ANÁLISE DOS EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA SOBRE A RELAÇÃO RISCO E RETORNO DE EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA BOVESPA ATRAVÉS DAS TÉCNICAS DO CAPM

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1 João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 ANÁLISE DOS EFEITOS DA CRISE ECONÔMICA SOBRE A RELAÇÃO RISCO E RETORNO DE EMPRESAS DE TECNOLOGIA DA BOVESPA ATRAVÉS DAS TÉCNICAS DO CAPM Marineide Gomes Barbosa de Lima (FAFIRE ) mary_neide18@yahoocombr Anderson Marcolino Pereira de Oliveira (FAFIRE ) marcolinoee@yahoocombr A crise internacional deflagrada em 2008 produziu no Brasil um efeito rebote apenas alguns anos depois, pois hoje se percebe que a economia brasileira apresenta sinais de recessão observados através do PIB (Produto Interno Bruto) e com issoo surgiu à necessidade de avaliar o reflexo dessa crise sobre as ações das empresas de tecnologia listadas na Bolsa de Valores de São Paulo através das técnicas do CAPM (Capital Asset Price Model), calculando-se a relação risco e retorno dessas empresas, onde também foi analisado através dos dados contábeis dessas empresas, o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) e Sobre o Ativo Total (ROA) Com isso, concluiu-se que as empresas apresentaram um retorno esperado negativo, o que demonstra o reflexo da crise sobre as ações dessas empresas que sofreram grandes oscilações, tornando-se ativos arriscados para seus investidores Palavras-chave: Crise econômica; CAPM; Beta; Empresas de Tecnologia; ROE

2 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de Introdução Em 2014 o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu apenas 0,1%, e observa-se que não há muita sobrevida para manter o ritmo de crescimento notado até o final da década de 2000 Ora influenciado apenas por políticas internas, ora controlado pelos momentos de estabilidade dos mercados internacionais, a economia brasileira já experimentou períodos de maior calmaria Entretanto, nos últimos anos, observa-se que o mercado brasileiro já não evolui com a mesma constância que vinha produzindo até pouco tempo atrás Com isso, o efeito da crise sobre a produção brasileira é claro Se a demanda externa já não consome da mesma maneira que outrora absorvia quase tudo o que era produzido no país, e o consumo interno não tem capacidade para absorver tudo o que se fabrica, aumenta a oferta, diminuindo consequentemente, os preços A partir daí o efeito cascata faz com que a receita das empresas caia, e com isso, os seus ativos no mercado sejam reduzidos O objetivo deste trabalho é analisar através da Técnica do CAPM (Capital Asset Price Model) o efeito da crise econômica vivida pelo Brasil no ano de 2015 sobre a relação risco e retorno das ações das empresas de capital aberto de tecnologia listada na bolsa de valores de São Paulo Para atingir o objetivo proposto será utilizada a técnica do CAPM para calcular o retorno das ações das empresas de tecnologia, onde será calculado o beta de mercado das ações dessas empresas com base no retorno das ações do período de 2011 a 2015 através de informações extraídas do site da Bovespa e também, será analisado o retorno sobre capital próprio (ROE) e o Retorno sobre Ativo total (ROA) dessas empresas A relevância do trabalho está no fato de existir pouca discussão e análises na literatura e no meio acadêmico sobre o efeito da crise atual sobre as ações das empresas, pois a crise vivida pelo país está trazendo um reflexo negativo sobre as ações das empresas e se faz necessário estudar em profundidade tais efeitos através de uma técnica tão bem conceituada no mercado financeiro, que é a técnica do CAPM Pois, conforme afirma Assaf Neto (2014, p 233) o CAPM: é um método de mensuração do custo do capital próprio bastante adotado na prática O CAPM considera o risco da empresa na determinação da taxa de retorno mínimo exigido, ou custo de capital 2

3 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 O trabalho está composto de uma análise da atual conjuntura econômica, das técnicas do CAPM e o beta de mercado, em seguida é feita uma análise do Retorno sobre o capital próprio e o retorno sobre o ativo total, para depois ser apresentada a metodologia do trabalho e análise de resultados 2 A Atual conjuntura econômica do país Em meados de 2008, quando houve a quebra do banco Lehman Brothers, a economia mundial foi abalada, instaurando-se uma crise que perduraria por alguns anos na Europa e nos EUA Porém nos países emergentes, também conhecidos como BRICS (conjunto dos países Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a situação foi um pouco diferente Vivendo uma época de crescimento desenfreado, países como China, Rússia, Índia e Brasil não sofreram imediatamente os impactos da crise Falando do Brasil especificamente, o comércio interno vivia ótima fase, obras de infraestrutura estavam sendo promovidas pelo PAC Programa de Aceleração do Crescimento, e as exportações eram subsidiadas pela explosão do PIB (Produto Interno Bruto) chinês que consumia boa parte do que era produzido aqui Porém em meados de 2012, os reflexos da crise chegaram até o país O PIB brasileiro que esteve no auge no final da década passada chegou ao crescimento pífio dos dias atuais A partir desse cenário, o governo passou a intervir: Segundo Pozzi et al (2015), o governo interveio utilizando alguns artifícios Um deles foi o subsídio do IPI (Imposto sobre Produtos Indistrializados) dos automóveis e dos eletrodomésticos da chamada linha branca Outra medida tomada foi a de promover o descongelamento do crédito interbancário utilizando os bancos públicos Porém, de acordo com Pozzi et al (2015), a crise externa ainda não havia dissipado, e por esse motivo, os efeitos dela seriam ainda mais pesado sobre os brasileiros Ainda segundo Pozzi et al (2015, p 13): Esse desdobramento negativo da crise só começou a ficar visível em 2012, 2013 E o governo tomou novas medidas para enfrentar isso e evitar que o número do desemprego voltasse a subir, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamento Mas isso não foi suficiente para impedir o ritmo lento da economia Segundo Costa Pinto et al (2016), as medidas tomadas pelo governo brasileiro não foram efetivas em sua totalidade, o que refletiu na desaceleração do PIB Ainda segundo Costa Pinto et al (2016, p 23): A desaceleração econômica, associada ao novo contexto internacional desfavorável, implicou na redução das taxas de rentabilidade dos segmentos dominantes, com a 3

4 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 exceção do setor bancário-financeiro, gerando expressivos impactos negativos na acumulação de capital no Brasil Com base nesse contexto vivenciado pelo País, serão analisados os dados econômicofinanceiros das empresas de tecnologia através de técnicas para analisar a relação riscoretorno dessas empresas e observar o reflexo dessa conjuntura econômica sobre as ações dessas empresas 3 Modelo de Risco e Retorno CAPM (Capital Asset Price Model) Quando se fala em análise de investimentos, é imprescindível saber quanto de risco se está assumindo para obter determinado retorno para a tomada de decisão Existem vários modelos que mensuram a relação Risco versus Retorno, mas nesse trabalho será utilizado o modelo CAPM (Capital Asset Price) O CAPM surgiu em meados da década de 60 quando Willian Sharpe, John Litner e Jack Treynor desenvolveram um modelo capaz de mensurar o prêmio de risco quando o beta não era zero e nem um (1,0), já que as situações em que ele possui esses valores já foram determinadas anteriormente Tal método foi denominado de modelo de precificação de ativos de capital (CAPM), segundo o qual num mercado competitivo, o prêmio de risco esperado varia proporcionalmente ao beta Esse prêmio de risco vai ser a diferença entre o retorno esperado do ativo e a taxa livre de risco (DAMODARAN, 1997) Antes de explicar como funciona o modelo, é necessário esclarecer o conceito de dois tipos de riscos que se encontra no mercado que são: o risco diversificável ou sistemático e o risco não diversificável ou não sistemático De acordo com Padoveze (2011, p 93): o risco de mercado (sistemático ou não diversificável) decorre de variáveis conjunturais e sistêmicas, que, de modo geral, afetam todas as empresas, tais como inflação, recessão, guerras, taxas de juros, etc O risco sistemático é um tipo de risco inerente a todos os ativos negociados no mercado, sendo determinados por eventos de natureza política, econômica ou social, e, que é identificado nas características do próprio ativo, não se alastrando aos demais ativos da carteira Outro tipo de risco é o risco diversificável ou não sistemático, que com base em Padoveze (2011, p 93): decorre de variáveis que afetam especificamente cada empresa, tais como sua própria operação, campanhas de marketing, grandes vendas, etc 4

5 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 De acordo com esses conceitos de riscos, Padoveze (2011, p 93) defende que: a parcela do risco da empresa que pode ser minimizada ou otimizada (eventualmente, até eliminada) é o risco não sistemático, via diversificação da carteira Pois, a parcela do risco sistemático ou não diversificável não pode ser eliminada por uma carteira ótima de ações, uma vez que é inerente, na média a todas as empresas Conforme afirma Gitman (2010, p 221), o risco total do título é igual ao somatório do risco não diversificável e do risco diversificável O CAPM é construído sobre a premissa de que a variância de retornos é a medida de risco apropriada, mas apenas aquela porção de variação que não é diversificável é recompensada Pois, o método não considera o risco diversificável relevante, uma vez que dentro da teoria das carteiras o investidor racional vai diversificar seus investimentos na tentativa de eliminar esse tipo de risco Logo, o modelo mede a variância não diversificável usando uma estimativa beta, e relaciona os retornos esperados a essa medida beta (DAMODARAN, 1997) Pois como afirma Damodaran (1997, p 27) no CAPM, os investimentos são medidos em duas dimensões: o retorno esperado sobre o investimento compreende a recompensa, e a variância nos retornos esperados compreende o risco do investimento A medida da variância em qualquer tipo de investimento mensura a disparidade entre retornos efetivos e esperados A fórmula do CAPM é: K= R f + β i (R m R f ) (31) R f = prêmio pago ao ativo livre de risco (espera) R m R f = Prêmio por risco β = Medida do risco do ativo em relação a uma carteira padrão O coeficiente β é usado para medir o risco não diversificável, isto é, fatores de mercado que afetam todas as empresas, como guerra, inflação, crises internacionais, entre outros É um índice que mede a relação entre o retorno de um ativo e o retorno do mercado Desta forma, o prêmio por risco será sempre multiplicado por este coeficiente, exigindo um prêmio maior por risco quanto maior for a variação do ativo em relação à carteira de mercado Para analisar o beta, tem-se que: Se β = 1, o Ativo é médio Ou seja, sua variação tende a acompanhar perfeitamente o mercado; 5

6 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 Se β < 1, o Ativo é defensivo Ou seja, possui oscilações inferiores ao mercado e no mesmo sentido; Se β > 1, o Ativo é Agressivo Ou seja, possui oscilações maiores do que o mercado e no mesmo sentido Segundo Damodaran (1997, p 26): O CAPM ainda é o padrão pelo qual os demais modelos para risco e retorno são medidos O modelo em si tem a vantagem de ser simples e intuitivo, e fornece algumas implicações fortes e passíveis de serem testadas Além de que como defende Assaf (2005), ele é igualmente aplicado em decisões envolvendo orçamento de capital, definindo o retorno exigido de cada projeto em função de diferentes níveis de risco assumido Por fim, na tentativa de explicar a escolha desse método para esse trabalho vale salientar a ideia defendida por Assaf (2005, p391) que diz: Para empresas que operam com várias unidades de negócios com diferentes riscos, o CAPM tem enorme utilidade ao permitir que se estime o retorno desejado para cada segmento de negócios e se avalie, ao mesmo tempo, seu desempenho econômico, principalmente em termos de agregação de valor Em verdade, a condição essencial no processo de criação de valor de uma empresa é quando sua atividade operacional produz um retorno superior ao seu custo de capital Pois, conforme afirma Gitman (2010), o CAPM oferece um arcabouço conceitual útil para avaliar o risco e o retorno e relacionar um ao outro Entender essa associação e procurar considerar tanto um quanto outro na tomada de decisões financeiras pode ajudar os administradores financeiros a atingir seus objetivos 4 Retorno sobre o capital próprio (ROE) O Retorno sobre o capital próprio mensura o retorno gerado para os acionistas da empresa De acordo com Gitman (2010, p 60): O retorno sobre o capital próprio mede o retorno obtido sobre o investimento dos acionistas ordinários na empresa Quanto mais alto esse retorno, melhor para os proprietários Conforme Gitman (2010, p 60), o cálculo do Retorno sobre o capital próprio é dado pela seguinte equação: ROE = LL/ PL (41) ROE = Retorno sobre capital próprio LL = Lucro líquido disponível aos acionistas ordinários 6

7 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 PL = Patrimônio Líquido De acordo com Padoveze (2011, p 75): A análise financeira de balanço considera essa abordagem de análise da rentabilidade como a principal, já que tem como foco a figura dos donos do capital da empresa, que estamos chamando genericamente de acionistas Padoveze (2011, p 75) afirma ainda que: a análise da rentabilidade sob a ótica do acionista toma como referência o patrimônio líquido do balanço patrimonial como o investimento do acionista 5 Retorno sobre o Ativo total (ROA) O Retorno sobre ativo total (ROA) é também chamado de Taxa de Retorno ou Retorno sobre investimento (ROI), é a relação entre o dinheiro ganho ou perdido através de um investimento, e o montante de dinheiro investido Com base no conceito apresentado por Martins (2001, p 240), o Retorno sobre Investimento pode ser obtido através da razão entre o resultado líquido e o capital total investido Gitman (2011, p 60) afirma que o ROA: mede a eficácia geral da administração na geração de lucros a partir dos ativos disponíveis Quanto mais elevado o retorno sobre o ativo total de uma empresa, melhor Pode ser calculado com base em Gitman (2011, p 60) conforme a fórmula que segue abaixo: ROA = LL/AT (51) ROA = Retorno sobre Ativo Total LL = Lucro líquido disponível aos acionistas ordinários AT = Ativo total De acordo com Padoveze (2011, p 78): torna-se mais relevante verificar a rentabilidade do investimento como um todo, sem ater-se a que tipo de capital foi financiado Padoveze (2011, p78) afirma ainda que: É uma análise extremamente importante, pois desvincula o investimento feito (o ativo) do financiamento (passivo) levantado para financiar esse investimento Assim, pode-se fazer uma análise comparativa com maior isenção ao longo do tempo, com as demais empresas, sejam do próprio setor ou não, ou com o desempenho da própria empresa, e mesmo com outros ativos ou investimentos financeiros 7

8 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de Metodologia Para alcançar os objetivos desse trabalho foram coletados dados financeiros no site da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) referentes a três empresas de Tecnologia: TOVS SA, ITAUTEC SA E POSITIVO SA, com o intuito de calcular o beta de mercado das ações dessas empresas e calcular com base no modelo do CAPM, o custo do capital próprio das ações dessa empresa nesse atual cenário de crise financeira Foram coletados os valores de fechamento do último dia de cada ano das ações das empresas citadas e comparados entre si para avaliar os retornos gerados, através da fórmula: ((Valor Final/Valor Inicial) -1) *100 E com base nesses retornos através da técnica do CAPM foi encontrado o Beta de mercado comparando os retornos dessas empresas no período de 2011 a 2015 Para a Taxa de Retorno Livre de Risco foram utilizados os retornos da Taxa Selic no ano de 2015 e para Taxa de Retorno da Carteira de Mercado foram colocados os retornos do Índice IBOVESPA no ano de 2015 para identificar o reflexo da crise sobre o custo do capital próprio dessas empresas Para encontrar o valor do Beta de mercado das empresas estudadas foram seguidos os seguintes passos: 1 Calcular o retorno das empresas citadas do ano de 2011 a 2015; 2 Calcular a diferença entre a taxa de retorno e o retorno médio determinado na etapa anterior; 3 Calcular a diferença entre a taxa de retorno e a média de retornos para a carteira de mercado; 4 Multiplicar a diferença calculada para o retorno da empresa pela diferença obtida pelo retorno de mercado, ou seja, resultados do passo dois (2) multiplicado pelo resultado do passo três (3); 5 Calcular o quadrado das diferenças obtidas para o retorno de mercado; 6 Somar os valores obtidos nos itens 4 e 5; 7 Calcular o coeficiente Beta, que é o quociente entre o total dos somatórios dos itens 4 e 5; 8

9 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de Calcular o retorno esperado das ações da empresa com base na fórmula 31 do CAPM, utilizando como taxa livre de risco (R s ), o valor do ano de 2015 da Selic e como taxa de retorno de mercado (R m ), o valor do ano de 2015 do índice Ibovespa Já para encontrar o valor do retorno sobre o capital próprio das empresas foram coletados os dados necessários das empresas analisadas no site do Bovespa, calculando o ROE (Retorno sobre Capital próprio) através do uso da equação 41 e para calcular o ROA (Retorno sobre Ativo Total) foi utilizada a equação 51 7 Análise da relação Risco e Retorno das empresas de tecnologia de capital aberto Com base nos dados históricos do período de 2011 a 2015 coletados no site da bolsa de valores das empresas de tecnologia: Totvs, Itautec e Positivo foram calculados os betas de mercado dos retornos das ações dessas empresas, conforme é apresentado na tabela a seguir Conforme afirma Gitman (2010, p 222) o coeficiente beta: consiste em uma medida relativa do risco não diversificável É um indicador do grau de variabilidade do retorno de um ativo em resposta a uma variação do retorno de mercado Pois, Padoveze (2011, p 91) afirma ainda que: a reação da rentabilidade de uma empresa individual em relação à rentabilidade média do mercado indica o risco da empresa, que é medido pelo beta Tabela 1 Dados do CAPM CAPM TOTVS SA ITAUTEC SA POSITIVO SA BETA (β) 4,28 1,62 1 RENTORNO ESPERADO DAS AÇÕES (K) -56,98% -21,56% -13,29% Fonte: Elaboração Própria (2016) Com base nos cálculos feitos com os dados históricos dessas empresas, vê-se que a TOTVS SA apresentou um coeficiente beta de 4,28, o que significa que essa empresa tem uma reação sempre excedente ao mercado, tanto no aspecto positivo quanto no aspecto negativo Ainda com base em Padoveze (2011, p 92), toda empresa que tem um beta maior que um (1,0) deve indicar que é uma empresa com maior grau de risco que a média de mercado Porém, como contrapartida natural, com maiores possibilidades de lucros adicionais que a média do mercado em situação de crescimento Em função da crise econômica vivida pelo País essa empresa apresentou grandes oscilações no retorno de suas ações fazendo com que o seu beta, 9

10 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 que mede o risco dessa empresa fosse esse valor de 4,28, mostrando que esse tipo de ação é agressivo e com o isso apresenta um risco elevado, pois de acordo com a fórmula do CAPM as ações da TOTVS SA apresentaram um retorno esperado negativo no valor de 56,98%, situação que pode ser explicada pela atual conjuntura econômica vivida pelo País que está afetando a economia como um todo e com isso se torna mais arriscado investir nesse tipo de empresa, uma vez que ela reage mais fortemente às flutuações econômicas do mercado e apresenta um retorno negativo maior que o retorno do mercado, pois o índice Ibovespa no ano de 2015 apresentou um retorno de -13,31%, enquanto que as ações da TOTVS SA apresentaram um retorno negativo de -56,98% Já a POSITIVO SA apresentou um coeficiente Beta igual a 1,0, que significa que a sensibilidade desse ativo é igual a do mercado Ou seja, a Positivo SA reage aos fatores econômicos como a crise financeira vivida pelo país na mesma proporção que a reação do mercado Em função da crise vivida pelo País, o custo do capital próprio dessa empresa pela técnica do CAPM apresentou, também, um resultado negativo no valor de 13,29%, que é um valor bem próximo do retorno do Ibovespa no mesmo período Pois, de acordo com Ross (2015, p 391): o coeficiente beta igual a um, significa que o retorno esperado do título é igual ao retorno esperado do mercado Tal relação faz sentido, pois o beta da carteira de mercado também é 1 (um) A ITAUTEC SA apresentou um coeficiente beta de 1,62, o que significa que a sua sensibilidade é maior que a do mercado, sendo um ativo agressivo O retorno dessa ação foi negativo no valor de 21,56%, mostrando o risco alto e o reflexo dos fatores econômicos sobre as ações dessa empresa De acordo com Assaf Neto (2014, p220): uma ação com beta maior que 1,0 retrata um risco sistemático mais alto que o da carteira de mercado, sendo por isso interpretado como um investimento agressivo Pois, o retorno em excesso dessa ação varia na mesma direção do mercado, proporcionalmente maior que a variação do mercado Através das informações contábeis das empresas coletadas no site da Bolsa de Valores de São Paulo no ano de 2015, foram calculados os indicadores de Retorno sobre o capital próprio e Retorno sobre ativo total das empresas estudadas, conforme tabela a seguir Tabela 2 Cálculos dos Retornos 10

11 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 Retornos TOTVS SA ITAUTEC SA POSITIVO SA Retorno sobre Capital Próprio (ROE) 0,06-0,15-0,14 RETORNO SOBRE ATIVO TOTAL (ROA) 0,03-0,05-0,04 Fonte: Elaboração Própria (2016) Com base na análise feita nos dados contábeis da empresa, analisando as demonstrações contábeis do ano de 2015 foram calculados os índices como a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROE) e sobre o Ativo total (ROA) das empresas, onde a TOTVS apresentou um resultado positivo, já que das três empresas analisadas foi à única que ainda perante a situação enfrentada pelo país apresentou um lucro líquido de R$ 70900, já as demais empresas apresentaram uma rentabilidade negativa, pois ambas apresentaram prejuízos no período Pois, conforme afirma Assaf Neto (2014, p 119), o ROE apresenta o retorno dos recursos aplicados pelos proprietários da empresa, ou seja, ele demonstra para cada R$ 1,00 de capital investido na empresa quanto que os acionistas auferiram de retorno e esse retorno deve ser sempre comparado com o retorno mínimo exigido pelos acionistas, ou seja, o custo do capital próprio No caso da empresa TOTVS, com base na análise de mercado através do CAPM, a mesma apresentou um retorno negativo devido ao contexto de crise vivido pelo país e que afetou de forma geral todas as empresas do mercado, porém como essa empresa apresenta um risco maior em relação às outras empresas analisadas, ela pode apresentar um retorno maior também em função desse risco, logo nesse período com base em seus demonstrativos contábeis ela apresentou uma rentabilidade sobre capital próprio positiva de 0,06 e sobre o ativo total de 0,03, que pode ser considerada pouco em função do volume de investimento e do porte dessa empresa, mas é um retorno positivo comparado com as outras empresas como a Positivo e a Itautec que apresentaram um retorno negativo, em função do prejuízo auferido por ambas no período, que foram, respectivamente, R$ ,00 e R$ ,00 7 Conclusão Conclui-se que o reflexo da crise econômica sobre as ações das empresas foi negativo, pois afetou os retornos esperados das três ações estudadas, que apresentaram um retorno negativo em função da crise econômica, causando grandes oscilações no mercado financeiro, pois a empresa TOTVS SA foi à empresa com maior beta, o que demonstra que é uma ação agressiva e mais arriscada, seguida da empresa ITAUTEC SA, que também apresentou um 11

12 João_Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016 beta acima de um, demonstrando que é uma ação arriscada e depois a POSITIVO SA, que apresentou um beta igual a um, o que significa que suas ações variam na mesma proporção do mercado Já em relação à análise contábil, as empresas Itautec e Positivo apresentaram retornos negativos sobre o capital próprio e ativo total, em função do prejuízo apresentado no período, em contrapartida, a empresa TOTVS SA apresentou um lucro líquido no período estudado, comprovando a teoria de que ela é uma empresa com maior risco, mais que pode auferir maiores retornos, mesmo em período de crises, ela conseguiu auferir um lucro para seus acionistas REFERÊNCIAS ASSAF NETO, A Mercado Financeiro 6ed São Paulo, Atlas, 2005 Fundamentos de administração financeira 2 Ed São Paulo: Atlas, 2014 BM&FBOVESPA Informações Diversas Disponível em:< Acesso em: 10 de Abril de 2016 COSTA PINTO, Eduardo A economia política dos governos Dilma: acumulação, bloco no poder e crise 2016 Tese de Doutorado Grupo de Análise Marxista Aplicada Isabela Nogueira Professor, Instituto de Economia, Universidade Federal do Rio de Janeiro Disponível em: < Acesso em 01 de maio de 2016 DAMODARAN, Aswath Avaliação de investimentos Ferramentas e técnicas para a determinação do valor de qualquer ativo Rio de Janeiro, Qualitymark, 1997 GITMAN, Lawrence J Princípios de Administração Financeira 12 ed São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010 MARTINS, Eliseu Avaliação de empresas da mensuração contábil à econômica São Paulo, Atlas, 2001 PADOVEZE, Clóvis Luís Introdução à administração financeira 2 ed São Paulo: Cengage Learning, 2011 POZZI, Diana Helena de Benedetto et al Os Rumos da Situação Econômica do Brasil Revista Cultura e Extensão USP, v 13, p 11-22, 2015 Disponível em: < Acesso em 01 de maio de 2016 ROSS, Stephen A Administração financeira: versão brasileira de corporate finance 10 ed Porto Alegre: AMGH,

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