Raciocínio Lógico Analítico

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2 Raciocínio Lógico Analítico Este artigo trata do assunto Raciocínio Analítico, também conhecido por lógica informal, argumentos, dedução, indução, falácias e argumentos apelativos. Raciocínio Analítico ou Lógica informal Habilidade em avaliar uma suposição, inferência ou argumento. Mistura de lógica com interpretação de texto. Suposição Ato ou efeito de supor, estabelecer ou alegar por hipótese ou conjectura. Inferência Ato ou efeito de inferir, tirar por conclusão ou deduzir por raciocínio. Argumento Raciocínio, indício ou prova pela qual se tira uma consequência ou dedução. Conjunto de uma ou mais sentenças declarativas (proposições ou premissas), acompanhadas de uma outra frase declarativa (conclusão). Toda premissa, assim como toda conclusão, pode ser apenas verdadeira ou falsa. Valor-verdade Pode ser 0 ou 1, positivo ou negativo, V ou F. Jamais há uma terceira opção: Princípio do Terceiro Excluído. Tipos de argumento formais quase-formais autoridade Um argumento pode ser mais sólido ou menos sólido. Uma premissa pode reforçar ou enfraquecer um argumento. Uma conclusão pode ser mais provável ou menos provável. Argumento dedutivo (formal) O valor-verdade da conclusão é uma consequência lógica necessária das premissas que a antecedem. Se as premissas são verdadeiras então necessariamente a conclusão é verdadeira. Caso alguma(s) premissa(s) não seja(m) verdadeira(s), uma conclusão verdadeira será apenas uma contingência. Também será contingente a verdade duma conclusão num argumento dedutivo inválido, ou seja, um argumento em que mesmo a veracidade integral das premissas não garante, necessariamente, uma conclusão verdadeira. pág. 2

3 Argumento quase-formal Lembram os raciocínios formais, dedutivos, no entanto, pelo fato de empregarem a linguagem natural, ordinária, vulgar, são suscetíveis de interpretações variadas, o que não é possível com a linguagem formal que é unívoca. Argumento indutivo A verdade da conclusão NÃO é garantida pelas premissas, mas apenas indicada pelas premissas. A analogia, um tipo de indução, é uma relação de semelhança estabelecida entre duas ou mais entidades distintas. Argumentos de autoridade Argumentos baseados na opinião de um ou mais especialistas. Argumento tautológico Quando se explica por ele próprio, às vezes redundante ou falaciosamente. Argumentos dedutivos x não dedutivos Diferenças mais importantes entre os argumentos dedutivos e os não dedutivos são as seguintes: A validade de um argumento não dedutivo nunca é explicável recorrendo exclusivamente à forma lógica, ao passo que a validade de alguns argumentos dedutivos (os formais) é explicável recorrendo unicamente à forma lógica. Nos argumentos não dedutivos válidos é logicamente possível, mas improvável, que as suas premissas sejam verdadeiras e a sua conclusão falsa; mas em alguns argumentos dedutivos válidos (os formais) é logicamente impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. (Contudo, é defensável que nos argumentos não dedutivos válidos é metafisicamente impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa, apesar de não ser logicamente impossível.) A validade dos argumentos dedutivos é discreta (uma dedução é válida ou não), ao passo que a validade dos argumentos não dedutivos é contínua (uma indução pode ser mais ou menos válida). A validade dedutiva formalizada pela lógica clássica é monotônica, mas a validade não dedutiva não é monotônica. Veja mais em lógica informal Falácia Raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Falácias da ambiguidade Equívoco Usar uma afirmação com significado diferente do que seria apropriado ao contexto. pág. 3

4 Ex.: Os assassinos de crianças são desumanos. Portanto, os humanos não matam crianças. Joga-se com os significados das palavras. A palavra humanos possui vários sentidos, pode ser um tipo de primata (sentido biológico) ou uma boa pessoa (sentido moral), mas a falácia usa a palavra sem considerar a diferença de sentido. Anfibologia Ocorre quando as premissas usadas no argumento são ambíguas devido à má elaboração sintática. Ex.: Venceu o Brasil a Argentina. Quem venceu? Ele levou o pai ao médico em seu carro. No carro de quem? Nesse caso, toda a frase possui sentidos diversos a depender do contexto. Ênfase Enfatizar uma palavra para sugerir o contrário. Ex.: Hoje o capitão estava sóbrio (sugerindo embriaguez). Pronuncia-se a palavra sóbrio com muita força para sugerir que ele é um alcoólatra. É uma ironia. Erros categoriais e de regras gerais Composição É o fato de concluir que uma propriedade das partes deve ser aplicada ao todo. Ex.: Todas as peças deste caminhão são leves; logo, o caminhão é leve. O termo leve aplicado ao exemplo tem sentido vago, diferentemente de na frase todas as peças têm 1kg; logo, o caminhão tem 1kg, onde o valor sugerido é inequivocamente especificado, tornando óbvia a invalidade do argumento. Divisão É o oposto da falácia de composição. Supõe que uma propriedade do todo é aplicada a cada parte. Ex.: Você deve ser rico, pois estuda em um colégio de ricos. Acidente Trata-se de querer aplicar uma regra geral a todos os casos, ignorando as exceções. Ex.: Devemos usar um protetor solar por causa da radiação UV, então devemos usá-lo hoje à noite, na praia. Inversão do acidente Trata-se de querer usar uma exceção como se fosse uma regra geral. Ex.: Se deixarmos os doentes terminais usarem maconha, deveremos deixar todas as pessoas a usarem. pág. 4

5 É chamada de generalização precipitada e se assemelha à amostra limitada. Veja mais tipos de falácias. Argumentos apelativos Apelo a motivos Apelo à força Utilização de algum tipo de privilégio, força, poder ou ameaça para impor a conclusão. Apelo à consequência Considerar uma premissa verdadeira ou falsa conforme sua consequência desejada. Apelo ao medo Apelar ao medo para validar o argumento. Argumentum ad misericordiam (apelo à misericórdia) Também chamado apelo à piedade. Consiste no recurso à piedade ou a sentimentos relacionados, tais como solidariedade e compaixão, para que a conclusão seja aceita, embora a piedade não esteja relacionada ao assunto ou à conclusão do argumento. Do argumento ad misericordiam deriva o argumentum ad infantium Faça isso pelas crianças. A emoção é usada para persuadir as pessoas a apoiar (ou intimidá-las a rejeitar) um argumento com base na emoção, mais do que em evidências ou razões. Apelo à emoção Recorrer à emoção para validar o argumento. Argumentum ad antiquitatem (apelo à antiguidade) Afirmar que algo é verdadeiro ou bom somente porque é antigo ou porque sempre foi assim. Argumentum ad novitatem (apelo à novidade) Argumentar que o novo é sempre melhor, sem uma justificativa. Argumentum ad ignorantiam (apelo à ignorância) Tentar provar algo a partir da ignorância quanto à sua validade. Só porque não se sabe se algo é verdadeiro, não quer dizer que seja falso, e vice-versa. Apelo ao preconceito Associar valores morais a uma pessoa ou coisa para convencer o adversário. Apelo à vaidade Provocar a vaidade do oponente para vencê-lo. É o contrário do apelo ao preconceito. pág. 5

6 Apelo à multidão Também chamado apelo ao povo. É a tentativa de ganhar a causa por apelar a uma grande quantidade de pessoas. Por vezes é chamada de apelo à emoção, pois os apelos emocionais tentam atingir toda a população. Apelo ao ridículo Ridicularizar um argumento como forma de derrubá-lo. pág. 6

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