Cálculo Numérico e Computacional CNC

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1 Cálculo Numérico e Computacional Luiza Amalia Pinto Cantão luiza@sorocaba.unesp.br

2 Sumário Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade 3. Representação de Números Representação de um Número Inteiro Representação de um Número Real Erros Representação de Números no Sistema F (β, t, m, M) Operações Aritméticas em Ponto Flutuante Exercícios Sistemas de Equações Lineares 3. Métodos Diretos Sistemas Triangulares Método de Eliminação de Gauss Fatoração LU Cálculo da Matriz Inversa Métodos Iterativos Método de Jacobi Método de Gauss-Seidel Convergência dos Métodos de Jacobi e Gauss-Seidel Exercícios Equações Não-Lineares 8 3. Fase I: Isolamento das Raízes Fase II: Refinamento Critério de Parada Método da Bisseção Método de Newton Método da Secante Sistemas Não-Lineares Método de Newton para Sistemas Não-Lineares Exercícios Ajuste de Curvas 4 4. Interpolação Polinômio Interpolador de Lagrange Erro na Interpolação

3 SUMÁRIO SUMÁRIO 4..3 Polinômio Interpolador de Newton Quadrados Mínimos Lineares Interpolação com Splines Interpolação por Spline Linear Interpolação por Spline Cúbico Exercícios Integração Numérica Fórmula de Newton-Cotes Fórmula dos Trapézios: n = Fórmula de Simpson: n = Fórmulas de Newton-Cotes para n = 3 e n = Fórmulas Repetidas Erro nas Fórmulas de Newton-Cotes Erro na Fórmula do Trapézio Erro na Fórmula de Simpson Integração de Romberg Extrapolação de Richardson Integração de Romberg Quadratura de Gauss-Legendre Fórmula para dois pontos Exercícios Aproximações para Equações Diferenciais Ordinárias Diferenças Finitas Métodos de Runge-Kutta Método de Runge-Kutta de ordem Método de Runge-Kutta de ordem Método de Runge-Kutta de ordem Exercícios Referências Bibliográficas 87

4 CAPÍTULO Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade Introdução Segundo [4], o conjunto de números representáveis em qualquer máquina é finito, portanto discreto, ou seja, não é possível representar em uma máquina todos os números de um dado intervalo [a, b]. A implicação imediata desse fato é que o resultado de uma simples operação aritmética ou o cálculo de uma função, realizadas neste conjunto de números, podem conter erros. A menos que medidas apropriadas sejam tomadas, essas imprecisões causadas, por exemplo, por. simplificações no modelo matemático, necessárias para se obter um modelo matemático solúvel;. erros de truncamento (troca de uma série infinita por uma finita); 3. erros de arredondamento, devido à própria estrutura da máquina, ou ainda 4. erro nos dados, dados imprecisos obtidos experimentalmente, ou arredondados na entrada podem diminuir, e algumas vezes destruir, a precisão dos resultados. Assim, o objetivo deste capítulo é o estudo dos erros inerentes à estrutura computacional, dar subsídios para evitá-los e interpretar os resultados obtidos.. Representação de Números Exemplo. Calcule a área de uma circunferência de raio igual a m. Resultados Obtidos:. A = 34 m ;. A = 346 m ; 3. A = m. área? Como justificar as diferenças entre os resultados apresentados no exemplo? É possível obter exatamente esta 3

5 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade Os erros ocorridos dependem da representação do número (neste caso, do número π) na máquina utilizada e do número máximo de dígitos usados na sua representação. O número π, por exemplo, não pode ser representado através de um número finito de dígitos decimais. No exemplo, o número π foi escrito como 3.4, 3.46 e respectivamente. Para cada representação foi obtido um resultado diferente, e o erro neste caso depende exclusivamente da aproximação escolhida para π. Qualquer que seja a circunferência, a sua área nunca será obtida exatamente de forma numérica! Logo, qualquer cálculo que envolva números que não podem ser representados através de um número finito de dígitos não fornecerá como resultado um valor exato... Representação de um Número Inteiro A representação de um número inteiro não apresenta dificuldade. Qualquer computador trabalha internamente com uma base fixa β, onde β é um inteiro e é escolhido como uma potência de. Assim, dado um número inteiro n, ele possui uma única representação: n = ± (n k n k+... n n ) = ± ( n β + n β n k β k) onde n i, i =,,..., k são inteiros satisfazendo n i β e n k. Exemplo. Na base β =, o número 997 é representado por: 997 = e é armazenado como n 3 n n n... Representação de um Número Real A representação de um número real no computador pode ser feita por representação em Ponto Fixo ou Ponto Flutuante, como apresentado em [4]. (i) Representação em Ponto Fixo: Dado um número real x, ele será representado em ponto fixo por: n x = ± x i β, i=k onde k e n são inteiros satisfazendo k < n e, usualmente, k e n > e os x i são inteiros satisfazendo x i < β. Exemplo 3. Na base, o número é representado por: = x i β i = i= 3 e é armazenado como x 3 x x x. x x. (ii) Representação em Ponto Flutuante Esta representação é universalmente utilizada atualmente. Dado um número real x, ele pode ser representado por: x = ±d β e Calculadora ou computador. L. A. P. Cantão 4

6 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade onde: d i, para i =,, 3,... t, são os dígitos da parte fracionária, tal que d i 9. Se d diz-se que o número está normalizado. t é o número de dígitos na mantissa. e é um expoente inteiro. A mantissa é um número em ponto fixo, isto é: n d = d i β i i=k onde k =, tal que se x, então d ; d i < β, i =,,..., t, com t a quantidade de dígitos significativos ou precisão do sistema, β d < e m e M. Exemplo 4. Escreva os números: x =.35 x = 5.7 x 3 =.3 x 4 = x 5 =.3, onde todos estão na base β =, em ponto flutuante na forma normalizada. Temos:.35 = (3 + 5 ) = = ( ) =.57.3 = ( ) = = ( ) 4 = = (3 ) 3 =.3 3 Notação: para representar um sistema numérico em ponto flutuante normalizado, na base β, com t dígitos significativos e com limites dos expoentes m e M, usamos F (β, t, m, M). Assim, um número em F (β, t, m, M) será representado por: ±.d d..., d t β e onde d e m e M. Exemplo 5. Considere o sistema F (, 3,, ). Represente neste sistema os números do Exemplo 4. Neste sistema, um número será representado por:.d d d 3 e, onde e. Assim:.35 =.35, 5.7 =.57,.3 =.3 Note que os números e.3 não podem ser representados no sistema, pois = e, portanto, o expoente é maior que, causando overflow. Por outro lado,.3 =.3 3 e, assim, o expoente é menor do que, causando underflow. L. A. P. Cantão 5

7 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade (iii) Mudança de Base A maioria dos computadores trabalha na base β (inteiro ), normalmente escolhido como uma potência de. Assim um mesmo número pode ser representado em mais de uma base. Além disso, sabemos que, através de uma mudança de base, é sempre possível determinar a representação em uma nova base. Em particular, um número representado na base β = é conhecido como um número binário. Exemplo 6. Mudar a representação dos números: a. da base para a base Neste caso, o procedimento é multiplicar cada algarismo do número na base por potências crescentes de, da direita para a esquerda e somar todas as parcelas: = = = 3 b.. da base para a base Multiplicar cada algarismo do número na base, após o ponto, por potências decrescentes de, da esquerda para a direita e somar as parcelas.. = = =.75 c. 3 da base para a base O procedimento é dividir o número por. A seguir, continuar dividindo o quociente por, até que o último quociente seja igual a. O número na base será então obtido tomando-se o último quociente e todos os restos das divisões anteriores Figura.: (3) = (). d..75 da base para a base ; Multiplique a parcela decimal por. Continue multiplicando a parte decimal do resultado obtido por. O número na base será então obtido tomando-se a parte inteira do resultado de cada multiplicação. Assim,.75 =.5.5 =.. =. Logo: (.75) = (.). e. 3.8 da base para a base. O procedimento é transformar a parte inteira seguindo o item c, o que nos fornece (3) = (), e parte decimal seguindo o item d. L. A. P. Cantão 6

8 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade.8 =.6.6 =.. =.4.4 =.8.8 =... Logo: (3.8) = (....). Portanto, o número (3.8) não tem representação exata na base. Este exemplo ilustra também o caso de erro de arredondamento nos dados, que será abordado na seção.. No exemplo 6, mudamos a representação de números na base para a base e vice-versa. O mesmo procedimento pode ser utilizado para mudar da base para outra base qualquer e vice-versa. A pergunta que surge é: qual o procedimento para representar um número que está numa dada base β em uma outra base β, onde β β? Neste caso, devemos representar o número que está na base β, na base e, a seguir, o número obtido na base, na base β. Exemplo 7. Dado o número. que está na base 4, representá-lo na base 3.. Representar o (.) 4 na base : = = 6,. = = 4 =.5 Portanto: (.) 4 = (6.5).. Representar (6.5) na base 3: 6 3 Figura.: (6) = () = =.5. Assim: (.) 4 = (....) 3. Observe que o número dado na base 4 tem representação exata na base 4, mas não na base 3.. Erros O formato de um número em aritmética de ponto flutuante limita a mantissa em k dígitos decimais. Existem duas maneiras de obter essa limitação. Um método, chamado de truncamento, consiste em simplesmente cortar os dígitos d k+ d k+.... O outro método, chamado de arredondamento trunca a mantissa em k dígitos (como no caso acima), porém duas situações podem ocorrer:. Se d k+ 5, d k = d k + ; L. A. P. Cantão 7

9 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade. Se d k+ < 5, d k = d k. Exemplo 8. Podemos escrever o número π na forma de aritmética de ponto flutuante com 5 dígitos usando:. O método de Truncamento: π =.345 ;. O método de Arredondamento: π =.346. Estes dois processos geram erros nos cálculos numéricos e são conhecidos como erros de truncamento e erros de arredondamento, respectivamente. Erros Absolutos e Relativos O erro absoluto é a diferença entre o valor exato de um número x e seu valor aproximado x: EA x = x x. (.) Em geral, apenas o valor x é conhecido, e neste caso, é impossível obter o valor exato do erro absoluto. O que se faz é obter um limitante superior ou uma estimativa para o módulo do erro absoluto. O erro relativo é definido como o erro absoluto dividido pelo valor aproximado: ER x = EA x x = x x, x. (.) x.. Representação de Números no Sistema F (β, t, m, M) Os números reais podem ser representados por uma reta contínua. Entretanto, em ponto flutuante, podemos representar apenas pontos discretos na reta real. Exemplo 9. Considere o número F (, 3,, ). Quantos e quais números podem ser representados neste sistema? Temos que β =, então os dígitos podem ser ou ; m = e M =, então, e e t = 3. Assim, os números são da forma: ±.d d d 3 β e Logo, temos: duas possibilidades para o sinal, uma possibilidade para d, duas possibilidades para d e d 3 e quatro possibilidades para β e. Fazendo o produto 4 = 3. Assim, neste sistema podemos representar 33 números, visto que o zero faz parte de qualquer sistema. Para responder quais são os números, notemos que as formas da mantissa são:.,.,. e., e as formas de β e são:,, e. Assim, obtemos os seguintes números: = (.5) = (.5). = (.) = (.) desde que (.) = (.5) ;. = (.35) = (.65) = (.5) = (.5) L. A. P. Cantão 8

10 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade desde que (.) = (.65) ; desde que (.) = (.75) ; desde que (.) = (.875)... = (.375) = (.75) = (.5) = (3.) = (.4375) = (.875) = (.75) = (3.5) Exemplo. Considerando o mesmo sistema do Exercício 9, represente os números: x =.38, x = 5.3 e x 3 =.5 dados na base. Fazendo os cálculos, obtemos: (.38) =., (5.3) =. 3 e (.5) =.. Assim, apenas o primeiro número pode ser representado no sistema, pois para o segundo teremos overflow e, para o terceiro, underflow. Todas as operações num computador são arredondadas. Considere o exemplo a seguir. Exemplo. Calcular o quociente entre 5 e 7. Temos três representações alternativas: x = 5 7, x = 7, x 3 = As representações dadas por x e x são exatas e x 3 é uma aproximação do quociente. Suponha agora que só dispomos de quatro dígitos para representar o quociente entre 5 e 7. Daí, 5 =.4. Mas não seria melhor 7 aproximarmos 5 =.43? Sim e isto significa que o número foi arredondado. 7 Arredondamento em Ponto Flutuante Definição. [4] Arredondar um número x, por outro com um número menor de dígitos significativos, consiste em encontrar um número x, pertencente ao sistema de numeração, tal que x x seja o menor possível..3 Operações Aritméticas em Ponto Flutuante Considere uma máquina qualquer e uma série de operações aritméticas. Pelo fato do arredondamento ser feito após cada operação, temos, ao contrário do que é válido para números reais, que as operações aritméticas (adição, subtração, divisão e multiplicação) não são nem associativas e nem distributivas. Para os exemplos abaixo, considere o sistema com base β = e três dígitos significativos. Exemplo. Efetue as operações indicadas: L. A. P. Cantão 9

11 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade a) ( ) e.4 + ( ) ( ) = = ( ) = = 9.6 b) e ( ) ( c) 3.8 ( ) e = = 7.8 ).4 = = ( ) = = = = Exercícios. Considere o sistema F (, 4, 4, 4). Represente neste sistema os números: (a) x = 43.4 (b) x =.353 (c) x 3 = 5.64 (d) x 4 = (e) x 5 =.34. Represente no sistema F (, 3,, 3) os números do exercício acima. 3. Considere os seguintes números: x = 34, x =.5 e x 3 = 33.3 que estão na base. Escreva-os na base. 4. Considere os seguintes números: x =, x =. e x 3 =. que estão na base. Escreva-os na base. 5. Considere os seguintes números: x = 33, x =.3 e x 3 = 3.3 que estão na base 4. Escreva-os na base Considere o sistema F (3, 3,, ). (a) Quantos e quais números podemos representar neste sistema? (b) Represente no sistema os números: x = (.4) e x = (.8). 7. Considere o sistema F (, 5, 3, ). Quantos números podemos representar neste sistema? 8. Calcule o erro absoluto e o erro relativo nas aproximações de p e p: (a) p = π, p = /7; (EA =.64 e ER = ) (b) p = π, p = 3.46; (EA = e ER = ) (c) p = e, p =.78; (EA =.88 4 e ER =.37 4 ) (d) p = e, p = ; (EA =.454 e ER =.5 ) L. A. P. Cantão

12 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade (e) p = 8!, p = 399; (EA = 4 e ER =.4 ) (f) p =, p =.44; (EA =.36 4 e.5 4 ) (g) p = 9!, p = 8π (9/ e) 9. (EA = e ) 9. O número e pode ser definido por e = n= (/n!), onde n! = n (n ) para n e! =. Calcule o erro absoluto e o erro relativo nas seguintes aproximações de e: (a) 5 n= n! ; (b) n!. n=. Seja f (x) = x cos x sen x. x sen x (a) Encontre o lim x f (x). ( ) (b) Utilize aritmética com arredondamento para valores de quatro dígitos para calcular f (.). (.94) (c) O valor real é f (.) = Encontre o erro absoluto e relativo para o valor encontrado no item anterior.. Efetue os somatórios seguintes em uma calculadora e em um computador: (a) para x i =.5; (b) para x i =.; S = 3 i= x i (c) para x i = 3.8, para i = :.. Os primeiros três termos diferentes de zeros da série de MacLaurin para a função arcotangente são x (/3)x 3 + (/5)x 5. Calcule o erro absoluto e o erro relativo para as seguintes aproximações de π utilizando o polinômio em lugar da função arcotangente: [ ( ) ( )] (a) 4 arctan + arctan (Aprox , EA = e ER =.68 3 ) 3 (b) 6 arctan ( ) ( ) 4 arctan (Aprox , EA = e ER = ) Use a aritmética com números de três dígitos para executar os cálculos a seguir. Calcule os erros absolutos e relativos comparando-os com o valor exato determinado com pelo menos cinco dígitos. (a) (Aprox. 34, EA =.79 e ER = ) (b) (Aprox. 33, EA =.499 e ER = ) (c) (.37) 9 (Aprox.., EA =.37 e ER =.95) (d) ( 9).37 (Aprox..67, EA =.3 e ER =.79 3 ) (e) e 5.4 (Aprox..954, EA =.46 e ER =.353) (f) π + 6 e 3 (Aprox. 5., EA =.546 e ER = ) 6 ( ) ( ) 9 (g) (Aprox..86, EA =.86 4 e ER = 3 ) 9 7 L. A. P. Cantão

13 Capítulo. Introdução à Teoria de Erros e Estabilidade (h) π 7 7 (Aprox.., EA =.5 e ER =.) 4. A fórmula quadrática estabelece que as raízes da equação ax + bx + c =, quando a, são: x = b + b 4ac a e x = b b 4ac. a Considere a equação x + 6.x + =, cujas raízes são aproximadamente x =.673 e x = Cálcule a equação acima utilizando arredondamento para quatro dígitos e posteriormente avalie o erro absoluto e relativo para cada raiz. 5. Utilize a aritmética com arredondamento para quatro dígitos e as fórmulas do exercício acima para encontar os valores aproximados mais precisos para as raízes das equações quadráticas a seguir. absolutos e relativos. (a) 3 x 3 4 x + 6 = (b) 3 x x 6 = (c).x.x +.65 = (d).x +.x +.65 = Calcule os erros Questão x EA ER x EA ER (a) (b) (c) (d) Considere o sistema F (, 3, 5, 5). Efetue as operações indicadas: (a) ( ) e.386 ( ); ( ) ( ) (b) e Seja x = (9.67) (a) Calcule x com todos os algarismos da sua calculadora, sem efetuar arredondamentos. (b) Calcule x considerando o sistema F (, 3, 4, 3). Faça arredondamento a cada operação efetuada. 8. Seja P (x) =.3x 3.5x +.8x.. Deseja-se obter o valor de P (x) para x =.6. (a) Calcule P (.6) com todos os algarismos da sua calculadora, sem efetuar arredondamentos. (b) Calcule P (.6) considerando o sistema F (, 3, 4, 3). Faça arredondamento a cada operação efetuada. L. A. P. Cantão

14 CAPÍTULO Sistemas de Equações Lineares Introdução A solução de um sistema de equações lineares é provavelmente o processo numérico mais utilizado para simular situações do mundo real. É uma etapa fundamental na resolução de vários problemas que envolvam, por exemplo, equações diferenciais, otimização, regressão e sistemas não-lineares. Portanto, é de extrema importância que se tenha uma implementação eficiente do método para solução do sistema linear, pois geralmente esta é a fase que demanda a maior parte do tempo de processamento para resolver o problema. Veremos aqui técnicas diretas e iterativas para resolver o sistema linear: a x + a x a n x n = b a x + a x a n x n = b a n x + a n x a nn x n = b n para x, x,, x n, dadas as constantes a ij para cada i, j =,,, n e b i para cada i =,,, n. As técnicas diretas são métodos que dão uma resposta em um número finito de passos, sujeitos apenas aos erros de arredondamento. As técnicas iterativas geram, a partir de uma solução inicial, uma seqüência de soluções que deve convergir para a solução do sistema. Uma outra maneira de escrever o sistema (.) é usando a forma matricial, denotada por Ax = b e genericamente apresentada como: a a a n a a a n x x. = b b. (.) (.) a n a n a nn x n b n Note que A n n denota a matriz de coeficientes, x o vetor das incógnitas e b o vetor com os valores do lado direito do sistema (.). Se admitirmos que A é uma matriz inversível, ou seja, A A = AA = I, onde I é a matriz Identidade, então o sistema (.) ou (.) tem solução única x = A b. Porém, calcular explicitamente A e em seguida A b é desaconselhável, uma vez que o número de operações envolvidas é grande, o que torna este processo não competitivo com os métodos que estudaremos aqui.

15 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares. Métodos Diretos Apresentaremos inicialmente a resolução de Sistemas Triangulares Superior e Inferior, usados nos Métodos de Eliminação de Gauss e Fatoração LU... Sistemas Triangulares Considere os seguintes sistemas lineares: x x + x 3 = x + x 3 = 3 x 3 = x = x + x = 3 x x + 5x 3 = (.3a) (.3b) cujas respectivas soluções podem ser obtidas diretamente, ou seja, para os problemas (.3a) e (.3b), temos: x 3 = x = 3 = x = + = x = x = 3 4 x 3 = 4 5 Os problemas (.3a) e (.3b) podem ser generalizados como seguem: = = 3 5 a x + a x + + a,n x n + a n x n = b a x + + a,n x n + a n x n = b. a n,n x n + a n,n x n = b n a nn x n = b n a x = b a x + a x = b. (.4a) (.4b) a n, x + a n, x + + a n,n x n = b n a n x + a n x + + a n,n x n + a nn x n = b n Os Algoritmos () e () apresentam os procedimentos de resolução para sistemas nas formas (.4a) e (.4b), que são generalizações para os problemas (.3a) e (.3b), respectivamente. L. A. P. Cantão 4

16 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Dado n, A n n (matriz triangular superior), b n e x n : Faça x n = b n a nn : Para k = n até k = faça 3: soma = b k 4: Para j = k + até j = n faça 5: soma = soma a kj x j 6: Fim do laço 7: x k = soma a kk 8: Fim do laço Algoritmo : Solução de Sistemas Triangulares Superiores Dado n, A n n (matriz triangular inferior), b n e x n. : Faça x = b a : Para k = até k = n faça 3: soma = b k 4: Para j = até j = n faça 5: soma = soma a kj x j 6: Fim do laço 7: x k = soma a kk 8: Fim do laço Algoritmo : Solução de Sistemas Triangulares Inferior.. Método de Eliminação de Gauss Os métodos diretos mais comuns têm como base as seguintes propriedade elementares de sistemas de equações lineares. Propriedade. A solução do sistema Ax = b não se altera se o submetermos a uma seqüência de operações do tipo:. Multiplicação de uma equação por uma constante não-nula;. Soma do múltiplo de uma equação à outra; 3. Troca da ordem das equações. Estas operações geram um sistema Ãx = b equivalente ao sistema original Ax = b O método de Eliminação de Gauss usa esta propriedade para transformar a matriz A numa matriz triangular superior equivalente. Suponha aqui, que det(a). Reescrevemos a matriz A e o vetor b na forma de uma matriz expandida: L. A. P. Cantão 5

17 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares a a a 3 a n b a a a 3 a n b a i a i a i3 a in b i a n a n a n3 a nn b n l () l (). l () i. l () n os elementos l () i, para i =,,..., n, representam as equações do sistema linear (.) a ser triangularizado. Eliminação da Primeira Coluna Suponha que a. Para eliminar a incógnita x das n equações, subtraímos a primeira linha multiplicada pelo fator m i = a i a de todas as outras linhas l i, i =, 3,..., n Dessa maneira, l () i = l () i m i l (), para i =, 3,..., n, ou ainda, Para i = : n a () ij = a ij m i a j, j = : n b () i = b i m i b. O índice superior () indica que usaremos um segundo valor para a ij e b i. No final deste estágio, os coeficientes da matriz aumentada foram modificados de modo que a matriz assume a seguinte configuração: a a a 3 a n b a () a () 3 a () n b () a () i a () i3 a () in b () i a () n a () n3 a nn () b n () l () l (). l () i. l () n Eliminação da Segunda Coluna Para eliminar a incógnita x das n últimas equações repetimos o procedimento anterior tomando agora a segunda linha como auxiliar no processo de eliminação, isto é: supondo que a. l (3) i = l () i m i l (), i = 3 : n, onde m i = a i a, i = 3 : n, Os coeficientes serão modificados segundo as relações: Para i = 3 : n a (3) ij = a () ij m i a () j, b (3) i = b i m i b (). j = 3 : n L. A. P. Cantão 6

18 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Seguindo raciocínio análogo, procede-se até i = n e a matriz resultante será: a a a 3 a n b a () a () 3 a () n b () a nn (n) b n (n) No processo de eliminação, os elementos a, a () a x + a x + + a n x n = b, a(3) 33 a () x + + a () n x n = b () a nn (n) x n = b n (n),..., a(n) que aparecem na diagonal principal da matriz A são chamados pivôs e os elementos m ij, para i =,,, n e k = i +,, n, os multiplicadores. Se no processo de eliminação um dos pivôs se anular, devemos trocar linhas (sempre escolhendo aquelas abaixo da diagonal para não perder a eliminação anterior), de modo que escolhamos elementos não nulos para pivôs. Dado n, A n n, b n e x n. : Para k = até k = n faça : Selecione i k tal que a ik 3: Se a ii = para todo i k então 4: A não é inversível. PARE 5: Caso contrário 6: Se i k então 7: Troque a linha k com a linha i 8: Fim do condicional 9: Fim do condicional : Para i = k + até i = n faça : m = m ik = a ik a kk : b i = b i mb k 3: Para j = k + até j = n faça 4: a ij = a ij ma kj 5: Fim do laço 6: Fim do laço 7: Fim do laço 8: Execute o algoritmo (). nn. Algoritmo 3: Solução de (.) via Eliminação de Gauss Estratégia de Pivoteamento Exemplo 3. Resolva o sistema abaixo usando o algoritmo (3):.4x x = x 4.7x =.49 L. A. P. Cantão 7

19 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Use quatro dígitos na representação em ponto flutuante e arredondamento ao desprezar o quinto dígito. Troque a ordem das equações lineares e resolva novamente o problema usando o mesmo algoritmo. Solução. Para eliminarmos x, obtemos m = 5.8 e:.4x x = x = 688 Cuja solução obtida é x = 5 e.999. A solução correta do sistema é x = e x =.. Calcule o erro relativo da solução obtida. Resolvendo o mesmo problema com a ordem das equações trocadas temos m =.9456 e:.43x 4.7x = x = 5.96 cuja solução é x = e x =, que é a solução exata do sistema. O procedimento usado no exemplo 3 para obter a solução correta do sistema é chamado de estratégia de pivoteamento, que consiste na troca sistemática das linhas, de modo que o pivô seja o maior elemento, em valor absoluto, da coluna que estamos eliminando. Assim,. no k-ésimo passo procuramos o elemento pivô de maior valor absoluto entre os coeficientes:. trocamos as linhas k e r se for necessário. O algoritmo (4) ilustra esta estratégia. a rk = max i k n a ik ; Existem dois casos nos quais o método de eliminação pode ser aplicado sem pivoteamento:. Uma matriz é diagonalmente dominante, ou seja, seus elementos satisfazem a a ii > j i a ij, i =,,..., n, para todo i. Neste caso, os cálculos serão estáveis com respeito ao crescimento dos erros de arredondamento.. Uma matriz é simétrica A T = A e positiva definida x T Ax >, para todo vetor x...3 Fatoração LU Os métodos de Eliminação de Gauss e Eliminação de Gauss com Pivoteamento podem ser usados economicamente quando precisamos resolver vários sistemas com a mesma matriz dos coeficientes A e diversos termos independentes b. Uma opção seria guardar os coeficientes m ij calculados no processo de eliminação e usá-los na atualização dos termos independentes b. Computacionalmente, esta alternativa é conhecida como Fatoração LU da matriz A. Suponha que seja possível fatorar a matriz A num produto de uma matriz triangular inferior (com elementos da diagonal principal iguais a ) L, e uma matriz triangular superior U, isto é: A = LU = Ax = b LUx = b. O sistema LUx = b permite o desmembramento em dois sistemas triangulares: Ly = b e Ux = y. L. A. P. Cantão 8

20 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Dado n, A n n, b n e x n. : Para k = até k = n faça : w = a kk e r = k 3: Para j = k até j = n faça 4: Se a kj > w então 5: w = a jk e r = j 6: Fim do condicional 7: Fim do laço 8: Se w = então 9: A não é inversível. PARE : Caso contrário : Troque a linha k com a linha r : Fim do condicional 3: Para i = k + até i = n faça 4: m = m ik = a ik a kk 5: b i = b i mb k 6: Para j = k + até j = n faça 7: a ij = a ij ma kj 8: Fim do laço 9: Fim do laço : Fim do laço : Execute o algoritmo (). Algoritmo 4: Solução de (.) via Eliminação de Gauss com Pivoteamento Resolvendo o primeiro sistema, calculamos y que, usado no segundo sistema, fornecerá o vetor procurado x. Teorema. Dada uma matriz A n n, seja A k a matriz constituída das primeiras k linhas e colunas de A. Suponha que det(a k ) para k =,,..., (n ). Então, existe uma única matriz triangular inferior L = (m ij ), com m ii =, i n e uma matriz triangular superior U = (u ij ) tais que LU = A. Ainda mais, det(a) = u u u nn. Exemplo 4. Resolva o sistema linear a seguir usando a fatoração LU: 3x + x + 4x 3 = x + x + x 3 = 4x + 3x + x 3 = 3 L. A. P. Cantão 9

21 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Dado n, A n n, b n e x n. : Para i = até i = n faça : Para j = i até j = n faça i 3: u ij = a ij m ik u kj k= 4: Para j = i ( + até j = n faça ) i 5: m ji = a ji m jk u ki /u ii 6: Fim do laço 7: Fim do laço 8: Fim do laço k= 9: Execute o algoritmo () para resolver Ly = b e o algoritmo () para resolver Ux = y Algoritmo 5: Solução de (.) via Fatoração LU Solução. Considere a matriz abaixo onde a primeira parte refere-se a matriz L e a segunda parte, a matriz U: a Etapa /3 /3 /3 4 3 a Etapa 4/3 /3 /3 Pivô: a = u = 3 e multiplicadores: m = a u = 3 e m 3 = a 3 u = 4 3. a Etapa u j = a j m a j j =, 3 u 3j = a 3j m 3 a j j =, 3 Pivô: u = 3 e multiplicadores: m 3 = u 3 u = /3 /3 =. 3 4 a Etapa /3 /3 /3 4/3 4 Resolvendo L(Ux) = b u 33 = u 33 m 3 u 3 (i) Ly = b (ii) Ux = y y = /3y + y = 4/3y + y + y 3 = 3 3x + x + 4x 3 = /3x + /3x 3 = 5/3 4x 3 = = y = (, ) 5 T 3, = x = ( 3, 5, ) T L. A. P. Cantão

22 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares..4 Cálculo da Matriz Inversa Sejam A uma matriz quadrada não singular (det(a) ) e A = [b b... b n ] a matriz inversa de A, onde b j é a j-ésima coluna da matriz A e e j é a j-ésima coluna da matriz indentidade I. De A A = I, isto é, de: A [b b... b n ] = [e e... e n ] resulta A b j = e j, j = : n. Assim, podemos calcular as colunas j, j = : n, da matriz A resolvendo os sistemas lineares anteriores e, portanto podemos inverter uma matriz utilizando qualquer método de resolução de sistemas lineares: a. Usando Fatoração LU, obtemos as colunas de A fazendo: LU b j = e j, j = : n isto é, resolvendo os sitemas lineares Ly j = e j e Ub j = y j, para j = : n. b. Usando o método de Eliminação de Gauss, obtemos as colunas de A resolvendo os sitemas lineares: A b j = e j, j = : n Exemplo 5. Considere a matriz: A = 3 3 a. Calculo A usando a Fatoração LU; b. Calcule A utilizando o método de Eliminação de Gauss. Solução 3. a. Inicialmente procedemos com a fatoração da matriz A: a Etapa /3 Agora resolvemos LU j = e j, para j = : 3. /3 a Etapa 3 3 /3 /3 j = : Ly = b Ub = y /3 /3 3 3 y y y 3 b b b 3 O vetor b representa a primeira coluna da matriz A. = = y = 3 b = 3 6 L. A. P. Cantão

23 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares j = : Ly = b Ub = y /3 /3 3 3 y y y 3 b b b 3 = = y = b = 4 O vetor b representa a segunda coluna da matriz A. j = 3: Ly 3 = b 3 Ub 3 = y 3 /3 /3 3 3 y y y 3 b 3 b 3 b 33 = = y 3 = b 3 = 4 O vetor b 3 representa a terceira coluna da matriz A. Portanto, A = [b b b 3 ] = b. usando o método de Eliminação de Gauss, podemos escrever a matriz A e os vetores e, e e e 3, na forma expandida: a Coluna a Coluna 3 3 Note que, a quarta, quinta e sexta coluna na matriz expandida representam, respectivamente, os vetores y, y e y 3. Resolvendo o sistema triangular superior (primeira, segunda e terceira coluna da matriz expandida) para y, y e y 3 (Ae j = y j, j = : 3) obtemos:. Métodos Iterativos A = Se no sistema Ax = b os elementos da diagonal são diferentes de zero, a ii, i =,,..., n, então podemos explicitar x usando a primeira equação, x usando a segunda equação e assim sucessivamente. Ou seja,. L. A. P. Cantão

24 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares reescrevemos o sistema (.) numa forma que é conveniente para os métodos iterativos: n x = b a j x j /a j=. x i = b i n a ij x j /a ii j i (.5). x n = n b n a nj x j /a nn j=.. Método de Jacobi Neste método, as equações (.5) são usadas para calcular uma seqüência de vetores aproximações x (), x (),..., x (k). Dada uma aproximação inicial x (), usamos o primeiro termo à direita da i-ésima equação para definir uma nova aproximação para x i : x () i = b i n a ij x () /a ii, i =,,..., n. (.6) j i j Usamos agora o vetor x () nas equações (.5) para calcular o novo vetor das aproximações, x () = (x (), x () (),..., x n ) T. Em resumo, o método de Jacobi consiste em calcularmos as componentes dos vetores x (), x (),... usando (.5). Verificamos se este método converge fazendo: EA = max x (k+) i i n x (k) < ɛ ou ER = max i i n x (k+) i x (k+) i x (k) i < ɛ onde ɛ é uma tolerância suficientemente pequena. Note que, as medidas de erro acima são os erros calculados em (.) e (.), respectivamente, sendo x (k+) i a solução procurada, isto é, x (k+) i = x. Em testes computacionais usamos também como teste de parada um número máximo de iterações. Para iniciar o processo iterativo é necessário fornecer uma aproximação inicial x (). Na falta de informação sobre a solução, tomamos x () =. O Algoritmo 6 apresenta os passos do método de Jacobi... Método de Gauss-Seidel Este método consiste em uma modificação do método de Jacobi. Nele, as iterações serão calculadas usando as equações (.5), mas aproveitando os cálculos já atualizados de outras componentes, para atualizar a componente que está sendo calculada. Assim, o valor recém calculado para x (k+) será usado no cálculo de x (k+), como mostra o Algoritmo 7. L. A. P. Cantão 3

25 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares Dado n, A n n, b n e x () n, max, ɛ : Para k = até k = max faça : Para i = até i = n faça 3: x (k+) i = n b i a ii 4: Se max x (k+) i i n 5: x = x (k+) 6: Caso contrário j=, j i 7: Se k = max então a ij x (k) x (k) < ɛ ou i j x (k+) i x (k+) i 8: PARE: não houve convergência. 9: Fim do condicional : Fim do condicional : Fim do laço : Fim do laço Dado n, A n n, b n e x () n, max, ɛ : Para k = até k = max faça : Para i = até i = n faça 3: x (k+) i = i b i a ii 4: Se max x (k+) i i n 5: x = x (k+) 6: Caso contrário j= 7: Se k = max então a ij x (k+) j x (k) < ɛ ou i x (k) i < ɛ então Algoritmo 6: Método de Jacobi n j=i+ x (k+) i x (k+) i 8: PARE: não houve convergência. 9: Fim do condicional : Fim do condicional : Fim do laço : Fim do laço a ij x (k) j x (k) i < ɛ então Algoritmo 7: Método de Gauss-Seidel Exemplo 6. Resolva o sistema abaixo usando os métodos de Jacobi e Gauss-Seidel: 4.x +.4x.8x 3 = 8..9x + 3.x.5x 3 = 9..4x.8x + 4.x 3 =. L. A. P. Cantão 4

26 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares..3 Convergência dos Métodos de Jacobi e Gauss-Seidel As condições de convergência de verificação simples para os métodos de Jacobi e Gauss-Seidel são:. Os métodos iterativos de Jacobi e Gauss-Seidel convergem se a matriz A é diagonalmente dominante, ou n seja: a ii > a ij, i = : n. j i. Os métodos iterativos de Jacobi e Gauss-Seidel convergem se A é uma matriz positiva definida: x T Ax > para todo x..3 Exercícios. Para cada um dos sistemas lineares seguintes, obtenha uma solução por meio de métodos gráficos, se possível. Explique os resultados do ponto de vista geométrico. (a) (b) (c) (d) (e) { { { { { x + x = 3 x x = x + x = x x = x + x = 3 x + 4x = 6 x + x = 3 x 4x = 6 x + x = x + 4x = (f) (g) (h) { x + x = x + x = x 3x = 5 x + x = 4x + x = x 3x = 5 x + x + x 3 = x + 4x x 3 =. Utilize o método de Gauss usando operações com arredondamento para dois dígitos para resolver os sistemas lineares a seguir. Não reordene as equações. (A solução exata para cada sistema é x =, x = e x 3 = 3.) (a) 4x x + x 3 = 8 x + 5x + x 3 = 3 x + x + 4x 3 = (b) 4x + x + x 3 = 9 x + 4x x 3 = 5 x + x 3x 3 = 9 3. Considere os seguintes sistemas: (i) Solução real: (,, /7) T 3.3x.x + 4x 3 = 9 3.3x +.x 7x 3 = 6.x 4.x + x 3 = 39 (ii) Solução real: (, ) T {.3x x = x 6.x = 47. L. A. P. Cantão 5

27 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares (iii) Solução real: (.76853,.6969,.6545,.8687) T.9x +.x x 3 + x 4 =. 4.x.x +.x 3 x 4 = 3.44 x 99.9x 3 + x 4 =.5 5.3x +.x 3.x 3 x 4 = 4.6 (iv) Solução real: ( , , , ) T πx e x + x 3 3x 4 = π x + e x e x x 4 = 5x 6x + x 3 x 4 = π π 3 x + e x 7x x 4 = (a) Resolva os sistemas acima usando o método de Eliminação de Gauss e operações aritméticas com aproximação de três dígitos por truncamento. (b) Repita o item acima usando o método de Eliminação de Gauss com Pivoteamento. (c) Resolva os sistemas acima usando Fatoração LU e operações aritméticas com aproximação de três dígitos por truncamento. (d) Calcule o erro relativo dos itens acima. (e) Verifique se os sistemas acima são convergente se aplicarmos os Métodos Iterativos de Jacobi e Gauss- Seidel. Justifique sua resposta. 4. Sejam o sistemas lineares: x.5x +.5x 3 = 3 (a) x + x + x 3 =.5x.5x + x 3 = 3 (b) x x x 3 x 4 = Resolva-os usando os métodos de Jacobi e Gauss-Seidel e verifique a convergência dos métodos. Justifique os resultados. [ (a) x = (, 4, 6) T, (b) x = (3,, 5, 7) T ] 5. Resolva os sistemas lineares: x 3x + 5x 3 + 6x 4 = 7 8x + 4x x 3 = 9 (a) 3x + x x 3 + 7x 4 = x + x + 5x 3 4x 4 = 7 (b) x x x usando o método de Eliminação de Gauss com e sem pivoteamento. Compare e verifique os resultados. [ (a) x = ( 4.677,.3757, 3.5,.878) T ] 6. Efetue os cálculos, utilizando apenas 4 casas decimais: 6 3 (a) x x x x + x + 3x 3 = 7 (b) 5x x + 4x 3 = x + 4x + x 3 = 5 L. A. P. Cantão 6

28 Capítulo. Sistemas de Equações Lineares usando Fatoração LU. Verifique a unicidade e a exatidão das soluções. 7. Calcule o determinante da matriz A usando Fatoração LU A = Resolva os sistemas abaixo usando Fatoração LU: (a) (b).x.3x + 3.4x 3 =.984.3x x 7.3x 3 = x 7.3x +.4x 3 = x + 4.3x.73x x 4 = x + 6.x +.973x 4 = x 5.7x +.x 3 = x + 7.x 4.56x 4 =. 9. Considere as matrizes abaixo: (a) A = (b) B = 4 (c) C = (d) D = Calcule as suas matrizes inversas usando: Fatoração LU; Método de Eliminação de Gauss.. Seja o sistema linear Ax = b, dado por: x x x 3 = 3 7 (a) Determine a inversa da matriz dos coeficientes pelo método de Eliminação de Gauss. (b) Resolva o sistema linear dado utilizando a matriz inversa obtida no item (a). L. A. P. Cantão 7

29 CAPÍTULO 3 Equações Não-Lineares Introdução A necessidade de encontrar valores de x = x que satisfaçam a equação f (x) = aparece freqüentemente em uma ampla variedade de problemas provenientes das Ciências e das Engenharias. Estes valores especiais são chamados de raízes da equação f (x) =, ou zeros da função f, os quais podem ser vistos na figura 3., que mostra quando a função f (x) = cos x =. y..8.6 y = cos x.4.. x x x 3 x x Figura 3.: Raízes da função f (x) = cos x. Para equações algébricas de grau até quatro, as raízes podem ser calculadas analiticamente por meio de uma expressão tal como x = ( b ± b 4ac)/ para determinar as duas raízes de f (x) = ax + bx + c =. No entanto, para equações algébricas de grau superior a quatro e para a grande maioria das equações transcendentes, as raízes não podem ser calculadas analiticamente. Nestes casos tem de usar métodos que encontrem uma solução aproximada para estas raízes. O problema de calcular uma raiz pode ser dividido em duas fases:

30 Capítulo 3. Equações Não-Lineares Fase I: Isolamento da raiz, isto é, encontrar um intervalo [a, b] que contenha uma, e somente uma, raiz de f (x) =. Fase II: Refinamento da raiz, que consiste em, escolhidas aproximações iniciais no intervalo encontrado na Fase I, melhorá-las sucessivamente até obter uma aproximação para a raiz dentro de uma precisão ɛ pré-fixada. 3. Fase I: Isolamento das Raízes Nesta fase é feita uma análise teórica e gráfica da função f (x). Na análise teórica usamos freqüentemente o teorema: Teorema. Seja f (x) uma função contínua num intervalo [a, b]. Se f (a) f (b) < então existe pelo menos um ponto x [a, b] tal que f (x) =. Além disso, se f (x) não muda de sinal em [a, b] então x é a única raiz de f (x) neste intervalo. A Figura 3. exemplifica o Teorema e a Figura 3.3, o caso onde há raiz mas não satisfaz as condições do Teorema Figura 3.: Ampliação da função f (x) = cos x no intervalo x [, 3]. Note que f (x) = sen x e f (x) < neste intervalo. A análise gráfica da função f (x) ou da equação f (x) = é fundamental para obter boas aproximações para a raiz. Para tanto, podemos executar os seguintes procedimentos:. Esboçar o gráfico da função f (x) e localizar as abscissas dos pontos onde a curva intercepta o eixo ox;. A partir da equação f (x) =, obter a equação equivalente g(x) = h(x), esboçar os gráficos das funções g(x) e h(x) no mesmo eixo cartesiano e localizar os pontos x onde as duas curvas se interceptam, pois neste caso f (x) = g(x) = h(x); 3. Usar os programas que traçam gráficos de funções, disponíveis em algumas calculadoras ou softwares matemáticos. L. A. P. Cantão 9

31 Capítulo 3. Equações Não-Lineares (a) (b) Figura 3.3: f (x) = 4x 4x 3 + x 4. Exemplo 7.. f (x) = x 3 9x + 3: Neste caso, somente o passo () é necessário para localizar as possíveis raízes. Porém a Figura 3.4 mostra os três passos (a) (b) Figura 3.4: (a) f (x) = x 3 9x + 3, (b) g(x) = x 3 e h(x) = 9x 3.. f (x) = x 5 e x : Neste caso, é mais conveniente usar os passos () e (3). Assim, x 5 e x = x = 5 e x = g(x) = x e h(x) = 5 e x. A Figura 3.5 ilustra as funções f (x), g(x) e h(x). L. A. P. Cantão 3

32 Capítulo 3. Equações Não-Lineares.9 5. f (x).9 h(x) g(x) (a) (b) Figura 3.5: (a) f (x) = x 5 e x, (b) g(x) = x e h(x) = 5 e x. 3. Fase II: Refinamento Serão apresentados aqui três métodos numéricos de refinamento da raiz: o método da Bisseção, de Newton e das Secantes. A forma como se efetua o refinamento é o que diferencia os métodos. Porém, antes de descrever estes métodos, veremos os critérios de parada adotados. 3.. Critério de Parada O critério de parada interrompe a seqüência gerada pelos métodos. Este deve avaliar quando x k, na k-ésima iteração, está suficientemente próximo da raiz exata. Contudo, o valor exato da raiz é desconhecido na maioria dos casos, logo, o processo é interrompido quando pelo menos um dos critérios a seguir é satisfeito:. Avaliação do ponto na função: f (x k ) ɛ;. Avaliação do tamanho do intervalo: x k x k ɛ ou x k x k x k ɛ; para ɛ suficientemente pequeno (precisão desejada). 3.. Método da Bisseção Seja f (x) uma função contínua no intervalo [a, b] e tal que f (a) f (b) <, ou seja, f satisfaz as condições do Teorema. Suponha que o intervalo (a, b) contenha uma única raiz da equação f (x) =. O objetivo deste método é reduzir a amplitude do intervalo que contém a raiz até se atingir a precisão requerida, neste caso (b a) < ɛ, usando para isto a sucessiva divisão de [a, b] ao meio. A Figura 3.6 mostra este processo. Os passos para a execução deste método são dados pelo Algoritmo 8. L. A. P. Cantão 3

33 Capítulo 3. Equações Não-Lineares y x = a = a = a 3 a = a x b = b = b x = b 3 x = b Dado f (x), a e b tais que f (a) f (b) <, max, ɛ : Para k = até k = max faça : x k = a + b 3: Se f (a) f (x k ) < então 4: b = x k 5: Caso contrário 6: a = x k 7: Fim do condicional 8: Se b a ɛ então 9: PARE, x = a + b : Fim do condicional : Fim do laço Figura 3.6: O método da Bisseção graficamente. é raiz aproximada de f (x) Algoritmo 8: Método da Bisseção Exemplo 8. Aplique o método da Bisseção para encontrar a raiz de f (x) = x 3 9x + 3 no intervalo I = [, ], para ɛ = 3 (a Tabela 3. apresenta os passos deste exemplo) Método de Newton Isaac Newton (64 77) publicou seu método para encontrar raízes de equações não-lineares em 687. Este método também é conhecido como Newton-Raphson, devido à sistematização apresentada por Joseph Raphson em 69. O método de Newton combina duas idéias comuns nas aproximações numéricas: linearização e iteração. A linearização substitui a curva y = f (x) por sua reta tangente. Seja x uma aproximação inicial da raiz, como ilustra a Figura 3.7. Aproximando a curva y = f (x) por sua reta tangente traçada no ponto (x, f (x )) obtemos a aproximação linear. Encontrando o ponto de intersecção desta reta com o eixo x, obteremos uma nova aproximação para a raiz, o ponto x da figura. L. A. P. Cantão 3

34 Capítulo 3. Equações Não-Lineares k a b x k = (a + b)/ f (x k ) f (a) f (x k ) b a ( ) (+) ( ) (+) ( ) (+) (+) ( ) ( ) (+) Tabela 3.: Resultado do Exemplo 8. y y = f (x) β θ x x x x x Figura 3.7: O método de Newton-Raphson. O processo iterativo será obtido pela repetição do procedimento. A nova aproximação, representada na Figura 3.7 pelo ponto x, foi calculada a partir da reta tangente à curva y = f (x) no ponto (x, f (x )). Para estabelecer expressões anaĺıticas que permitam o cálculo de x, x,... observamos que a tangente do ângulo θ pode ser obtida tanto da definição da função trigonométrica tangente quanto pela derivada de f (x) no ponto x (inclinação da reta tangente). Assim, da Figura 3.7, temos: tg(θ) = f (x ) x x = f (x ) x = x f (x ) f (x ) tg(β) = f (x ) x x = f (x ) x = x f (x ) f (x ) Genericamente, o processo consiste em evoluir da aproximação x k para a aproximação x k+ usando a fórmula: x x+ = x k f (x k) f (x k ) (3.) O método de Newton-Raphson está esquematizado no Algoritmo 9. Exemplo 9. Aplique o método de Newton para encontrar a raiz de f (x) = x 3 9x + 3 tomando x =.5, para ɛ = 4 (a Tabela 3. apresenta os passos deste exemplo). L. A. P. Cantão 33

35 Capítulo 3. Equações Não-Lineares Dado x, f (x), f (x), max e ɛ : Para k = até k = max faça : x x+ = x k f (x k) f (x k ) 3: Se f (x k+ ) ɛ ou x k+ x k ɛ então 4: PARE, x = x k+ 5: Fim do condicional 6: Se k = max então 7: PARE, o método não converge para a solução. 8: Fim do condicional 9: Fim do laço Algoritmo 9: Método de Newton-Raphson k x k f (x k ) f (x k ) x k+ x k Tabela 3.: Resultado do Exemplo 9. Ordem de Convergência Método de Newton Definição. Sejam {x k } o resultado da aplicação de um método numérico na iteração k e e k = x k x o seu erro. Se existirem um número p e uma constante C tais que: então a ordem de convergência é p desse método. e k+ lim k e k p = C Teorema 3. [4] Se f, f e f são contínuas em um intervalo I cujo centro x é solução de f (x) = e se f (x) então a ordem de convergência do Método de Newton é quadratica, ou seja, p =. Prova. Seja Ψ(x) = x f (x) f. Subtraindo a equação x = Ψ(x) de (3.), obtemos: (x) x k+ x = Ψ(x k ) Ψ(x). Desenvolvendo Ψ(x k ) em série de Taylor em torno do ponto x, obtemos: Derivando Ψ(x), temos: x k+ x = Ψ(x) + (x k x)ψ (x) + (x k x) Ψ (ξ k ) Ψ(x)! Ψ (x) = f (x) f (x) f (x) f (x) (f (x)) = (f (x)) (f (x)) = = L. A. P. Cantão 34

36 Capítulo 3. Equações Não-Lineares lembrando que f (x) =. Então: x k+ x = Ψ(x) + (x k x) Ψ (x)(ξ k ) Ψ(x)! Escrevendo: Logo, a ordem de convergência é p =. x k+ x x k x = Ψ (ξ k ) C.! Assim, o método de Newton tem convergência quadrática. Isso significa que a quantidade de dígitos significativos corretos duplica à medida que os valores da sequência se aproxima de x. A desvantagem do método de Newton está no fato de termos de calcular a derivada da função e, em cada iteração, calcular o seu valor numérico, pode ser muito caro computacionalmente. Além disso, a função pode ser não diferenciável em alguns pontos do domínio Método da Secante Uma grande desvantagem do método de Newton é a necessidade de se obter f (x) e calcular seu valor numérico a cada iteração. Uma alternativa é usar retas secantes como aproximações lineares locais da função, em vez de tangentes. Neste caso, são necessárias duas aproximações para inicializarmos o processo, x e x. y y = f (x) C = (x, f (x )) D x A x E B x x Figura 3.8: O método das Secantes. No método da Secante, tomamos a reta que passa pelos pontos (x, f (x )) e (x, f (x )) como uma aproximação linear da curva y = f (x), como indica a Figura 3.8. Para estabelecermos a relação de recorrência do Método da Secantes, usamos a semelhança de triângulos ABC e AED: f (x ) = f (x ) x x x x onde x é o ponto denotado por A na Figura 3.8. Explicitando o valor da incógnita x teremos: x = x f (x ) x f (x ). f (x ) f (x ) Generalizando, no método das secantes usamos duas aproximações x k e x k, para calcular uma nova apro- L. A. P. Cantão 35

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