CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS"

Transcrição

1 CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RSISTÊNCIA DOS MATRIAIS I. OBJTIVO FUNDAMNTAL A Resistência dos Materiais se preocupa fundamentalmente com o comportamento das diversas partes de um corpo quando sob a ação de solicitações. Ao estudar-se o equilíbrio interno de um corpo, as solicitações internas fundamentais (M, Q, N e Mt) são determinadas. Se está penetrando no interior da estrutura, para analisar-se, em suas diversas seções, a eistência e a grandea dos esforços que a solicitam. A avaliação destes esforços foi objeto de estudo na disciplina de struturas Isostáticas que deve preceder a Resistência dos Materiais. Consideram-se corpos reais, isótropos e contínuos constituídos de pequenas partículas ligadas entre si por forças de atração. Com a aplicação de esforços eternos supõe-se que as partículas destes corpos se desloquem e que isto prossiga até que se atinja uma situação de equilíbrio entre os esforços eternos aplicados e os esforços internos resistentes. ste equilíbrio se verifica nos diversos pontos do corpo citado e se manifesta sob a forma de deformações (mudança da forma original), dando origem à tensões internas. Observe-se que o equilíbrio se dá na configuração deformada do corpo, que admitiremos como igual a configuração inicial pois em estruturas estaremos sempre no campo das pequenas deformações. Resumindo, em um corpo que suporta cargas ocorre: 1. Um fenômeno geométrico que é a mudança da sua forma original: Isto é deformação. 2. Um fenômeno mecânico que é a difusão dos esforços para as diversas partes do corpo: Isto é tensão. É claro que se entende que a capacidade que um material tem de resistir as solicitações que lhe são impostas é limitada, pois pode ocorrer a ruptura do corpo quando o carregamento for ecessivo. É necessário conhecer esta capacidade para que se projete com segurança. Pode-se resumir um problema de Resistência dos Materiais conforme fluograma abaio: strutura Cargas ternas Ativas Solicitações Tensões Cargas ternas Reativas Deformaçõe Limite Resistente do Material Critério de Resistência (Coeficiente de Segurança) PROJTO VRIFICAÇÃO 1

2 II. TNSÕS Conforme se citou, as tensões que se desenvolvem nas partículas de um corpo são consequência dos esforços (força ou momento) desenvolvidos. Como os esforços são elementos vetoriais (módulo, direção e sentido) a tensão como consequência também o será. Lembra-se do método das seções visto em Isostática: Supõe-se um corpo carregado e em equilíbrio estático. Ao se cortar este corpo por um plano qualquer e isolando-se uma das partes, pode-se dier que na seção cortada devem se desenvolver esforços que se equivalham aos esforços da parte retirada, para que assim o sistema permaneça em equilíbrio. stes esforços são decompostos e se constituem nas solicitações internas fundamentais. O isolamento de qualquer uma das partes deve levar ao mesmo resultado. As resultantes nas seções de corte de ambos os lados devem ser tais que reproduam a situação original quando as duas partes forem ligadas novamente, ou seja, pelo princípio da ação e reação devem ser de mesmo módulo, mesma direção e sentidos opostos. r r R e M são as resultantes das solicitações internas referidas ao centro de gravidade da seção de corte da barra. Partindo-se deste raciocínio pode-se afirmar que em cada elemento de área que constitui a seção cortada, está sendo desenvolvido um elemento de força, cujo somatório (integral) ao longo da área mantém o equilíbrio do corpo isolado. R r = ρ.da A O Momento M resultante se deve à translação das diversas forças para o centro de gravidade da seção. Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 2

3 A tensão média ( r ρ m ) desenvolvida no elemento de área citado nada mais é do que a distribuição do efeito da força pela área de atuação da mesma. Α F Sejam: A lemento genérico de área Α F r lemento de força que atua em Α r ρ m tensão média r r F ρm = A Como a tensão é um elemento vetorial se pode representá-la aplicada em um ponto determinado, que obtem-se faendo o elemento de área tender ao ponto ( A 0), e então: r ρ = Tensão atuante em um ponto ou tensão resultante em um ponto ou gráficamente: r ρ = lim A 0 r r F df = A da ρ Ainda por ser um elemento vetorial ela pode, como qualquer vetor, ser decomposta no espaço segundo três direções ortogonais que se queira, portanto escolhe-se como referência duas direções contidas pelo plano da seção de referência "S" (,) e a terceira perpendicular à este plano (n). 3

4 τ τ Isto permite dividir as componentes da tensão do ponto em duas categorias: 1. Tensões Tangenciais ou de Cisalhamento (τ) - contidas pela seção de referência 2. Tensão Normal () - perpendicular à seção de referência Costuma-se em Resistência dos Materiais diferenciar estas duas tensões pelos efeitos diferentes que elas produem (deformações) e se pode adiantar que normalmente trabalham-se com estas componentes ao invés da resultante. Também se pode convencionar como seção de referência a seção transversal da peça em estudo. Cabe observar-se entretanto que mudada a referência mudam também as componentes. S S' ρ τ τ τ' ρ τ' ' istem casos em que a seção transversal não é a de maior interesse, como será demonstrado oportunamente nas solicitações compostas. Nestes casos o procedimento será alterado. A. TNSÕS NORMAIS () A tensão normal tem a direção perpendicular à seção de referência e o seu efeito é o de provocar alongamento ou encurtamento das fibras longitudinais do corpo, mantendo-as paralelas. Costuma-se medir a deformação de peças sujeitas a tensão normal pela deformação específica longitudinal (). Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 4

5 1. Conceito: É a relação que eiste entre a deformação medida em um corpo e o seu comprimento inicial, sendo as medidas feitas na direção da tensão. li lf li comprimento inicial da barra l f comprimento final da barra l deformação total l = l f - l i Observe que no eemplo dado l > 0 l = l i portanto > 0 (alongamento) Pode-se mostrar um outro eemplo onde l < 0 conseqüentemente < 0 (encurtamento) li lf Neste eemplo l 0 portanto 0 2. Sinal: (+) alongamento Corresponde à uma tensão de tração que também será positiva (-) encurtamento Corresponde à uma tensão de compressão que também será negativa 5

6 3. Unidade: - adimensional quando tomarmos para l a mesma unidade que para li -Taa milesimal (o/oo ) - Nestes casos medimos l em mm e l i em m(metros). B. TNSÕS TANGNCIAIS ( τ ) É a tensão desenvolvida no plano da seção de referência tendo o efeito de provocar corte ou cisalhamento nesta seção. 1. Lei da Reciprocidade das tensões tangenciais sta lei representa uma propriedade especial das tensões tangenciais. Pode-se provar a sua eistência a partir das equações de equilíbrio estático. Pode-se enunciá-la de forma simples e aplicá-la. Suponha duas seções perpendiculares entre si formando um diedro retangulo. Se em uma das faces deste diedro eistir uma tensão tangencial normal a aresta de perpendicularidade das faces, então, obrigatóriamente na outra face, eistirá a mesma tensão tangencial normal a aresta. Ambas terão o mesmo módulo e ambas se aproimam ou se afastam da aresta de perpendicularidade. São chamadas de tensões recíprocas." Para facilitar a compreensão, pode-se representa-la gráficamente: (c) A figura (c) demonstra o desenvolvimento das tensões de cisalhamento longitudinais, recíprocas às tensões de cisalhamento desenvolvidas pelo esforço cortante. Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 6

7 2. Distorção specífica ( γ ) Medida de deformação de corpos submetidos a tensões tangenciais. Supõe-se um bloco com arestas A, B, C e D, submetido a tensões tangenciais em suas faces. Para melhor ser visualisar a deformação considera-se fia a face compreendida pelas arestas A e B. τ C C D D τ A γ B τ CC' tg γ = = CA DD' DB τ Como em estruturas trabalha-se sempre no campo das pequenas deformações e então γ <<< 1 rad, então arco e tangente se confundem : 2.1 Conceito: CC' DD' γ = CA DB Distorção específica é a relação entre o deslocamento observado e a distância respectiva, medida perpendicular ao deslocamento. Representa fisicamente a variação que sofre o ângulo reto de um corpo submetido a tensões de cisalhamento. 2.2 Unidade: As observações quanto a unidade da distorção seguem as da deformação específica longitudinal: adimensional ou taa milesimal, ressalvando-se que quando adimensional representa um arco epresso em radianos. III. DFORMAÇÕS LASTICIDAD Deformação é a alteração da forma de um corpo devido ao movimentos das partículas que o constituem. A tendência dos corpos de voltarem a forma original devido a força de atração entre as partículas representa a elasticidade do material. Quanto mais um corpo tende a voltar a sua forma original, mais elástico é seu material, ou seja, quanto mais ele resiste a ser deformado maior é a sua elasticidade. Pode-se diferenciar os tipos de deformações observando um ensaio simples, de uma mola presa a uma superfície fia e submetida sucessivamente a cargas cada ve maiores até a sua ruptura. 7

8 A. DFORMAÇÕS LÁSTICAS Uma deformação é elástica quando cessado o efeito do carregamento o corpo volta a sua forma original. emplo: No eemplo acima, se medidas numéricamente as grandeas vamos ver que: P d 1 1 P2 Pn = =... = = k (constante elástica da mola) d d 2 n Conclui-se que as duas propriedades que caracteriam uma deformação elástica são: 1. Deformações reversíveis 2. Proporcionalidade entre carga e deformação. B. DFORMAÇÕS PLÁSTICAS: Se fosse aumentada a carga sobre esta mola ela chegaria a uma situação em que terminaria a proporcionalidade e apesar da tendência do corpo em assumir sua forma original, sempre restariam as chamadas deformações residuais. Considera-se então terminado o regime elástico e o corpo passa a atuar em regime plástico. Note-se que no regime plástico termina a proporcionalidade e a reversibilidade das deformações. Se fosse aumentada ainda mais a carga, o próimo limite seria a ruptura. Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 8

9 IV. CORPO D DOUTRINA DA RSISTÊNCIA DOS MATRIAIS m Resistência dos Materiais trabalha-se com corpos que apresentam determinadas características: A. CONTINUIDAD: Um corpo é considerado contínuo quando qualquer de suas amostras trabalha de maneira idêntica as demais. Não havendo descontinuidade, as tensões e as deformações não variam bruscamente entre dois pontos viinhos no interior deste corpo carregado. Nestes casos tanto as tensões como as deformações podem ser epressas por funções contínuas em relação as ordenadas dos pontos que constituem o corpo. Observe-se que a continuidade não implica em homogeneidade pois podemos ter corpos com material não homogêneo e no entanto eles trabalham de maneira contínua (eemplo : concreto). B. HIPÓTS D BRNOULLI (SÇÕS PLANAS) Bernoulli observou a seguinte característica no funcionamento dos corpos sujeitos à solicitações: "Uma seção plana e perpendicular ao eio longitudinal de uma peça, continuará plana e perpendicular ao eio da mesma durante e após sua deformação. io longitudinal Linha lástica C. PRINCÍPIO DA SUPRPOSIÇÃO D FITOS O efeito produido por um conjunto de cargas atuando simultaneamente em um corpo é igual a soma dos efeitos produidos por cada uma das cargas atuando isolada. ste princípio pode ser generaliado, mas só é válido quando causa e efeito forem diretamente proporcionais o que se aplica a grande maioria dos casos em Resistência dos Materiais. Somente em casos de peças submetidas a flambagem (desequilíbrio elastogeométrico do sistema) ou no Trabalho de Deformação este princípio não será válido devido a ineistência de proporcionalidade entre causa e efeito, o que será oportunamente demonstrado. 9

10 V. LI D HOOK A maioria dos projetos de peças serão tratados no regime elástico do material, sendo os casos mais sofisticados trabalhados em regime plástico e se constituindo no que há de mais moderno e ainda em estudo no campo da Resistência dos Materiais. Robert Hooke em 1678 enunciou a lei que leva o seu nome e que é a base de funcionamento dos corpos em regime elástico. As tensões desenvolvidas e suas deformações específicas consequentes são proporcionais enquanto não se ultrapassa o limite elástico do material. A Lei de Hooke pode ser representada pelas epressões analíticas: τ γ = (mod. de elasticidade longitudinal) = G(mod.de elasticidade transversal) stes módulos de elasticidade são constantes elásticas de um material, e são determinados eperimentalmente. VI. LI D POISSON ( DFORMAÇÃO SPCÍFICA TRANSVRSAL) notação : t Poisson determinou eperimentalmente a deformação que as peças sofrem nas direções perpendiculares a da aplicação da tensão normal. li lf D D+ D A. CONCITO: Deformação específica transversal é a relação entre a deformação apresentada e o seu comprimento respectivo, ambos medidos em direção perpendicular à da tensão. t D = D Os estudos de Poisson sobre a deformação transversal levam as seguintes conclusões: Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 10

11 1. e t tem sempre sinais contrários 2. As deformações específicas longitudinais e transversais são proporcionais em um mesmo material t = µ O coeficiente de Poisson é a terceira constante elástica de um material, também determinada eperimentalmente. 3. m uma mesma seção a deformação específica transversal é constante para qualquer direção perpendicular ao eio. b b+ b li lf a a+ a a a b = = t = cons tan te b As constantes elásticas de um mesmo material se relacionam pela epressão: G = 2(1 + µ ) Resumindo: = = µ µ = µ µ = Coeficiente de Poisson 11

12 VII. LI D HOOK GNRALIZADA Hooke enunciou a sua lei tomando como eemplo corpos submetidos a tensão em uma só direção. Na prática os corpos podem estar sujeitos a tensão em todas as direções, o que pode ser simplificado reduindo-as a três direções ortogonais tomadas como referência. A figura a seguir mostra um prisma elementar submetido a tensões normais com resultante nas três direções tomadas como referência no espaço :,, e. Poisson observou que uma tensão provoca deformação em sua direção e em direções perpendiculares a sua também. Poisson: t = µ Hooke: = O efeito da tensão seria: na direção : na direção : na direção : t t t t = - µ = -µ = = µ = µ Pode-se faer este raciocínio com as demais tensões. Para determinação da deformação resultante em uma direção, por eemplo : Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 12

13 efeito de efeito de efeito de t t = = µ = µ Adotando-se o princípio da superposição de efeitos teríamos: = + µ sta epressão simplificada algébricamente fica: + µ análogamente 1 = = 1 [ µ ( + )] 1 [ µ ( + )] e = [ µ ( + )] stas epressões se constituem na LI D HOOK GNRALIZADA Observações: 1. Tensão em uma só direção não implica em deformação em uma só direção. 2. Para a dedução das epressões anteriores as tensões normais foram representadas de tração e portanto positivas. Se alguma delas for de compressão deverá figurar nas fórmulas com o sinal negativo convencionado. 3. Resultados positivos para a deformação específica indicam alongamentos enquanto que resultados negativos significarão encurtamentos. VIII. PROPRIDADS MCÂNICAS DOS MATRIAIS Para serem determinadas as características mecânicas dos materiais são realiados em laboratório ensaios com amostras do material, que são chamadas de corpos de prova. No Brasil estes ensaios são realiados empregando-se métodos padroniados e regulamentados pela ABNT. O ensaio mais costumeiro é o de tração simples, onde determinam-se as TNSÕS LIMITS dos diversos materiais, que indica a tensão máima alcançada pelo material, em laboratório, sem que se inicie o seu processo de ruptura. Com a realiação destes ensaios pode-se classificar os materiais em dois grupos: 13

14 materiais dúteis materiais frageis A. MATRIAIS DÚTIS : São considerados materiais dúteis aqueles que sofrem grandes deformações antes da ruptura. Dentre os materiais dúteis ainda temos duas categorias: 1. Dútil com escoamento real: eemplo: aço comum Num ensaio de tração aial simples costuma-se demonstrar os resultados atravé de um diagrama tensão deformação específica ( ). No caso de material dútil com escoamento real a forma deste diagrama segue o seguinte modelo: reta OA - Indica a proporcionalidade entre, portanto o período em que o material trabalha em regime elástico (lei de Hooke). Deformações reversíveis. p - Tensão de proporcionalidade Representa o limite do regime elástico. curva AB - A curvatura indica o fim da proporcionalidade, caracteriando o regime plástico do material. Podemos notar que as deformações crescem mais rapidamente do que as tensões e cessado o ensaio já aparecem as deformações residuais, que graficamente podemos calcular traçando pelo ponto de interesse uma reta paralela à do regime elástico. Notamos que neste trecho as deformações residuais são ainda pequenas mas irreversíveis. e - Tensão de escoamento Quando é atingida a tensão de escoamento o material se desorgania internamente (a nível molecular) e sem que se aumente a tensão ao qual ele é submetido, aumenta grandemente a deformação que ele apresenta. trecho BC - Chamado de patamar de escoamento. Durante este período começam a aparecer falhas no material (estricções), ficando o mesmo invalidado para a função resistente. Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 14

15 curva CD - Após uma reorganiação interna o material continua a resistir a tensão em regime plástico, porém agora com grandes e visíveis deformações residuais. As estricções são agora perceptíveis nítidamente. Não se admitem estruturas com esta ordem de grandea para as deformações residuais. R - Tensão de ruptura Conforme se pode analisar no ensaio acima, o material pode ser aproveitado até o escoamento, portanto sua TNSÃO LIMIT será a TNSÃO D SCOAMNTO. 2. Dútil com escoamento convencional emplo: aços duros Se comporta de maneira semelhante ao anterior, mas não apresenta patamar de escoamento. Como em estruturas não se admitem grandes deformações residuais se convenciona este limite, ficando a tensão correspondente convencionada como TNSÃO D SCOAMNTO, que é também a TNSÃO LIMIT do material. OBSRVAÇÕS: Os materiais dúteis de uma maneira geral são classificados como aqueles que apresentam grandes deformações antes da ruptura, podendo também ser utiliados em regime plástico com pequenas deformações residuais. Apresentam uma propriedade importantíssima que é resistirem igualmente a tração e a compressão. Isto quer dier que o escoamento serve como limite de tração e de compressão. B. MATRIAIS FRÁGIS emplo : concreto 15

16 São materiais que se caracteriam por pequenas deformações anteriores a ruptura. O diagrama é quase linear sendo quase global a aplicação da lei de Hooke. Nestes casos a tensão limite é a tensão de ruptura. Ao contrário dos materiais dúteis, eles resistem diferentemente a tração e a compressão, sendo necessário ambos os ensaios e obtendo-se assim dois limites: T = Limite de ruptura a tração C = Limite ruptura a compressão m geral estes materiais resistem melhor a compressão do que a tração. IX. CRITÉRIO D RSISTÊNCIA - COFICINT D SGURANÇA m termos gerais um projeto está sempre ligado ao binômio economia segurança. Devese aotar um índice que otimie este binômio. Pode-se dier também que mesmo sendo determinada em laboratório a utiliação da tensão limite em projetos é arriscada, pois os valores são trabalhados com diversos fatôres de incertea. m vista do que foi eposto adota-se o seguinte critério: A tensão limite é reduida divindo-a por um número que se chama coeficiente de segurança (s). Para que este número redua o módulo da tensão limite, ele deve ser maior do que a unidade. ntão, para que haja segurança: s 1 As tensões assim reduidas, que são as que realmente se pode utiliar. São chamadas de tensões admissíveis ou tensões de projeto. Para serem diferenciadas das tensões limites são assinaladas com uma barra ( ). adm = s lim Resumindo analíticamente o critério de segurança conforme abaio, para os diversos casos: Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 16

17 MATRIAIS DÚTIS s e mát = = e (tensão de escoamento s admissível) e mác = = e (tensão de escoamento admissível) MATRIAIS FRÁGIS s T mát = = T (tensão de tração admissível) c mác = = c (tensão de compressão s admissível) XRCÍCIOS PROPOSTOS: 1. Uma barra de latão de seção circular de diametro 3 cm está tracionada com uma força aial de 50 kn. Determinar a diminuição de seu diametro. São dados do material o módulo de elastcidade logitudinal de 1, kn/cm2 e o seu coeficiente de Poisson 0,3. R: 5, cm 2. Uma barra de aço de 25 cm de comprimento e seção quadrada de lado 5 cm suporta uma força aial de tração de 200 kn. Sendo = 2, kn/cm2 e µ = 0,3, qual a variação unitária do seu volume? R: 0, Suponha a barra do problema anterior sumetida à uma força aial de tração. perimentalmente determinou-se o módulo de sua deformação específica longitudinal 0,001. Sabendo-se que o seu coeficiente de Poisson é de 0,33, pergunta-se qual o volume final desta barra? R: 625,212 cm3 4. Uma barra de alumínio de seção circular de diametro 30 mm está sujeita à uma força de tração de 50 kn. Determine: a. Tensão normal. b. Deformação específica longitudinal. c. Alongamento em uma distância padrão de 200 mm. d. Variação do diâmetro. e. Variação da área da seção. f. Variação de volume em um comprimento padrão de 200 mm. Admite-se = 0, kgf/cm2 µ = 0,25 5. A placa da figura é submetida a tensões normais de compressão na direção de módulo 10 kn/cm2. Sabe-se que a deformação é impedida na direção devido à presença de elementos fios A e B. Pede-se : a. Deformação específica na direção 17

18 b. Deformação total na direção Dados do material : = 105 kn/cm2 µ = 0.86 A B 6 cm 10 cm 2 cm R: (a) 1, (b) 0, cm 6. A figura abaio mostra um prisma submetido à força P =30 kn e Q = 32 kn. As peças A e B são fias. Pede-se a deformação específica longitudinal na direção e a deformação total na direção. = 103 kn/cm2 µ= 0,2 Resistência dos Materiais I Faculdadede ngenharia PUCRS Profa. Maria Regina Costa Leggerini 18

19 Q P P Q P A B 4 cm P 4 cm Q A B 2 cm Q R: = - 4, l = 5, cm 7. Considere um ensaio cuidadosamente conduido no qual uma barra de alumínio de 50 mm de diâmetro é solicitada em uma máquina de ensaio. m certo instante a força aplicada é de 100 kn e o alongamento medido na direção do eio da barra 0,219 mm em uma distancia padrão de 300 mm. O diâmetro sofreu uma diminuição de 0,0125 mm. Calcule o coeficiente de Poisson do material e o seu módulo de elasticidade longitudinal. R: µ= 0,33 =0, kn/cm2 19

CAPÍTULO IV INTRODUÇÃO Á RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

CAPÍTULO IV INTRODUÇÃO Á RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CAPÍTULO IV 1 INTRODUÇÃO Á RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I. OBJETIVO FUNDAMENTAL A Resistência dos Materiais se preocupa fundamentalmente com o comportamento das diversas partes de um corpo quando sob a ação

Leia mais

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À RESISTENCIA DOS MATERIAIS ESFORÇO NORMAL SIMPLES

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À RESISTENCIA DOS MATERIAIS ESFORÇO NORMAL SIMPLES 1 CAPÍTULO I INTRODUÇÃO À RESISTENCIA DOS MATERIAIS ESFORÇO NORMAL SIMPLES I. INTRODUÇÃO A RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Um corpo em equilíbrio, sujeito a cargas externas ativas e reativas, possui em seu interior

Leia mais

13 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS

13 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS NG01140 Turma C (Prof. Aleandre Pacheco) 39 13 PROPRIDADS MCÂNICAS DOS MATRIAIS Os ensaios de tração e compressão stes ensaios são provavelmente uns dos mais comuns a serem usados em engenharia. les são

Leia mais

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA 1 CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE Uma viga é um elemento linear de estrutura que apresenta a característica de possuir uma das dimensões (comprimento) muito maior do que as

Leia mais

CAPÍTULO V. Em um corpo que está submetido a um sistema de forças ativas e reativas, isto é, que está em equilíbrio ocorre:

CAPÍTULO V. Em um corpo que está submetido a um sistema de forças ativas e reativas, isto é, que está em equilíbrio ocorre: 37 CAPÍTULO V I. INTRODUÇÃO Em um corpo que está submetido a um sistema de forças ativas e reativas, isto é, que está em equilíbrio ocorre: 1. Um fenômeno geométrico que é a mudança da sua forma original:

Leia mais

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA

CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA 59 CAPÍTULO VII FLEXÃO PURA I. ELEMENTOS DE VIGA São elementos lineares, isto é, que apresentam uma das dimensões (comprimento) muito maior do que as outras duas (dimensões da seção transversal) e que

Leia mais

Estabilidade. Marcio Varela

Estabilidade. Marcio Varela Estabilidade Marcio Varela Esforços internos O objetivo principal deste módulo é estudar os esforços ou efeitos internos de forças que agem sobre um corpo. Os corpos considerados não são supostos perfeitamente

Leia mais

Resistência dos Materiais Teoria 2ª Parte

Resistência dos Materiais Teoria 2ª Parte Condições de Equilíbrio Estático Interno Equilíbrio Estático Interno Analogamente ao estudado anteriormente para o Equilíbrio Estático Externo, o Interno tem um objetivo geral e comum de cada peça estrutural:

Leia mais

Propriedades mecânicas dos materiais

Propriedades mecânicas dos materiais Propriedades mecânicas dos materiais Ensaio de tração e compressão A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa propriedade é inerente

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Aula 03 TENSÃO

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Aula 03 TENSÃO CONTROLE DE QUALIDADE INDUSTRIAL Tensão Tensão é ao resultado da ação de cargas externas sobre uma unidade de área da seção analisada na peça, componente mecânico ou estrutural submetido à solicitações

Leia mais

Relações entre tensões e deformações

Relações entre tensões e deformações 9 de agosto de 06 As relações entre tensões e deformações são estabelecidas a partir de ensaios experimentais simples que envolvem apenas uma componente do tensor de tensões. Ensaios complexos com tensões

Leia mais

Capítulo 3: Propriedades mecânicas dos materiais

Capítulo 3: Propriedades mecânicas dos materiais Capítulo 3: Propriedades mecânicas dos materiais O ensaio de tração e compressão A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa propriedade

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Eng. Mecânica, Produção UNIME 2016.1 Lauro de Freitas, Março, 2016. 3 Torção Conteúdo Introdução Cargas de Torção em Eixos Circulares Torque Puro Devido a Tensões Internas Componentes

Leia mais

Curso de Engenharia Civil. Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil CAPÍTULO 3: FLEXÃO

Curso de Engenharia Civil. Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil CAPÍTULO 3: FLEXÃO Curso de Engenharia Civil Universidade Estadual de aringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil CÍTULO 3: FLEXÃO 3. Revisão de Esforços nternos étodo das Seção: 3. Revisão de Esforços nternos

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CAPÍTUO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Terceira Edição Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston Jr. Tensão e Deformação Carregamento Aial Capítulo 2 Tensão e Deformacão: Carregamento Aial 2.1 - Introdução 2.2

Leia mais

MECÂNICA DOS SÓLIDOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS. Prof. Dr. Daniel Caetano

MECÂNICA DOS SÓLIDOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS. Prof. Dr. Daniel Caetano MECÂNICA DOS SÓLIDOS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Prof. Dr. Daniel Caetano 2019-1 Objetivos Conhecer o comportamento dos materiais na tração e compressão Compreender o gráfico de tensão x deformação

Leia mais

Mecânica dos Sólidos I Parte 3 Estado Plano de Tensão

Mecânica dos Sólidos I Parte 3 Estado Plano de Tensão Departamento de Engenharia Mecânica Parte 3 Estado Plano de Tensão Prof. Arthur M. B. Braga 15.1 Mecânica dos Sólidos Problema F 1 Corpo sujeito a ação de esforços eternos (forças, momentos, etc.) F 7

Leia mais

Teste de tração - compressão

Teste de tração - compressão PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS Prof. Renata Machado Soares - REMA I Teste de tração - compressão Resistência capacidade de suportar carga sem deformação excessiva ou ruptura; A partir de um ensaio

Leia mais

CAPÍTULO V ESFORÇO NORMAL E CORTANTE

CAPÍTULO V ESFORÇO NORMAL E CORTANTE 1 CAPÍTULO V ESFORÇO NORMAL E CORTANTE I. TRAÇÃO OU COMPRESSÃO AXIAL (SIMPLES) A. TENSÕES E DEFORMAÇÕES: Sempre que tivermos uma peça de estrutura, submetida à carga externa com componente no seu eixo

Leia mais

CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS CAPÍTULO VII INTRODUÇÃO À RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I. OBJETIVO FUNDAMENTAL A Resistência dos Materiais se preocupa fundamentalmente com o comportamento das diversas partes de um corpo quando sob a ação

Leia mais

Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais

Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais MKT-MDL-05 Versão 00 Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais Curso: Bacharelado em Engenharia Civil Turma: 5º Docente: Carla Soraia da Silva Pereira MKT-MDL-05

Leia mais

Tensões. Professores: Nádia Forti Marco Carnio

Tensões. Professores: Nádia Forti Marco Carnio Tensões Professores: Nádia Forti Marco Carnio SOLICITAÇÃO AXIAL Se uma força tende a alongar o elemento, é chamada de força de tração. Se uma força tende a encurtar o elemento, é chamada de força de compressão.

Leia mais

Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais

Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais MKT-MDL-05 Versão 00 Propriedades Geométricas de um seção Plana e Propriedades Mecânicas dos Materiais Curso: Bacharelado em Engenharia Civil Turma: 5º Docente: Carla Soraia da Silva Pereira MKT-MDL-05

Leia mais

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013

Conteúdo. Resistência dos Materiais. Prof. Peterson Jaeger. 3. Concentração de tensões de tração. APOSTILA Versão 2013 Resistência dos Materiais APOSTILA Versão 2013 Prof. Peterson Jaeger Conteúdo 1. Propriedades mecânicas dos materiais 2. Deformação 3. Concentração de tensões de tração 4. Torção 1 A resistência de um

Leia mais

Objetivo do capítulo. O ensaio de tração e compressão

Objetivo do capítulo. O ensaio de tração e compressão Capítulo 3: Propriedades mecânicas dos materiais Adaptado pela prof. Dra. Danielle Bond Objetivo do capítulo Agora que já discutimos os conceitos básicos de tensão e deformação, mostraremos, neste capítulo,

Leia mais

Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor

Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor Flexão Vamos lembrar os diagramas de força cortante e momento fletor Elementos longos e retos que suportam cargas perpendiculares a seu eixo longitudinal são denominados vigas. Vigas são classificadas

Leia mais

Tema III. TRAÇÃO E COMPRESSÃO 3.1. Introdução. Esforços solicitantes são esforços (efeitos) internos:

Tema III. TRAÇÃO E COMPRESSÃO 3.1. Introdução. Esforços solicitantes são esforços (efeitos) internos: Tema III. TRAÇÃO E COMRESSÃO 3.1. Introdução Esforços solicitantes são esforços (efeitos) internos: Força normal ou axial (N), É definida como força axial ou normal a carga que atua na direção do eixo

Leia mais

AULA 2: RESPOSTAS DOS MATERIAIS SEGUNDO A MECÂNICA DOS MEIOS CONTÍNUOS

AULA 2: RESPOSTAS DOS MATERIAIS SEGUNDO A MECÂNICA DOS MEIOS CONTÍNUOS Universidade de São Paulo Escola Politécnica Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações Laboratório de Mecânica Computacional Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de São Carlos Departamento

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS 02

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS 02 Engenharia da Computação 1 4º / 5 Semestre RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS AULAS 02 Prof Daniel Hasse Tração e Compressão Vínculos e Carregamentos Distribuídos SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP Aula 04 Vínculos Estruturais

Leia mais

DEFORMAÇÃO NORMAL e DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO

DEFORMAÇÃO NORMAL e DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO DEFORMAÇÃO NORMAL e DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO 1) A barra rígida é sustentada por um pino em A e pelos cabos BD e CE. Se a carga P aplicada à viga provocar um deslocamento de 10 mm para baixo na extremidade

Leia mais

Estruturas Metálicas PROPRIEDADES DOS AÇOS

Estruturas Metálicas PROPRIEDADES DOS AÇOS Estruturas Metálicas PROPRIEDADES DOS AÇOS 1. Diagrama Tensão- Deformação Uma propriedade mecânica importante para os materiais em geral é a chamada tensão ( ), definida por: F A o Onde F é a carga aplicada

Leia mais

Deformação. - comportamento de um material quando carregado

Deformação. - comportamento de um material quando carregado Deformação - comportamento de um material quando carregado : tipos de deformação Deformação - deformação normal variação do comprimento de uma fibra em relação a uma direção. : tipos de deformação Deformação

Leia mais

Exercícios de Resistência dos Materiais A - Área 3

Exercícios de Resistência dos Materiais A - Área 3 1) Os suportes apóiam a vigota uniformemente; supõe-se que os quatro pregos em cada suporte transmitem uma intensidade igual de carga. Determine o menor diâmetro dos pregos em A e B se a tensão de cisalhamento

Leia mais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais

Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Capítulo 4 Propriedades Mecânicas dos Materiais Resistência dos Materiais I SLIDES 04 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Propriedades Mecânicas dos Materiais 2 3 Propriedades

Leia mais

Professor: José Junio Lopes

Professor: José Junio Lopes A - Deformação normal Professor: José Junio Lopes Lista de Exercício - Aula 3 TENSÃO E DEFORMAÇÃO 1 - Ex 2.3. - A barra rígida é sustentada por um pino em A e pelos cabos BD e CE. Se a carga P aplicada

Leia mais

ENG01140 Turma C (Prof. Alexandre Pacheco)

ENG01140 Turma C (Prof. Alexandre Pacheco) ENG01140 Turma C (rof. leandre acheco) 32 11 TENSÃO Tensão Normal e Tensão Cisalhante: Na ilustração a seguir, considera-se, primeiramente, a mesma parte seccionada do corpo rígido de forma genérica ilustrado

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio NECE. Experimento de ensino baseado em problemas. Módulo 01: Análise estrutural de vigas

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio NECE. Experimento de ensino baseado em problemas. Módulo 01: Análise estrutural de vigas Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro PUC-Rio NECE Experimento de ensino baseado em problemas Módulo 01: Análise estrutural de vigas Aula 02: Estruturas com barras sob corportamento axial

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Eng. Mecânica, Produção UNIME 2016.1 Lauro de Freitas, Março, 2016. 2 Tensão e deformação: Carregamento axial Conteúdo Tensão e Deformação: Carregamento Axial Deformação Normal

Leia mais

AULA 4 Materiais de Construção II

AULA 4 Materiais de Construção II AULA 4 Materiais de Construção II Introdução Para a construção, as propriedades que interessam considerar aos metais são várias, concretamente, a aparência, densidade, dilatação e condutibilidade térmica,

Leia mais

Equações Diferenciais aplicadas à Flexão da Vigas

Equações Diferenciais aplicadas à Flexão da Vigas Equações Diferenciais aplicadas à Flexão da Vigas Page 1 of 17 Instrutor HEngholmJr Version 1.0 September 21, 2014 Page 2 of 17 Indice 1. CONCEITOS PRELIMINARES DA MECANICA.... 4 1.1. FORÇA NORMAL (N)...

Leia mais

Tensões associadas a esforços internos

Tensões associadas a esforços internos Tensões associadas a esforços internos Refs.: Beer & Johnston, Resistência dos ateriais, 3ª ed., akron Botelho & archetti, Concreto rmado - Eu te amo, 3ª ed, Edgard Blücher, 00. Esforços axiais e tensões

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica Centro Federal de Educação Tecnológica de Santa Catarina CEFET/SC Unidade Araranguá RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS I Curso de Eletromecânica Prof. Fernando H. Milanese, Dr. Eng. milanese@cefetsc.edu.br Conteúdo

Leia mais

Flexão. Tensões na Flexão. e seu sentido é anti-horário. Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras.

Flexão. Tensões na Flexão. e seu sentido é anti-horário. Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras. Flexão Estudar a flexão em barras é estudar o efeito dos momentos fletores nestas barras. O estudo da flexão que se inicia, será dividido, para fim de entendimento, em duas partes: Tensões na flexão; Deformações

Leia mais

Lista de Exercício 3 Elastoplasticidade e Análise Liimite 18/05/2017. A flexão na barra BC ocorre no plano de maior inércia da seção transversal.

Lista de Exercício 3 Elastoplasticidade e Análise Liimite 18/05/2017. A flexão na barra BC ocorre no plano de maior inércia da seção transversal. Exercício 1 Para o sistema estrutural da figura 1a, para o qual os diagramas de momento fletor em AB e força normal em BC da solução elástica são indicados na figura 1b, estudar pelo método passo-a-passo

Leia mais

CAPÍTULO VI FLEXÃO ELÁSTICA EM VIGAS

CAPÍTULO VI FLEXÃO ELÁSTICA EM VIGAS 1 CAPÍTULO VI FLEXÃO ELÁSTICA EM VIGAS I. ASPECTOS GERAIS As vigas empregadas nas edificações devem apresentar adequada rigidez e resistência, isto é, devem resistir aos esforços sem ruptura e ainda não

Leia mais

Prof. Willyan Machado Giufrida Curso de Engenharia Química. Ciências dos Materiais. Propriedades Mecânicas dos Materiais

Prof. Willyan Machado Giufrida Curso de Engenharia Química. Ciências dos Materiais. Propriedades Mecânicas dos Materiais Ciências dos Materiais Propriedades Mecânicas dos Materiais IMPORTÂNCIA Aplicações onde são necessárias solicitações mecânicas. Atender as exigências de serviço previstas. POR QUÊ ESTUDAR? A determinação

Leia mais

Sistemas Estruturais. Prof. Rodrigo mero

Sistemas Estruturais. Prof. Rodrigo mero Sistemas Estruturais Prof. Rodrigo mero Aula 2 Cargas que Atuam nas estruturas Índice Forças Vetoriais Geometria das Forças Cargas Quanto a Frequência Levantamento de Cargas Simples Equilíbrio Interno

Leia mais

Elasticidade aplicada à Infraestrutura de Transportes

Elasticidade aplicada à Infraestrutura de Transportes SÇÃO D NSINO D NGNHARIA D FORTIFICAÇÃO CONSTRUÇÃO Pós-graduação em ngenharia de Transportes lasticidade aplicada à Infraestrutura de Transportes MAJ MONIZ D ARAGÃO PROLMAS PLANOS M COORDNADAS CARTSIANAS:

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias. Resistência dos Materiais I. Capítulo 6 Flexão

Universidade Federal de Pelotas Centro de Engenharias. Resistência dos Materiais I. Capítulo 6 Flexão Capítulo 6 Flexão 6.1 Deformação por flexão de um elemento reto A seção transversal de uma viga reta permanece plana quando a viga se deforma por flexão. Isso provoca uma tensão de tração de um lado da

Leia mais

Professor: José Junio Lopes

Professor: José Junio Lopes Lista de Exercício Aula 3 TENSÃO E DEFORMAÇÃO A - DEFORMAÇÃO NORMAL 1 - Ex 2.3. - A barra rígida é sustentada por um pino em A e pelos cabos BD e CE. Se a carga P aplicada à viga provocar um deslocamento

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Terceira Edição CÍTULO RESISTÊNCI DOS MTERIIS erdinand. Beer E. Russell Johnston Jr. Conceito de Tensão Capítulo 1 Conceito de Tensão 1.1 Introdução 1.2 orças e Tensões; 1.3 orças iais: Tensões Normais;

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - Notas de Aulas

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - Notas de Aulas RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS II - Notas de Aulas Prof. José Junio Lopes BIBLIOGRAFIA BÁSICA HIBBELER, Russell Charles. Resistência dos Materiais ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 1 - CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Leia mais

TORÇÃO. Prof. Dr. Carlos A. Nadal

TORÇÃO. Prof. Dr. Carlos A. Nadal TORÇÃO Prof. Dr. Carlos A. Nadal Tipo de esforços a) Tração b) Compressão c) Flexão d) Torção e) Compressão f) flambagem Esforços axiais existe uma torção quando uma seção transversal de uma peça está

Leia mais

Capítulo III Relações Tensões - Deformações 1 CAPÍTULO III RELAÇÕES TENSÕES- DEFORMAÇÕES 3.1. Introdução. Noção de Corpo Elástico

Capítulo III Relações Tensões - Deformações 1 CAPÍTULO III RELAÇÕES TENSÕES- DEFORMAÇÕES 3.1. Introdução. Noção de Corpo Elástico apítulo III Relações Tensões - Deformações APÍTULO III RLAÇÕ TNÕ- DFORMAÇÕ.. Introdução. Noção de orpo lástico 6ª AULA Quando sobre um corpo elástico são aplicadas forças de intensidades gradualmente crescentes,

Leia mais

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS Propriedades Mecânicas dos Materiais

Leia mais

para a = 110 cm, o momento torçor e a tensão no trecho A-B é dada por:

para a = 110 cm, o momento torçor e a tensão no trecho A-B é dada por: Lista de torção livre Circular Fechada - Valério SA. - 2015 1 1) a. Determinar a dimensão a de modo a se ter a mesma tensão de cisalhamento máxima nos trechos B-C e C-D. b. Com tal dimensão pede-se a máxima

Leia mais

LIMITE DE RESISTÊNCIA ou TENSÃO DE RUPTURA.

LIMITE DE RESISTÊNCIA ou TENSÃO DE RUPTURA. COMPORTAMENTO DE UM MATERIAL Quando uma força age sobre um corpo, produz neste uma TENSÃO que pode ser de TRAÇÃO, COMPRESSÃO, CISALHAMENTO, FLEXÃO ou TORÇÃO. Todas as tensões produzidas no corpo, causam

Leia mais

CAPÍTULO VIII TRAÇÃO OU COMPRESSÃO AXIAL (SIMPLES)

CAPÍTULO VIII TRAÇÃO OU COMPRESSÃO AXIAL (SIMPLES) 1 CÍTULO VIII TRÇÃO OU COMRESSÃO XIL (SIMLES) I. CONCEITO: Quando um corpo que está sob ação de forças externas, na direção do seu eixo longitudinal, origina-se Esforços Normal no seu interior, mesmo sendo

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 Marcel Merlin dos Santos

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2 Marcel Merlin dos Santos RESISTÊNCI DOS MTERIIS 2 Marcel Merlin dos Santos REVISÃO DE DIGRM DE ESORÇOS INTERNOS SOLICITNTES Vamos imaginar que a barra B esteja sendo seccionada. Vamos considerar qua a barra tenha 6 m de comprimento

Leia mais

AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO

AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO Observação: Esse texto não deverá ser considerado como apostila, somente como notas de aula. A - DEFORMAÇÃO Em engenharia, a deformação de um corpo é especificada pelo conceito

Leia mais

AULA 4 Materiais de Construção II

AULA 4 Materiais de Construção II Faculdade de Engenharia - Licenciatura em Engenharia Civil UL 4 Materiais de Construção II Capítulo ula 4 (Teórica/Prática) II ços para Construção Introdução Ensaios sobre os aços: 1) Ensaio de Tracção;

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALDO DO DISTRITO FEDERAL

CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALDO DO DISTRITO FEDERAL 7. Propriedades Mecânicas dos Materiais As propriedades mecânicas de um material devem ser conhecidas para que os engenheiros possam relacionar a deformação medida no material com a tensão associada a

Leia mais

LOM Introdução à Mecânica dos Sólidos

LOM Introdução à Mecânica dos Sólidos LOM 3081 - CAP. 2 ANÁLISE DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO PARTE 2 ANÁLISE DE DEFORMAÇÃO COEFICIENTE DE POISSON Para uma barra delgada submetida a uma carga aial: 0 E A deformação produida na direção da força é

Leia mais

Estruturas Hiperestáticas Planas

Estruturas Hiperestáticas Planas Estruturas Hiperestáticas Planas P1 19/09/96 1ª Questão Traçar o diagrama de momentos fletores e forças cortantes decorrentes de um resfriamento T da barra CE da estrutura da figura abaixo. Considerar

Leia mais

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais

Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais Capítulo 3 Propriedades Mecânicas dos Materiais 3.1 O ensaio de tração e compressão A resistência de um material depende de sua capacidade de suportar uma carga sem deformação excessiva ou ruptura. Essa

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1. Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02

LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1. Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02 LISTA DE EXERCÍCIOS ÁREA 1 Disciplina: Mecânica dos Sólidos MECSOL34 Semestre: 2016/02 Prof: Diego R. Alba 1. O macaco AB é usado para corrigir a viga defletida DE conforme a figura. Se a força compressiva

Leia mais

AULA 13: ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUPTURA. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos

AULA 13: ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUPTURA. Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos AULA 13: ESTADO DE TENSÕES E CRITÉRIOS DE RUPTURA Prof. Augusto Montor Mecânica dos Solos 9 INTRODUÇÃO Os solos, como vários outros materiais, resistem bem a compressão, mas tem resistência limitada aos

Leia mais

Aula 6 Propriedades dos materiais

Aula 6 Propriedades dos materiais Aula 6 Propriedades Mecânicas dos Materiais E-mail: daniel.boari@ufabc.edu.br Universidade Federal do ABC Princípios de Reabilitação e Tecnologias Assistivas 3º Quadrimestre de 2018 Conceitos fundamentais

Leia mais

Conceito de tensões Exercícios O Tensor de tensões Exercício. Tensões. 24 de agosto de Profa. Patrícia Habib Hallak Prof Afonso Lemonge.

Conceito de tensões Exercícios O Tensor de tensões Exercício. Tensões. 24 de agosto de Profa. Patrícia Habib Hallak Prof Afonso Lemonge. 24 de agosto de 2016 Profa. Patrícia Habib Hallak Prof Afonso Lemonge Conceito de tensão Conceito de tensões 2 F 2 Com os conceitos da física a pressão P no interior do duto é constante e tem valor: P=

Leia mais

Estado duplo ou, Estado plano de tensões.

Estado duplo ou, Estado plano de tensões. Estado duplo ou, Estado plano de tensões. tensão que atua em um ponto é função do plano pelo qual se faz o estudo. Esta afirmação pode ficar mais clara quando analisa, por exemplo, um ponto de uma barra

Leia mais

, Equação ESFORÇO NORMAL SIMPLES 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE

, Equação ESFORÇO NORMAL SIMPLES 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE 3 ESFORÇO NORMAL SIMPLES O esforço normal simples ocorre quando na seção transversal do prisma atua uma força normal a ela (resultante) e aplicada em seu centro de gravidade (CG). 3.1 BARRA CARREGADA AXIALMENTE

Leia mais

Prof. José Wallace B. do Nascimento. Capítulo 1

Prof. José Wallace B. do Nascimento. Capítulo 1 Universidade Federal de Campina Grande/ Departamento de Engenharia grícola 1 Conceito de Tensões O principal objetivo do estudo de resistência dos materiais (ou mecânica dos materiais) é proporcionar para

Leia mais

a) Os três materiais têm módulos de elasticidade idênticos. ( ) Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia PMT 3110

a) Os três materiais têm módulos de elasticidade idênticos. ( ) Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia PMT 3110 Lista de Exercícios 06 / 2018 Comportamento mecânico dos materiais - Parte I 1. Um pedaço de arame recozido de aço baixo carbono tem 2 mm de diâmetro, limite de escoamento 210 MPa e módulo de elasticidade

Leia mais

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS PARTE I

COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS PARTE I ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS PARTE I PMT 2100 - Introdução à Ciência dos Materiais para Engenharia

Leia mais

Capítulo 5 Carga Axial

Capítulo 5 Carga Axial Capítulo 5 Carga Axial Resistência dos Materiais I SIDES 05 Prof. MSc. Douglas M. A. Bittencourt prof.douglas.pucgo@gmail.com Objetivos do capítulo Determinar a tensão normal e as deformações em elementos

Leia mais

AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO

AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO AULA 03 - TENSÃO E DEFORMAÇÃO Observação: Esse texto não deverá ser considerado como apostila, somente como notas de aula. DEFORMAÇÃO Em engenharia, a deformação de um corpo é especificada pelo conceito

Leia mais

Mecânica dos Sólidos II Parte 1 (Revisão)

Mecânica dos Sólidos II Parte 1 (Revisão) Departamento de Engenharia Mecânica Parte 1 (Revisão) Prof. Arthur M. B. Braga 214.2 ENG 174 Prof. Arthur M. B. Braga Secretaria do DEM ou Lab de Sensores a Fibra Óptica E-Mail: abraga@puc-rio.br Tel:

Leia mais

Teoria das Estruturas I - Aula 08

Teoria das Estruturas I - Aula 08 Teoria das Estruturas I - Aula 08 Cálculo de Deslocamentos em Estruturas Isostáticas (1) Trabalho Externo das Cargas e Energia Interna de Deformação; Relações entre Energia de Deformação e Esforços Internos;

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Curso de Graduação em Engenharia Civil ECC 1006 Concreto Armado A ESTRUTURAS. Gerson Moacyr Sisniegas Alva

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Curso de Graduação em Engenharia Civil ECC 1006 Concreto Armado A ESTRUTURAS. Gerson Moacyr Sisniegas Alva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Curso de Graduação em Engenharia Civil ECC 1006 Concreto Armado A COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS E DAS ESTRUTURAS Gerson Moacyr Sisniegas Alva A prática sem teoria é cega

Leia mais

Resistência dos Materiais

Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais Prof. Antonio Dias Antonio Dias / Resistência dos Materiais 1 Flexão Diagramas de força cortante e momento fletor Elementos longos e retos que suportam cargas perpendiculares

Leia mais

MECSOL34 Mecânica dos Sólidos I

MECSOL34 Mecânica dos Sólidos I MECSOL34 Mecânica dos Sólidos I Curso Superior em Tecnologia Mecatrônica Industrial 3ª fase Prof.º Gleison Renan Inácio Sala 9 Bl 5 joinville.ifsc.edu.br/~gleison.renan Tópicos abordados Conceito de Tensão

Leia mais

3.1 PROPRIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 3.1 PROPIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 3.1 PROPRIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 09/08/2012

3.1 PROPRIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 3.1 PROPIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 3.1 PROPRIEDADES DOS CORPOS SÓLIDOS: 09/08/2012 1 2 Dureza: é a resistência que os corpos opõem ao serem riscados, a dureza pode ser avaliada a partir da capacidade que um material tem, de riscar o outro. Ex.: Diamante e vidro. Escala de dureza de Mohs:

Leia mais

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Terceira Edição CAPÍTULO RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Ferdinand P. Beer E. Russell Johnston, Jr. Análise de Tensões no Estado Plano Capítulo 6 Análise de Tensões no Estado Plano 6.1 Introdução 6. Estado Plano

Leia mais

1) Qual propriedade de um material reproduz a lei de Hooke? Escrever a expressão que traduz a lei. 2) Um cilindro de 90,0 cm de comprimento (figura) está submetido a uma força de tração de 120 kn. Uma

Leia mais

PME Mecânica dos Sólidos I 4 a Lista de Exercícios

PME Mecânica dos Sólidos I 4 a Lista de Exercícios ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA PME-300 - Mecânica dos Sólidos I 4 a Lista de Eercícios 1) Seja o tensor das deformações em um dado ponto de um sólido

Leia mais

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento 2 Cinemática A cinemática tem como objeto de estudo o movimento de sistemas mecânicos procurando descrever e analisar movimento do ponto de vista geométrico, sendo, para tal, irrelevantes os fenómenos

Leia mais

Tensões associadas a esforços internos

Tensões associadas a esforços internos Tensões associadas a esforços internos Refs.: Beer & Johnston, Resistência dos ateriais, 3ª ed., akron Botelho & archetti, Concreto rmado - Eu te amo, 3ª ed, Edgard Blücher, 2002. Esforços axiais e tensões

Leia mais

CAPÍTULO 3 ESFORÇO CORTANTE

CAPÍTULO 3 ESFORÇO CORTANTE CAPÍTULO 3 ESFORÇO CORTANTE 1 o caso: O esforço cortante atuando em conjunto com o momento fletor ao longo do comprimento de uma barra (viga) com cargas transversais. É o cisalhamento na flexão ou cisalhamento

Leia mais

teóricos necessários para se calcular as tensões e as deformações em elementos estruturais de projetos mecânicos.

teóricos necessários para se calcular as tensões e as deformações em elementos estruturais de projetos mecânicos. EME311 Mecânica dos Sólidos Objetivo do Curso: ornecer ao aluno os fundamentos teóricos necessários para se calcular as tensões e as deformações em elementos estruturais de projetos mecânicos. 1-1 EME311

Leia mais

FLEXÃO COMPOSTA RETA E OBLÍQUA

FLEXÃO COMPOSTA RETA E OBLÍQUA Universidade Federal de Ouro Preto - Escola de Minas Departamento de Engenharia Civil CIV620-Construções de Concreto Armado FLEXÃO COMPOSTA RETA E OBLÍQUA Profa. Rovadávia Aline Jesus Ribas Ouro Preto,

Leia mais

Sergio Persival Baroncini Proença

Sergio Persival Baroncini Proença ula n.4 : ESTUDO D FLEXÃO São Carlos, outubro de 001 Sergio Persival Baroncini Proença 3-) ESTUDO D FLEXÃO 3.1 -) Introdução No caso de barras de eixo reto e com um plano longitudinal de simetria, quando

Leia mais

Exercícios de linha elástica - prof. Valério SA Universidade de São Paulo - USP

Exercícios de linha elástica - prof. Valério SA Universidade de São Paulo - USP São Paulo, dezembro de 2015. 1. Um pequeno veículo de peso P se move ao longo de uma viga de seção retangular de largura e altura de, respectivamente, 2 e 12 cm. Determinar a máxima distância s, conforme

Leia mais

1- Os dois cabos suportam uma luminária de 80 kg. Determinar seus diâmetros requeridos se o esforço de tração admissível para o alumínio for

1- Os dois cabos suportam uma luminária de 80 kg. Determinar seus diâmetros requeridos se o esforço de tração admissível para o alumínio for nhanguera-uniderp Engenharia Civil Resistência dos Materiais 1- Os dois cabos suportam uma luminária de 80 kg. Determinar seus diâmetros requeridos se o esforço de tração issível para o alumínio for =

Leia mais

Turma/curso: 5º Período Engenharia Civil Professor: Elias Rodrigues Liah, Engº Civil, M.Sc.

Turma/curso: 5º Período Engenharia Civil Professor: Elias Rodrigues Liah, Engº Civil, M.Sc. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Disciplina: TEORIA DAS ESTRUTURAS I Código: ENG2032 Tópico: ENERGIA DE DEFORMAÇÃO E PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Turma/curso:

Leia mais

Tensão. Introdução. Introdução

Tensão. Introdução. Introdução Capítulo 1: Tensão Adaptado pela prof. Dra. Danielle Bond Introdução A resistência dos materiais é um ramo da mecânica que estuda as relações entre as cargas externas aplicadas a um corpo deformável e

Leia mais

2 TORÇÃO EM VIGAS Notas Iniciais

2 TORÇÃO EM VIGAS Notas Iniciais 2 TORÇÃO EM VIGAS 2.1. Notas Iniciais As teorias clássicas para torção em materiais homogêneos isótropos, e posteriormente para elementos de concreto de seção retangular são analisadas e discutidas neste

Leia mais

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento

Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas É necessário conhecer as características do material e projetar o elemento estrutural a partir do qual ele é feito Materiais são frequentemente

Leia mais

Ensaio de compressão

Ensaio de compressão A UU L AL A Ensaio de compressão Podemos observar o esforço de compressão na construção mecânica, principalmente em estruturas e em equipamentos como suportes, bases de máquinas, barramentos etc. Às vezes,

Leia mais