG. ELÉTRICA - 3 PERÍODO UNIR/Porto Velho 2017/1 SUMÁRIO Corrente elétrica Densidade de corrente Velocidade de deriva Resistência Resistividade

Leia mais

RADIOELETRICIDADE. O candidato deverá acertar, no mínimo: Classe B 50% Classe A 70% TESTE DE AVALIAÇÃO CORRIGIDO CONFORME A ERRATA

RADIOELETRICIDADE. O candidato deverá acertar, no mínimo: Classe B 50% Classe A 70% TESTE DE AVALIAÇÃO CORRIGIDO CONFORME A ERRATA Dados: ANATEL - DEZ/2008 RADIOELETRICIDADE TESTE DE AVALIAÇÃO 1 RADIOELETRICIDADE O candidato deverá acertar, no mínimo: Classe B 50% Classe A 70% TESTE DE AVALIAÇÃO CORRIGIDO CONFORME A ERRATA Fonte:

Leia mais

ELETRÔNICA X ELETROTÉCNICA

ELETRÔNICA X ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA X ELETROTÉCNICA ELETRÔNICA É a ciência que estuda a forma de controlar a energia elétrica por meios elétricos nos quais os elétrons têm papel fundamental. Divide-se em analógica e em digital

Leia mais

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 1ª PROVA

ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 1ª PROVA ELETRICIDADE APLICADA RESUMO DE AULAS PARA A 1ª PROVA Eletricidade Aplicada I 1ª Aula Apresentação CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO P 1, P 2 = Prova de teoria (0 10) P lab = Prova de laboratório (0-10) Rel = Somatória

Leia mais

Física Teórica II Lei de Faraday-Lenz e aplicações

Física Teórica II Lei de Faraday-Lenz e aplicações Física Teórica II Lei de Faraday-Lenz e aplicações 4ª Lista 2º semestre de 2013 ALUNO TURMA PROF. NOTA: 01 Duas espiras condutoras conduzem correntes iguais I na mesma direção, como mostra a figura. Olhando

Leia mais

Respostas Finais Lista 6. Corrente Elétrica e Circuitos de Corrente Contínua ( DC )

Respostas Finais Lista 6. Corrente Elétrica e Circuitos de Corrente Contínua ( DC ) Respostas Finais Lista 6 Corrente Elétrica e Circuitos de Corrente Contínua ( DC ) Q 26.3) Essa diferença esta mais associada à energia entregue à corrente de um circuito por algum tipo de bateria e à

Leia mais

ELETRICIDADE CAPÍTULO 1 VARIÁVEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS

ELETRICIDADE CAPÍTULO 1 VARIÁVEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS ELETRICIDADE CAPÍTULO 1 VARIÁVEIS DE CIRCUITOS ELÉTRICOS 1 - INTRODUÇÃO 1.1 HISTÓRICO DA CIÊNCIA ELÉTRICA 1 - INTRODUÇÃO O PRIMEIRO TRANSISTOR CHIP DE COMPUTADOR 1 - INTRODUÇÃO 1 - INTRODUÇÃO 1 - INTRODUÇÃO

Leia mais

Lei de Ohm e Resistoresreais. 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples. 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples. Cap. 2: Elementos de circuito

Lei de Ohm e Resistoresreais. 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples. 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples. Cap. 2: Elementos de circuito 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples 2. Análise de Circuitos Elétricos Simples REDES e CIRCUITOS: A interconexão de dois ou mais elementos de circuitos simples forma uma rede elétrica. Se a rede tiver

Leia mais

AULA 07 CORRENTE ELÉTRICA E LEI DE OHM. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas

AULA 07 CORRENTE ELÉTRICA E LEI DE OHM. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas ELETROMAGNETISMO AULA 07 CORRENTE ELÉTRICA E LEI DE OHM A corrente elétrica pode ser definida como o movimento ordenado de cargas elétricas. O caminho feito pelas cargas elétricas é chamado de circuito.

Leia mais

Eletricidade e magnetismo

Eletricidade e magnetismo Eletricidade e magnetismo Circuitos elétricos Prof. Luís Perna 014/15 Corrente elétrica Qual a condição para que haja corrente elétrica entre dois condutores A e B? Que tipo de corrente elétrica se verifica?

Leia mais

UNIVERSIDADE DE CABO VERDE PROVA DE INGRESSO - ANO LETIVO 2018/ 2019 PROVA DE FÍSICA CONTEÚDOS E OBJETIVOS

UNIVERSIDADE DE CABO VERDE PROVA DE INGRESSO - ANO LETIVO 2018/ 2019 PROVA DE FÍSICA CONTEÚDOS E OBJETIVOS UNIVERSIDADE DE CABO VERDE PROVA DE INGRESSO - ANO LETIVO 2018/ 2019 PROVA DE FÍSICA CONTEÚDOS E OBJETIVOS CONTEÚDOS ENERGIA INTERNA TRABALHO E CALOR SISTEMAS TERMODINÂMICOS CALOR e TEMPERATURA LEIS DOS

Leia mais

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica

BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica BC 1519 Circuitos Elétricos e Fotônica Capacitor / Circuito RC Indutor / Circuito RL 2015.1 1 Capacitância Capacitor: bipolo passivo que armazena energia em seu campo elétrico Propriedade: Capacitância

Leia mais

Lista de Exercícios 4

Lista de Exercícios 4 Lista de Exercícios 4 Leis da Indução Exercícios Sugeridos A numeração corresponde ao Livros Textos A e B. A23.1 Uma espira plana com 8,00 cm 2 de área consistindo de uma única volta de fio é perpendicular

Leia mais

Lista 02 Parte II Capítulo 32

Lista 02 Parte II Capítulo 32 Lista 02 Parte II Capítulo 32 01) Dada uma bateria de fem ε e resistência interna r, que valor deve ter a resistência de um resistor, R, ligado em série com a bateria para que o efeito joule no resistor

Leia mais

CIRCUITOS ELÉTRICOS DC

CIRCUITOS ELÉTRICOS DC Experiência 4 CIRCUITOS ELÉTRICOS DC 67 Corrente elétrica Define-se corrente elétrica como a quantidadede carga que passa pela secção de um fio condutor por unidadede tempo: A direção da corrente elétrica

Leia mais

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Blumenau BNU Curso Pré-Vestibular - Pré UFSC Prof.: Guilherme Renkel Wehmuth

Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Blumenau BNU Curso Pré-Vestibular - Pré UFSC Prof.: Guilherme Renkel Wehmuth Universidade Federal de Santa Catarina UFSC Centro de Blumenau BNU Curso Pré-Vestibular - Pré UFSC Prof.: Guilherme Renkel Wehmuth Eletromagnetismo Corrente Elétrica, Resistores, Capacitores, Fontes e

Leia mais

Lista de Exercícios de Corrente

Lista de Exercícios de Corrente Disciplina: Física F Professor: Joniel Alves Lista de Exercícios de Corrente 1) Um capacitor de placas paralelos, preenchido com ar, tem uma capacitância de 1 pf. A separação de placa é então duplicada

Leia mais

Electromagnetismo. Campo Magnético:

Electromagnetismo. Campo Magnético: Campo Magnético: http://www.cartoonstock.com/lowres/hkh0154l.jpg Campo Magnético: Existência de ímans Corrente eléctrica A bússola é desviada http://bugman123.com/physics/oppositepoles large.jpg Observação

Leia mais

Resistência elétrica de uma barra (prismática ou cilíndrica) de área A e comprimento L

Resistência elétrica de uma barra (prismática ou cilíndrica) de área A e comprimento L Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física Física III Prof. Dr. Ricardo uiz Viana Referências bibliográficas: H. 28-4, 29-4, 29-6 S. 26-4, 27-2 T. 22-2 ula Resistores

Leia mais

ANALOGIA ENTRE INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉCRICA E CAUDAL DE UM LÍQUIDO

ANALOGIA ENTRE INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉCRICA E CAUDAL DE UM LÍQUIDO ANALOGA ENTRE NTENSDADE DE CORRENTE ELÉCRCA E CADAL DE M LÍQDO Exemplo de revisão do conceito de caudal: Para medir o caudal de uma torneira, podemos encher um balde com água e medir o tempo que o balde

Leia mais

GERADORES E RECEPTORES:

GERADORES E RECEPTORES: COLÉGIO ESTADUAL JOSUÉ BRANDÃO 3º Ano de Formação Geral Física IV Unidade_2009. Professor Alfredo Coelho Resumo Teórico/Exercícios GERADORES E RECEPTORES: Anteriormente estudamos os circuitos sem considerar

Leia mais

Princípios de Eletricidade Magnetismo

Princípios de Eletricidade Magnetismo Princípios de Eletricidade Magnetismo Corrente Elétrica e Circuitos de Corrente Contínua Professor: Cristiano Faria Corrente e Movimento de Cargas Elétricas Embora uma corrente seja um movimento de partícula

Leia mais

Circuitos Elétricos. É um movimento orientado de partículas com carga elétrica.

Circuitos Elétricos. É um movimento orientado de partículas com carga elétrica. Governo da República Portuguesa O que é uma corrente elétrica? Circuitos Elétricos É um movimento orientado de partículas com carga elétrica. Condutores Elétricos Bons Condutores Elétricos são materiais

Leia mais

R R R. 7. corrente contínua e circuitos os circuitos são constituídos por um gerador e cargas ligadas em: Série. resistências & lei de Ohm R A

R R R. 7. corrente contínua e circuitos os circuitos são constituídos por um gerador e cargas ligadas em: Série. resistências & lei de Ohm R A resistências & lei de Ohm R A V R 7. corrente contínua e circuitos os circuitos são constituídos por um gerador e cargas ligadas em: Série Paralelo corrente Rsérie R R Rparalelo R R2 2 SÉREigual corrente

Leia mais

Fichas de electromagnetismo

Fichas de electromagnetismo Capítulo 3 Fichas de electromagnetismo básico Electrostática - Noções básicas 1. Enuncie as principais diferenças e semelhanças entre a lei da a atracção gravitacional e a lei da interacção eléctrica.

Leia mais

Halliday Fundamentos de Física Volume 3

Halliday Fundamentos de Física Volume 3 Halliday Fundamentos de Física Volume 3 www.grupogen.com.br http://gen-io.grupogen.com.br O GEN Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica, LTC, Forense,

Leia mais

Electromagnetismo e Física Moderna. Conhecer um método para a determinação da capacidade eléctrica

Electromagnetismo e Física Moderna. Conhecer um método para a determinação da capacidade eléctrica Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia Departamento de Física 1 Compreender o que é um condensador eléctrico Electromagnetismo e Física Moderna Capacidade e condensadores Conhecer

Leia mais

Questão 1. Questão 3. Questão 2

Questão 1. Questão 3. Questão 2 Questão 1 A autoindutância (ou simplesmente indutância) de uma bobina é igual a 0,02 H. A corrente que flui no indutor é dada por:, onde T = 0,04 s e t é dado em segundos. Obtenha a expressão da f.e.m.

Leia mais

Circuitos de Corrente Contínua. Unidade 03 Circuitos de Corrente Contínua

Circuitos de Corrente Contínua. Unidade 03 Circuitos de Corrente Contínua Circuitos de Corrente Contínua Prof. Edwar Saliba Júnior Julho de 2012 1 Eletricidade Fenômeno físico atribuído a cargas elétricas estáticas ou em movimento; Quando o assunto é eletricidade, precisamos

Leia mais

Circuitos elétricos e Grandezas elétricas

Circuitos elétricos e Grandezas elétricas Energia AQUECIMENTO ILUMINAÇÃO ENERGIA ELÉTRICA COMUNICAÇÕES TRANSPORTES Energia e correntes elétricas Distribuição da energia elétrica As linhas de alta tensão permitem o transporte da energia elétrica

Leia mais

Velocidade de Carga e de Descarga do Condensador

Velocidade de Carga e de Descarga do Condensador Velocidade de Carga e de Descarga do Condensador Se ligarmos uma resistência R em série com o condensador, durante a carga, a velocidade de carga irá diminuir. O mesmo acontece para a descarga. Quanto

Leia mais

Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta

Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta Capacitores e Indutores (Aula 7) Prof. Daniel Dotta 1 Sumário Capacitor Indutor 2 Capacitor Componente passivo de circuito. Consiste de duas superfícies condutoras separadas por um material não condutor

Leia mais

CONDUTORES E ISOLANTES

CONDUTORES E ISOLANTES ELETRICIDADE CONDUTORES E ISOLANTES O FÍSICO INGLÊS STEPHEN GRAY PERCEBEU QUE ALGUNS FIOS CONDUZIAM BEM A ELETRICIDADE E CHAMOU-OS DE CONDUTORES E, AOS QUE NÃO CONDUZIAM OU CONDUZIAM MAL A ELETRICIDADE,

Leia mais

AULA 08 CIRCUITOS E LEIS DE KIRCHHOFF. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas

AULA 08 CIRCUITOS E LEIS DE KIRCHHOFF. Eletromagnetismo - Instituto de Pesquisas Científicas ELETROMAGNETISMO AULA 08 CIRCUITOS E LEIS DE KIRCHHOFF OS ELEMENTOS DO CIRCUITO Sabemos que o circuito é o caminho percorrido pela corrente elétrica. Nessa aula iremos analisar esses circuitos. Mas antes

Leia mais

Corrente elétrica e leis de Ohm Módulo FE.05 (página 46 à 49) Apostila 2

Corrente elétrica e leis de Ohm Módulo FE.05 (página 46 à 49) Apostila 2 Aula 05 Corrente elétrica e leis de Ohm Módulo FE.05 (página 46 à 49) Apostila 2 Eletrodinâmica Sentido convencional da corrente elétrica Intensidade da corrente elétrica Leis de Ohm Resistor Condutividade

Leia mais

CAPACITORES. Prof. Patricia Caldana

CAPACITORES. Prof. Patricia Caldana CAPACITORES Prof. Patricia Caldana Em vários aparelhos elétricos existem dispositivos cuja função é armazenar cargas elétricas. Um exemplo simples é o flash de uma máquina fotográfica. Na figura abaixo,

Leia mais

MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 01

MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 01 MANUTENÇÃO BÁSICA Aula teórica de revisão 01 REVISÃO CONCEITOS BÁSICOS DE ELETRICIDADE Múltiplos e Submúltiplos Cargas Elétricas NÊUTRONS: NÃO POSSUEM CARGAS ELÉTRICAS PRÓTONS: POSSUEM CARGAS POSITIVAS

Leia mais

RESISTOR É O ELEMENTO DE CIRCUITO CUJA ÚNICA FUNÇÃO É CONVERTER A ENERGIA ELÉTRICA EM CALOR.

RESISTOR É O ELEMENTO DE CIRCUITO CUJA ÚNICA FUNÇÃO É CONVERTER A ENERGIA ELÉTRICA EM CALOR. Resistores A existência de uma estrutura cristalina nos condutores que a corrente elétrica percorre faz com que pelo menos uma parte da energia elétrica se transforme em energia na forma de calor, as partículas

Leia mais

Corrente contínua e Campo de Indução Magnética: CCB

Corrente contínua e Campo de Indução Magnética: CCB CCB 01 Corrente contínua e Campo de Indução Magnética: CCB Um condutor elétrico cilíndrico encontra-se disposto verticalmente em uma região do espaço, percorrido por uma intensidade de corrente Oersted

Leia mais

Corrente elétrica e resistência

Corrente elétrica e resistência Corrente elétrica e resistência 1 Corrente elétrica Neste capítulo vamos discutir as correntes elétricas, isto é, cargas em movimento. Especificamente, discutiremos correntes em materiais condutores. Embora

Leia mais

Aula II Lei de Ohm: ddp, corrente elétrica e força eletromotriz. Prof. Paulo Vitor de Morais

Aula II Lei de Ohm: ddp, corrente elétrica e força eletromotriz. Prof. Paulo Vitor de Morais Aula II Lei de Ohm: ddp, corrente elétrica e força eletromotriz Prof. Paulo Vitor de Morais Veremos nessa aula Potencial elétrico / ddp; Corrente elétrica; Direção e sentido do fluxo; Resistividade; Resistência;

Leia mais

(A) O módulo da impedância total diminuirá. (B) A corrente eficaz aumentará. (C) O desfasamento entre a corrente e a tensão da fonte aumentará.

(A) O módulo da impedância total diminuirá. (B) A corrente eficaz aumentará. (C) O desfasamento entre a corrente e a tensão da fonte aumentará. MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2017/2018 EIC0014 FÍSICA II 2º ANO, 1º SEMESTRE 11 de janeiro de 2018 Nome: Duração 2 horas. Prova com consulta de formulário e uso de computador. O

Leia mais

Cap06: Resistores Os resistores são elementos de circuito cuja principal propriedade é a resistência elétrica.

Cap06: Resistores Os resistores são elementos de circuito cuja principal propriedade é a resistência elétrica. Cap06: Resistores Os resistores são elementos de circuito cuja principal propriedade é a resistência elétrica. 6.1 considerações iniciais 6.2 Resistencia elétrica. Lei de Ohm. 6.3 Lei de Joule. 6.4 Resistividade

Leia mais

EXERCÍCIOS DE ELETRICIDADE

EXERCÍCIOS DE ELETRICIDADE EXERCÍCIOS DE ELETRICIDADE Revisão de Eletricidade (Física) do Ensino Médio A - Corrente e Tensão Elétrica 1. Numa seção reta de um condutor de eletricidade, passam 12 C a cada minuto. Nesse condutor,

Leia mais

Cap. 25. Capacitância. Copyright 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved.

Cap. 25. Capacitância. Copyright 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved. Cap. 25 Capacitância Copyright 25-1 Capacitância Um capacitor é constituído por dois condutores isolados (as placas), que podem receber cargas +q e q. A capacitância C é definida pela equação onde V é

Leia mais

O circuito RLC. 1. Introdução

O circuito RLC. 1. Introdução O circuito Na natureza são inúmeros os fenómenos que envolvem oscilações. Um exemplo comum é o pêndulo de um relógio, que se move periódicamente (ou seja, de repetindo o seu movimento ao fim de um intervalo

Leia mais

Capacitores. Prof. Carlos T. Matsumi

Capacitores. Prof. Carlos T. Matsumi Circuitos Elétricos II Prof. Carlos T. Matsumi 1 Conhecidos também como condensadores; São componentes que acumulam carga elétricas; Podem ser: Circuitos Elétricos II Polarizados (ex. capacitor eletrolítico)

Leia mais