PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO

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Nathan Damásio Salvado
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1 PARÁGRAFO DE CONCLUSÃO

2 O parágrafo de conclusão é muito importante, porque é o fechamento tanto da narração jurídica quanto da dissertação jurídica da peça processual.

3 Na primeira parte da peça processual, ou seja, a narração jurídica, o fechamento é o encerramento dos fatos e fundamentos jurídicos do pedido. Na segunda parte, isto é, na dissertação jurídica, a conclusão diz respeito ao encerramento das ideias articuladas anteriormente.

4 A dissertação jurídica exige mais do profissional do Direito no encerramento de sua tese, no entanto, a estrutura redacional poderá auxiliá-lo na conclusão de suas ideias.

5 Método dedutivo A dedução consiste no encadeamento lógico de ideias que partam de afirmações gerais e cheguem a uma conclusão particular. Todo homem é mortal (premissa maior afirmação generalista) Sócrates é homem (premissa menor desenvolvimento com enfoque particular) Logo, Sócrates é mortal (conclusão de cunho particular)

6 ATENÇÃO Toda gata mia. Minha namorada é uma gata. Logo, minha namorada mia.

7 Método indutivo A indução consiste no encadeamento lógico de um raciocínio que parte de uma afirmação particular para chegar a uma conclusão mais genérica.

8 Estrutura Geral do Parágrafo de Conclusão Deve-se estabelecer uma relação entre o parágrafo de conclusão com os parágrafos de introdução e desenvolvimento.

9 Para encerrar o parágrafo de conclusão, podemos valer das seguintes expressões: Em suma, Cabe concluir que Infere-se, por último, que Conforme foi explicitado acima Dado o exposto

10 Ao finalizar sua peça processual, ou seja, depois de redigi-la, observe as seguintes considerações sobre seu texto jurídico: a) Seja claro, objetivo, direto e conciso.

11 b) Não empregue frases longas nem curtas. Encontre o parágrafo ideal (no máximo sete linhas).

12 c) Construa períodos sempre na ordem direta, seguindo a estrutura do parágrafo jurídico padrão (introdução desenvolvimento conclusão)

13 d) Dispense detalhes irrelevantes no seu texto jurídico. As provas e o conhecimento técnico-jurídico da matéria convencem o juiz sobre seu ponto de vista e não apelos sentimentais.

14 e) Evite empregar formas e frases desgastadas na linguagem forense. Seja criativo e original.

15 f) Fuja do rebuscamento e pedantismos vocabulares. O que importa é ser compreendido.

16 g) Escolhas as palavras adequadas para expressar suas ideias. Cuidado com palavras que não expressam exatamente aquilo que estamos pensando.

17 h) Cuidado ao redigir o fato e os fundamentos jurídicos do pedido. Estamos familiarizados com o caso, mas o mesmo não acontece com o juiz de direito. Temos de narrar os acontecimentos sem ser prolixo e sem deixar de tratar de todos os pontos relevantes na ação judicial.

18 i) Mantenha um raciocínio lógico. Faça o texto andar para frente. Não retome questões que já foram mencionadas anteriormente, exceto se for para reforçar a argumentação jurídica. Cuidado com a repetição excessiva.

19 Evite na sua peça processual: a) Obscuridade Tentar atribuir responsabilidade civil a um cidadão, é a mesma coisa do que encontrar uma ideia vertida em expressões dos filósofos antigos mais claras, expressivas e cristalina.

20 b) Pleonasmo Há muito tempo atrás o autor já havia registrado os fatos na Delegacia de Polícia.

21 c) Cacofonia As afirmações do réu, como as concebo, são inverdades descabidas sobre o fatos narrados na contestação.

22 d) Eco A decisão dos jurados não causou comoção na população. Na verdade, houve muita indignação.

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