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Transcrição:

PN 342.021; Ag.: TC. SM Feira; Ag.e2: Ag.o3:, Idem. Acordam no Tribunal da Relação do Porto. 1. O despacho recorrido, proferido em inventário por motivo de divórcio, indeferiu reclamação da Ag.e que entendia deverem ser relacionadas [sob qualquer modalidade apropriada] certas entradas a débito em contas bancárias, ocorridas durante a constância do matrimónio. 2. Inconformada, concluiu: (a) O dinheiro depositado era um bem comum; (b) Os levantamentos feitos pelo Ag.o, 96.12.04/95.12.05, diminuíram um bem comum, mas em proveito próprio; (c) Na verdade, ao tempo dos levantamentos, 12.96, o casal já estava desentendido, fazendo vida independente, tal como o Ag.o reconhece em 4. da p.i/divórcio litigioso; (d) E a confirmar que o casal já se encontrava desentendido, temos ainda a carta que a Ag.e, 9611.04, enviou ao BNCI, na qual solicitava que a partir dessa data a movimentação da conta 0013643-001-51 só fosse possível com a assinatura dos dois titulares, ou seja, dela e do recorrido; 1 Vistos: Des. Ferreira de Sousa ( ) Des. Paiva Gonçalves ( ). 2 Adv.: Dra 1

(e) Ora, o levantamento do montante de Pte 2 745 265$00 pelo Ag.o, em proveito próprio, causou grave prejuízo à Ag.e: não deu qualquer justificação para os referidos levantamentos; não justificou em que usou/aplicou tal importância; (f) Pode mesmo entender-se que foi praticado um crime de furto, ou de abuso de confiança, p.p. arts. 205 e 300 CP; (g) Contudo, se assim se não entender, sempre deverá o montante em causa ser relacionado como bem comum do casal; (h) Assim, contrariamente ao despacho recorrido, é de admitir que os montantes de Pte 2 520 000$00 + Pte 225 265$00, sejam relacionados como bem do casal no inventário. 3. Nas contra-alegações foi dito: (a) O divórcio obtido por mútuo consentimento prescinde do motivo: causas do divórcio; as quais ficam no íntimo dos conjuges; (b) E tendo o divórcio litigioso entre Ag.e e Ag.o sido convertido em divórcio por mútuo consentimento, na 1ª conferência, os factos alegados na p.i. não foram considerados pelo Ag.o nem pelo tribunal; (c) Por outro lado, não tendo surgido qualquer requerimento de um ou outro dos conjuges para ser fixada a data em que findou a co-habitação entre eles, os efeitos patrimoniais do divórcio retroagem apenas à data da propositura da acção; (d) A decisão recorrida acatou deste modo os preceitos legais aplicáveis, e a solução proposta pela Ag.e vai ao arrepio da letra e do espírito da lei; (e) Deve ser mantida inteiramente. 4. Foi dado como assente: (1) 99.11.19, deu entrada o pedido de divórcio; 3 Adv.: DR. 2

(2) Por apenso aos autos principais, o cabeça de casal requereu a separação de meações, na qual, após a reclamação apresentada pela Ag.e, as partes chegaram a acordo sobre os bens a descrever; (3) Por isso mesmo, veio a ser designada data para a Conferência de Interessados; (4) Só depois, a Ag.e acusou a falta de relação do montante de Pte 2 745 265$00; (5) Correspondia este à soma de dois movimentos bancários, por cheque avulso, 96.12.04 e 96.12.05, e de levantamento por parte do cabeça de casal, primeiro, da quantia de Pte 2 520 000$00, depois, de Pte 225 265$00; (6) Em 96.12.31, o saldo da conta 0013646-001-51, por isso mesmo, passou a ser de 0$40; (7) Contudo existiram alguns movimentos durante o ano de 1997; (8) E a partir de 1998, tais movimentos bancários deixaram de ocorrer. 5. A decisão recorrida, convocou o disposto no art. 1789/1.2 CC, verificando que não foi pedido quer pela Ag.e quer pelo Ag.o que os efeitos do divórcio retroagissem a data anterior à da propositura, e apresentou os seguintes argumentos: (a) O depósito bancário é o contrato pelo qual o depositante confia a uma instituição bancária certa quantia em dinheiro mediante retribuição (juros), ficando o Banco proprietário dela, com o direito de a utilizar, mas com a obrigação de restituir outro tanto do mesmo género e qualidade quando o cliente lho solicitar; (b) A chamada conta conjunta inscreve os movimentos referentes aos depósitos bancários efectuados em nome de duas ou mais pessoas, ficando qualquer delas com a faculdade de só por si, e sem necessidade de intervenção do co-titular, fazer levantamentos e outros movimentos quer sejam a crédito ou a débito, tendo aqui aplicação os princípios da solidariedade activa dos arts. 503 e 516 CC: presunção de comparticiparem em partes iguais do crédito; 3

presume-se, enquanto não for feita prova em contrário, que cada um dos depositantes é titular de metade do saldo, Ac. STJ, 99.06.17, CJ/STJ, II/152; (c) Logo, no que diz resp eito ao montante reclamado pela mulher, qualquer deles [marido e mulher] podia movimentar o saldo da conta em proveito comum; (d) Contudo, o levantamento em causa foi efectuado na constância do matrimónio, pelo que à data de entrada em Juízo do divórcio, a quantia em numerário já não fazia parte dos bens comuns do casal. 6. O recurso está pronto para julgamento. 7. Em boa verdade aquilo que a Ag.e pretendeu foi arguir a ilicitude de acto em prejuízo do casal, por apropriação singular indevida, correspondente a não terem sido afectadas ao proveito comum as quantias referentes ao saldo, entregues então pelo Banco no âmbito do contrato de depósito de que eram titulares os conjuges, e na constância do matrimónio. Naturalmente que o posicionamento do Ag.o foi de dizer que nada disso se passou; que os montantes porventura saem até da prestação de contas, indevida entre casados. Contudo, o ordenamento proíbe criminalmente a desafectação ao proveito comum do património que lhe está consignado, muito embora isente de pena. Pode por conseguinte pôr-se o problema, em substância, de ter havido uma desapropriação ilícita, o qual tem recorte de incidente no contexto do inventário e pode muito bem ser levantado na fase da Conferência de interessados. Deste modo, perante o requerimento da Ag.e, o julgador ou a remetia para os meios comuns ou mandava produzir prova, para decidir depois sobre se os montantes em causa, na verdade, foram desviados e unilateralmente desafectados do proveito comum. Ora, no conspecto desta questão em nada interfere que tudo se tenha passado na constância do matrimónio; muito pelo contrário o problema só adquire relevância no âmbito e alcance matrimonial. 4

Concluimos: tem razão a Ag.e, mas ainda não quanto ao objectivo final, devendo entretanto ser exarado despacho nos termos do art. 1336/1.2 CPC. 8. Atento o exposto, vistos os arts. 205/300 CP e a precedente norma cit. do CPC, decidem revogar a decisão agravada, e com vista à ocorrência do despacho intercalar anunciado. 9. Custas pelo Ag.o, sucumbente. x I- A circunstância de ter havido, por parte do marido, um levantamento bancário a partir de conta conjunta com a mulher, durante a constância do matrimónio, não elide o problema pertinente da desafectação ilícita, e ao proveito comum, do montante em causa; II- A proibição criminal, ainda que com isenção de pena, dá corpo à admissibilidade do incidente, suscitado pela mulher no inventário subsequente a divórcio, e na fase da Conferência de interessados. 5