Dinâmica de Estruturas

Documentos relacionados
DINÂMICA DE ESTRUTURAS

Primeira lista de MPD-42

CAPÍTULO 7. Seja um corpo rígido C, de massa m e um elemento de massa dm num ponto qualquer deste corpo. v P

Movimentos oscilatórios

Profª Gabriela Rezende Fernandes Disciplina: Análise Estrutural 2

n x = qualidade da mistura idêntico para diagrama T-v) v l v v v B Relativamente a estados de mistura saturados :

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2016/2017

Representação De Modelos de Sistemas Dinâmicos:

Método dos Deslocamentos

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

SEM0 M Aul u a l a 14 Sistema de Múltiplos Corpos Sistema Pro r f. D r. r Ma M r a c r elo l Becker SEM - EESC - USP

Exemplo E.3.1. Exemplo E.3.2.

MODELAGEM COMPUTACIONAL DE PROBLEMAS UNIDIMENSIONAIS DE TRANSPORTE DE PARTÍCULAS NEUTRAS EM MEIOS MATERIAS NÃO- MULTIPLICATIVOS

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

Aula nº 32. Aula Teórica de Flexão Composta

FÍSICA II OSCILAÇÕES - MHS EVELINE FERNANDES

Uma lagrangeana para a corda vibrante

Uma EDO Linear de ordem n se apresenta sob a forma: a n (x) y (n) + a n 1 (x) y (n 1) + + a 2 (x) y 00 + a 1 (x) y 0 + a 0 (x) y = b (x) ; (6.

2 Flambagem Viscoelástica

ϕ ( + ) para rotações com o Flechas e deflexões

Laboratório de Física 2

Física Arquitectura Paisagística LEI DE HOOKE

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Mecânica Newtoniana: Trabalho e Energia

Física e Química A Tabela de Constantes Formulário Tabela Periódica

Estruturas de Betão Armado II. 3 Lajes - Análise

m v M Usando a conservação da energia mecânica para a primeira etapa do movimento, 2gl = 3,74m/s.

Aplicações de Equações Diferenciais de Segunda Ordem

Prof. Carlos R. Paiva Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores Instituto Superior Técnico

10. CARGAS ACIDENTAIS E MÓVEIS; LINHAS DE INFLUÊNCIA

Movimento oscilatório forçado

MOVIMENTO 3D PROPS. INERCIAIS E MOMENTO ANGULAR

Dinâmica das Máquinas

PME Mecânica dos Sólidos I 5 a Lista de Exercícios

Gabarito - FÍSICA - Grupos H e I

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. PME Mecânica dos Sólidos I 7 a Lista de Exercícios

( ) ( ) Gabarito 1 a Prova de Mecânica dos Fluidos II PME /04/2012 Nome: No. USP. x y x. y y. 1 ρ 2

7. OSCILADOR HARMÓNICO COMPOSTO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA. PME Mecânica dos Sólidos II 13 a Lista de Exercícios

Valter B. Dantas. Geometria das massas

Método dos Elementos Finitos Aplicado à Problemas Planos

TE220 DINÂMICA DE FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

x = Acos (Equação da posição) v = Asen (Equação da velocidade) a = Acos (Equação da aceleração)

Aula # 8 Vibrações em Sistemas Contínuos Modelo de Segunda Ordem

, um deslocamento segundo o eixo local l 2. , u l 2. . Para aplicar ou restringir estes deslocamentos aplica-se uma força segundo o eixo local l 1

(d) Funcionamento de um amortecedor e mola da suspensão de um carro. (e) Movimento de átomos e de moléculas numa rede cristalina de uma substância.

Análise da capacidade de suporte horizontal de uma estaca isolada

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Mecânica

(FEP111) Física I para Oceanografia 2 o Semestre de Lista de Exercícios 2 Princípios da Dinâmica e Aplicações das Leis de Newton

Física A. Sky Antonio/Shutterstock

Departamento de Engenharia Mecânica ENG Mecânica dos Sólidos II. Teoria de Vigas. Prof. Arthur Braga

ENTECA 2003 IV ENCONTRO TECNOLÓGICO DA ENGENHARIA CIVIL E ARQUITETURA

Laboratório de Dinâmica

ANÁLISE MATEMÁTICA IV FICHA SUPLEMENTAR 5 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS E TRANSFORMADA DE LAPLACE

1ºAula Cap. 09 Sistemas de partículas

Eletromagnetismo I. Aula 9

3. Considere as duas diferentes situações em que uma mala está suspensa por dois dinamómetros como representado na Fig.1.

Densimetria - medidas de densidade

Lista 6 Funções de Uma Variável

4 Efeitos da Temperatura nas Propriedades dos Solos

Elasticidade aplicada à Infraestrutura de Transportes

TE220 DINÂMICA DE FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

Conversão de Energia II

(A) 331 J (B) 764 J. Resposta: 7. As equações de evolução de dois sistemas dinâmicos são:

São ondas associadas com elétrons, prótons e outras partículas fundamentais.

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula 8

Modelagem Matemática de Sistemas Mecânicos Translacionais pela Mecânica Newtoniana

5.1. Simulações para o Campo Magnético Gerado por um Ímã Permanente.

Física Geral I. 1º semestre /05. Indique na folha de teste o tipo de prova que está a realizar: A, B ou C

APOSTILA ELEMENTOS DE MÁQUINAS

Revisões de análise modal e análise sísmica por espectros de resposta

LFEB notas de apoio às aulas teóricas

Sumário e Objectivos. Setembro. Elementos Finitos 2ªAula

SOLUÇÃO: sendo T 0 a temperatura inicial, 2P 0 a pressão inicial e AH/2 o volume inicial do ar no tubo. Manipulando estas equações obtemos

Sistemas Reticulados 26/03/2017. Deformações na Flexão. Deformações na Flexão. Deformações na Flexão. Deformações na Flexão. dv dx.

4 DEFINIÇÃO DA GEOMETRIA, MALHA E PARÂMETROS DA SIMULAÇÃO

Modelo matemático do comportamento axial e à flexão de barras

TRABALHO E ENERGIA. x =

Capítulo 15 Oscilações

Cap. 7 - Corrente elétrica, Campo elétrico e potencial elétrico

Instituto Tecnológico de Aeronáutica VIBRAÇÕES MECÂNICAS MPD-42

ANÁLISE COMPLEXA E EQUAÇÕES DIFERENCIAIS TESTE 2A - 15 DE JUNHO DE DAS 11H. Apresente e justifique todos os cálculos. dy dt = y t t ; y(1) = 1.

REVISÃO: ANÁLISE DE TENSÕES

Força impulsiva. p f p i. θ f. θ i

Fenômenos de Transporte. Aula 1 do segundo semestre de 2012

Dinâmica das Máquinas Princípio do trabalho virtual

Prática X PÊNDULO SIMPLES

Nota de Aula: Equações Diferenciais Ordinárias de 2 Ordem. ( Aplicações )

Controlo digital de um motor de corrente contínua

Segunda lista de exercícios

RESUMO MECÂNICA II P2

3.4 - O Modelo de 02 GDL

3 Estática das estruturas planas

Física Geral I. 1º semestre /05. Indique na folha de teste o tipo de prova que está a realizar: A, B ou C

a) Calcular a energia cinética com que a moeda chega ao piso.

Ferramentas matemáticas

XXIX CILAMCE November 4 th to 7 th, 2008 Maceió - Brazil

Resistência dos. Materiais. Capítulo 3. - Flexão

CAPÍTULO 7 INÉRCIA DE SUPERFÍCIES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO. Segunda Chamada (SC) 1/8/2016

Transcrição:

Dinâica de Estruturas Licenciatura e Engenharia Civi RAIMUNDO DELGADO ANTÓNIO ARÊDE FEU DEC - Estruturas FEU - Raiundo Degado & António Arêde 1

1. 1. INTRODUÇÃO À DINÂMICA DE DE ESTRUTURAS 1.1 INTRODUÇÃO Acção Dinâica: Varia a grandeza, direcção e ponto de apicação co o tepo. Resposta Dinâica: Tensões, desocaentos, veocidades e aceerações que tabé varia co o tepo Tipos de Anáise DETERMINÍSTICA - a ei de variação da acção co o tepo é conhecida ESTOCÁSTICA a acção não é copetaente conhecida, as pode ser definida e teros estatísticos 1 ( t 1 t(s) Aceerograa t(s) ( 15 1 t(s) 5 a (c/s) 4 6 8 1 1 14 16-5 n ( -1 t(s) -15 t (s) Os probeas dinâicos difere dos estáticos porque: a soicitação varia co o tepo ocorre forças de inércia devidas à aceeração Estático Dinâico FEU - Raiundo Degado & António Arêde

1. MODELOS DE ANÁLISE EXERIMENTAL (odeo físico eperienta) Anáise de ua estrutura: ANALÍTICA (odeo ateático) Sistea Físico Rea Modeo Mateático Soução Mateática Fidedigna Designação sibóica para sistea ideaizado que incui todas as hipóteses sipificativas Tipos de Modeos Mateáticos MODELOS CONTÍNUOS MODELOS DISCRETOS z(, z ( 1 z ( z 3( Deforada totaente conhecida Deforada conhecida e aguns pontos FEU - Raiundo Degado & António Arêde 3

Redução de robeas Contínuos a u Sistea co 1 Grau de Liberdade z z Este tipo de probea pode ser descrito peo seguinte odeo esqueático: k c F( A foruação do probea conduzirá a u sistea de equações diferenciais, cuja resoução perite a obtenção da resposta. 1.3 ÂMBITO DO CURSO SISTEMAS COM 1 GRAU DE LIBERDADE Modeos ateáticos de sisteas de 1 g.. Vibrações ivres co e se aorteciento Resposta a soicitações periódicas Resposta a ua soicitação dinâica quaquer Anáise vibratória peo étodo de Rayeigh Resposta a soicitações sísicas FEU - Raiundo Degado & António Arêde 4

SISTEMAS COM N GRAUS DE LIBERDADE Modeos ateáticos de sisteas co vários g.. Vibrações ivres se aorteciento. Frequências e odos de vibração Resposta a ua acção dinâica quaquer. Método da sobreposição oda Resposta a soicitações sísicas ANÁLISE DINÂMICA DE ESTRUTURAS DE EDIFÍCIOS E ONTES Aspectos reguaentares da acção sísica. Anáise através de espectros de resposta Distribuição de acções horizontais e edifícios. Anáise pana sipificada Anáise tridiensiona 1.4 BIBLIOGRAFIA DYNAMICS OF STRUCTURES Ray W. Cough and Joseph enzien McGraw-Hi, nd Ed., 1993 STRUCTURAL DYNAMICS. Theory and Coputation Mario az Chapan & Ha, 4th Ed., 1997 STRUCTURAL DYNAMICS. An Introduction to Coputer Methods Roy R. Craig Jr. John Wiey & Sons, 1981 DYNAMICS OF STRUCTURES. Theory and Appications to Earthquake Engineering Ani K. Chopra rentice Ha, Internationa Edition, 1995 FEU - Raiundo Degado & António Arêde 5

.. MODELOS MATEMÁTICOS DOS DOS SISTEMAS COM COM UM UM GRAU GRAU DE DE LIBERDADE.1 CARACTERIZAÇÃO DE UM SISTEMA COM UM GRAU DE LIBERDADE As características da oa são descritas pea reação entre a força F e o desocaento y da etreidade da oa. F (1) () y (1) Coportaento LINEAR F = k y () Coportaento NÃO - LINEAR df = k( y) dy No doínio eástico a oa é u arazé de energia!! F dw = F dy Energia de deforação F W D = F dy = D 1 k y dy = kd dy D y Essa energia pode ser dissipada por ecanisos de aorteciento. O odeo noraente utiizado para caracterizar o aorteciento é o de AMORTECEDOR VISCOSO LINEAR, e que a força de aorteciento f a é dada por: f a = c v veocidade coeficiente de aorteciento FEU - Raiundo Degado & António Arêde 6

Apicando a ª Lei de NEWTON, a equação de oviento de ua partícua escreve-se: F = a aceeração reativa edida e reação a u referencia inercia assa da partícua ara os probeas de dinâica de estruturas é úti introduzir o conceito de força d Aebert ou de força de inércia: f = a que não é ais do que a força fictícia e conjunto co a qua o sistea fica e equiíbrio. Obté-se assi a EQUAÇÃO DE EQUILÍBRIO DINÂMICO: i + f F = i Força de inércia e Moento das forças de inércia: f =-a i a y a y α G a b a a I G α c I G α = ( b + c ) α 1. FORMULAÇÃO DAS EQUAÇÕES DE MOVIMENTO..1 Apicação das Leis de Newton a u sistea discreto Considere-se o eio y e o desocaento u e reação a esse eio. As forças actuantes sobre o corpo deve estar e equiíbrio. k c y u( f( fi fa fe + f ( = f e u&&+ cu& + ku = f ( f a f i f( Equação Fundaenta da Dinâica de Estruturas FEU - Raiundo Degado & António Arêde 7

Eepo: Derivar a equação do oviento para pequenos desocaentos do seguinte corpo rígido. kθ Mθ f n O θ ft θ M O = M sen θ I && θ = O θ Mas G u t G u n I O = IG + e M θ = kθθ ( I G ) && θ + k θ + senθ = + θ.. Apicação do rincípio dos Trabahos Virtuais Esta foruação te particuar interesse quando se apica a u conjunto de corpos rígidos igados entre si..t.v. : ara u quaquer desocaento virtua do sistea, o trabaho virtua das forças reais ais o das forças de inércia deve ser nuo. δ. W f reais + f = i Eepo: Seja o seguinte corpo rígido. p f p δθ θ M G f e / / f i A coordenada generaizada que caracteriza a configuração do corpo é θ. Assi, no desocaento virtua δθ o trabaho virtua das forças reais e das de inércia é: r f i = f p = f i 3 δθ f 4 e δθ M δθ G δθ + r f = FEU - Raiundo Degado & António Arêde 8 i

Mas f p = ; = θ ; = & θ e = && f M I θ = & θ e k fi G G 1 donde p 3 4 δθ + k θδθ + && θ δθ + 1 & θδθ = G I G = 1 3 & θ + k 3 θ = 8.3 ASSOCIAÇÃO DE COROS EM SISTEMAS DE UM GRAU DE LIBERDADE GENERALIZADO Sisteas e que a deforação eástica está concentrada e eeentos de oa ode ser de dois tipos: Sisteas co easticidade distribuída e e que as deforações pode ser contínuas através de toda a estrutura.3.1 Sisteas co Deforação Eástica Concentrada e Eeentos de Moa / / f G 1 δ u / u/ u/ k δ v δ u u u/ G δ u / u/ δ v δ u u N δ v δ u δ v u u = δv = δu δu f δu f e u&& δu u u&& δu + N δv = f k u + N 4 = 4N u + k u = f & Obs: Neste caso a força aia de copressão reduz a rigidez do sistea FEU - Raiundo Degado & António Arêde 9

.3. Sisteas co Easticidade Distribuída Considera-se estruturas contínuas as e que a deforada é de deterinado tipo. Caracteriza-se a deforada da estrutura nu instante t, por u parâetro (coordenada generaizada) que utipica a função de fora que se aditiu para a deforada. u(, = u( ψ( ) função de fora coordenada generaizada ou desocaento generaizado Eepo: Barra encastrada, soicitada aiaente na etreidade. ρ A u(, u( u (, = u( O rincípio dos Trabahos Virtuais perite escrever: + r fi = int Trabaho de deforação interna O capo dos desocaentos virtuais é caracterizado por δu e portanto Assi: δ u( ) = δu δ W r = δu () = δu fi = ρ Au& (, δu( ) d as u & (, = u& ( donde fi = ρ A u&& ρ A ρ A 3 () t δu d = u&& () t δu d = u& () t δu FEU - Raiundo Degado & António Arêde 1

int = σδε dv V as du 1 E dv = A d ; ε = = u ; = d () t σ u() t δε = 1 δu donde E 1 int = u E A () t δu() t Ad = u() t δu Finaente ρ A u&& 3 E A () t + u() t = U sistea de feibiidade distribuída, e que é caracterizado apenas por u parâetro (a coordenada generaizada u() conduz a ua equação de equiíbrio dinâico idêntica à obtida para u sistea discreto ais sipes. ara o caso gera e que u(, = u( ψ( ) && () t + c u& () t + k u() t f u = e que ( ) ψ ( ) = d assa generaizada k k c ( ) ψ ( ) = c d ψ = d a E A d d d ψ EI d = f d aorteciento generaizado rigidez generaizada (aia, feão) f ( ψ( ) = p, d força generaizada FEU - Raiundo Degado & António Arêde 11