ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA. Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP 42883
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- Yago Corte-Real Bicalho
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1 ENFERMAGEM EM ONCOLOGIA Renata Loretti Ribeiro Enfermeira COREn/SP 42883
2 Fisiopatologia do Processo Maligno As células são conhecidas desde o século XVII, quando foram observadas com microscópios muito simples. A reunião de observações em plantas e animais fez com que os pesquisadores entendessem, finalmente, que a grande maioria dos organismos vivos têm organização celular. Para entendermos o processo maligno, devemos primeiro entender o processo normal de divisão celular. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 2
3 Fisiopatologia do Processo Maligno Núcleo Celular Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 3
4 Fisiopatologia do Processo Maligno Núcleo Celular O núcleo celular é, sem dúvida, o armazém de todas as informações sobre a função e a estrutura celular. É nele que está guardada a receita, o programa daquilo que a célula é, e de tudo o que ela pode fazer. Essa receita é constituída pela cromatina, material filamentoso existente em todas as células. O componente fundamental da cromatina é o DNA. Células novas, ao serem fabricadas, têm também que receber um núcleo que contenha todas as informações que lhe são necessárias durante sua vida. Isso faz com que, durante a divisão celular (mitose), cada uma das células-filhas receba a receita completa proveniente da célula mãe. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 4
5 Fisiopatologia do Processo Maligno Mitose No processo de mitose, uma célula se divide, originando duas células-filhas exatamente iguais à célula inicial, quanto à quantidade e à qualidade de material genético existente. A mitose permite aos organismos pluricelulares crescerem por aumento do número de células e substituírem as células mortas. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 5
6 Fisiopatologia do Processo Maligno Mitose Esse processo ocorre em duas etapas: 1ª Etapa bioquímica a duplicação do DNA da célula mãe. 2ª Etapa morfológica (mitose) a que conduz a formação de duas células-filhas distintas e idênticas a célula mãe. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 6
7 Fisiopatologia do Processo Maligno Etapas da Mitose Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 7
8 Fisiopatologia do Processo Maligno Cariótipo Humano Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 8
9 Fisiopatologia do Processo Maligno Definição de Câncer O câncer é um processo patológico que começa quando uma célula anormal é transformada pela mutação genética do DNA celular. Essa célula anormal forma um clone e começa a proliferar-se de maneira anormal, ignorando as sinalizações de regulação do crescimento no ambiente circunvizinho à célula. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 9
10 Fisiopatologia do Processo Maligno Definição de Câncer As células neoplásicas adquirem características invasivas, com conseqüentes alterações nos tecidos circunvizinhos. As células infiltram-se nesses tecidos e acessam os vasos sangüíneos e linfáticos, os quais as transportam até outras regiões do corpo. Esse fenômeno é denominado metástase (disseminação do câncer para outras partes do corpo). Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 10
11 Fisiopatologia do Processo Maligno Definição de Câncer O câncer não consiste em uma doença única com causa única; pelo contrário, é um grupo de doenças distintas, com diferentes causas, manifestações, tratamentos e prognósticos. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 11
12 Fisiopatologia do Processo Maligno Padrões Proliferativos Durante a vida, vários tecidos corpóreos normalmente experimentam períodos de crescimento rápido ou proliferativo, os quais devem ser distinguidos da atividade de crescimento maligno. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 12
13 Fisiopatologia do Processo Maligno Padrões de crescimento celular HIPERPLASIA Aumento do número de células de um tecido; mais freqüentemente associada aos períodos de crescimento corporal rápido. METAPLASIA Conversão de um tipo de célula madura em outro tipo de célula. DISPLASIA Crescimento celular anômalo resultando em células que diferem de tamanho, formato ou arranjo em relação às outras células do mesmo tipo de tecido. NEOPLASIA Crescimento celular descontrolado que sucede a ausência de demanda fisiológica. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 13
14 Fisiopatologia do Processo Maligno Características das Células Malignas Membranas celulares alteradas; As membranas celulares contém proteínas chamadas antígenos tumorais específicos (TSA); As membranas celulares contém menos cimento celular, portanto são menos coesas. Os núcleos das células são grandes e com formato irregular. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 14
15 Fisiopatologia do Processo Maligno Características das Células Malignas Os nucléolos (estruturas que alojam o RNA) são maiores e mais numerosos. Anormalidades cromossomiais e fragilidade dos cromossomos são comumente encontradas. A mitose ocorre com maior freqüência A medida que as células crescem e se dividem necessitam de mais oxigênio e glicose. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 15
16 Fisiopatologia do Processo Maligno Características das Células Malignas Linfoma de Hodgkin Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 16
17 Fisiopatologia do Processo Maligno Características das Células Malignas Linfoma de Hodgkin Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 17
18 Fisiopatologia do Processo Maligno Metástase É a disseminação ou semeadura de células malignas, a partir do tumor primário, em sítios a distância, através da disseminação direta de células tumorais para as cavidades corporais ou através da circulação sangüínea e linfática. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 18
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23 Etiologia Vírus e Bactéria Papilomavirus, herpes tipo II, citomegalovírus, vírus da hepatite B, Helicobacter pylori. Agentes Físicos exposição à luz solar ou radiação, irritação ou inflamação crônica e uso de tabaco. Agentes Químicos fumaça do cigarro, corantes, fuligem, pesticidas, cromo, arsênico, etc. Fatores Genéticos e Familiares retinoblastomas, nefroblastomas, leucemias, tumores de mama, endométrio, colorretal, gástrico, próstata e pulmão. Fatores Dietéticos 40% a 60% - Ingestão de gorduras,álcool, carnes defumadas ou curadas com sal, alimentos portadores de nitratos e nitritos. Agentes Hormonais desequilíbrio hormonal. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 23
24 PREVENÇÃO Primária preocupa-se com a redução dos riscos de câncer em pessoas saudáveis. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 24
25 PREVENÇÃO Secundária envolve a detecção e avaliação para alcançar o diagnóstico precoce e a intervenção imediata para conter o processo canceroso. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 25
26 DIAGNÓSTICO Um diagnóstico de câncer baseia-se na análise das alterações fisiológicas e funcionais e nos resultados da investigação diagnóstica. A avaliação diagnóstica é orientada pelas informações obtidas através de uma história completa e do exame físico. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 26
27 DIAGNÓSTICO Os pacientes com suspeita de câncer sofrem extensos exames para: Determinar a presença do tumor e sua extensão; Identificar a possível disseminação (metástase) da doença ou invasão de outros tecidos corporais; Avaliar a função dos sistemas orgânicos e órgãos afetados e não afetados; Obter tecidos e células para análise, incluindo a avaliação dos estágios e grau do tumor. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 27
28 DIAGNÓSTICO Teste Descrição Usos Potenciais Identificação de marcador tumoral Imageamento por ressonância magnética Tomografia computadorizada Análise de substâncias encontradas no sangue que são produzidas pelo tumor ou pelo corpo em resposta ao tumor. Uso de campos magnéticos e sinais de radiofreqüência para criar imagens seccionadas de várias estruturas corporais. Uso de feixe estreito de raio X para varrer camadas sucessivas de tecido para uma incidência transversal. Câncer de mama, cólon, pulmão, ovário, testículo e próstata. Câncer neurológico, pélvico, abdominal e torácico. Câncer neurológico, pélvico, abdominal, esquelético e torácico. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 28
29 Teste Descrição Usos Potenciais Ultra-sonografia Endoscopia Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Ondas sonoras de alta freqüência que fazem eco nos tecidos corporais e que são eletronicamente convertidas em imagens. Usada para avaliar tecidos profundos do corpo. Visualização direta de uma cavidade corporal ou trajeto através da inserção de um endoscópio dentro de uma cavidade ou abertura corporal; permite a biópsia tecidual, aspiração de líquidos, e excisão de pequenos tumores. Cânceres abdominais e pélvicos. Cânceres brônquicos, gastrointestinais. 29
30 Teste Descrição Usos Potenciais Imageamento por medicina nuclear Tomografia com emissão de pósitron (PET scan) Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira Usa a injeção intravenosa ou ingestão de substâncias com radioisótopos seguida por imageamento dos tecidos que concentraram os radioisótopos. Imagens transversais computadorizadas da concentração aumentada de radioisótopos nas células malignas fornecem informações sobre a atividade biológica das células malignas; ajuda a distinguir entre processos benignos e malignos e as respostas ao tratamento. Cânceres ósseos, hepáticos, renais, esplênicos, cerebrais e tireóideos. Cânceres de pulmão, cólon, fígado e pancreático. 30
31 TRATAMENTO DO CÂNCER As opções de tratamento oferecidas para os pacientes com câncer devem basear-se em metas realistas e alcançáveis para cada tipo de câncer específico. CURA erradicação completa da doença. CONTROLE sobrevida prolongada e contenção do crescimento das células cancerosas. PALIATIVO alívio dos sintomas associados a doença. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 31
32 TRATAMENTO - Cirurgia A excisão cirúrgica da totalidade do câncer é o método mais freqüentemente usado. A cirurgia pode ser o método primário de tratamento, ou profilática, paliativa ou reconstrutora. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 32
33 TRATAMENTO - Radioterapia A radiação ionizante radioterapia, é usada para interromper o crescimento celular. Mais da metade dos pacientes com câncer recebe uma forma de radioterapia em algum momento durante o tratamento. A terapia com radiação também pode ser usada para controlar o tumor quando não se pode removê-lo cirurgicamente ou quando a metástase para os linfonodos locais está presente. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 33
34 TRATAMENTO - Braquiterapia É o implante de radiação interna que libera alta dose de radiação para uma área localizada. Essa radiação interna pode ser implantada por meio de agulhas, sementes, pérolas ou cateteres dentro das cavidades corporais (vagina abdome, pleura) ou dos compartimentos intersticiais (mama). Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 34
35 TRATAMENTO - Quimioterapia Na quimioterapia, os agentes antineoplásicos são utilizados na tentativa de matar as células tumorais por interferir com as funções celulares e a reprodução. A quimioterapia é usada principalmente para tratar doenças sistêmicas em vez de lesões que sejam localizadas e passíveis de cirurgia ou radiação. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 35
36 TRATAMENTO Transplante de Medula Indicado para os tipos de câncer hematológicos que afetam a medula óssea. O receptor deve receber doses altas de quimioterapia, e possivelmente irradiação corporal total, de modo a destruir toda a medula óssea e a doença maligna existente. A medula coletada do doador é infundida, por via endovenosa, dentro do receptor, viajando até os locais do corpo onde produz a medula óssea e se Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 36 estabelece (enxertia).
37 TRATAMENTO Modificadores da Resposta Biológica Os MRBs são reproduzidos através de engenharia genética. O objetivo é destruir ou interromper o crescimento maligno. A base do tratamento com MRBs reside na restauração, modificação, estimulação ou aumento das defesas imunes naturais do corpo contra o câncer. BCG, Anticorpos monoclonais, Citocinas, Interleucinas, fatores de crescimento hematopoiético. Renata Loretti Ribeiro - Enfermeira 37
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