4 Modelos teóricos para a ETTJ

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "4 Modelos teóricos para a ETTJ"

Transcrição

1 4 Modelos eóricos para a ETTJ 4.1. Inrodução No capíulo 3, descrevemos e eemplificamos a ETTJ observada e alguns conceios a ela relacionados. Nesa seção, vamos descrever a eoria por rás dos modelos da ETTJ. Os modelos eóricos da ETTJ são derivados usualmene com base em argumenos de não-arbiragem e/ ou de equilíbrio. O clássico modelo de CIR, por eemplo, é um rabalho seminal na derivação de modelos eóricos com base em argumenos de equilíbrio. Modelos derivados por argumenos de equilíbrio como CIR necessiam de especificações para a função de produção da economia e para a função de uilidade dos consumidores (normalmene, raa-se de um consumidor represenaivo) em rabalhos relacionados à ETTJ essas especificações são usualmene funções esocásicas em que a incereza é modelada a parir de um movimeno browniano. Da resolução desse problema de equilíbrio, obém-se a equação esocásica que deermina a dinâmica da aa de curo prazo e/ ou livre de risco da economia (que é a aa de juros de equilíbrio dessa economia). Somene, a parir daí, é que se pode ober uma forma funcional para a ETTJ. A necessidade da resolução de odo um problema de equilíbrio como pré-requisio para a obenção da ETTJ mosra que a resolução desses modelos de equilíbrio pode se ornar basane rabalhosa. Por essa razão, a lieraura eórica aual em se baseado fundamenalmene no esudo de modelos obidos por argumenos de não-arbiragem. A razão para isso é a maior simplicidade de ais modelos, afinal eles prescindem da resolução de um modelo de equilíbrio para a obenção da aa livre

2 Modelos eóricos para a ETTJ 38 de risco. Além disso, como eplicamos abaio, os modelos de não-arbiragem incluem os modelos de equilíbrio. Os modelos derivados por argumenos de não-arbiragem necessiam basicamene de 3 ingredienes fundamenais: 1. Especificam-se equações diferenciais esocásicas para cada um dos faores da economia Especifica-se uma função que deermina a dinâmica da aa de curo prazo da economia a parir dos faores da economia; 3. Especifica-se uma forma funcional para o preço do risco de mercado 21 como veremos o preço do risco de mercado dá a medida da aversão ao risco dos agenes.além disso, como veremos, o preço do risco de mercado esá relacionado à forma pela qual mudamos a medida de probabilidade de um mundo com risco para a medida de probabilidade de um mundo sem risco A parir daí, acoplado à hipóese de não-arbiragem, obém-se um funcional 22 para a ETTJ que associa a cada vencimeno, dada a aa de juros de curo prazo em deerminado insane, uma aa de juros. Um eemplo desse approach é Dai e Singleon (2000), onde a parir de diversas especificações diferenes para as equações esocásicas que regem os faores da economia 23 e da hipóese da eisência de uma medida de probabilidade neura ao risco 24, os auores esudam, para diversos modelos, as equações de apreçameno dos íulos zero-coupon 25 e as esimações dos modelos, sem fazer 20 Em modelos unifaoriais, a aa de curo prazo é o único faor da economia. Assim não há necessidade de se especificar uma função que deermine a aa de curo prazo a parir dos faores da economia ou, de oura forma, a função que deermina a aa de curo prazo a parir do faor único é a função idenidade. 21 Marke price of risk. 22 Esse funcional é obido a parir de écnicas de cálculo esocásico como o lema de Io. Uma referência imporane para esse e ouro resulados é Oksendal (1998). 23 Nessa lieraura, faor e aa de curo prazo são inercambiáveis. A diferença fundamenal é que em modelos de 1 faor, o faor único é usualmene chamado de aa de curo prazo. 24 A hipóese de eisência de uma medida neura ao risco é equivalene à hipóese de nãoarbiragem. 25 A equação 3, no capíulo 3, mosra a ligação enre o preço dos zero-coupons e a ETTJ.

3 Modelos eóricos para a ETTJ 39 qualquer referência a argumenos de equilíbrio que envolvam consumidores, firmas e/ ou problemas de oimização. Mas, afinal, perde-se algo ao se abandonar os modelos baseados em equilíbrio? Talvez em inuição econômica, afinal os parâmeros de um modelo baseado em equilíbrio são parâmeros de funções de produção ou de funções de uilidade, o que clarifica basane a sua inerpreação econômica. Enreano como Heah, Jarrow e Moron (1992) apona, as equações esocásicas dos faores especificadas eogenamene em um modelo derivado por não-arbiragem podem ser obidas da resolução de um modelo de equilíbrio. Ou seja, ao invés de solucionarmos odo o problema de equilíbrio para que obenhamos a dinâmica da aa de curo prazo r, podemos simplesmene especificar r eogenamene de forma consisene com o r que eria sido obido da solução do problema de equilíbrio e iniciar desse pono o nosso esudo da ETTJ. Nesse senido, a lieraura de modelos baseados em não-arbiragem (com suas mais diferenes especificações para os processos esocásicos) inclui a lieraura de modelos de equilíbrio 26. Ouro pono imporane na defesa do uso de modelos de não-arbiragem foi ambém levanado por HJM (1992). CIR (1985) criica os modelos de nãoarbiragem com um eemplo, em seu arigo seminal, de que a especificação aparenemene lógica para o preço do risco de mercado, em um modelo desse ipo, pode levar a resulados inconsisenes e oporunidades de arbiragem. HJM (1992) argumena, enreano, que, desde que, as especificações para a dinâmica da aa de curo prazo (ou dos faores) e para o preço do risco de mercado sejam consisenes 27, modelos de não-arbiragem levam a ETTJ s consisenes, ou seja, ETTJ s que não apresenam oporunidades de arbiragem e que, por isso, são consisenes com algum modelo de equilíbrio subjacene, ainda que não nos ineresse saber qual é esse modelo eaamene. 26 O ermo incluir significa que as equações de apreçameno dos zero-coupon e de seus valores coningenes, obidas a parir de um modelo de equilíbrio podem ser obidas aravés de um modelo de não-arbiragem, desde que especifiquemos os processos esocásicos dos faores do modelo de não-arbiragem com base nos faores que eriam sido obidos aravés do modelo de equilíbrio. 27 No caso afim, por eemplo, essa consisência implica que o marke price of risk ome forma afim.

4 Modelos eóricos para a ETTJ 40 Em nosso rabalho, vamos esimar modelos clássicos de cada um dos ramos da lieraura. Vasicek é o modelo clássico da lieraura de não-arbiragem e CIR é o modelo clássico da lieraura de equilíbrio. Enreano, como os modelos de nãoarbiragem incluem os modelos de equilíbrio, nas próimas seções em que descrevemos a eoria por rás dos modelos, vamos nos limiar a descrição da eoria dos modelos de não-arbiragem Modelos de não-arbiragem O arcabouço eórico uilizado na resolução dos modelos de não-arbiragem faz uso da moderna eoria de apreçameno de aivos em empo conínuo. Dado o fao hisórico que al eoria se desenvolveu, muias vezes, de forma desconecada a parir de campos disinos do conhecimeno, ela recebe algumas denominações diferenes. Teoria de apreçameno de aivos por medida maringal equivalene em empo conínuo, eoria de apreçameno de aivos por neuralidade ao risco 28 e/ ou eoria de apreçameno de aivos por não-arbiragem. Apesar das denominações disinas, o fundamenal é que, a não ser por pequenas ecnicalidades que fogem do escopo desse rabalho, a eisência de uma medida maringal equivalene, a eisência de uma medida de probabilidade neura ao risco e a ineisência de arbiragem são oalmene equivalenes. Nessa seção, vamos nos focar na radição da eoria que enfaiza a eisência de uma medida de probabilidade neura ao risco como forma de apreçar aivos Apreçameno neuro ao risco Vamos raar a eoria de apreçameno de aivos por neuralidade ao risco 29 como uma caia prea, aendo-nos somene às implicações fundamenais dessa eoria para nossos propósios. Os capíulos 5 e 6 de Duffie (2001) são referência para as principais demonsrações dos mais imporanes resulados da eoria. 28 A razão pela qual al eoria é chamada neura ao risco advém do fao que sob a medida equivalene, os invesidores demandam como reorno esperado de qualquer aivo o reorno esperado da aa livre de risco. Ou seja, sob essa medida de probabilidade, esses invesidores se ornam indiferenes ao risco. 29 A parir de agora, vamos nos referir à eoria como eoria de apreçameno por neuralidade ao risco, acrediamos que essa denominação seja a mais inuiiva.

5 Modelos eóricos para a ETTJ 41 Os íulos zero-coupon são apreçados usualmene aravés de uma medida de probabilidade neura ao risco que chamaremos de Q. Como o nome sugere, sob essa medida arificial de probabilidade, o apreçameno neuro ao risco de aivos é válido. Isso significa que, sob essa medida, os invesidores demandam o mesmo reorno esperado de qualquer aivo na economia, independenemene de seu risco. Sob a medida de probabilidade física, que chamaremos P, os agenes demandam uma compensação pelo risco. Assim para aivos mais arriscados, espera-se um reorno esperado maior. A medida de probabilidade física P é a medida de probabilidade que esá, de fao, ligada ao mundo real. Isso significa que os dados que observamos no mundo real foram, ao menos por hipóese, de fao, gerados a parir de processos ligados à medida P e, não à medida Q. A medida de probabilidade neura ao risco Q é uma medida de probabilidade arificial, sendo que o ermo arificial significa que os processos sob essa medida não êm necessariamene relação com os processos que de fao se realizam no mundo real (eses, como afirmado aneriormene, esão ligados à medida física P). Normalmene, as medidas de probabilidade P e Q não coincidem, uma eceção é observada quando emos agenes neuros ao risco na economia, afinal com agenes neuros ao risco não há compensação por risco no mundo real, e, porano, a medida P e a medida Q devem coincidir. A ligação enre P e Q é dada por uma função de mudança da medida de probabilidade, que esá inimamene ligada à função que chamamos de preço do risco de mercado Apreçameno de íulos zero-coupon Em qualquer modelo eórico da ETTJ em empo conínuo, oma-se como dado um processo para a aa de juros de curo prazo que vamos denominar r 30. Essa aa é a aa livre de risco da economia. Se um invesidor invese $1 em a 30 Na verdade, em modelos mulifaoriais, omam-se como dadas as dinâmicas dos diferenes faores da economia que se combinam, formando a aa de juros de curo prazo. Em modelos unifaoriais, o faor único da economia é a aa de curo prazo e/ou livre de risco.

6 Modelos eóricos para a ETTJ 42 essa aa, e coninua reinvesindo os ganhos, aé o período T>, enão o invesidor erá como reorno desse invesimeno: + ep( rdu u ) (7) Considere um zero-coupon que paga $1 em T e vencimeno no período T. <T? Em T, al íulo valerá obviamene $1, mas qual seu valor em um período Para chegar a essa resposa, repeimos o mais imporane resulado da eoria de apreçameno por neuralidade ao risco: A aa de reorno esperada de qualquer aivo, sob a medida de probabilidade neura ao risco, é igual à aa de reorno esperada da aa de juros sem risco da economia, a aa de curo prazo. A parir desse resulado, emos a igualdade abaio: 1 + Q Q E E ep( rudu) = p (8), onde, E Q 1 p, com prazo ; E Q, é o reorno esperado, sob a medida Q, de um zero-coupon em + ep( ru ) du, é o reorno esperado, sob a medida Q, de um invesimeno no aivo livre de risco da economia., feio em, e manido durane o prazo. Reajusando a epressão acima, emos:

7 Modelos eóricos para a ETTJ 43 + Q p, = E ep( rudu)*1 (9) A equação acima define a esruura a ermo eórica dos preços dos íulos zero-coupon. Dado um deerminado insane, emos o valor de p, que nos fornece o preço, em, do íulo que paga $1 em +. Variando-se, 0< <, emos os preços dos íulos para odos os vencimenos/ mauridades possíveis. A parir do preço de um zero-coupon podemos ober a aa de juros anualizada à que o íulo é negociado e, assim, emos ambém a ETTJ eórica, que é dada pela equação abaio (vide equação 3): y log( p ),, = (10) onde, y,, é a aa anualizada, em, de um zero-coupon com vencimeno + ; p,, é o preço de um zero-coupon em e com vencimeno em + ;, é o prazo, em unidades ano, do íulo. A filosofia para a resolução de qualquer modelo derivado por nãoarbiragem é esa. Especifica-se uma equação para a aa livre de risco da economia (ou para os faores) e resolve-se a epressão (9) ou, equivalenemene, a epressão (10). As caracerísicas diferenciadas de cada modelo surgem das diferenes especificações para a aa livre de risco (ou faores) e das diferenes especificações para o preço do risco de mercado que afea a dinâmica dos faores sob à medida neura ao risco. Nos úlimos anos, a especificação mais popular nessa lieraura em sido a especificação afim que foi esudada por Duffie e Kan (1996). A razão do nome afim vem do fao que solucionando a epressão (10), a ETTJ é dada como uma função afim dos faores da economia, omando a forma: y, = A() + B() (11)

8 Modelos eóricos para a ETTJ 44 onde A() e B() são funções dos parâmeros dos faores e do preço do risco de mercado do modelo. Uma das razões da popularidade de al especificação é o fao de ela incluir como casos pariculares modelos clássicos da lieraura como Vasicek, CIR, Meron e ouros. Dada a naureza de caso geral do modelo afim, vamos esudá-lo na seção 4.6. Assim como vamos esudar ambém os modelos que vamos esimar: o modelo de Vasicek e o modelo de CIR. Mas, anes, aprofundamos as idéias dessa seção com a apresenação de um modelo genérico da ETTJ e sua solução Um modelo genérico da ETTJ Como inroduzimos na seção anerior, um modelo da ETTJ se consiui de rês ingredienes fundamenais: A. uma especificação para a dinâmica dos faores da economia sob a medida P ou a medida Q ; B. Uma função que enha como inpus os faores da economia e como oupu a aa livre de risco da economia; C. uma função para a mudança de medida de probabilidade que possibilie levar os processos na medida de probabilidade física P para a medida de probabilidade neura ao risco Q - a mudança de medida nos permie levar o processo dos faores para a medida P ou Q indiscriminadamene (a mudança de medida carrega uma esreia ligação com a variável denominada preço do risco de mercado, que mede a compensação pelo risco); No caso de modelos unifaoriais, o faor único da economia é a aa livre de risco e, assim, o ingrediene 2 acima é a função de idenidade já que o único faor da economia é a própria aa livre de risco. Em modelos mulifaoriais, os vários faores se combinam aravés de uma função para formar a aa livre de risco. Assim, um modelo genérico para a ETTJ oma a seguine forma:

9 Modelos eóricos para a ETTJ 45 A. A dinâmica para os faores da economia, R n (n indica o número de faores), é dada por um processo markoviano 31 diferencial esocásica abaio: que resolve a equação d = µ ( ) d + σ ( ) dw (12) onde: µ ( ), é o drif da equação acima (raa-se de um veor n 1) ; σ ( ), é o ermo difusão da equação acima (raa-se de uma mariz n n);, é o veor de faores para essa economia (raa-se de um veor n 1); W, é um veor de n movimenos brownianos, sendo que odos são orogonais enre si. O processo é markoviano e homogêneo no empo, pois µ ( ) e σ ( ) dependem eclusivamene do valor de (markoviano) e não de seus valores passados (markoviano). Além disso, o processo independe do valor de, por isso, é chamado homogêneo no empo. Em odos os modelos que esudamos nesse rabalho, os faores são não correlacionados, logo σ ( ) é sempre uma mariz diagonal. B. A aa de juros livre de risco r é uma função dos faores da economia, assim emos: r = r( ) (13) Algumas condições écnicas garanem que qualquer função que enha como parâmero um processo de Io ambém seja um processo de Io. Assim como parâmero o processo de Io ambém é um processo de Io. r, que em 31 O processo de é um processo de Io. Ver Oksendal (1998) para referências sobre processos de Io.

10 Modelos eóricos para a ETTJ 46 C. Função para a mudança da medida de probabilidade enre P e Q. Essa função capura o ajuse ao risco necessário para sairmos de um mundo com aversão ao risco para um mundo com neuralidade ao risco. A função para a mudança de probabilidade é caracerizada pela densidade de probabilidade ξ 32. A equação diferencial esocásica abaio caraceriza essa densidade: dξ σ ξ ( ) dw ξ = (14) ξ 0 = 1 Da equação (3) emos: y, + Q log( E ep( ru( u) du)*1 ) = (15) risco logo a solução y 33,, que nos fornece a ETTJ, é uma função da aa livre de r e, porano, dos faores da economia, mas para chegarmos à solução de y, é necessário que calculemos o valor esperado, sob a medida neura ao risco Q, de uma epressão que depende de. Para isso, emos que ober o processo sob à medida neura ao risco. A parir da definição para a densidade ξ, as condições de Novikov e o eorema de Girsanov (ver apêndice D de Duffie (2001)) garanem que o processo W definido por ' dw dw σ ξ ( ) d = (16) seja um movimeno browniano sob a medida Q. 32 Essa densidade é um processo maringal esriamene posiivo, garanindo que evenos com probabilidade zero sob a medida P ambém enham probabilidade zero sob a medida Q. Para maiores dealhes sobre essa função densidade ver o apêndice E de Duffie (2001).

11 Modelos eóricos para a ETTJ 47 Subsiuindo (16) em (12), obemos a dinâmica dos faores sob à medida neura ao risco Q: d = µ ( ) d + σ ( ) dw (17) Q; e onde, µ µ σ σ ξ σ ' ( ) = ( ( ) ( ) ( )) + ( ) dw σ( ) = σ ( ) é a difusão 34. é o drif do novo processo sob Assim, as epressões (13), (15) e (17) definem a ETTJ ( y, ) no insane como uma função dos faores 35, em, e do prazo para o qual se deseja calcular a aa do íulo zero-coupon, qual seja, = (T-). Equivalenemene, (9), (13) e (17) definem a esruura a ermo dos preços dos íulos zero-coupon. Temos que o preço dos íulos é uma função da aa de curo prazo que por sua vez é uma função dos faores, ou seja: p, = p( r( ), ) = p(, ) (18) Dadas algumas condições écnicas sobre a função p, podemos pelo lema de Io 36 ober a equação diferencial esocásica que descreve a dinâmica de p. A função p ambém será um processo de Io, markoviano e homogêneo no empo. A dinâmica de p será dada por: dp(, ) = µ p(, ) d + σ p(, ) dw (19) p (, ) 33 Aenção à mudança de noação y () = (), onde = T. T, y, 34 O fao da difusão se maner igual é conhecido como o Princípio da Invariância. Ver apêndice D de Duffie (2001). 35 Os faores da economia são ambém chamados de esados da economia. 36 Para referência sobre cálculo esocásico, em paricular, sobre o lema de Io ver Oksendal (1998).

12 Modelos eóricos para a ETTJ 48 onde, ' p (, ) p(, ) 1 ' p (, ) µ p(, ) = + µ ( ) + r σ( ) σ( ) p (, ) p (, ) 2 p (, ) é o drif da nova equação e p (, ), p (, ) e p (, ) denoam as derivadas parciais da função p. Inuiivamene a epressão dp(, ) represena a variação insanânea do p(, ) preço do íulo sobre o preço do íulo, ou seja, a variação na aa paga pelo íulo. Sendo assim, µ (, ) pode ser inerpreado como a aa esperada de reorno p insanânea, em, do zero-coupon com prazo. Se esamos sob à medida neura ao risco Q, enão, para que não eisa oporunidade de arbiragem, a aa esperada de reorno insanânea de um íulo qualquer em que ser igual à aa livre de risco insanânea da economia r. Com esse argumeno inuiivo, chega-se à condição fundamenal aravés da qual resolve-se a equação para o valor de p (, ), qual seja: µ (, p ) = r ( ) (20) Além disso, sabemos que um íulo zero-coupon com prazo zero em valor igual a seu valor de face, ou seja, 1. Logo, para qualquer que seja, emos: p (,0) = 1 (21) Assim, as epressões (19), (20) e (21) nos fornecem uma equação diferencial parcial. Resolvendo-se essa equação obém-se a solução para o valor de p (, ), ou seja, obém-se a esruura a ermo do preço dos íulos zero-coupon. Uilizando-se a equação (10), obém, enão, a ETTJ. O sisema, a parir do qual se obém a ETTJ, é dado por:

13 Modelos eóricos para a ETTJ 49 ' p (, ) p(, ) 1 ' p (, ) + µ ( ) + r σ( ) σ( ) r( ) p (, ) p (, ) 2 = p (, ) p (,0) = 1 (22) y, log( p, ) = Algumas especificações para geram soluções analíicas fechadas para p (, ). Alguns modelos com soluções analíicas fechadas são, por eemplo, Vasicek e CIR. Ouras especificações geram soluções quase-fechadas como o modelo afim de Duffie e Kan. Várias ouras especificações não geram nem uma coisa nem oura e são necessários méodos numéricos 37 para a obenção da solução para p (, ) ou, equivalenemene, a solução para y,. A parir de agora, vamos esudar formas funcionais específicas desse modelo geral. Em paricular o modelo afim de Duffie e Kan e dois de seus casos pariculares: Vasicek e CIR O modelo afim para a ETTJ Como afirmamos aneriormene, em um modelo para a ETTJ, as especificações para a dinâmica dos faores e a especificação para o preço do risco de mercado definem as caracerísicas dos modelos. dada por: Considere a dinâmica genérica para o processo dos faores de uma economia d = µ ( ) d + σ ( ) dw (23) 37 Wilmo (1998) é uma referência para o esudo de méodos numéricos uilizados na solução de equações diferenciais parciais.

14 Modelos eóricos para a ETTJ 50 No modelo afim de n faores, o valor drif e difusão da equação acima são (1) (1) (1) κ ( θ ) (2) (2) (2) κ ( θ ) µ ( ) = ( n) ( n) ( n) κ ( θ ) dados por: (1) (1) (1) α + β 0 0 (2) (2) (2) 2 0 α + β σ ( ) = 0 ( n) ( n) ( n) 0 0 α + β onde (1) (1) α β (2) (2) α α = β, β =, ( n) ( n) α β (1) κ (2) κ κ = ( n) κ e (1) θ (2) θ θ = ( n) θ são os parâmeros a serem escolhidos para essa especificação. O preço do risco de mercado para modelo afim de n faores é dado por: λ α + β λ α + β σξ = λ α + β nessa especificação. (1) (1) (1) (1) (2) (2) (2) (2) ( n) ( n) ( n) ( n), onde (1) λ (2) λ λ = ( n) λ é o parâmero a ser escolhido faor () () () (1) A epressão λ i α i + β i é o preço do risco de mercado associado ao () i. de esado. Como vemos o drif e o quadrado da difusão são funções afins da variável Além disso, a função que deermina a aa livre de risco a parir dos faores ambém é especificada de forma a ser afim nos faores:

15 Modelos eóricos para a ETTJ 51 r = A + B (24) ' 0 0 Solucionando a equação parcial diferencial (22) para esse modelo, obém-se como solução para ETTJ uma epressão, que ambém é afim nos faores da economia, qual seja: y, = A( )/ + B( )/ (25) onde A( ) e B( ) são solução de um sisema de equações diferenciais ordinárias conhecidas como equações de Ricai -, dado por: da( ) 1 = A0 κµ B B B α σ d ' ( i, j) ( i, j) 2 ( ) ( ) i( ) j( ) ( ) 2 i j db( ) 1 = B0 + κ B B B β σ d ' ( i, j) ( i, j) 2 ( ) ( ) i( ) j( ) ( ) 2 i j (26) Onde: κ = κ σ λ β e κ µ = κθ + σ λ α. A solução para a ETTJ - y, - não em, nesse modelo afim, forma fechada. Para calcularmos a aa de um íulo zero-coupon - dados os parâmeros do modelo, dada sua mauridade e dado o valor dos faores da economia - é necessário que calculemos o valor de A( ) e B( ) numericamene por algum méodo que ache solução para sisemas de equações diferenciais ordinárias. Essa é a maior dificuldade em se esimar o modelo afim, pois é necessário implemenar algum méodo numérico que resolva o sisema (26) acima. Como veremos nas próimas seções, os casos pariculares do modelo afim Vasicek e CIR apresenam forma fechada para a solução de A( ) e B( ), o que facilia basane o rabalho de esimação. Oura função ineressane advinda do modelo afim é o ecesso de reorno esperado de um íulo zero-coupon com prazo (ver capíulo 3) sobre a aa livre

16 Modelos eóricos para a ETTJ 52 de risco. No modelo afim descrio acima, o reorno esperado insanâneo de um zero-coupon com prazo, é dado por: (27) 1 p (, ) y (, ) µ = r+ σσξ = r+ σσξ = r+ λ α+ β B( ) ' P (, ) i( i i ) i p (, ) i Na epressão acima, vemos com mais clareza porque σ ξ é chamado preço do risco de mercado. O reorno esperado insanâneo do íulo p (, ) é proporcional á quanidade de risco do íulo associada a variações inesperadas nos faores (por isso, ambém chamados de faores de risco), quais sejam, y (, ) σ. Mas essa quanidade de risco é muliplicada pelo faor σ ξ, que, inuiivamene fornece o preço do risco em ermos de rendimeno adicional esperado requerido (ou seja, o ecesso de reorno esperado). O ecesso de reorno esperado insanâneo sobre a aa livre de risco desse íulo é, enão, dado por: e 1 p() ( ) (28) ξ ' P( ) = σ σ = λi( αi + βi) B i p() i 4.7. O modelo de Vasicek para a ETTJ Vasicek é um caso paricular do modelo afim descrio na seção anerior. Nesse modelo os parâmeros α, β, A 0 e B 0, descrios na seção anerior, assumem valores específicos. Como o modelo de um faor é uma simplificação do modelo de dois faores, apresenamos abaio o modelo de dois faores de Vasicek. No modelo Vasicek os parâmeros α e β do modelo afim assumem valores (1) σ específicos, quais sejam, α = (2) σ e 0 β = 0.

17 Modelos eóricos para a ETTJ 53 por: Nesse caso, a dinâmica do faor, sob à medida física P, passa ser dada (1) (1) (1) (1) (1) θ σ 0 W d κ κ d (2) = (2) (2) (2) (2) + d (29) θ 0 σ W As variáveis A 0 e B 0 ambém assumem valores específicos, quais sejam: 0 A0 = 0 e 1 B0 = 1 Nesse caso, basa verificar que a relação enre o faor e a aa livre de risco r é dada pela relação: r = + (30) Uma caracerísica ineressane dessa especificação é que, no caso do modelo de Vasicek com somene um faor (2) (1) = 0, emos r =, a aa de juros r é formada por um processo que em endência a sempre reornar a um valor deerminadoθ que é, por isso, inerpreado como o valor de equilíbrio para a aa de curo prazo/ livre de risco. No caso do modelo de dois faores, r é formada pela soma de dois processos com essa caracerísica. A soma dos valores θ = θ + θ é enão inerpreada como um valor de equilíbrio para a aa de curo prazo no caso de dois faores. O valor incereza de r é modelada aravés de um movimeno browniano W e a inensidade dos choques sobre r é conrolada pela mariz σ, que é consane ao longo do empo. Ou seja, o processo da aa volailidade insanânea do processo é dada por σ. r é homocedásico e a mariz de

18 Modelos eóricos para a ETTJ 54 A variável κ conrola a velocidade com que os faores e reornam ao seu valor de longo prazo, qual seja, θ e θ. Valores posiivos de κ indicam que o processo ende de fao a reverer para seu valor de equilíbrio e, porano, processo esacionário. e são processos esacionários e é um r Com κ <0, o processo é não-esacionário, uma propriedade basane indesejável para a aa de curo prazo da economia. Dados os valores que α e β assumem no modelo de Vasicek, a epressão para o preço do risco de mercado é dada por: (1) λ σξ = (2) λ (31) A resolução do sisema de equações diferenciais ordinárias (26), nesse caso específico de Vasicek, em solução fechada. Os valores de A e B são dados por: 2 2 ep( γ *( B( ) ( )) σ * B( ) ) A( ) = ln 4* κ, para i=1,2 (32) (1 ep( κ* )) B( ) = κ onde: γ () i () i () i 2 = σ * λ ( σ ) θ + () i () 2 κ 2*( κ i ), para i=1,2. () i () i Temos enão: A A A 1 2 ( ) = ( ) + ( ) B B B 1 2 ( ) = ( ) + ( ) (33)

19 Modelos eóricos para a ETTJ 55 Repeimos a epressão para a ETTJ, que é dada, enão, por: y, = A( )/ + B( )/ O ecesso de reorno de íulo zero-coupon com prazo é dado, enão, por: (1) (1) (2) (2) ep (, ) = λ σ B ( ) + λ σ B ( ) (34) Agora, emos ainda mais claro do porquê σ ξ = λ ser chamado preço do risco de mercado. Afinal, como discuimos no capíulo 3, íulos com prazos mais longos são mais arriscados que a aa de livre de risco, por isso, espera-se que os invesidores demandem uma compensação por esse risco. Uma das maneiras de se medir essa compensação pelo risco é o ecesso de reorno que se espera que íulos mais longos realizem sobre invesimenos na aa de curo prazo. Como vemos, esse ecesso de reorno é obido muliplicando-se o preço do risco de mercado, ou seja, o preço de risco pela quanidade de risco que é medido por B( ) que mede a correlação do preço/ aa do íulo zero-coupon com a volailidade associada ao faor. O modelo de um faor de Vasicek é obido facilmene a parir da descrição do modelo de 2 faores, basando para isso que odas os parâmeros e variáveis com índice (2) sejam igualadas a zero O modelo de CIR para a ETTJ CIR é ouro caso paricular do modelo afim descrio na seção anerior. Como fizemos na seção anerior, apresenamos o modelo de CIR de dois faores, a parir do qual pode-se facilmene inferir o modelo de um faor. No modelo de CIR as variáveis α e β do modelo afim assumem como (1) σ valores específicos α = (2) σ e 1 β = 1.

20 Modelos eóricos para a ETTJ 56 Nesse caso, a dinâmica dos faores passa ser dada por: (1) (1) (1) (1) (1) (1) θ σ 0 W d κ κ d (2) = (2) (2) (2) (2) (2) + d (35) θ 0 σ W No modelo de CIR as variáveis A 0 e B 0 ambém assumem valores específicos, quais sejam: 0 A0 = 0 e 1 B0 = 1 Nesse caso, basa verificar que a relação enre o faor e a aa livre de risco r é a dada pela relação de idenidade: r = + (36) As inerpreações para os valores de θ e κ são idênicas às inerpreações desses modelos no modelo de Vasicek. È ineressane noar que o processo para os faores e não é mais homocedásico e, sim, heerocedásico, dado o fao que a volailidade insanânea de ais processos é dada pela mariz σ (1) (1) 0 σ 0 (2) (2) que depende do nível dos faores e. Essa modificação na equação que define a dinâmica de e gera uma imporane resrição aos valores que e podem assumir. Os valores de e nunca são negaivos. Inuiivamene, isso ocorre pelo fao de que quando o valor de e esá próimo de zero, ainda que os choques advindos dos movimenos brownianos sejam muio negaivos, esse choque é muliplicado pela raiz dos faores (que é um número muio pequeno para e pequenos) se orna basane pequeno, impossibiliando que e ulrapassem a froneira do zero.

21 Modelos eóricos para a ETTJ 57 Em poucas palavras, quando e esão próimos a zero, os choques se ornam eremamene pequenos. De fao, caso as variáveis assumam o valor zero, os choques se einguem e a única força agindo sobre os faores é a pare deerminísica da equação (35) que empurra os faores em direção aos valores posiivos de θ e θ, afasando-os novamene do zero. Dados os valores que α e β assumem no modelo de CIR, a epressão para o preço do risco de mercado é dada por: (1) (1) λ σ ξ = (2) (2) λ (37) O ineressane dessa especificação para o preço do risco de mercado é o fao de que o prêmio de risco de mercado esá relacionado ao nível dos faores da economia. Inuiivamene, emos que, em ambienes com aas de curo prazo alas, o prêmio de risco é mais alo. A resolução do sisema de equações diferenciais ordinárias (26), nesse caso específico de CIR, em solução fechada. Os valores de A e B são dados por: A B () i () i ( i) ( i) 2κ θ ( ) ( ) ( ) ( i )2 i i i () i ( κ + λ + γ )( /2) σ 2γ e ( ) = ln ( i ) () i () i () i γ () i ( κ + λ + γ )( e 1) + 2γ, para i=1,2. ( ) (38) ( i ) γ 2( e 1) ( κ + λ + γ ) ( e 1) + 2γ = ( i ) () i () i () i γ () i onde: 1 () i () i () i 2 ()2 i 2 ( ) γ = κ + λ + 2σ, para i=1,2.

22 Modelos eóricos para a ETTJ 58 Temos enão: A A A 1 2 ( ) = ( ) + ( ) B B B 1 2 ( ) = ( ) + ( ) (39) Repeimos a epressão para a ETTJ, que é dada, enão, por: y, = A( )/ + B( )/ O ecesso de reorno de íulo zero-coupon com prazo é dado, enão, por: (1) (1) (1) (2) (2) (2) ep (, ) = λ σ B ( ) λ σ B ( ) (40) Como o preço do risco de mercado é dependene do nível dos faores (de risco), o ecesso de reorno demandado é ambém proporcional ao nível dos faores da economia. O modelo de um faor de CIR é obido facilmene a parir da descrição do modelo de 2 faores, basando para isso que odas os parâmeros e variáveis com índice (2) sejam igualadas a zero.

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Universidade Federal do Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL42 Coneúdo 8 - Inrodução aos Circuios Lineares e Invarianes...1 8.1 - Algumas definições e propriedades gerais...1 8.2 - Relação enre exciação

Leia mais

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares

Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares Teoremas Básicos de Equações a Diferenças Lineares (Chiang e Wainwrigh Capíulos 17 e 18) Caracerização Geral de Equações a diferenças Lineares: Seja a seguine especificação geral de uma equação a diferença

Leia mais

Aplicações à Teoria da Confiabilidade

Aplicações à Teoria da Confiabilidade Aplicações à Teoria da ESQUEMA DO CAPÍTULO 11.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS 11.2 A LEI DE FALHA NORMAL 11.3 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL 11.4 A LEI DE FALHA EXPONENCIAL E A DISTRIBUIÇÃO DE POISSON 11.5 A LEI

Leia mais

4 O modelo econométrico

4 O modelo econométrico 4 O modelo economérico O objeivo desse capíulo é o de apresenar um modelo economérico para as variáveis financeiras que servem de enrada para o modelo esocásico de fluxo de caixa que será apresenado no

Leia mais

Tipos de Processos Estocásticos

Tipos de Processos Estocásticos Mesrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivaivos Pare 7: Inrodução ao álculo Diferencial Esocásico Derivaivos - Alexandre Lowenkron Pág. 1 Tipos de Processos Esocásicos Qualquer variável

Leia mais

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade

3 Retorno, Marcação a Mercado e Estimadores de Volatilidade eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3 3 eorno, Marcação a Mercado e Esimadores de Volailidade 3.. eorno de um Aivo Grande pare dos esudos envolve reorno ao invés de preços. Denre as principais

Leia mais

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara

Instituto de Física USP. Física V - Aula 26. Professora: Mazé Bechara Insiuo de Física USP Física V - Aula 6 Professora: Mazé Bechara Aula 6 Bases da Mecânica quânica e equações de Schroedinger. Aplicação e inerpreações. 1. Ouros posulados da inerpreação de Max-Born para

Leia mais

A entropia de uma tabela de vida em previdência social *

A entropia de uma tabela de vida em previdência social * A enropia de uma abela de vida em previdência social Renao Marins Assunção Leícia Gonijo Diniz Vicorino Palavras-chave: Enropia; Curva de sobrevivência; Anuidades; Previdência Resumo A enropia de uma abela

Leia mais

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL

Movimento unidimensional 25 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL Movimeno unidimensional 5 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL. Inrodução Denre os vários movimenos que iremos esudar, o movimeno unidimensional é o mais simples, já que odas as grandezas veoriais que descrevem o

Leia mais

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos.

4 Metodologia Proposta para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Monte Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algoritmos Genéticos. 4 Meodologia Proposa para o Cálculo do Valor de Opções Reais por Simulação Mone Carlo com Aproximação por Números Fuzzy e Algorimos Genéicos. 4.1. Inrodução Nese capíulo descreve-se em duas pares a meodologia

Leia mais

Capítulo Cálculo com funções vetoriais

Capítulo Cálculo com funções vetoriais Cálculo - Capíulo 6 - Cálculo com funções veoriais - versão 0/009 Capíulo 6 - Cálculo com funções veoriais 6 - Limies 63 - Significado geomérico da derivada 6 - Derivadas 64 - Regras de derivação Uiliaremos

Leia mais

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc.

ECONOMETRIA. Prof. Patricia Maria Bortolon, D. Sc. ECONOMETRIA Prof. Paricia Maria Borolon, D. Sc. Séries Temporais Fone: GUJARATI; D. N. Economeria Básica: 4ª Edição. Rio de Janeiro. Elsevier- Campus, 2006 Processos Esocásicos É um conjuno de variáveis

Leia mais

3 Metodologia 3.1. O modelo

3 Metodologia 3.1. O modelo 3 Meodologia 3.1. O modelo Um esudo de eveno em como obeivo avaliar quais os impacos de deerminados aconecimenos sobre aivos ou iniciaivas. Para isso são analisadas as diversas variáveis impacadas pelo

Leia mais

Circuitos Elétricos I EEL420

Circuitos Elétricos I EEL420 Universidade Federal do Rio de Janeiro Circuios Eléricos I EEL420 Coneúdo 1 - Circuios de primeira ordem...1 1.1 - Equação diferencial ordinária de primeira ordem...1 1.1.1 - Caso linear, homogênea, com

Leia mais

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica

Problema de controle ótimo com equações de estado P-fuzzy: Programação dinâmica Problema de conrole óimo com equações de esado P-fuzzy: Programação dinâmica Michael Macedo Diniz, Rodney Carlos Bassanezi, Depo de Maemáica Aplicada, IMECC, UNICAMP, 1383-859, Campinas, SP diniz@ime.unicamp.br,

Leia mais

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES

GERAÇÃO DE PREÇOS DE ATIVOS FINANCEIROS E SUA UTILIZAÇÃO PELO MODELO DE BLACK AND SCHOLES XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Mauridade e desafios da Engenharia de Produção: compeiividade das empresas, condições de rabalho, meio ambiene. São Carlos, SP, Brasil, 1 a15 de ouubro de

Leia mais

4 Análise de Sensibilidade

4 Análise de Sensibilidade 4 Análise de Sensibilidade 4.1 Considerações Gerais Conforme viso no Capíulo 2, os algorimos uilizados nese rabalho necessiam das derivadas da função objeivo e das resrições em relação às variáveis de

Leia mais

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto

Exercícios sobre o Modelo Logístico Discreto Exercícios sobre o Modelo Logísico Discreo 1. Faça uma abela e o gráfico do modelo logísico discreo descrio pela equação abaixo para = 0, 1,..., 10, N N = 1,3 N 1, N 0 = 1. 10 Solução. Usando o Excel,

Leia mais

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações.

Observação: No próximo documento veremos como escrever a solução de um sistema escalonado que possui mais incógnitas que equações. .. Sisemas Escalonados Os sisemas abaio são escalonados: 7 Veja as maries associadas a esses sisemas: 7 Podemos associar o nome "escalonado" com as maries ao "escalar" os eros ou energar a "escada" de

Leia mais

Tabela: Variáveis reais e nominais

Tabela: Variáveis reais e nominais Capíulo 1 Soluções: Inrodução à Macroeconomia Exercício 12 (Variáveis reais e nominais) Na abela seguine enconram se os dados iniciais do exercício (colunas 1, 2, 3) bem como as soluções relaivas a odas

Leia mais

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos

Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Exercícios Sobre Oscilações, Bifurcações e Caos Os ponos de equilíbrio de um modelo esão localizados onde o gráfico de + versus cora a rea definida pela equação +, cuja inclinação é (pois forma um ângulo

Leia mais

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico

Capítulo 2: Proposta de um Novo Retificador Trifásico 30 Capíulo 2: Proposa de um Novo Reificador Trifásico O mecanismo do descobrimeno não é lógico e inelecual. É uma iluminação suberrânea, quase um êxase. Em seguida, é cero, a ineligência analisa e a experiência

Leia mais

Voo Nivelado - Avião a Hélice

Voo Nivelado - Avião a Hélice - Avião a Hélice 763 º Ano da icenciaura em ngenharia Aeronáuica edro. Gamboa - 008. oo de ruzeiro De modo a prosseguir o esudo analíico do desempenho, é conveniene separar as aeronaves por ipo de moor

Leia mais

Características dos Processos ARMA

Características dos Processos ARMA Caracerísicas dos Processos ARMA Aula 0 Bueno, 0, Capíulos e 3 Enders, 009, Capíulo. a.6 Morein e Toloi, 006, Capíulo 5. Inrodução A expressão geral de uma série emporal, para o caso univariado, é dada

Leia mais

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise

4 O Papel das Reservas no Custo da Crise 4 O Papel das Reservas no Cuso da Crise Nese capíulo buscamos analisar empiricamene o papel das reservas em miigar o cuso da crise uma vez que esa ocorre. Acrediamos que o produo seja a variável ideal

Leia mais

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH

Cálculo do valor em risco dos ativos financeiros da Petrobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Cálculo do valor em risco dos aivos financeiros da Perobrás e da Vale via modelos ARMA-GARCH Bruno Dias de Casro 1 Thiago R. dos Sanos 23 1 Inrodução Os aivos financeiros das companhias Perobrás e Vale

Leia mais

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$

*UiILFRGH&RQWUROH(:0$ *UiILFRGH&RQWUROH(:$ A EWMA (de ([SRQHQWLDOO\:HLJKWHGRYLQJ$YHUDJH) é uma esaísica usada para vários fins: é largamene usada em méodos de esimação e previsão de séries emporais, e é uilizada em gráficos

Leia mais

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários

3 A Formação de Preços dos Futuros Agropecuários 3 A ormação de Preços dos uuros Agropecuários Para avaliar a formação de preços nos mercados fuuros agropecuários é necessária uma base de comparação Para al base, esa disseração usa os preços que, em

Leia mais

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas

2 Conceitos Iniciais. 2.1 Definições Básicas Conceios Iniciais Ese capíulo esá dividido em rês seções. A primeira explica conceios básicos que serão usados de forma recorrene ao longo da pesquisa como noação e alguns ermos écnicos. A segunda seção

Leia mais

Introdução às Medidas em Física

Introdução às Medidas em Física Inrodução às Medidas em Física 43152 Elisabeh Maeus Yoshimura emaeus@if.usp.br Bloco F Conjuno Alessandro Vola sl 18 agradecimenos a Nemiala Added por vários slides Conceios Básicos Lei Zero da Termodinâmica

Leia mais

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM)

5 Método dos Mínimos Quadrados de Monte Carlo (LSM) Méodo dos Mínimos Quadrados de Mone Carlo (LSM) 57 5 Méodo dos Mínimos Quadrados de Mone Carlo (LSM) O méodo LSM revela-se uma alernaiva promissora frene às radicionais écnicas de diferenças finias e árvores

Leia mais

3 LTC Load Tap Change

3 LTC Load Tap Change 54 3 LTC Load Tap Change 3. Inrodução Taps ou apes (ermo em poruguês) de ransformadores são recursos largamene uilizados na operação do sisema elérico, sejam eles de ransmissão, subransmissão e disribuição.

Leia mais

2.6 - Conceitos de Correlação para Sinais Periódicos

2.6 - Conceitos de Correlação para Sinais Periódicos .6 - Conceios de Correlação para Sinais Periódicos O objeivo é o de comparar dois sinais x () e x () na variável empo! Exemplo : Considere os dados mosrados abaixo y 0 x Deseja-se ober a relação enre x

Leia mais

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque:

DEMOGRAFIA. Assim, no processo de planeamento é muito importante conhecer a POPULAÇÃO porque: DEMOGRAFIA Fone: Ferreira, J. Anunes Demografia, CESUR, Lisboa Inrodução A imporância da demografia no planeameno regional e urbano O processo de planeameno em como fim úlimo fomenar uma organização das

Leia mais

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA

CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA CINÉTICA QUÍMICA LEI DE VELOCIDADE - TEORIA Inrodução Ese arigo raa de um dos assunos mais recorrenes nas provas do IME e do ITA nos úlimos anos, que é a Cinéica Química. Aqui raamos principalmene dos

Leia mais

Capítulo 2: Conceitos Fundamentais sobre Circuitos Elétricos

Capítulo 2: Conceitos Fundamentais sobre Circuitos Elétricos SETOR DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA TE041 Circuios Eléricos I Prof. Ewaldo L. M. Mehl Capíulo 2: Conceios Fundamenais sobre Circuios Eléricos 2.1. CARGA ELÉTRICA E CORRENTE ELÉTRICA

Leia mais

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre

Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre Experiência IV (aulas 06 e 07) Queda livre 1. Objeivos. Inrodução 3. Procedimeno experimenal 4. Análise de dados 5. Quesões 6. Referências 1. Objeivos Nesa experiência, esudaremos o movimeno da queda de

Leia mais

Econometria Semestre

Econometria Semestre Economeria Semesre 00.0 6 6 CAPÍTULO ECONOMETRIA DE SÉRIES TEMPORAIS CONCEITOS BÁSICOS.. ALGUMAS SÉRIES TEMPORAIS BRASILEIRAS Nesa seção apresenamos algumas séries econômicas, semelhanes às exibidas por

Leia mais

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS

ONDAS ELETROMAGNÉTICAS LTROMAGNTISMO II 3 ONDAS LTROMAGNÉTICAS A propagação de ondas eleromagnéicas ocorre quando um campo elérico variane no empo produ um campo magnéico ambém variane no empo, que por sua ve produ um campo

Leia mais

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem

Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Seção 5: Equações Lineares de 1 a Ordem Definição. Uma EDO de 1 a ordem é dia linear se for da forma y + fx y = gx. 1 A EDO linear de 1 a ordem é uma equação do 1 o grau em y e em y. Qualquer dependência

Leia mais

2 Distribuições de Probabilidade

2 Distribuições de Probabilidade Disribuições de Probabilidade.1 Disribuição Gaussiana Para uma caracerização complea do processo esocásico seguido por uma variável aleaória é necessário deerminar algumas de suas propriedades, como sua

Leia mais

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1.

Calcule a área e o perímetro da superfície S. Calcule o volume do tronco de cone indicado na figura 1. 1. (Unesp 017) Um cone circular reo de gerariz medindo 1 cm e raio da base medindo 4 cm foi seccionado por um plano paralelo à sua base, gerando um ronco de cone, como mosra a figura 1. A figura mosra

Leia mais

RELATIVIDADE ESPECIAL

RELATIVIDADE ESPECIAL RELATIVIDADE ESPECIAL AULA N O ( Quadriveores - Velocidade relaivísica - Tensores ) Vamos ver um eemplo de uma lei que é possível na naureza, mas que não é uma lei da naureza. Duas parículas colidem no

Leia mais

3 Processos Estocásticos

3 Processos Estocásticos 3 Processos Esocásicos Um processo esocásico pode ser definido como uma seqüência de variáveis aleaórias indexadas ao empo e ambém a evenos. É uma variável que se desenvolve no empo de maneira parcialmene

Leia mais

4 Modelo teórico Avaliação tradicional

4 Modelo teórico Avaliação tradicional 4 Modelo eórico 4.1. Avaliação radicional Em economia define-se invesimeno como sendo o ao de incorrer em um cuso imediao na expecaiva de fuuros reornos (DIXIT e PINDYCK, 1994). Nesse senido as empresas

Leia mais

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1

A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 16 : CADERNOS DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS A CONTABILIZAÇÃO DOS LUCROS DO MANIPULADOR 1 PAULO HORTA* A esimaiva dos lucros obidos pelo preenso manipulador apresena-se como uma arefa imporane na análise

Leia mais

2.7 Derivadas e Taxas de Variação

2.7 Derivadas e Taxas de Variação LIMITES E DERIVADAS 131 2.7 Derivadas e Taas de Variação O problema de enconrar a rea angene a uma curva e o problema de enconrar a velocidade de um objeo envolvem deerminar o mesmo ipo de limie, como

Leia mais

6 Processos Estocásticos

6 Processos Estocásticos 6 Processos Esocásicos Um processo esocásico X { X ( ), T } é uma coleção de variáveis aleaórias. Ou seja, para cada no conjuno de índices T, X() é uma variável aleaória. Geralmene é inerpreado como empo

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

Prof. Carlos H. C. Ribeiro ramal 5895 sala 106 IEC

Prof. Carlos H. C. Ribeiro  ramal 5895 sala 106 IEC MB770 Previsão usa ando modelos maemáicos Prof. Carlos H. C. Ribeiro carlos@comp.ia.br www.comp.ia.br/~carlos ramal 5895 sala 106 IEC Aula 14 Modelos de defasagem disribuída Modelos de auo-regressão Esacionariedade

Leia mais

4 Modelagem e metodologia de pesquisa

4 Modelagem e metodologia de pesquisa 4 Modelagem e meodologia de pesquisa Nese capíulo será apresenada a meodologia adoada nese rabalho para a aplicação e desenvolvimeno de um modelo de programação maemáica linear misa, onde a função-objeivo,

Leia mais

BERNARDO RIBEIRO DA SILVA

BERNARDO RIBEIRO DA SILVA BERNARDO RIBEIRO DA SILVA ESTIMAÇÃO DA ESTRUTURA A TERMO DE TAXA DE JUROS EM MERCADOS COM PEQUENA FREQÜÊNCIA DE NEGÓCIOS: O ALGORITMO DO FILTRO DE KALMAN APLICADO AO CASO BRASILEIRO Disseração de mesrado

Leia mais

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição

Análise de séries de tempo: modelos de decomposição Análise de séries de empo: modelos de decomposição Profa. Dra. Liane Werner Séries de emporais - Inrodução Uma série emporal é qualquer conjuno de observações ordenadas no empo. Dados adminisraivos, econômicos,

Leia mais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais

Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indústria de Óleos Vegetais XI SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 8 a 1 de novembro de 24 Modelagem e Previsão do Índice de Saponificação do Óleo de Soja da Giovelli & Cia Indúsria de Óleos Vegeais Regiane Klidzio (URI) gep@urisan.che.br

Leia mais

Confiabilidade e Taxa de Falhas

Confiabilidade e Taxa de Falhas Prof. Lorí Viali, Dr. hp://www.pucrs.br/fama/viali/ viali@pucrs.br Definição A confiabilidade é a probabilidade de que de um sisema, equipameno ou componene desempenhe a função para o qual foi projeado

Leia mais

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM

AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM AULA 22 PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 163 22. PROCESSO DE TORNEAMENTO: CONDIÇÕES ECONÔMICAS DE USINAGEM 22.1. Inrodução Na Seção 9.2 foi falado sobre os Parâmeros de Core e

Leia mais

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON)

TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 18 LIVRO DO NILSON) TRANSFORMADA DE FOURIER NOTAS DE AULA (CAP. 8 LIVRO DO NILSON). CONSIDERAÇÕES INICIAIS SÉRIES DE FOURIER: descrevem funções periódicas no domínio da freqüência (ampliude e fase). TRANSFORMADA DE FOURIER:

Leia mais

CADEIAS DE MARKOV: UM TEMA COM APLICAÇÕES INTERESSANTES E POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO BÁSICA

CADEIAS DE MARKOV: UM TEMA COM APLICAÇÕES INTERESSANTES E POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO BÁSICA CADEIAS DE MARKOV: UM TEMA COM APLICAÇÕES INTERESSANTES E POSSIBILIDADES INTERDISCIPLINARES NA EDUCAÇÃO BÁSICA Chrisine Serã Cosa Ricardo Moura dos Sanos Marques. INTRODUÇÃO A proposa principal do presene

Leia mais

O gráfico que é uma reta

O gráfico que é uma reta O gráfico que é uma rea A UUL AL A Agora que já conhecemos melhor o plano caresiano e o gráfico de algumas relações enre e, volemos ao eemplo da aula 8, onde = + e cujo gráfico é uma rea. Queremos saber

Leia mais

Contabilometria. Séries Temporais

Contabilometria. Séries Temporais Conabilomeria Séries Temporais Fone: Corrar, L. J.; Theóphilo, C. R. Pesquisa Operacional para Decisão em Conabilidade e Adminisração, Ediora Alas, São Paulo, 2010 Cap. 4 Séries Temporais O que é? Um conjuno

Leia mais

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas.

Conceito. Exemplos. Os exemplos de (a) a (d) mostram séries discretas, enquanto que os de (e) a (g) ilustram séries contínuas. Conceio Na Esaísica exisem siuações onde os dados de ineresse são obidos em insanes sucessivos de empo (minuo, hora, dia, mês ou ano), ou ainda num período conínuo de empo, como aconece num elerocardiograma

Leia mais

QUESTÕES ANPEC EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS

QUESTÕES ANPEC EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS QUESTÕES ANPEC EQUAÇÕES DIFERENCIAIS E EQUAÇÕES DE DIFERENÇAS QUESTÃO Assinale V (verdadeiro) ou F (falso): () A solução da equação diferencial y y y apresena equilíbrios esacionários quando, dependendo

Leia mais

Modelos BioMatemáticos

Modelos BioMatemáticos Modelos BioMaemáicos hp://correio.fc.ul.p/~mcg/aulas/biopop/ edro J.N. Silva Sala 4..6 Deparameno de Biologia Vegeal Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa edro.silva@fc.ul.p Genéica opulacional

Leia mais

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração

Modelos de Crescimento Endógeno de 1ªgeração Teorias do Crescimeno Económico Mesrado de Economia Modelos de Crescimeno Endógeno de 1ªgeração Inrodução A primeira geração de modelos de crescimeno endógeno ena endogeneiar a axa de crescimeno de SSG

Leia mais

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco

Função de risco, h(t) 3. Função de risco ou taxa de falha. Como obter a função de risco. Condições para uma função ser função de risco Função de risco, h() 3. Função de risco ou axa de falha Manuenção e Confiabilidade Prof. Flavio Fogliao Mais imporane das medidas de confiabilidade Traa-se da quanidade de risco associada a uma unidade

Leia mais

2 Processos Estocásticos de Reversão à Média para Aplicação em Opções Reais

2 Processos Estocásticos de Reversão à Média para Aplicação em Opções Reais Processos Esocásicos de Reversão à Média para Aplicação em Opções Reais Resumo Ese capíulo analisa alguns méodos usados na deerminação da validade de diferenes processos esocásicos para modelar uma variável

Leia mais

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados

Capítulo 4. Propriedades dos Estimadores de Mínimos Quadrados Capíulo 4 Propriedades dos Esimadores de Mínimos Quadrados Hipóeses do Modelo de Regressão Linear Simples RS1. y x e 1 RS. Ee ( ) 0 E( y ) 1 x RS3. RS4. var( e) var( y) cov( e, e ) cov( y, y ) 0 i j i

Leia mais

4 Modelos em Espaço de Estado e Filtro de Kalman

4 Modelos em Espaço de Estado e Filtro de Kalman 4 Modelos em Espaço de Esado e Filro de Kalman A modelagem em espaço de esado fornece uma meodologia padrão para raar uma ampla variedade de problemas em séries emporais Nesa abordagem é, em geral, assumido

Leia mais

Problemas das Aulas Práticas

Problemas das Aulas Práticas Mesrado Inegrado em Engenharia Elecroécnica e de Compuadores Conrolo em Espaço de Esados Problemas das Aulas Práicas J. Miranda Lemos Fevereiro de 3 J. M. Lemos, IST P. Consrução do modelo de esado a parir

Leia mais

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos

Mestrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV. Derivativos Mesrado em Finanças e Economia Empresarial EPGE - FGV Derivaivos Pare : Renda Fixa Derivaivos - Alexandre Lowenkron Pág. Esruura a Termo das Taxas de Juros (curva de rendimeno Derivaivos - Alexandre Lowenkron

Leia mais

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL*

CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* CONTABILIDADE DOS CICLOS ECONÓMICOS PARA PORTUGAL* Nikolay Iskrev** Resumo Arigos Ese arigo analisa as fones de fluuação dos ciclos económicos em Porugal usando a meodologia de conabilidade dos ciclos

Leia mais

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III

UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR FACUDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA MACROECONOMIA III icenciaura de Economia (ºAno/1ºS) Ano ecivo 007/008 Caderno de Exercícios Nº 1

Leia mais

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served)

5.3 Escalonamento FCFS (First-Come, First Served) c prof. Carlos Maziero Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) 26 5.3 Escalonameno FCFS (Firs-Come, Firs Served) A forma de escalonameno mais elemenar consise em simplesmene aender as arefas em sequência,

Leia mais

5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA

5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA 5 MERCADO FUTURO DE ENERGIA ELÉTRICA O mercado fuuro permie fixar / limiar o preço fuuro dos produos aravés de conraos e dessa forma permie aos agenes de produção e consumo gerenciar a incereza sobre o

Leia mais

Regressão Linear Simples

Regressão Linear Simples Origem hisórica do ermo Regressão: Regressão Linear Simples Francis Galon em 1886 verificou que, embora houvesse uma endência de pais alos erem filhos alos e pais baios erem filhos baios, a alura média

Leia mais

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país

4 Análise Empírica. 4.1 Definição da amostra de cada país 57 4 Análise Empírica As simulações apresenadas no capíulo anerior indicaram que a meodologia desenvolvida por Rigobon (2001 é aparenemene adequada para a análise empírica da relação enre a axa de câmbio

Leia mais

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação

Questão 1. Questão 3. Questão 2. alternativa B. alternativa E. alternativa C. Os números inteiros x e y satisfazem a equação Quesão Os números ineiros x e y saisfazem a equação x x y y 5 5.Enãox y é: a) 8 b) 5 c) 9 d) 6 e) 7 alernaiva B x x y y 5 5 x ( ) 5 y (5 ) x y 7 x 6 y 5 5 5 Como x e y são ineiros, pelo Teorema Fundamenal

Leia mais

4 CER Compensador Estático de Potência Reativa

4 CER Compensador Estático de Potência Reativa 68 4 ompensador Esáico de Poência Reaiva 4.1 Inrodução ompensadores esáicos de poência reaiva (s ou Saic var ompensaors (Ss são equipamenos de conrole de ensão cuja freqüência de uso em aumenado no sisema

Leia mais

Dinâmica e previsão de preços de commodities agrícolas com o filtro de Kalman

Dinâmica e previsão de preços de commodities agrícolas com o filtro de Kalman Flávio Pinheiro Corsini Dinâmica e previsão de preços de commodiies agrícolas com o filro de Kalman Trabalho de Formaura apresenado à Escola Poliécnica da Universidade de São Paulo para a obenção do Diploma

Leia mais

Biofísica II Turma de Biologia FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Biologia de Populações 2 Modelos não-lineares. Modelos Não-Lineares

Biofísica II Turma de Biologia FFCLRP USP Prof. Antônio Roque Biologia de Populações 2 Modelos não-lineares. Modelos Não-Lineares Modelos Não-Lineares O modelo malhusiano prevê que o crescimeno populacional é exponencial. Enreano, essa predição não pode ser válida por um empo muio longo. As funções exponenciais crescem muio rapidamene

Leia mais

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard

Expectativas, consumo e investimento CAPÍTULO 16. Olivier Blanchard Pearson Education Pearson Education Macroeconomia, 4/e Olivier Blanchard Expecaivas, consumo e Olivier Blanchard Pearson Educaion CAPÍTULO 16 16.1 Consumo A eoria do consumo foi desenvolvida na década de 1950 por Milon Friedman, que a chamou de eoria do consumo da renda permanene,

Leia mais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais

Contrato Futuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lastro em Títulos Públicos Federais Conrao Fuuro de Taxa Média das Operações Compromissadas de Um Dia (OC1) com Lasro em Tíulos Públicos Federais Especificações 1. Definições Conrao Fuuro de OC1: Taxa Média das Operações Compromissadas de

Leia mais

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO

Susan Schommer Risco de Crédito 1 RISCO DE CRÉDITO Susan Schommer Risco de Crédio 1 RISCO DE CRÉDITO Definição: Risco de crédio é o risco de defaul ou de reduções no valor de mercado causada por rocas na qualidade do crédio do emissor ou conrapare. Modelagem:

Leia mais

Cap. 5 - Tiristores 1

Cap. 5 - Tiristores 1 Cap. 5 - Tirisores 1 Tirisor é a designação genérica para disposiivos que êm a caracerísica esacionária ensão- -correne com duas zonas no 1º quadrane. Numa primeira zona (zona 1) as correnes são baixas,

Leia mais

4 Metodologia e resultados preliminares para análise de velocidade utilizando o gradiente descendente

4 Metodologia e resultados preliminares para análise de velocidade utilizando o gradiente descendente 4 Meodologia e resulados preliminares para análise de velocidade uilizando o gradiene descendene O processameno uilizando diferenes equações de sobreempo normal para a obenção de análise de velocidade

Leia mais

Campus de Ilha Solteira

Campus de Ilha Solteira Campus de Ilha Soleira - CAPÍTULO 5 - BALANÇO O INTEGRAL DE ASSA Disciplina: 1081 - Fenômenos de Transpores I Professor: Tsunao asumoo Equação da coninuidade Aplicação do conceio de conservação de massa

Leia mais

Interpolação e Extrapolação das ETTJ no Brasil

Interpolação e Extrapolação das ETTJ no Brasil Inerpolação e Exrapolação das ETTJ no Brasil Coordenação Geral de Moniorameno de Solvência Coordenação de Moniorameno de Risco CORIS Sergio Luis Franklin Junior Thiago Baraa Duare César da Rocha Neves

Leia mais

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009

TIR Taxa Interna de Retorno LCF Economia de Recursos Florestais 2009 TIR Taxa Inerna de Reorno LCF 685-Economia de Recursos Floresais 2009 TIR: Taxa Inerna de Reorno AT Taxa Inerna de Reorno (TIR)de um projeo é aquela que orna o valor presene das receias menos o valor presene

Leia mais

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial

Séries temporais Modelos de suavização exponencial. Séries de temporais Modelos de suavização exponencial Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção Análise de séries de empo: modelos de suavização exponencial Profa. Dra. Liane Werner Séries emporais A maioria dos méodos de previsão se baseiam na

Leia mais

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ESCOLA DE ECONOMIA DE SÃO PAULO PRISCILA FERNANDES RIBEIRO Esruura a Termo da Taxa de Juros no Brasil e Previsibilidade de Ciclos Econômicos SÃO PAULO 200 PRISCILA FERNANDES RIBEIRO

Leia mais

RELATIVIDADE ESPECIAL

RELATIVIDADE ESPECIAL 1 RELATIIDADE ESPECIAL AULA N O 5 ( Equações de Mawell em forma ensorial Equação da Coninuidade 4-veor densidade de correne) Anes de prosseguirmos com a Teoria da Relaividade, observando as consequências

Leia mais

Fenômenos de adsorção em interfaces sólido/solução. Modelagens matemáticas de processos cinéticos

Fenômenos de adsorção em interfaces sólido/solução. Modelagens matemáticas de processos cinéticos Modelagens maemáicas de processos cinéicos Em cinéica química, vários parâmeros definem a dinâmica dos processos químicos. Os principais são as consanes cinéicas de velocidade e a ordem da reação. Quando

Leia mais

Formas Quadráticas e Cônicas

Formas Quadráticas e Cônicas Formas Quadráicas e Cônicas Sela Zumerle Soares Anônio Carlos Nogueira (selazs@gmail.com) (anogueira@uu.br). Resumo Faculdade de Maemáica, UFU, MG Nesse rabalho preendemos apresenar alguns resulados da

Leia mais

F B d E) F A. Considere:

F B d E) F A. Considere: 5. Dois corpos, e B, de massas m e m, respecivamene, enconram-se num deerminado insane separados por uma disância d em uma região do espaço em que a ineração ocorre apenas enre eles. onsidere F o módulo

Leia mais

12 Integral Indefinida

12 Integral Indefinida Inegral Indefinida Em muios problemas, a derivada de uma função é conhecida e o objeivo é enconrar a própria função. Por eemplo, se a aa de crescimeno de uma deerminada população é conhecida, pode-se desejar

Leia mais

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ

GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E QUALIDADE DE ENERGIA - GCQ SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GCQ - 11 16 a 21 Ouubro de 2005 Curiiba - Paraná GRUPO XIII GRUPO DE ESTUDO DE INTERFERÊNCIAS, COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA E

Leia mais

CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO

CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO CURVAS DE CRESCIMENTO E OTIMIZAÇÃO DE UM PROCESSO INDUSTRIAL DE FERMENTAÇÃO Naália Peçanha Caninas Companhia Municipal de Limpeza Urbana - COMLURB Rua Major Ávila, 358 CEP 20.519-900-Rio de Janeiro- RJ

Leia mais

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira

Choques estocásticos na renda mundial e os efeitos na economia brasileira Seção: Macroeconomia Revisa Economia & Tecnologia (RET) Volume 9, Número 4, p. 51-60, Ou/Dez 2013 Choques esocásicos na renda mundial e os efeios na economia brasileira Celso José Cosa Junior* Resumo:

Leia mais