NEOPLASIAS DO TECIDO HEMATOPOÉTICO. Hye, 2014
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- Elias Covalski Monteiro
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1 NEOPLASIAS DO TECIDO HEMATOPOÉTICO Hye, 2014
2 O QUE GERA A SUSPEITA DE MALIGNIDADE HEMATOLÓGICA? Falta de energia; Facilidade de sangramentos; Infecções frequentes; Emagrecimento inexplicável;
3 INVESTIGAÇÃO Exames laboratoriais: Hemograma; Coagulograma; Glicose; Ureia; creatinina; Bilirrubinas; Ácido úrico.
4 EXAMES LABORATORIAIS Podem sugerir; Podem evidenciar outras causas; Podem estar dentro dos valores de referência;
5 Cancer: Deconstructing oncogenesis Ji Luo & Stephen J. Elledge Nature 453, (19 June 2008)
6
7 LEUCEMIA Neoplasia do tecido hematopoético da medula óssea
8 CLASSIFICAÇÃO Conforme linhagem: Linfóide Mielóide Conforme evolução: Aguda Crônica
9 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES Neoplasia mielóide premaligna Doenças Mieloproliferativas Síndromes Mielodisplásicas Desordens linfóides premalignas Desordens linfoproliferativas crônicas Distúrbios de plasmócitos Neoplasias linfoides e mielóides do tecido hematopoético- Leucemias
10 MALIGNIDADES Leucemia Malignidades do tecido hematopoético que decorre da substituição dos elementos normais da medula óssea pelas células neoplásicas. As células anormais podem ser vistas no sangue periférico. Linfoma Proliferação anormal do tecido linfóide nos órgãos linfóides ou linfonodos, resultando em tumor sólido. Se invadir a medula, pode leucemizar.
11 Aguda Crônica idade todas as idades adultos Manifestação inicial abrupta gradual Curso da doença Semanas a meses Meses a anos Célula predominante Blastos e algumas células maduras Formas maduras Anemia Moderada a severa moderada Trombocitopenia Moderada a severa moderada Leucócitos Variável Aumentada Organomegalia Moderada Proeminente
12 COMO OCORRE A TRANSFORMAÇÃO NEOPLÁSICA? A mutação ocorre em uma única célula progenitora; Perda da regulação da morte celular; À medida que a célula mutante predomina, a hematopoese normal é inibida e as células leucêmicas escapam para a circulação.
13 PROTO-ONCOGENES E ONCOGENES Um gene normal que tem o potencial de se transformar em oncogene; Oncogenes genes alterados que podem favorecer a transformação neoplásica; Localizados em locais aberrantes de cromossomas sujeitas a quebras e translocações.
14 FATORES DE ATIVAÇÃO DO ONCOGENE Susceptibilidade genética: Anemia de Fanconi; Síndrome de Down (18 a 20 X); Mutação somática: Radiações ionizantes, armas nucleares; Medicamentos e substâncias químicas; Benzeno, Cloranfenicol, Fenilbutazona; Certos agentes citotóxicos especialmente se for em conjunto com radiação;
15 FATORES DE ATIVAÇÃO DO ONCOGENE Infecção viral: Retrovírus HIV-1, HTLV I, II; Disfunção imunológica: Ataxia telangectasia- leucemias linfóides ou linfomas; Agamaglobulinemia ligada ao sexo;
16 EPIDEMIOLOGIA Maioria dos novos casos ocorre em idosos (id >67 anos); 50% das leucemias são agudas; Mais comum em brancos; Grupos etários: LLAs: crianças de 2-5 anos; LLCs: adultos >50 anos; LMA: adultos; LMC: adultos;
17 ACHADOS CLÍNICOS Anemias devido à eritropenia; Infecções- devido à neutropenia; Sangramentos- devido a trombocitopenia; Dores ósseas- devido a expansão medular; Emagrecimento- TNF, hiperconsumo.
18 ACHADOS LABORATORIAIS Anemia normocítica normocrômica; Trombocitopenia; Morfologia e função plaquetárias podem ser anormais; A contagem leucocitária pode ser aumentada, normal ou diminuída; Leucócitos imaturos podem ser vistos circulando; Medula óssea hipercelular; Anormalidades maturacionais em todas as linhagens; Aumento de Ácido Úrico.
19 CLASSIFICAÇÃO Importância: Agrupar pelas linhagens comprometidas; Sistematizar e comparar regimes terapêuticos; Permitir associações de alterações citogenéticas com a doença.
20 CLASSIFICAÇÃO Relevantes: dois sistemas Francesa, Americana, Britânica; Histórica. Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) Amplamente aceito.
21 CLASSIFICAÇÃO FAB Baseado no hemograma, mielograma e citoquímica; Consiste em três grupos: Síndromes Mieloproliferativas; Síndromes Mielodisplásicas; Leucemias Agudas.
22 CLASSIFICAÇÃO WHO Usa o hemograma, a morfologia, a citoquímica e a imunofenotipagem para determinar a linhagem e grau de maturação de modo similar à classificação FAB; Adicionalmente utiliza achados clínicos e moleculares anteriores à terapia e história pregressa de de SMD;
23 CLASSIFICAÇÃO WHO Classifica em quatro grupos: Mielóides: SMP, SMP/SMP, SMD, LMA Linfóides: Células B, células T/NK, Doença de Hodgkin Mastócitos; Histiócitos.
24 TÉCNICAS LABORATORIAIS APLICADAS AO DIAGNÓSTICO DA NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS Análise Citoquímica: Coloração in vitro para visualizar a composição química das células; A avaliação positiva destas colorações devem ser determinadas no blasto leucêmico; Em geral realizados em lâminas de medula óssea; Auxilia na diferenciação mielóide e linfóide dos blastos da leucemia aguda; As reações podem ser enzimáticas e não enzimáticas.
25 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Mieloperoxidase (MPO) Atividade presente em grânulos primários e bastonetes de Auer nas células da linhagem Mielóide; Diferencia os blastos mielóides dos linfóides; Cora mieloblastos, granulócitos e monócitos menos intensamente; Diferenciam LLA da LMA; Grânulos acastanhados; As lâminas devem ser recentes.
26 aquinaspathology.com
27 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Negro de Sudan B, Sudan Black B: Atividade presente em fosfolipídeos de membranas primárias e secundárias; Paralelo a MPO mas não há necessidade de lâminas recentes; Grânulos negros.
28 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Ácido Periódico de Schiff, Periodic Acid Schiff (PAS) Atividade ocorre em glicogênio e substâncias associadas; Cora linfócitos, granulócitos, megacariócitos; Auxilia no diagnóstico da eritroleucemia onde há forte atividade em normoblastos; Cora púrpura com um padrão em blocos.
29 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Esterases Esterase específica (Naftol AS-D Cloracetato) A atividade ocorre no citoplasma; Cora granulócitos neutrófilos, diferencia mieloblasto e monoblasto; Grânulos de mieloblastos coram em pretoazulado.
30 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Esterase inespecífica (alfa naftil-acetato) A atividade se expressa no citoplasma; Cora monócitos, megacariócitos e linfócitos; Diferencia monoblastos dos mieloblastos; A adição de fluoreto de sódio inibe a atividade da esterase inespecífica em monócitos; Os grânulos ficam alaranjados.
31 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Fosfatase alcalina leucocitária, Alkaline Phosphatase (LAP) Leukocyte Enzimas presentes em grânulos secundários ou específicos de granulócitos maduros; Distingue as reações leucemóides (aumento) da LMC (redução)
32 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Fosfatase ácida leucocitária: Presente em lisossomas em leucócitos normais; Auxilia no diagnóstico da tricoleucemia pois não são inibidas por tartarato.
33 COLORAÇÕES CITOQUÍMICAS Terminal Deoxinucleotidil transferase (TdT) Marcador primitivo encontrado no núcleo da célula primitiva; Distingue LLA de limfoma maligna. Azul de Toluidina Positiva para basófilos e mastócitos.
34 MARCADORES IMUNOLÓGICOS Utilizam anticorpos monoclonais e policlonais para detectar antígenos presentes nas células para identificação da linhagem e estado maturativo. Estes anticorpos tem marcações fluorescentes e detectados através de imunofluorescência ou citometria de fluxo.
35 MARCADORES MOLECULARES Estudos de DNA e RNA Utilizam todos os métodos moleculares e está avançando. Utilizado principalmente na determinação do prognóstico e doença residual mínima.
36 CITOGENÉTICA Cromossomo Filadelfia- LMC; Cariótipo; Hidridização Fluorescente in situ (FISH); Detecção molecular.
37 TRATAMENTOS Quimioterapia; Radioterapia; Transplante de medula óssea.
38 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA McKenzie, Shirlyn B., and J. Lynne. Williams. "Chapter 21." Introduction. Clinical Laboratory Hematology. Boston: Pearson, Wintrobe's Atlas of Clinical Hematology, 1st Edition. Tkachuk, Douglas C.; Hirschmann, Jan V. 2007, Lippincott Williams & Wilkins.
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