BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO. II Caderno PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO

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1 BOLETIM DOS REGISTOS E DO NOTARIADO Janeiro 1/2002 II Caderno PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO Proc. nº R.P. 129/2001 DSJ-CT - Título para registo de aquisição - Transacção em processo de inventário. 2 Proc. nº R.P. 139/2001 DSJ-CT - Averbamento à inscrição de locação financeira - Efeito sobre a validade do contrato de alteração de locação financeira da falta de reconhecimento presencial das assinaturas dos outorgantes. 7 Proc. nº R.P.202/2001 DSJ-CT - Registo de hipoteca - condições de aplicabilidade das restrições à alienação e oneração às situações de mudança de crédito e/ou de instituição de crédito. 9 Proc. nº 89/93 R.P.4 - Partilha. Falta de consentimento do cônjuge do herdeiro casado em regime de comunhão de adquiridos. 12 Proc. nº 90/93 R.P.4 - Loteamento. Penhora de parte do prédio. 16 Proc. nº 96/93 R.P.4 - Cláusulas acessórias. 20 Proc. nº 99/93 R.P.4 - Bem comum do casal. Disposição para depois da morte, por um dos cônjuges ou ex-cônjuge. Registo do mesmo bem em comum e sem determinação de parte ou direito. 26 Proc. nº 3/92 R.P.4 - Penhora. Cancelamento. Execuções fiscais. Apresentação complementar. 31 Proc. nº 4/92 R.P.4 - Aumento de capital. Sócio divorciado. Subscrição do aumento. 34 Proc. nº 6/92 R.P.4 - Averbamentos às descrições - Legitimidade para os pedir. 37 Proc. nº 7/92 Not.3 - Emolumentos. Isenções. Participações emolumentares dos notários e oficiais. 41 Proc. nº 7/92 R.P.4 - Registos provisórios. Prazo de vigência. Notificação do despacho de provisoriedade. 44 Proc. nº 7/92 R.C.3 - Da admissibilidade de o cônjuge conservar os apelidos do outro que tenha adoptado antes de decretada a separação judicial de pessoas e bens e da inadmissibilidade de os adoptar depois de decretada a separação. 46

2 Nº 1/2002 Janeiro PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO Proc. nº R.P. 129/2001 DSJ-CT - Título para registo de aquisição Transacção em processo de inventário. Relatório: 1 - Pela ap. 10 de 27 de Abril de 2001 foi requisitado o registo de aquisição da fracção autónoma G do prédio descrito pela ficha n.º da freguesia de.... A instruir o pedido de registo foi junta certidão judicial de inventário passada pela 3.ª secção do... juízo do Tribunal de Família e de Menores do... e certidão matricial passada pelo 3.º Bairro Fiscal do... Qualificando tal pedido de registo, a Senhora Conservadora recusou-o com fundamento nos artigos 68.º, 69.º, n.º 1 alínea b) e 95.º, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial, por o facto não se encontrar titulado nos documentos apresentados, na medida em que a certidão judicial não esclarecia se a causa da separação de meações era a separação de bens, separação de pessoas e bens ou o divórcio, sendo certo de que se tratava de um requisito especial da inscrição. Inconformado com tal despacho da Senhora Conservadora, o interessado recorreu hierarquicamente do mesmo, alegando em resumo que: O facto da certidão judicial não esclarecer a causa da separação de meações, não fazia resultar que o facto sujeito a registo não se encontrava titulado nos documentos apresentados. Que do art.º 2.º do Código do Registo Predial, alínea a) do n.º 1, consta que estão sujeitos a registo os factos jurídicos que determinam a aquisição do direito de propriedade, tal como doutamente o anota Isabel Pereira Mendes, in Código do Registo Predial anotado, 1986, pag.111, a indicação dos factos sujeitos a registo consta do art.º 2.º ; o legislador ao empregar a expressão factos jurídicos, não terá andado longe da definição que lhe dá Mota Pinto in Teoria Geral do Direito Civil, isto é, de que facto jurídico é todo o acto humano ou acontecimento natural juridicamente relevante e que essa relevância jurídica se traduz, principalmente, se não mesmo necessariamente, na produção de efeitos jurídicos ob. cit. pág Daí que, quando o legislador do registo predial determinou, no art.º 2.º, n.º1, alínea a), estarem sujeitos a registo os factos que determinem a aquisição do direito de propriedade, estivesse a referir-se, precisamente, aos factos jurídicos causais da aquisição do direito de propriedade sobre prédios, ou seja, aos previstos no artº 1316.º do C. Civil, v. g., contrato, sucessão por morte, usucapião, acessão etc. E daí, também, que no art.º 95.º, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial se tenha erigido em requisito especial do extracto da inscrição de aquisição a respectiva causa. Assim vistas as coisas, haverá que perguntar se dos documentos apresentados e destinados a instruir a requisição do acto de registo aquisição, consta ou não a respectiva causa, em obediência ao disposto no art.º 95.º, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial. Isto é, se dos documentos apresentados resulta juridicamente provada a ocorrência de um facto jurídico que determine a aquisição do direito de propriedade por alguém sobre o prédio identificado na requisição de registo. Refere de seguida o recorrente que a certidão judicial apresentada documenta autenticamente que entre ele e MECDM, foi celebrado um contrato de transacção e que tal contrato foi homologado por sentença judicial transitada em julgado. Que se a transacção é um contrato (art.º 1248.º do Código Civil) e se o contrato é um dos modos de aquisição do direito de propriedade (art.º1316.º do Código Civil); Se as concessões recíprocas através das quais as partes terminam um litígio ( o que é da essência do contrato de transacção art.º 1248.º do Código Civil ) podem envolver constituição, modificação ou extinção de direitos diversos do direito controvertido; Se do contrato consta, da sua cláusula 3.ª, que a fracção autónoma nela descrita sob a verba n.º 14 ficou adjudicada ao recorrente; Se a Mm.ª Juíza homologou por sentença o referido contrato e declarou jurisdicionalmente...efectuada a partilha, com a respectiva adjudicação dos bens e direitos... ; Se no art.º 408.º, n.º 1 do Código Civil se afirma que, salvo casos excepcionais, a transferência de direitos reais sobre coisa determinada, dá-se por mero efeito do contrato

3 Nº 1/2002 Janeiro (que nunca por efeito de um divórcio); É manifesto que não é manifesto que o facto sujeito a registo não esteja titulado nos documentos apresentados. Que dos documentos apresentados, não consta, é certo, se a causa do processo de inventário para separação de meações foi, a separação de bens, a separação de pessoas e bens ou o divórcio. Só que, tais factos não poderão nunca ser havidos como causa da aquisição sobre o prédio indicado na requisição de registo, sendo esse factos apenas causa da partilha e não causa das aquisições que através da partilha se façam. A causa da partilha do casal é, de acordo com a lei, a cessação das relações patrimoniais entre os cônjuges art.º 1689.º, n.º 1 do Código Civil, cessação que é causal da partilha, podendo ser causas dessa cessação das relações patrimoniais, a dissolução, a declaração de nulidade ou a anulação do casamento art.º 1688.º do Código Civil, para além de outras que, sem a elas se reconduzirem, lhes são legalmente equiparadas art.º 1770.º e 1772.º do Código Civil. Que a tudo isto acresce que o próprio art.º 1404.º do Código de Processo Civil apenas considera o divórcio, entre outras causas de cessação das relações patrimoniais entre os cônjuges, requisito de requerimento de processo judicial de inventário e não causa de aquisição do direito de propriedade. Que, assim, se conclui, ao contrário do decidido, que dos documentos juntos com a requisição de registo, consta a causa jurídica da aquisição do direito de propriedade sobre o imóvel nele identificado a favor do recorrente, apesar de neles não se fazer a menção da causa ou do evento condicionante da instauração do processo de inventário facultativo para separação de meações, da transacção nele alcançada e da sentença que a homologou com trânsito em julgado. E sobretudo, não se poderá afirmar que seja manifesto, consoante o determina o art.º 69.º, n.º 1, alínea b) do Código do Registo Predial, que o facto jurídico que determinou a aquisição pelo ora recorrente do direito de propriedade sobre o imóvel indicado na requisição de registo, não esteja titulado nos documentos apresentados. Poderia eventual e remotamente, justificar uma provisoriedade por dúvidas, se se entendesse que a menção da causa, (divórcio) que possibilitou a causa judicial (processo de separação de meações) na qual surgiu a causa de aquisição do direito de propriedade (transacção) constitui um elemento que deverá constar da inscrição, mas nunca para justificar uma recusa do registo, que é do que se reclama. 2 - A senhora Conservadora recorrida, na sequência, veio em despacho de sustentação reafirmar o que já havia exarado no seu despacho de recusa, mais argumentando que na certidão judicial dos autos de inventário facultativo para separação de meações em que o recorrente se apoiou para obter o registo de aquisição da fracção autónoma, não é referida a causa que lhe deu origem. Que o que determinou o inventário para a separação de meações foi a partilha consequente à extinção da comunhão de bens entre os cônjuges, conforme dispõe o art.º 1326.º, n.º 3 do Código de Processo Civil, que só pode ser provocada pela separação de bens, separação de pessoas e bens ou divórcio. Que de harmonia com o disposto nos artigos 1404.º e 1406.º do Código de Processo Civil, bem como nos artigos 1688.º e 1689.º do Código Civil, foi um destes factos que deu origem à aquisição e, consequentemente, deve constar como causa que determinou a aquisição, atento o disposto no art.º 95.º, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial, sendo certo que constitui um requisito especial da inscrição. Que o que está em causa não é a forma como o ora recorrente obteve a aquisição do prédio, se houve decisão judicial ou acordo, outrossim o facto jurídico que lhe deu origem, que desencadeou o processo de inventário. A transacção só pode pôr termo a um processo se lhe estiver subjacente um facto, uma relação jurídica. Que o art.º 43.º do Código do Registo Predial dispõe que só podem ser registados os factos constantes dos documentos que legalmente os comprovem. Ora, no caso da dissolução da comunhão conjugal ter como causa o divórcio, a separação de bens ou a separação judicial de bens, é a sentença que os decreta, transitada em julgado, que faz a prova da dissolução da comunhão conjugal e dos correspondentes efeitos e, consequentemente, legitima a intervenção dos cônjuges na partilha dos bens que pertenciam ao casal. Do mesmo modo o registo de aquisição emergente de vocação sucessória, deferido em partilha, é efectuado com base em documento comprovativo da habilitação de herdeiros e na

4 Nº 1/2002 Janeiro escritura tituladora do acto que ponha termo à indivisão hereditária, no caso de partilha extrajudicial ou efectuada mediante certidão dos autos de inventário, no caso de ter ocorrido partilha judicial. A partilha constitui, assim, acto meramente declarativo, limitando-se a concretizar em bens determinados os quinhões de cada herdeiro. Assim, como a escritura de partilha desacompanhada de titulo comprovativo de habilitação notarial ou judicial dos herdeiros do de cujus, não é documento suficiente para a prova de aquisição de direitos transmitidos por sucessão, também a aquisição titulada apenas por certidão dos autos de inventário para separação de meações desacompanhada da certidão de sentença transitada em julgado que decrete o divórcio, a separação de bens ou a separação de pessoas e bens, não constitui titulo suficiente para a aquisição. Conclui ser manifesto que o facto não se encontra titulado nos documentos apresentados, em obediência ao disposto nos artigos 69.º, n.º 1, alínea b) e 95, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial, motivo pelo qual confirma o despacho de recusa. Estas são as posições em confronto e que opõem recorrente e recorrida, centrando-se a controvérsia nos efeitos a atribuir à omissão na certidão judicial apresentada do facto que determinou a cessação das relações patrimoniais entre os cônjuges. O processo é o próprio, as partes têm legitimidade, o recurso foi interposto em tempo e não existem questões prévias que obstem ao conhecimento do mérito. Fundamentação: A - O pedido de registo de aquisição a favor do recorrente, anotado pela ap. 10 de 27 de Abril de 2001 e que foi recusado, tem por objecto a raiz ou nua propriedade da fracção autónoma designada pela letra G, correspondente a uma habitação no 3.º andar designado pelo n.º 6 do prédio descrito pela ficha n.º da freguesia de... Tal fracção autónoma encontra-se registada a favor do recorrente, JMCDL, casado na comunhão de adquiridos com MECDML. Sobre a mesma fracção encontra-se lavrado registo de usufruto a favor de outra pessoa. O pedido teve por base uma certidão judicial extraída de inventário facultativo que terminou por transacção por termo no processo. No mesmo foram descritas as verbas que compunham o património comum do casal, figurando aquela fracção autónoma na verba 14 e devidamente identificada, inclusivamente quanto aos elementos do registo. Requerente e requerida (partes interessadas no processo de inventário) acordaram nos bens a adjudicar a cada um para preenchimento das suas meações, após tentativa falhada já em conferência de interessados, como resulta da cláusula 2.ª da transacção. Concordaram por outro lado que os bens descritos eram os que compunham o seu património comum tendo atribuído valor a cada uma das verbas descritas, procedendo desse modo à sua avaliação. Da composição das meações acordada resultou excesso de valor a favor do requerente que pagou tornas à requerida, que das mesmas deu quitação. Por sentença de foi a transacção homologada, declarando-se efectuada a partilha com a respectiva adjudicação dos bens e direitos, tendo a mesma transitado em julgado em A fracção autónoma objecto do registo foi adjudicada, entre outros bens ao requerente e ora impugnante. B - A partilha consequente à extinção da comunhão de bens entre cônjuges, pode realizar-se por inventário ( art.º 1326.º, n.º 3 do Código de Processo Civil, ou extrajudicialmente por escritura pública (alínea j do n.º 2 do art.º 80.º do C. Notariado). Ainda nos termos do art.º 1404.º, n.º 1 do Código de Processo Civil, decretada a separação judicial de pessoas e bens ou o divórcio, ou declarado nulo ou anulado o casamento, qualquer dos cônjuges pode requer inventário para partilha dos bens, salvo se o regime de bens do casamento for o de separação, dispondo ainda o n.º 3 do mesmo artigo que o inventário corre por apenso ao processo de separação, divórcio, declaração de nulidade ou anulação. Por outro lado, os artigos 1788.º, 1789.º e 1795.º-A do Código Civil, definem os efeitos do divórcio e separação judicial de pessoas e bens quanto às relações patrimoniais entre os cônjuges, sendo quanto a estas, equiparados à dissolução por morte. Tendo-se procedido a inventário para partilha dos bens comuns entre o recorrente e a pessoa que no registo figurava como seu cônjuge, terá de concluir-se que o mesmo terá tido por

5 Nº 1/2002 Janeiro causa o divórcio, ou a separação judicial de pessoas e bens, para não falar da declaração de nulidade ou anulação do casamento, sendo certo que a separação de bens poderá também verificarse ainda em casos especiais, nos termos definidos no art.º 1406.º do Código de Processo Civil. Nesta linha de raciocínio, a legitimidade das partes interessadas, à luz da causa que deu origem ao requerimento de inventário para partilha dos bens comuns, é de verificação pelo juiz no âmbito do processo, devendo dar-se por efectuada. O inventário agora em questão terminou pela transacção em que os interessados acordaram nos bens que constituíam o acervo do seu património comum e destes, os que integrariam a meação de cada um. O recorrente em defesa da sua tese, de ser a transacção homologada a causa da aquisição, chama-lhe contrato de transacção, tal como se acha definido no art.º 1248.º do Código Civil e, sendo o contrato um dos modos de aquisição do direito de propriedade (art.º 1316.º do Código Civil), conclui ser manifesto que o facto sujeito a registo está titulado no documento. Parece pacífico que a transacção é de facto um contrato processual ou negócio jurídico processual, como já em diversos arestos tem sido referido 1. Ao juiz, ao homologar a transacção por sentença, incumbe avaliar da sua legalidade pelo seu objecto, qualidade das pessoas intervenientes e cláusulas que a compõem (art.º 300.º do Código de Processo Civil). É da natureza da transacção a existência de um objecto controvertido, de um litígio, normalmente quanto à existência ou não de um direito alegado, traduzindo-se em mútuas concessões com vista à sua composição. No caso do inventário, a transacção não assume esse carácter (confrontar parecer deste Conselho de in Regesta 1984, págs. 2/p e seguintes, proferido em momento em que ainda não existia no processo de inventário a norma do nº 6 do artº 1353º do Código de Processo Civil). O que fundamentalmente está em causa é a concretização desse direito pela imputação concreta daqueles bens, direitos e encargos na esfera jurídica própria de cada um, e daí a razão da Senhora Conservadora recorrida referir que a partilha constitui um acto meramente declarativo, limitando-se a concretizar em bens determinados os quinhões de cada herdeiro. De facto, a transacção em processo de inventário e, nomeadamente no caso dos autos, praticamente confunde-se com o acordo que pode ocorrer na conferência de interessados. E tal acordo, desde que seja unanime, opera como que uma antecipação da partilha, dele resultando a atribuição de bens e a determinação dos respectivos valores, configurando uma licitação não animosa 2. Usualmente, e de acordo com a tramitação própria do processo de inventário, apesar do acordo alcançado, deverá ser proferido despacho determinativo da partilha e elaborar-se o respectivo mapa, reflectindo, naturalmente, o acordo alcançado. Porém, à face do disposto no n.º 6 do art.º 1353.º do Código de Processo Civil, o inventário pode findar na conferência, por acordo dos interessados, desde que o juiz considere que a simplicidade da partilha o consente. Ora, foi o que aconteceu no caso dos autos em que os interessados acordaram na enumeração dos bens que constituía o acervo da sua comunhão conjugal, no valôr a atribuir a cada verba, o seu valor global e o que a cada um competia, bem como os bens e direitos que a cada eram atribuídos para composição da sua meação. E, tal acordo, foi homologado por sentença que transitou em julgado, declarando-se efectuada a partilha e adjudicados os bens e direitos nos termos constantes daquele. Estamos, assim, crentes que tal sentença transitada constitui titulo adjudicativo dos bens atribuídos a cada um dos ex-cônjuges em preenchimento das suas meações. Outra questão, porém, é saber se do documento apresentado para registo (certidão judicial) consta ou não a titulação do facto. Para o efeito torna-se necessário atentar no que se dispõe no art.º 52.º do Código de Processo Civil. Tal dispositivo legal fixa os requisitos que se tornam indispensáveis à exequibilidade das certidões extraídas dos inventários. Ora, procedendo-se à análise da certidão judicial apresentada, conclui-se 1 Vide Ac.da Relação de Évora de e Ac. do S.T.J. de Como escreve Lopes Cardoso in partilhas judiciais-vol. II, pag. 105.

6 Nº 1/2002 Janeiro que tais requisitos são por ela evidenciados, procedendo-se às devidas adaptações. De facto, da certidão consta a designação do requerente e requerida, a indicação de que são as partes com interesse na separação das meações, a relacionação de todos os bens que constituíam a comunhão conjugal e os bens a cada um dos ex-cônjuges adjudicados para preenchimento das suas meações, bem como a declaração de se ter por efectuada a partilha por sentença transitada em julgado. Nestes termos, parece, salvo o devido respeito, não se poder afirmar que o facto não está titulado no documento apresentado. Como também não se pode perder de vista que a decisão judicial transitada em julgado se impõe ao conservador (artº 205º, nº 2 da Constituição). C Questão diferente, porém, é saber se, no presente caso, os documentos apresentados fornecem todos os elementos necessários do ponto de vista técnico-registral, com vista ao registo definitivo do facto. Não obstante a Senhora Conservadora recorrida ter fundamentado a sua recusa na circunstância do facto não estar titulado, argumentou sempre com a questão de não ser conhecida a causa da aquisição, que é um requisito especial da inscrição de aquisição, nos termos previstos no art.º 95.º, n.º 1, alínea a) do Código do Registo Predial. De facto, da análise dos documentos e até mesmo da requisição de registo não resulta qual tenha sido a causa que determinou o requerimento para abertura do processo de inventário, não se sabendo, efectivamente, que facto jurídico operou a cessação das relações patrimoniais entre os cônjuges. Assim, neste ponto, parece assistir razão à Senhora Conservadora. É que, no presente caso, a causa da aquisição, apresenta-se com um carácter mais complexo do que ocorre na generalidade das situações. Aqui a causa da aquisição resulta da conjugação de uma causa próxima com uma causa remota, isto é, uma causa imediata e uma causa mediata. Na realidade, a causa da aquisição por cada um dos interessados, pela concretização de direitos já existentes, dos bens que lhe foram adjudicados, radica na cessação das suas relações patrimoniais em consequência de divórcio, separação judicial de pessoas e bens ou só de bens, nulidade ou anulação do casamento, mas também não pode deixar de se centrar no titulo que deu tradução à atribuição em concreto dos bens, ou seja, a partilha homologada por sentença. Daí ser prática habitual e corrente, nestes casos, mencionar no extracto da inscrição, como causa, a partilha subsequente a divórcio, separação de pessoas e bens etc.. Já era assim, que a esta questão se referia Seabra de Magalhães in formulário de registo predial 3. Há uma outra questão que não foi referida pela Senhora Conservadora recorrida e que não está em tabela, mas que não deixará de ser objecto de breve comentário. Prende-se ela com a plena identificação do requisitante interessado no registo e sujeito activo do facto e que constitui um requisito geral da inscrição nos termos previstos na alínea e) do n.º 1 do art.º 93.º do Código do Registo Predial conjugado com a alínea a) do n.º 1 do art.º 46.º, já que naturalmente diferente da identificação constante do registo anterior. Também quanto a este aspecto os documentos deveriam fornecer todos os elementos necessários à regular efectuação do registo e, certamente, que os autos de inventário ou o processo ao qual correu por apenso, conterão todos os dados que agora se mostram em falta. Postas as coisas nestes termos, poderá concluir-se que embora o documento apresentado certifique a titulação do facto cujo registo se requisitou, não certifica outros elementos que se tornam necessários à efectuação do registo tal como foi requisitado, isto é, com carácter definitivo, sendo certo, por outro lado, que também não foram juntos outros documentos que complementarmente os certificassem. Nestes termos, somos de parecer que o recurso merece provimento parcial, devendo o registo ser lavrado provisoriamente por dúvidas, alinhando-se, em síntese, as seguintes Conclusões 3 Aí, ob. Cit. pág. 62 refere que a causa da aquisição é a partilha, mas que partilha existe sempre que se põe fim a uma universalidade de bens. Consequentemente teremos partilha hereditária, partilha subsequente a divórcio, separação judicial de pessoas e bens ou simples separação judicial de bens.

7 Nº 1/2002 Janeiro I - A «transacção» efectuada em inventário para separação de meações na qual foram relacionados e avaliados os bens do casal e os seus contitulares acordaram na composição dos respectivos quinhões e na forma da partilha (tendo inclusivamente o credor das tornas dado a correspondente quitação) homologada por sentença transitada em julgado que declarou «efectuada a partilha, com a respectiva adjudicação dos bens e direitos (...)», é título suficiente para o registo de aquisição dos bens a favor do adjudicatário (cfr. artºs 205º, nº 2 da Constituição e 300º, 1326º, nº 3 e 1353º, nº 6 do Código de Processo Civil. II - Não constando da certidão judicial sequer a referência ao processo que determinou a dissolução da comunhão conjugal, não é possível averiguar o facto jurídico que produziu o efeito da cessação das relações patrimoniais entre os cônjuges e precisar o estado civil dos sujeitos, pelo que o registo deverá ser efectuado provisoriamente por dúvidas (cfr. artigos 68º e 70º do Código do Registo Predial). Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de António Duarte Luís, relator, Ana Viriato Sommer Ribeiro, Maria Eugénia Cruz Pires dos Reis Moreira, João Guimarães Gomes de Bastos. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 139/2001 DSJ-CT Averbamento à inscrição de locação financeira Efeito sobre a validade do contrato de alteração de locação financeira da falta de reconhecimento presencial das assinaturas dos outorgantes. Registo a qualificar: Averbamento - peticionado pela Ap. 14, de 20 de Setembro de 2000 à inscrição de locação financeira em que é locadora a ora recorrente e locatária..., S.A. (no registo ainda como sociedade por quotas) e objecto a fracção autónoma designada pela letra A descrita na ficha nº 01014/ A, da freguesia de..., lavrada em F-1 (Ap. 06/951127), da alteração do prazo (de 10 anos para 13 anos e 3 meses). O registo foi requisitado com base em documento particular denominado Alteração de Contrato de Locação Financeira, em que foram contraentes a locadora e a locatária, com data de 20 de Janeiro de 2000, com reconhecimento das assinaturas dos representantes da locatária feitas na presença de funcionário notarial em 23 de Fevereiro de 2000, e com reconhecimento das assinaturas dos representantes da locadora feitas na presença de funcionário notarial em 4 de Setembro de Ficou anexo a este documento uma Acta do PEC Processo 37, elaborada no âmbito do Decreto-Lei nº 316/98, de 20 de Outubro, subscrita pelos representantes da locatária, da locadora e de outros credores daquela, e por consultor e técnico superior do Gabinete PEC do IAPMEI, em que todos confirmaram, no âmbito das medidas de consolidação financeira da... aprovadas em 15 de Julho de 1999, as seguintes condições: 1. Prorrogação dos actuais contratos em mais 30% do período inicialmente contratado (...). A Acta tem a mesma data de 20 de Janeiro de Consta expressamente daquele documento particular Alteração de Contrato de Locação Financeira que no âmbito do acordo PEC processo 37 - ambas as partes, de mútuo acordo, vêm alterar os pontos 2, 4 e 5 contidos nas condições particulares inseridas no citado documento complementar, anexo à escritura celebrada em 27/10/95,do seguinte modo: 2- Prazo do Contrato Duração do contrato passa a ser de 159 meses (13 anos e 3 meses) a contar de 27/10/95 (...). Consta ainda que o documento foi feito em triplicado. Este mesmo registo já havia sido pedido por duas vezes. A primeira pela Ap. 06, de 31 de Março de 2000, mas, a avaliar pelo respectivo despacho de recusa, apenas se encontravam reconhecidas presencialmente as assinaturas dos representantes da locatária. A segunda pela Ap. 02, de 8 de Junho de 2000, mas, a acreditar nos termos da presente impugnação, as assinaturas dos representantes da locadora foram

8 Nº 1/2002 Janeiro reconhecidas com poderes para o acto mas não presencialmente. Deliberação I - O contrato de locação financeira é um contrato solene ou formal, sujeito à forma do documento particular, exigindo-se, no caso de bens imóveis, o reconhecimento presencial das assinaturas das partes e a certificação, pelo notário, da existência da licença de utilização ou de construção 1. II - É título bastante para o averbamento à inscrição de locação financeira da alteração do prazo o documento particular - assinado pelos representantes da locadora e pelos representantes da locatária, com reconhecimento das assinaturas de uns e de outros feitas perante notário ulteriormente à data que figura no documento e em momentos distintos ao qual foi anexado uma acta que titula um acordo celebrado em procedimento de conciliação regulado pelo Decreto-Lei nº 316/98, de 20 de Outubro, no âmbito do qual se integra aquela alteração Cfr. art. 3º do D.L. nº 149/95, de 24 de Junho, na redacção do D.L. nº 265/97, de 2 de Outubro. Na redacção inicial não se exigia a certificação notarial da existência da licença camarária. No domínio do D.L. nº 171/79, de 6 de Junho revogado pelo citado D.L. nº 149/95 -, a locação financeira de imóveis estava sujeita à forma da escritura pública (artº 8º). A serem exactas as declarações insertas nos autos, o contrato de locação financeira que está a ser questionado foi celebrado por escritura pública em momento em que já não era esta a forma legalmente exigida. Mas é evidente a possibilidade de ir para além das formalidades impostas pela lei (cfr. artº 364º, nº 1, C.C.) e 2 A posição da 2 A posição da Senhora Conservadora recorrida arranca do pressuposto de que o reconhecimento presencial das assinaturas das partes no documento particular é requisito essencial do próprio negócio e das suas alterações, pelo que tal formalidade se deve verificar à data da sua celebração e início de vigência. Não tendo sido observada a forma legalmente exigida, a sanção a aplicar não pode deixar de ser a nulidade (artº 220º, C.C.). Trata-se de nulidade absoluta, que não admite confirmação, apenas se configurando a hipótese de renovação ou reiteração, com eficácia retroactiva limitada às partes. Cita, a propósito, Manuel de Andrade, in Teoria Geral da Relação Jurídica, Vol. II, 1966, págs. 419 e 424. Salvo o devido respeito, não concordamos com a posiçao assumida pela recorrida. Brevitatis causa diremos desde já que reconhecemos que estamos no campo da forma ad substantiam (cfr. Menezes Cordeiro, in Tratado de Direito Civil Português, I, Parte Geral, Tomo I, pág. 318). Mas é desde logo duvidoso que haja razões que justifiquem nesta alteração a exigência da forma legal do contrato. No Anteprojecto sobre a forma dos negócios jurídicos (de Rui de Alarcão, in B.M.J. nº 86, pág. 187) constava (artº 3º, nº 3) a presunção de que a razão da exigência da forma não abrangia os pactos modificativos quando se destinassem a cancelar ou reduzir as obrigações de alguma ou de ambas as partes. Ora a alteração dos autos foi efectuada na decorrência de um acordo que visou a viabilização da recuperação da empresa locatária, pelo que haveria que indagar se da alteração resultou ou não uma redução das obrigações da locatária perante a locadora. Mas, a nosso ver, o que deverá ser questionado é qual o «título» para o registo da alteração. Não será o acordo obtido no procedimento de conciliação, do qual a alteraçao documentada não será mais do que mera execução? Ora, se assim for e nós não excluímos que assim não seja -, parece-nos líquido que o acordo obedece à fora legal (cfr. artº 8º do D.L. 316/98, de 20 de Outubro). Sustentar, como fez a recorrida, que existe in casu nulidade absoluta por vício de forma e que, tratando-se de nulidade manifesta, o registo deverá ser recusado nos termos do artº 69º,nº 1, d), do C.R.P., é, a nosso ver, uma posição demasiado redutora e que não colhe o nosso apoio. Pela nossa parte, afigura-se-nos que, verdadeiramente, o acordo - o consenso resultante das vontades (de acção, de declaração e negocial) das partes enquanto elemento subjectivo da declaração negocial, e da declaração (elemento objectivo) está consubstanciado na Acta, que obedeceu à forma legal. Na data em que a Acta foi redigida e por todos assinada verificou-se a conclusão do acordo. Na mesma data terão sido elaborados (em triplicado) os documentos de alteração relativos a cada um dos contratos de locação financeira abrangidos pelo acordo. Mas tais documentos não terão sido logo assinados pelas partes. Só assim se explica que nos reconhecimentos notariais se ateste que as assinaturas foram feitas perante o funcionário notarial (e não que os reconhecimentos das assinaturas foram realizados estando os signatários presentes aos actos cfr. artº 153º, nº5, do Cód. do Notariado) O que mais reforça a nossa convicção de que as partes se autovincularam na Acta. Afigura-se-nos, assim, não ser de levantar no caso dos autos a questão da nulidade da declaração negocial por vício de forma. Matéria, aliás, bem complexa, que demandaria uma análise das razões determinantes da forma (documento escrito) e das razões determinantes das formalidades (reconhecimento notarial e certificação notarial da licença), para se concluir sobre a natureza da nulidade, concretamente, se se tratava de nulidade típica ou antes de nulidade atípica (que não pode ser invocada por terceiros nem oficiosamente conhecida pelo conservador), e, neste caso, se a mesma seria passível de sanação ou convalidação, designadamente por posterior reconhecimento notarial das assinaturas (cfr., a

9 Nº 1/2002 Janeiro Nos termos expostos, é entendimento deste Conselho que o recurso merece provimento. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de João Guimarães Gomes de Bastos, relator. Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 202/2001 DSJ-CT Registo de hipoteca condições de aplicabilidade das restrições à alienação e oneração às situações de mudança de crédito e/ou de instituição de crédito. Registo a qualificar: Conversão da inscrição de hipoteca voluntária C-3, que incide sobre as fracções autónomas designadas pelas letras E, L e P do prédio descrito na ficha nº 00500/160586, da freguesia de..., e que foi requisitada pela Ap. 66, de 11 de Julho de Destas fracções autónomas é titular inscrito RMFCF (G-2, Ap. 60/110696), e credora hipotecária inscrita a... (C-1, Ap. 61/110696). Em 7 de Março de 2001 (Ap. 08 e Ap. 09) foram registadas provisoriamente por natureza (C-2 e C-.3 art. 92º, nº 1, i)) duas hipotecas voluntárias a favor do ora recorrente para garantia de empréstimos (o 1º registo foi instruído com declaração do Banco para os fins previstos no art. 31º do D.L. nº 349/98, de 11 de Novembro, e no D.L. nº 45/2001, de 10 de Fevereiro). Por escritura de 22 de Maio de 2001 foi titulado um contrato de mútuo com hipoteca e fiança, através do qual o Banco concedeu ao proprietário das fracções um empréstimo, pelo prazo de 20 anos, ao abrigo do regime de crédito a habitação jovem bonificado regulado pelo D.L. nº 349/98, destinando-se tal empréstimo à liquidação do empréstimo contraído propósito do contrato promessa, Calvão da Silva, in R.L.J., Ano 132º, págs. 259 e segs., em anotação ao Acórdão do S.T.J. de 12 de Novembro de 1998, in CJ VI-III, págs. 110 e segs.). na... em 16 de Maio de 1996, constando da escritura: que tendo em conta o Rendimento Bruto Anual corrigido do Agregado Familiar, e considerando o prazo já decorrido na anterior Instituição de Crédito, o primeiro outorgante não beneficia durante o primeiro ano de vida do empréstimo de qualquer bonificação de juros. Consta ainda do nº 7 da cláusula 4ª do documento complementar que faz parte integrante da escritura: O mutuário não poderá alienar o fogo objecto do presente empréstimo antes de decorrido o prazo de cinco anos a contar da data da concessão do presente empréstimo, salvo nos casos previstos no número quatro do artigo doze do Decreto-Lei número trezentos e quarenta e nove barra noventa e oito, de onze de Novembro. Se a alienação do fogo se verificar antes de decorrido o prazo referido e fora dos casos ali mencionados, o Mutuário reembolsará o Banco do montante das bonificações entretanto usufruídas, acrescidas de penalização legal, nesta data fixada em dez por cento. Por escritura da mesma data (22 de Maio de 2001) foi titulado um outro contrato de mútuo com hipoteca e fiança, através do qual o Banco concedeu ao proprietário das fracções um empréstimo pelo prazo de 25 anos. Refere expressamente o documento complementar que faz parte integrante da escritura que o contrato de mútuo tem por fim específico o que da escritura consta, mas o certo é que o texto da escritura é omisso quanto ao fim específico do empréstimo concedido. Em 11 de Julho de 2001 foi requisitado na Conservatória recorrida 1) o cancelamento da inscrição C-1 (Ap. 64), 2) a conversão da inscrição C-2 (Ap.65), e 3) a conversão da inscrição C-3 (Ap. 66). Os actos de registo referidos em 1) e 2) foram efectuados, tendo este último determinado a feitura oficiosa da inscrição do ónus de inalienabilidade previsto no art. 12º do D.L. nº 349/98 (F-2, Ap. 65 Of.) e da inscrição do ónus de impossibilidade previsto no art. 8º, nº 3, deste diploma legal (F-3, Ap. 65 Of.). O registo referido em 3) foi recusado porque se verifica a impossibilidade de dar o imóvel como garantia no prazo de 5 anos. Questão prévia: O recurso, a nosso ver, é extemporâneo, porquanto o despacho de qualificação considera-se notificado em 2 de

10 Nº 1/2002 Janeiro Agosto de 2001 dado que o registo nos CTT é de 30 de Julho (cfr. art. 254º, nº 2, C.P.C.) -, pelo que o prazo (de 30 dias) para a interposição do recurso terminou no dia 3 de Setembro de 2001 [cfr. art. 141º, nº 1, do C.R.P., e art.s 279º, e), e 296º, ambos do C.C.]. Ora a petição de recurso foi apresentada na Conservatória no dia 4 de Setembro (Ap. 75). Sem embargo, não deixaremos de apreciar o mérito do recurso. Deliberação I - A hipoteca voluntária constituída pelo mutuário do regime de crédito bonificado em violação do disposto no art. 8º, nº 3, b), do D.L. nº 349/98, de 11 de Novembro, não está, por tal motivo, ferida de invalidade, pelo que o facto deve ser registado 1. II - Em princípio a lei só dispõe para o futuro, pelo que os pressupostos de permanência no regime de crédito bonificado definidos no nº 3 do art. 8º do citado D.L. nº 349/98, com a redacção introduzida pelo D.L. nº 320/2000, de 15 de Dezembro, dever-se-ão verificar tão somente nas operações de crédito contratadas após a data da entrada em vigor deste último diploma legal (cfr. art. 12º, nº 1, do Cód. Civil, e art. 5º, nº 1, do D.L. nº 320/2000) Este Conselho já tomou posição sobre a matéria no parecer emitido no Pº C.P. 20/2001 DSJ-CT, in BRN nº 9/2001, págs. 8 e segs., em termos que se nos afiguram suficientemente explícitos e que aqui damos por reproduzidos. Sobre o ponto incidem as conclusões 1ª a 4ª, inclusivé. Em face da posição aí assumida, parece-nos evidente que a argumentação do recorrido no despacho de qualificação não colherá, pelo que a impugnação deste despacho seria de proceder se não se verificasse a extemporaneidade do recurso. 2 - Cremos que a afirmação do texto não deve suscitar reparos. Sem embargo do enunciado da norma do nº 1 do art. 5º do D.L. nº 137-B/99, de 22 de Abril, nos suscitar algumas dúvidas quanto a saber se a impossibilidade de dar como garantia o imóvel que por aquele diploma foi introduzida na alínea b) do nº 5 do art. 8º - se aplicaria às operações de crédito já contratadas. A aplicar-se após o decurso do prazo aí fixado, tal ónus às relações já constituídas, o que não cremos, cairiamos no âmbito do 2º segmento do nº 2 III - Nas operações de crédito contratadas após a entrada em vigor do citado D.L. nº 320/2000 com vista à concretização da opção por um outro regime de crédito dentro da mesma instituição de crédito mutuante ou por uma outra instituição de crédito mutuante, ao abrigo do mesmo ou de outro regime de crédito, nos termos permitidos pelo art. 28º do citado D.L. nº 349/98, os pressupostos de permanência do regime de crédito bonificado e do regime de crédito jovem bonificado definidos na versão actual da lei só serão de considerar e estarão sujeitos a registo enquanto ónus se o «novo empréstimo» for contraído num «outro regime de crédito» e este for um regime de crédito bonificado 3. do art. 12º do C.C. De qualquer modo, em face do art. 5º, nº 1, do D.L. nº 320/2000, cremos que será válida a afirmação do texto. 3 - Afigura-se-nos que esta é a interpretação que vai ao encontro do pensamento legislativo. Sem pretendermos ser exaustivos porque, verdadeiramente, a matéria não contende com a decisão da impugnação sempre diremos que bem se justifica, a nosso ver, a sujeição do novo empréstimo aos requisitos de permanência da bonificação e a sujeição destes ónus a registo se o caso for de mudança do regime geral para um dos regimes de crédito bonificado, contando-se o prazo de vigência dos ónus a partir da data do «novo empréstimo». Mas já se nos afigura que o «novo empréstimo» não estará sujeito aos pressupostos de bonificação da lei na versão actual se apenas se verificar uma mudança de instituição de crédito mutuante, mantendo-se o regime bonificado. Isto porque o «novo empréstimo» concedido pela nova instituição de crédito mutuante certamente que em condições mais favoráveis para o mutuário, num quadro concorrencial no sector do crédito bancário que a lei pretendeu estimular obedece ao mesmo regime do empréstimo anterior (que aliás se destina a liquidar) e com este terá que se «conformar» (cfr. art. 28º do citado D.L. nº 349/98, maxime os nºs 2, 3 e 8). Daí que entendamos que 1) os requisitos legais de permanência no regime bonificado são os que vigoravam à data do empréstimo anterior (ou seja, os requisitos fixados pela LA cfr. Baptista Machado, in Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador, 1983, págs. 233/234), 2) o prazo de vigência dos ónus é o fixado pela lei em vigor na data do empréstimo anterior e conta-se a partir desta data, e 3) se à data do empréstimo anterior e à data do registo da hipoteca que o garante os ónus não estavam sujeitos a registo, também não deverão ser registados os ónus com o registo da hipoteca que garante o «novo empréstimo». É, portanto, nossa convicção que o «novo empréstimo» está sujeito aos requisitos legais de permanência da bonificação vigentes à

11 Nº 1/2002 Janeiro IV - Consequentemente, estarão indevidamente lavrados os registos dos ónus previstos nos art.s 8º, nº 3, e 12º, do citado D.L. nº 349/98, se o título que lhes serviu de base for um contrato de mútuo concedido no regime de crédito jovem bonificado e destinado a liquidar um empréstimo contraído em outra instituição no mesmo regime de crédito anteriormente à data da entrada em vigor do citado D.L. nº 320/ V - Estes registos indevidamente lavrados podem ser cancelados mediante consentimento da Direcção-Geral do Tesouro (cfr. art. 122º, nº 1, do C.R.P., e art.s 26º e 26º-A, do citado D.L. nº 349/98) 5. Nos termos expostos, somos de parecer que: data do empréstimo anterior e ao prazo iniciado nesta mesma data. 4 - Parece-nos e resulta aliás da petição de recurso que o empréstimo concedido pela anterior instituição de crédito - e que o novo empréstimo visou liquidar - também foi concedido no regime de crédito bonificado. Embora cumpra salientar que este entendimento está em contradição com o estatuído no nº 7 da cláusula 4ª do documento complementar. Na tese do recorrente que merece a nossa concordância o mutuário não deveria in casu estar vinculado ao ónus de não alienar. Pelo que tal cláusula se revela, a nosso ver, incompreensível. Comprovando-se que não houve mudança de regime de crédito, decorre do anteriormente exposto que os registos dos ónus efectuados aliás em termos que não merecem a nossa adesão (cfr. citado parecer emitido no Pº C.P. 20/2001 DSJ-CT, nota 20) estarão indevidamente lavrados, por manifesta insuficiência do título (cfr. art.s 16º, b), e 123º, nº 1, do C.R.P.). 5 - Cremos que a afirmação do texto não suscita reparos. Parece-nos incontroverso que o Estado é «afectado», a nível tabular, com o cancelamento dos ónus. Pelo que bem se justifica que a Direcção-Geral do Tesouro que nesta matéria prossegue os fins públicos deva prestar o seu consentimento ao cancelamento por «via administrativa». Admitimos até que o conservador, depois de se «convencer» de que no caso se trata de mudança de instituição de crédito mutuante ao abrigo do mesmo regime de crédito, tome a iniciativa do cancelamento, não convocando a conferência de interessados a que se refere o art. 126º do C.R.P. (ou não ordenando a citação a que se refere o art. 129º, na redacção do D.L. nº 273/2001, de 13 de Outubro, caso este diploma já então se encontre em vigor), mas antes relatando à Direcção- Geral do Tesouro o quadro factual em presença e solicitando a esta que preste o consentimento ao cancelamento. a)- O recurso é intempestivo, pelo que deverá ser indeferido; b)- O cancelamento dos registos dos ónus só em processo de rectificação poderá ser ordenado; c)- Ao Banco de Portugal, enquanto entidade supervisora das instituições de crédito (cfr. art. 116º do D.L. nº 298/92, de 31 de Dezembro), deverá ser dado conhecimento do contrato de mútuo garantido pela hipoteca dos autos 6. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de João Guimarães Gomes de Bastos, relator. Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº 89/93 R.P.4 Partilha. Falta de consentimento do cônjuge do herdeiro casado em regime de comunhão de adquiridos. 1. O sr. Notário de... interpõe recurso hierárquico do despacho de indeferimento da reclamação que deduziu (usando da faculdade conferida pelo nº 4 do artº. 140º do Código do Registo Predial) contra a provisoriedade por dúvidas do registo de aquisição a que correspondem as apresentações nºs 16 e 17 de 6 - Como já se salientou, da escritura não consta o fim específico do mútuo garantido pela hipoteca cujo registo foi recusado. No despacho de qualificação esta questão não foi levantada. E não nos parece que a omissão do fim específico do empréstimo constitua vício que determine a manifesta nulidade do negócio jurídico. Pelo que não há, a nosso ver, motivo para a recusa do registo. Mas, por outro lado, afigura-se-nos que o Banco de Portugal deve tomar conhecimento do caso. Sugerimos pois que a Direcção-Geral dos Registos e do Notariado, através da Direcção dos Serviços Jurídicos, participe ao Banco de Portugal o caso dos autos e dele solicite informação sobre o procedimento adequado que deverá ser adoptado em situações futuras. Ulteriormente se ajuizará sobre a oportunidade e conveniência de emitir orientação aos serviços externos.

12 Nº 1/2002 Janeiro /3/1993 da Conservatória do Registo Predial de.... Trata-se da inscrição de aquisição de uma fracção autónoma de um prédio em propriedade horizontal, feita com base em escritura de partilha lavrada pelo recorrente em 12/2/1993, que foi efectuada provisoriamente por dúvidas por os cônjuges dos herdeiros casados sob o regime da comunhão de adquiridos não terem intervindo na escritura, faltando, portanto, a sua autorização. A fracção autónoma, único bem a partilhar, foi atribuída em propriedade aos dois únicos filhos do "de cuius", casados na comunhão de adquiridos, na proporção de metade para cada um, e o direito de uso e habitação foi atribuído ao cônjuge sobrevivo, herdeiro e também meeiro, que ainda recebeu tornas daqueles. 2. Na petição da reclamação o sr. Notário alegou que o raciocínio que levara o reclamado a levantar dúvidas assentava na ideia errada de que a partilha é um acto de alienação, quando, segundo a doutrina unânime, a partilha é um acto meramente declarativo e não constitutivo. Por um lado, o quinhão hereditário dos herdeiros casados na comunhão de adquiridos não integra a comunhão conjugal (alíneas b) e c) do nº 1 do art. 1722º do Código Civil), por outro, a partilha não constitui acto de alienação ou oneração; por isso não compreendia a necessidade do consentimento do cônjuge do herdeiro casado na comunhão de adquiridos, pelo menos quando, como no caso, o quinhão deste era preenchido com bens ou direitos de valor não inferior ao quinhão, devendo o registo ser convertido em definitivo. 3. No despacho de sustentação o reclamado esclareceu que lavrara o registo provisoriamente por dúvidas porque, devendo ter sido requerido como provisório por natureza, nos termos da alínea e) do nº 1 do artº. 92º do CRP, fora, pelo contrário, pedido como definitivo. Rebateu que a doutrina fosse unânime em considerar a partilha um acto meramente declarativo. São dessa opinião Cunha Gonçalves, Pereira Coelho e Paulo Cunha, que defendem que os bens adjudicados pertencem ao herdeiro desde a abertura da sucessão, por força de um direito preexistente à partilha - a vocação sucessória -, ideia que tem expressão actual no artº. 2119º do CC. Mas já Oliveira Ascensão entende que a partilha é um acto modificativo, porque altera o objecto e o conteúdo dos direitos preexistentes: com a partilha o direito de cada herdeiro amplia-se qualitativamente e restringe-se quantitativamente. Outros ainda (entre eles, Flamino Martins) consideram a partilha um acto constitutivo, no sentido de que atribui ao herdeiro um direito que ainda lhe não pertencia. Porém, qualquer que seja a sua natureza jurídica (acto declarativo, modificativo ou constitutivo), a partilha engloba sempre actos de alienação. Na verdade, o acto pode ser declarativo e ser simultaneamente de alienação; não são conceitos que se excluam. A oposição dá-se, sim, entre actos de administração e actos de alienação. Ao invés do que pensa o reclamante, os actos declarativos não são o mesmo que actos de administração. Estes não comportam alienações. Os actos praticados pelos herdeiros destinados a pôr fim à situação de indivisão, consubstanciados na partilha, não cabem na categoria de actos de administração, nem ordinária nem extraordinária. Flamino Martins escreveu na vigência do CC de 1887 (mas mantendo actualidade) que nas licitações ou na composição dos lotes é frequentíssimo o herdeiro receber uma quota de bens imobiliários inferior àquela a que tem direito, sendo compensado em tornas, e que isso é uma forma de alienar bens imobiliários, e como tal, não pode um cônjuge usá-la sem consentimento do outro, pois os artºs. 1191º e 1193º do CC não permitem que qualquer dos cônjuges aliene bens imobiliários sem autorização do outro cônjuge. Se o interessado não licita ou licita em bens de valor inferior à sua quota, tudo se passa como se alienasse bens; se licita em bens de montante igual ou superior à sua quota, equivale a efectuar uma troca até ao valor da quota e uma compra pelo excedente. Por outro lado, se o cônjuge não pode aceitar ou repudiar uma herança sem consentimento do outro, por maioria de razão não poderá partilhar a herança sem tal consentimento. No domínio da lei actual todos concordam que, salvo no caso da separação de bens, é

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