Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Cálculo Numérico. Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU 2015"

Transcrição

1 Cálculo Numérico Santos Alberto Enriquez-Remigio FAMAT-UFU

2 Capítulo 1 Solução numérica de equações não-lineares 1.1 Introdução Lembremos que todo problema matemático pode ser expresso na forma de uma equação. Mas, o que é uma equação? Uma equação é uma igualdade onde deseja-se determinar o valor (ou valores) de uma incógnita. E, como resolvemos uma equação? O método de solução depende do tipo de equação a ser resolvido. Primeiro vamos aprender a resolver equações algébricas não lineares de uma incógnita. Mas, o que é uma equação linear e equação não linear? Lembraremos isso atráves de alguns exemplos. Exemplo 1. A expressão (1.1.1) representa uma equação linear de primeira ordem, onde a incógnita é a variável x: 3x + 5 = 14 (1.1.1) O processo de solução desta equação é simples e é aprendida na escola no segundo grau. Depois de resolvé-la, temos que x = 3. Exemplo 2. A expressão (1.1.2) representa uma equação linear de primeira ordem, onde a incógnita é a variável y: y Resolvendo a equação (1.1.2) temos que y = ( y ) = (5y 3 ) (1.1.2) 4 Do visto nos exemplos acima, podemos concluir que numa equação linear: 1. o expoente da variável incógnita sempre é igual a 1; 2. a variável incógnita não está afetada de nenhum operador matemático, isto é, não aparece expressões do tipo: e x ou sen(x), por citar alguns exemplos. 2

3 O que é uma equação não linear? É toda equação não linear. Vejamos alguns exemplos de equações não lineares. Exemplo 3. A expressão matemática (1.1.3) representa uma equação não linear onde a variável incógnita é x: e x x = 0 (1.1.3) Observamos que neste caso, a variável incógnita aparece afetada do operador matemático exp, isto é, exp(x) ou e x. Exemplo 4. A expressão (1.1.4) apresenta uma equação não linear onde a variável incógnita continua sendo x. senx cosx = 0. (1.1.4) E neste caso a variável incógnita é argumento dos operadores matemáticos sen e cos Equação não-linear Como vimos nos exemplos acima uma equação não linear de uma única incógnita (reveja os exemplos e 1.1.4) pode apresentar diferentes formas. A expressão matemática geral para representar uma equação não linear de uma variável real pode ser expressa por: f(x) = 0, onde f é uma função dada. Por exemplo, na equação não linear (1.1.3), a expressão matemática para f(x) = e x x, e para a equação não linear (1.1.4) a expressão para f(x) = sen(x) cos(x). Definição 5. Se f : [a, b] R é uma função dada, um ponto x [a, b] é um zero (ou raiz) de f se f( x) = 0. Exemplo 6. Calcular as raízes da equação x 2 3 = 0 Definição 7. Denotaremos por x a solução exata da equação não linear f(x) = 0, e por x uma solução aproximada desta equação. Então, 1. Define-se como erro absoluto do valor exato de um número x e de seu valor aproximado x, a diferença desses números, isto é, x x. Denota-se esse valor absoluto por E x. Logo, E x = x x 3

4 2. Define-se o erro relativo entre x e x por: ER x = x x x Exemplo 8. Considere a equação x 2 1 = 0. Então, As raízes exatas são x 1 = 1 e x 2 = 1 Um exemplo de um valor aproximado para a raiz x 1 é x 1 = 0.99 O erro absoluto entre x 1 e x 1 é E x1 = 0.01 O erro relativo entre x 1 e x 1 é ER x1 = = = 1% Exemplo 9. Considere a equação x = 0 Então, As raízes exatas são x 1 = 100 e x 2 = 100 Um exemplo de um valor aproximado para a raiz x 1 é x 1 = O erro absoluto entre x 1 e x 1 é E x1 = 0.01 O erro relativo entre x 1 e x 1 é ER x1 = = 0.01% Observação 10. A aproximação usada para a raiz x 1 no Exemplo (8) e (9), apresenta o mesmo erro absoluto. Então, pode-se dizer que o valor 0.99 e o valor aproximam as respectivas raízes 1 e 100 com a mesma precisão? Resposta: NãO!!! O erro absoluto é uma diferença entre dois números sem levar em conta a grandeza do número em comparação, enquanto que o erro relativo é uma comparação do erro com relação à grandeza do número. O erro relativo é considerado um parâmetro mais confiável que o erro absoluto. Exemplo 11. Escolher intervalos abertos que contenham uma única raiz da equação x 2 2 = 0. 4

5 1.2 Isolamento das raízes É o processo de determinação de um intervalo em que localiza-se unicamente uma raiz. A determinação do intervalo pode ser feita usando-se: 1. Método gráfico: uso de algum programa de visualização computacional, ou 2. Método analítico: usando teoremas Método gráfico Esboçando o gráfico da função f do problema f(x) = 0 Vejamos isto com o seguinte exemplo. Exemplo 12. Usando um programa computacional isolar as raízes (caso tenha mais de uma) da seguinte equação: f(x) = (x + 1) 2 e (x2 2) 1 = 0 Tentativa 1: Usando o intervalo [-5, 5], tem-se o seguinte gráfico: Neste caso, o esboço do gráfico da função f no intervalo indicado não permite observar a localização dos zeros da função. Parece-se que nesse intervalo temos infinitas raízes. Precisamos escolher outro intervalo que nós permita uma melhor visualização da localização da raiz ou raízes. Tentativa 2: Usando o intervalo [-2, 2], tem-se o seguinte esboço: 5

6 Neste caso, o intervalo [ 2, 2] já nós permite ver possíveis intervalos onde encontramse as raízes. Vamos diminuir este intervalo para melhorar a visualização da localização das raízes. Tentativa 3: Usando o intervalo [-2, 1.5], tem-se a Figura 1.2.1: Figura 1.2.1: Esboço do gráfico de f(x) = (x + 1) 2 e (x2 2) 1 no intervalo [ 2,, 1, 5]. Do esboço do gráfico da função f, observamos que temos duas raízes: a primeira está no intervalo [-2, -1.5] e a segunda no intervalo [0.5, 1.0]. Portanto, conseguimos isolar as raízes, isto é, determinar intervalos onde encontra-se unicamente uma raíz de nossa 6

7 função. Deixamos como exercício para o aluno responder a seguinte pergunta: como podemos garantir que temos unicamente duas raízes para esta função f? Esboçando o gráfico das funções h e g, onde f = h g A escolha do primeiro intervalo, para esboço do gráfico da função f do problema f(x) = 0, para a localização da raiz ou raízes da função nem sempre é uma tarefa ôbvia. Podemos contornar essa tarefa por outra mais simples, caso seja possível. A nova tarefa consiste em transformar o problema de cálculo da raiz em um problema de determinação da intersecção de duas funções Se f(x) = h(x) g(x), então os dois problemas seguintes são equivalentes: f(x) = 0 (1.2.1) h(x) = g(x) (1.2.2) As raízes do problema (1.2.1) são os pontos de intersecção do problema (1.2.2). A seguir apresentamos um exemplo da aplicação do problema equivalente. Exemplo 13. Isolar as raízes do exemplo anterior transformando o problema de cálculo da raiz em um problema de intersecção de funções. Solução. Para nosso exemplo, a equação f(x) = (x + 1) 2 e (x2 2) 1 = 0 pode ser expressada como: (x + 1) 2 e (x2 2) = 1 ou (x + 1) 2 = e (2 x2 ) Nesta última expressão, procura-se os pontos de intersecção das funções h(x) = (x+1) 2 e g(x) = e (2 x2), cujos gráficos são mostrados na Figura no intervalo [ 5, 5]: 7

8 Figura 1.2.2: Esboço do gráfico das funções h e g, onde f = h g. Pode-se ver que neste intervalo, as duas curvas têm pontos de intersecção nos intervalos [ 2, 1] e [0.5, 1]. Isto implica que a função f possui duas raízes: a primeira no intervalo [ 2, 1] e a segunda no intervalo [0.5, 1]. Observação 14. Embora o intervalo em x para esboçar os gráficos das funções h e g tenha sido grande ( [-5, 5]), usar a técnica de transformação do problema original em um problema de intersecção permitiu uma análise mais rápida e eficiente da localização das raízes Método analítico O método analítico baseia-se numa das características das funções contínuas. Vejamos primeiramente os seguintes exemplos de funções contínuas definidas no intervalo [-6, 5]. Exemplo 15. A Figura 1.2.3, mostra o esboço do gráfico de uma função f contínua no intervalo [-6, 5]. Observamos que neste caso, o produto do valor da função f nos extremos do intervalo, a=-6 e b=5, é negativo, isto é, f( 6) f(5) < 0, e possui uma raiz nesse intervalo. 8

9 Figura 1.2.3: Função contínua, definida em [a,b] = [-6,5], com f( 6) f(5) < 0. Na Figura 1.2.4, temos o esboço de outra função contínua no mesmo intervalo [- 6, 5], porém ela não possui nenhuma raiz nesse intervalo. Observe-se que neste caso, f( 6) f(5) > 0. Figura 1.2.4: Funçã contínua, definida em [a,b] = [-6,5], com f(a) f(b) > 0 e sem raiz em [a,b]. Na Figura 1.2.5, observamos que temos o gráfico de uma função contínua com f(a) f(b) < 0, e que a função f possui mais de uma raiz nesse intervalo. 9

10 Figura 1.2.5: Função contínua, definida em [a,b] = [-6,5], com f( 6) f(5) < 0. Das figuras vistas acima, podemos verificar que o seguinte teorema é verdadeiro. Teorema 16. Se uma função contínua f = f(x) em [a, b], e suponha que assume valores de sinais opostos nos pontos extremos desse intervalo, isto é, f(a) f(b) < 0, então existe pelo menos um ponto x [a, b], tal que f( x) = 0. O Teorema acima nós diz que se uma função contínua f muda de sinal nos extremos do intervalo de análise, então ela possui no mínimo uma raiz nesse intervalo. Exemplo 17. (Aplicação do Teorema 16) Usando-se o teorema anterior, determine a localização das raízes da equação dada no exemplo 12 f(x) = (x + 1) 2 e (x2 2) 1 Solução. Vamos avaliar a função para x = 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3 e observar a mudança de sinal nos valores da função: x f(x) Da tabela mostrada, podemos concluir que: No intervalo [-2, 1] e [0,1], existe pelo menos uma raiz da equação f(x) = 0. Nos outros intervalos não podemos afirmar nada a respeito da existência de raiz, pois não temos nenhum Teorema que afirme alguma coisa nesse sentido. 10

11 1.3 Métodos de aproximação das raízes A seguir apresentaremos alguns métodos para determinar uma aproximação para uma raiz isolada, x, da equação f(x) = 0. Cada um dos métodos a serem apresentados determinam uma sequência de aproximações para a raiz, isto é: x 1, x 2, x 3,..., x k, x k+1,..., onde desejamos que a partir de certo valor de N, x k x para todo k N, isto é, a sequência gerada pelo método convirga para a raiz x. Lembremos que, matematicamente, convergência se representa por: Veremos três métodos: Método da Bissecção Método de Iteração Linear Método de Newton lim x k = x. k Observação 18. Os métodos indicados acima: 1. possuem regras específicas para a geração da sequência. 2. partem de alguma informação inicial ou informações iniciais para determinar os elementos da sequência. Dizemos que fizemos uma iteração cada vez que determinamos um elemento da sequência. Assim, a determinação dos elementos x 1, x 2, x 3, x 4, foi produto de 4 iterações do método escolhido. Observação 19. O erro absoluto entre a raiz x e um elemento x k da sequência de aproximações {x k } (erro na iteração k) é definido por: e k = x x k Note que nem sempre é possível calcular e k, pois não se conhece o valor da raiz exata, x. Observação 20. O erro relativo entre os elementos da sequência {x k } é definido por: er k = x k+1 x k x k+1, quando não se conhece a solução exata. Em outro caso, o erro relativo associado a essa sequência é calculado por: er k = x x k, x 11

12 1.3.1 Método da bissecção O método da bissecção consiste em construir uma sequência de aproximações (x k ) para a raiz x partindo-se de um intervalo inicial [a, b] de uma raiz isolada, onde cada x k é o ponto médio do intervalo que continha a raiz na iteração k 1. Para explicar este método vamos denotar o intervalo inicial da raiz x por [a 0, b 0 ] = [a, b] e da iteração k por [a k, b k ]. Os passos são: 1. a aproximação x k é o ponto médio do intervalo [a k 1, b k 1 ] ( intervalo anterior ) que contém a raiz na iteração k 1; 2. o novo intervalo [a k, b k ] que contém a raiz é [a k 1, x k ] ou [x k, b k 1 ]. A escolha do novo intervalo é feito usando o Teorema 16. Para isto, avaliamos os produtos f(a k=1 ) f(x k ) e f(x k ) f(b k ), o resultado que for negativo indicará o intervalo onde se encontra a raiz. Vejamos isto com um exemplo gráfico. Exemplo 21. Calcular a raiz da equação não linear: x 2 2 = 0 usando o método da bissecção. Solução. Esboçando o gráfico da função f(x) = x 2 2 no intervalo [0, 2], temos a Figura Vemos que nesse intervalo temos uma única raiz localizada neste intervalo. Então, [a 0, b 0 ] = [0, 2]. Figura 1.3.1: f(x) = x 2 2 Apartir dessa raiz isolada podemos construir outro intervalo de comprimento menor que contenha esta raiz. A idéia no método da bisseccção é: 1) dividir o intervalo dado em dois subintervalos de comprimento igual a metade do comprimento do intervalo dado, e descubrir usando o teorema 16 qual dos subintervalos contém a raiz; e, 2) a nova 12

13 aproximação é o ponto médio do intervalo dado. A Figura mostra a esboço do gráfico da função f no intervalo dado (superior) e o esboço do gráfico da função f no subintervalo [1,2] de comprimento menor e igual ao metade do comprimento do intervalo inicial. Onde a nova aproximação para a raiz é o ponto médio de [0, 2], isto é, x 1 = 1. Figura 1.3.2: Iteração 1 do método da bissecção. Seguindo a mesma idéia, agora para o intervalo [1, 2], isto é, dividimos este intervalo em dois subintervalos e usando o Teorema 16 descobrimos que o novo intervalo onde está localizada a nossa raiz é [1, 0, 1, 5] ( Veja a Figura 1.3.3), sendo agora nossa nova aproximação x 2 = = 1, 5. Figura 1.3.3: Iteração 2. Divdindo o intervalo [1, 0, 1, 5] em dois subintervalos, e usando o teorema temos a Figura 1.3.4, onde x 3 = 1,

14 Figura 1.3.4: Passo 3. No método da Bissecção os pontos médios dos intervalos são as aproximações para a raiz. A seguir apresentamos uma tabela com os pontos médios dos intervalos para a raiz da eq. x 2 2 = 0 k x k a k b k x 1 = = x 2 = = x 3 = = x 4 = = x 5 = = O método da Bissecção consiste em determinar uma sequência de aproximações x k para a raiz x da equação f(x) = 0. Observação 22. O método de Bissecção determina uma sequência de aproximações {x k } que converje para a raiz x [a, b], isto é: lim x k = x k Fato este possível devido à construção de subintervalos de comprimentos iguais à metade de cada intervalo de partida. Exemplo 23. Usando o método da Bissecção determine uma aproximação para a raiz positiva da equação x 2 2 = 0 (faça 4 iterações no mínimo) Solução. Raiz positiva da função f(x) = x 2 2 é x = 2 Consideremos o intervalo [a, b] = [1, 2], pois f(1) = 1 e f(2) = 2 14

15 k a k b k x k = a k+b k 2 f(a k ) f(x k ) f(b k ) A sequência determinada é: x 0 x 1 x 2 x 3 x 4 x Proposição 24. (Número de iterações no Método da Bissecção para obter a aproximação desejada). Dada uma precisão e um intervalo inicial [a, b], é possível saber, a priori, quantas iterações serão efetuadas pelo método da Bissecção até que se obtenha um subintervalo [a k, b k ], com b k a k <. Lembrando-se que: então b k a k = b 0 a 0 2 k, b k a k < b 0 a 0 < k > log(b 0 a 0 ) log( ). 2 k log(2) Tomando-se qualquer k que satisfaça a relação acima, então teremos uma precisão conforme indicada Método de iteração linear Este método se baseia na teoria para o problema do ponto fixo, explicado a seguir: Problema de ponto fixo O problema do ponto fixo de uma função φ = φ(x) consiste em determinar um número x tal que: x = φ(x), (1.3.1) Tal valor x é denominado ponto fixo da função φ. Exemplo 25. O valor de x = 2 é um ponto fixo da função φ(x) = x 2 2. De fato: φ(2) = = 2 15

16 Interpretação gráfica do ponto fixo O ponto fixo x de uma função φ(x) representa o valor da absica do ponto de intersecção dos gráficos das funções y = φ(x) e y = x (Veja Figura 1.3.1) Figura 1.3.5: Função φ(x) = x 3 com três pontos fixos. Observação 26. Uma forma de determinar aproximações para o ponto fixo da função φ, é mediante o seguinte processo iterativo: x k+1 = φ(x k ) k = 0, 1, 2,..., (1.3.2) valor inicial (aproximacao inicial) x 0 sempre e quando a sequência convirja. Exemplo 27. Determine graficamente o ponto fixo da função φ(x) = x Solução. Da Figura observamos que a função φ(x) = x no intervalo [1, 3] possui um ponto fixo 16

17 Figura 1.3.6: Gráfico da função φ(x) = x e y = x. Aplicando-se o processo iterativo dado pela fórmula (1.3.2) e considerando x 0 = 1, 2, temos: k x k x k+1 = φ(x k ) x 1 = x 0 = x 2 = x 1 = x 3 = x 2 = x 4 = x 3 = x 5 = x 4 = x 6 = x 5 = Graficamente o processo iterativo aplicado à função φ(x) = 1+ 2 x é mostrado na Figura Método de iteração linear Baseia-se no processo iterativo definido para problema de ponto fixo equivalente associado com o problema f(x) = 0. Transformando o problema f(x) = 0, em um problema de ponto fixo, x = φ(x) f(x) = 0 x = φ(x) Tal transformação não é única e veremos isso no seguinte exemplo. 17

18 Figura 1.3.7: Interpretação geométrica do processo iterativo para o problema do ponto fixo. Exemplo 28. Considere a equação: f(x) = x 2 x 2 = 0. Trabalhando com a equação, temos as seguintes possibilidades para a função φ(x). x 2 x 2 = 0 x = x 2 2 φ 1 (x) = x 2 2 x 2 x 2 = 0 x = x + 2 φ 2 (x) = x + 2 x 2 x 2 = 0 x = x + 2 x = x φ 3(x) = x x 2 x 2 = 0 x = x x2 x 2, m = 0 φ 4 (x) = x x2 x 2 m m Logo, o procedimento para aplicar o método de iteração linear consiste em: Transforme o problema de cáculo da raiz em um problema de ponto fixo equivalente e convergente, x = φ(x). Uma vez definido o problema de ponto fixo, a sequência de aproximações é gerada pela Eq. (1.3.2), isto é, x k+1 = φ(x k ), e um valor inicial x 0 bem próximo da raiz a ser calculada. 18

19 Figura 1.3.8: Localização do ponto fixo para φ(x) = x 2 2. Exemplo 29. Aplique o método de iteração linear para determinar a raiz x = 2 da seguinte equação: x 2 x 2 = 0 Solução. Vamos escolher x 0 = 2.5 e considerar a seguinte expressão para φ, denominada aqui por: φ 1 (x) Usando-se φ 1 (x) = x 2 2 e x 0 = 2.5. O processo iterativo é: x k+1 = φ 1 (x k ) = x 2 k 2. A tabela abaixo mostra os valores da sequência gerada no processo iterativo. x 1 = φ 1 (x 0 ) = x = = 4.25 x 2 = φ 1 (x 1 ) = = x 3 = φ 1 (x 2 ) = = Tabela 1.1: Resultados do processo de iteração linear. Neste caso, a sequência não converge para a raiz, pois esta cresce indefinidamente Graficamente os valores determinados no processo iterativo são mostrados na Figura 19

20 Figura 1.3.9: Interpretação geométrica do processo iterativo usado acima. Exemplo 30. Aplique o método de iteração linear para determinar a raiz x = 2 da seguinte equação: x 2 x 2 = 0 Solução. Usando-se φ 2 (x) = x + 2 e x 0 = 2.5 O processo iterativo é: x k+1 = φ 2 (x k ) = xk + 2 x 1 = φ 2 (x 0 ) = x = = 4.5 = x 2 = φ 2 (x 1 ) = x = = = x 3 = φ 2 (x 2 ) = x = = = x 4 = φ 2 (x 3 ) = x = = = x 5 = φ 2 (x 4 ) = x = = = x 6 = φ 2 (x 5 ) = x = = = Neste caso, a sequência de aproximações converge para a raiz x = 2. Como escolher a função de iteração apropriada φ(x)? 20

21 Figura : Teorema 31. Seja x uma raiz da equação f(x) = 0, isolada num intervalo I = [a, b] e seja φ uma função tal que x = φ( x). Se 1. φ e φ são funções contínuas em I; 2. M = max x I φ (x) < 1; 3. x 0 I e x k+1 = φ(x k ) Então: 1. x k I, k 2. a sequência {x k } converge para x Exemplo 32. A função de iteração, φ 2 (x) = x + 2, associada ao problema do cálculo da raiz, x = 2, com x 0 = 2.5, define uma sequência de valores convergente. Tal fato, foi mostrado pelos valores obtidos no Exemplo 30. Vejamos se a função φ 2 (x) satisfaz as condições do teorema. Calculando-se a primeira derivada da função φ 2 (x): φ 2(x) = 1 2 x + 2, Observa-se que tal derivada não existe para x = 2, e que em todos os outros valores ela existe e é contínua. 21

22 Figura : Em especial, para um intervalo pequeno e contendo o ponto x 0 = 2.5, a função φ 2 continua sendo contínua. Por exemplo, o intervalo [1,3] Logo, tal função satisfaz a hipótese 1 do Teorema 31. Observe-se que para x [1, 3]: x + 2 > 1 2 x + 2 > 2 Então, φ 2(x) = 1 2 x + 2 < 1 2 < 1 Logo, a segunda hipótese também é satisfeita pela função de iteração φ 2 (x) Portanto, a sequência dada pela iteração x k+1 = φ 2 (x k ) converge para a raiz da equação (fato que já tinha sido observado no Exemplo 30) Método de Newton O método de Newton também conhecido pelo método das tangentes serve para calcular de forma aproximada a raiz da equação: f(x) = 0 (1.3.3) 22

23 Figura : Método de Newton ou método das tangentes. Sabemos que a equação da reta tangente ao gráfico da função f no ponto (x k, f(x k )) é dada por: onde b = f(x k ) f (x k )x k. y = f (x k )x + b, A reta tangente intersecta ao eixo x em x, quando y = 0. Isto implica: 0 = f (x k ) x + ( f(x k ) f (x k )x k ) ou ou 0 = f (x k )( x x k ) + f(x k ) x = x k f(x k) f (x k ) Apartir da aproximação x k construimos a seguinte aproximação x k+1 dada por: x k+1 = x k f(x k) f (x k ) (1.3.4) Logo, x k+1 obtido pelo método de Newton representa o ponto de intersecção da reta tangente ao gráfico de f, no ponto (x k, f(x k )), com o eixo x. A Figura apresenta a interpretação geométrica do método de Newton. 23

24 k x k = x k 1 f(x k 1) f (x k 1 ) Tabela 1.2: Aproximações para o Exemplo 33. Figura : Esboço do gráfico da função f(x) = x 2 x 2. Exemplo 33. Faça 5 iterações do método de Newton para determinar a raiz x = 2 da seguinte equação: x 2 x 2 = 0 Solução. Considere x 0 = 1.0. Então, f(x) = x 2 x 2 e f (x) = 2x 2 Aplicando-se a fórmula de Newton (1.3.4), temos a Tabela Lembrando que a equação x 2 x 2 = 0 possui duas raízes, veja gráfico na Figura 24

25 Figura : Representação gráfica das 5 iterações do método de Newton Considerando x 0 = 0, temos: k x k = x k 1 f(x k 1) f (x k 1 ) A sequência converge para -1, isto é, não conseguimos aproximar a raiz positiva da equação não linear!!! Qual foi o problema? 25

26 Figura : 26

Solução numérica de equações não-lineares

Solução numérica de equações não-lineares Capítulo 1 Solução numérica de equações não-lineares 1.1 Introdução Lembremos que todo problema matemático pode ser expresso na forma de uma equação. Mas, o que é uma equação? Uma equação é uma igualdade

Leia mais

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação

Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação CAPÍTULO1 EQUAÇÕES NÃO-LINEARES 1.1 Introdução Neste capítulo estamos interessados em resolver numericamente a equação f(x) = 0, onde f é uma função arbitrária. Quando escrevemos resolver numericamente,

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 8 04/2014 Zeros reais de funções Parte 2 Voltando ao exemplo da aula anterior, vemos que o ponto médio da primeira iteração

Leia mais

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima: Cálculo Numérico 1 Erros Nenhum resultado obtido através de cálculos eletrônicos ou métodos numéricos tem valor se não tivermos conhecimento e controle sobre os possíveis erros envolvidos no processo.

Leia mais

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira

TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira TE231 Capitulo 2 Zeros de Funções; Prof. Mateus Duarte Teixeira Sumário 1. Como obter raízes reais de uma equação qualquer 2. Métodos iterativos para obtenção de raízes 1. Isolamento das raízes 2. Refinamento

Leia mais

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima:

Cálculo Numérico. que é denominado erro relativo. Temos então para os dados acima: Cálculo Numérico 1 Erros Nenhum resultado obtido através de cálculos eletrônicos ou métodos numéricos tem valor se não tivermos conhecimento e controle sobre os possíveis erros envolvidos no processo.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC. 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos da bissecção e falsa posição UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC BC1419 Cálculo Numérico - LISTA 1 - Zeros de Funções (Profs. André Camargo, Feodor Pisnitchenko, Marijana Brtka, Rodrigo Fresneda) 1 Existência e unicidade de zeros; Métodos

Leia mais

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3 CÁLCULO NUMÉRICO Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/48 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO FIXO: Uma das condições de convergência é que onde I é um intervalo

Leia mais

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares

Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL. 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares Exercícios de MATEMÁTICA COMPUTACIONAL Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica 1 0 Semestre de 2009/2010 Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x) e x = 0. a) Prove que

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 04/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 7 04/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproximados para as soluções (raízes) de equações da

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/47 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO FIXO:

Leia mais

Métodos Numéricos - Notas de Aula

Métodos Numéricos - Notas de Aula Métodos Numéricos - Notas de Aula Prof a Olga Regina Bellon Junho 2007 Zeros de equações transcendentes e Tipos de Métodos polinomiais São dois os tipos de métodos para se achar a(s) raízes de uma equação:

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 4 Zeros de Funções /04/2014. Prof. Rafael mesquita Adpt. por Prof. Guilherme Amorim

Cálculo Numérico. Aula 4 Zeros de Funções /04/2014. Prof. Rafael mesquita Adpt. por Prof. Guilherme Amorim Cálculo Numérico Aula 4 Zeros de Funções 2014.1-09/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br Últimas aulas... Aritmética de máquina Erros Sistema de

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 5 Zeros reais de funções Parte 2 Voltando ao eemplo da aula anterior, vemos que o ponto médio da primeira iteração 1 = 2,5

Leia mais

Cálculo Numérico Ponto Fixo

Cálculo Numérico Ponto Fixo Cálculo Numérico Ponto Fixo Método do Ponto Fixo (MPF) Dada uma função f(x) contínua no intervalo [a,b] onde existe uma raiz única, f(x) = 0, é possível transformar tal equação em uma equação equivalente

Leia mais

Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes

Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes Cálculo Numérico BCC760 Raízes de equações algébricas e transcendentes Departamento de Computação Página da disciplina http://www.decom.ufop.br/bcc760/ Introdução Dada uma função y = f(x), o objetivo deste

Leia mais

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES Vamos estudar alguns métodos numéricos para resolver: Equações algébricas (polinómios não lineares; Equações transcendentais equações que envolvem funções

Leia mais

Lista de Exercícios de Métodos Numéricos

Lista de Exercícios de Métodos Numéricos Lista de Exercícios de Métodos Numéricos 1 de outubro de 010 Para todos os algoritmos abaixo assumir n = 0, 1,, 3... Bisseção: Algoritmo:x n = a+b Se f(a) f(x n ) < 0 então b = x n senão a = x n Parada:

Leia mais

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3].

f(1) = 6 < 0, f(2) = 1 < 0, f(3) = 16 > 0 x [2, 3]. 1 As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia. Métodos Numéricos Para Solução

Leia mais

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS 5 CAP. ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OBJETIVO: Estudo de métodos iterativos para resolução de equações não lineares. DEFINIÇÃO : Um nº real é um zero da função f() ou raiz da equação f() = 0 se f( )=0.

Leia mais

Equações não lineares

Equações não lineares Capítulo 2 Equações não lineares Vamos estudar métodos numéricos para resolver o seguinte problema. Dada uma função f contínua, real e de uma variável, queremos encontrar uma solução x que satisfaça a

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cálculo Numérico - Zeros de Funções Prof a Dr a Diane Rizzotto Rossetto Universidade Tecnológica Federal do Paraná 13 de março de 2016 D.R.Rossetto Zeros de Funções 1/81 Problema Velocidade do pára-quedista

Leia mais

C alculo Num erico Ra ızes de Equa c oes Ana Paula Ana Paula C alculo Num erico

C alculo Num erico Ra ızes de Equa c oes Ana Paula Ana Paula C alculo Num erico Raízes de Equações Sumário 1 Introdução 2 3 Revisão Introdução Introdução Introdução Introdução Serão estudados aqui métodos numéricos para a resolução do problema de determinar as raízes de uma equação

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 9 04/2014 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/42 CONSIDERAÇÕES INICIAS MÉTODO DO PONTO

Leia mais

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções

Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções Lista 1 - Cálculo Numérico - Zeros de funções 1.) De acordo com o teorema de Bolzano, se uma função contínua f(x) assume valores de sinais opostos nos pontos extremos do intervalo [a, b], isto é se f(a)

Leia mais

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA

Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Exercícios de ANÁLISE E SIMULAÇÃO NUMÉRICA Licenciaturas em Engenharia do Ambiente e Química 2 o Semestre de 2005/2006 Capítulo II Resolução Numérica de Equações Não-Lineares 1. Considere a equação sin(x)

Leia mais

Andréa Maria Pedrosa Valli

Andréa Maria Pedrosa Valli Raízes de Equações Andréa Maria Pedrosa Valli Laboratório de Computação de Alto Desempenho (LCAD) Departamento de Informática Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, Vitória, ES, Brasil 2-27 Raízes

Leia mais

Parte 1: Exercícios Teóricos

Parte 1: Exercícios Teóricos Cálculo Numérico SME0104 ICMC-USP Lista 5: Zero de Funções Lembrete (informação que vai estar disponível na prova) Método de Newton Método da Secante x k+1 = x k f(x k) f (x k ), x k+1 = x k J 1 F (x k

Leia mais

Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi. 2 a Lista de Exercícios - Gabarito. 1) Seja a equação não linear x e x = 0.

Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi. 2 a Lista de Exercícios - Gabarito. 1) Seja a equação não linear x e x = 0. Cálculo Numérico A - 2 semestre de 2006 Prof. Leonardo F. Guidi 2 a Lista de Exercícios - Gabarito 1) Seja a equação não linear x e x = 0. A solução é dada em termos da função W de Lambert, x = W 1) 0,

Leia mais

Cálculo Numérico. Zeros de funções reais

Cálculo Numérico. Zeros de funções reais Cálculo Numérico Zeros de funções reais Agenda Introdução Isolamento de raízes Refinamento Bissecção Posição Falsa Método do ponto fixo (MPF) Método de Newton-Raphson Método da secante Introdução Um número

Leia mais

4. Resolução Numérica de Equações (Zero de Funções)

4. Resolução Numérica de Equações (Zero de Funções) Curso de CNC º Semestre de 5 Engenaria de Controle e Automação UD Sorocaa UNESP 4. Resolução Numérica de Equações Zero de Funções 4. Introdução No eemplo usado na introdução desta apostila, vimos que ao

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA étodos uméricos ZEROS DE FUNÇÕES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA UNIVERSIDADE DE JOÃO DEL-REI PRÓ-REITORIA DE PESQUISA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

Leia mais

O método da falsa posição

O método da falsa posição Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit O método da falsa posição

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson /04/2014

Cálculo Numérico. Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson /04/2014 Cálculo Numérico Aula 5 Método Iterativo Linear e Newton-Raphson 2014.1-15/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br O que vimos até agora? Zeros de

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 09/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma:

Leia mais

Solução aproximada de equações de uma variável

Solução aproximada de equações de uma variável Cálculo Numérico de uma variável Prof. Daniel G. Alfaro Vigo dgalfaro@dcc.ufrj.br Departamento de Ciência da Computação IM UFRJ Parte I Localização de zeros e Método da bissecção Motivação: Queda de um

Leia mais

Resolução Numérica de Equações (Parte II)

Resolução Numérica de Equações (Parte II) Cálculo Numérico Módulo III Resolução Numérica de Equações (Parte II) Prof: Reinaldo Haas Cálculo Numérico Bissecção Métodos Iterativos para a Obtenção de Zeros Reais de Funções Bissecção Newton-Raphson

Leia mais

Equações não lineares

Equações não lineares DMPA IM UFRGS Cálculo Numérico Índice 1 Método da bissecção 2 Método Newton-Raphson 3 Método da secante Vamos estudar métodos numéricos para resolver o seguinte problema. Dada uma função f contínua, real

Leia mais

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3

Aula 6. Zeros reais de funções Parte 3 CÁLCULO NUMÉRICO Aula 6 Zeros reais de funções Parte 3 MÉTODO DE NEWTON RAPHSON Cálculo Numérico 3/47 CONSIDERAÇÕES INICIAIS MÉTODO DO PONTO FIXO: Uma das condições de convergência é que onde I é um intervalo

Leia mais

Marina Andretta/Franklina Toledo. 18 de outubro de Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Marina Andretta/Franklina Toledo. 18 de outubro de Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Determinação de raízes de funções: Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 18 de outubro de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta/Franklina Toledo (ICMC-USP)

Leia mais

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações: Método do ponto fixo (iterativo linear - MIL) 15:01

Cálculo Numérico / Métodos Numéricos. Solução de equações: Método do ponto fixo (iterativo linear - MIL) 15:01 Cálculo Numérico / Métodos Numéricos Solução de equações: Método do ponto fixo (iterativo linear - MIL) 15:01 Idéia Seja f(x) uma função continua em [a,b], intervalo que contém a raiz da equação f(x)=0.

Leia mais

TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução

TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução TP062-Métodos Numéricos para Engenharia de Produção Zeros: Introdução Prof. Volmir Wilhelm Curitiba, 2015 Os zeros de uma função são os valores de x que anulam esta função. Este podem ser Reais ou Complexos.

Leia mais

DCC008 - Cálculo Numérico

DCC008 - Cálculo Numérico DCC008 - Cálculo Numérico Equações Não-Lineares Bernardo Martins Rocha Departamento de Ciência da Computação Universidade Federal de Juiz de Fora bernardomartinsrocha@ice.ufjf.br Conteúdo Introdução Localização

Leia mais

Ana Paula. October 26, 2016

Ana Paula. October 26, 2016 Raízes de Equações October 26, 2016 Sumário 1 Aula Anterior 2 Método da Secante 3 Convergência 4 Comparação entre os Métodos 5 Revisão Aula Anterior Aula Anterior Aula Anterior Aula Anterior Método de

Leia mais

2.3- Método Iterativo Linear (MIL)

2.3- Método Iterativo Linear (MIL) .3- Método Iterativo Linear (MIL) A fim de introduzir o método de iteração linear no cálculo de uma raiz da equação (.) f(x) = 0 expressamos, inicialmente, a equação na forma: (.) x = Ψ(x) de forma que

Leia mais

Métodos Numéricos Zeros: Introdução. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

Métodos Numéricos Zeros: Introdução. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Métodos Numéricos Zeros: Introdução Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Um número real é um zero da função f(x) ou uma raiz da equação f(x)=0, se f( )=0. 2 Os zeros de uma função

Leia mais

Método do Ponto Fixo

Método do Ponto Fixo Determinação de raízes de funções: Método do Ponto Fixo Marina Andretta ICMC-USP 07 de março de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0500

Leia mais

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 18 de setembro de 2013 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 5 Zeros reais de funções Parte 2 EXEMPLO 6 Aula anterior Aplicação do método da bissecção para: f ( ) = log 1, em[ 2,3] com

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo temático Zeros de Função Conteúdo específico Aspectos básicos

Leia mais

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear

Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Resolução de sistemas de equações não-lineares: Método Iterativo Linear Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 27 de março de 2015 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

Leia mais

Encontre um valor aproximado para 3 25 com precisão de 10 5 utilizando o método da bissecção.

Encontre um valor aproximado para 3 25 com precisão de 10 5 utilizando o método da bissecção. 1 a) Mostre que f (x) = x cos x possui uma raiz no intervalo [0, 1]. b) Prove que essa raiz é única. c) Sem executar o método, preveja o número de iterações que o algoritmo da bissecção utilizaria para

Leia mais

Semana 5 Zeros das Funções_2ª parte

Semana 5 Zeros das Funções_2ª parte 1 CÁLCULO NUMÉRICO Semana 5 Zeros das Funções_2ª parte Professor Luciano Nóbrega UNIDADE 1 2 LOCALIZAÇÃO DAS RAÍZES PELO MÉTODO GRÁFICO Vejamos dois procedimentos gráficos que podem ser utilizados para

Leia mais

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares

Capítulo 4 - Equações Não-Lineares Capítulo 4 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil, Química e Gestão Industrial Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

SME0300 Cálculo Numérico Aula 6

SME0300 Cálculo Numérico Aula 6 SME0300 Cálculo Numérico Aula 6 Maria Luísa Bambozzi de Oliveira marialuisa @ icmc. usp. br Sala: 3-241 Página: tidia-ae.usp.br 20 de agosto de 2015 Aula Passada Equações Não-Lineares: Determinar raiz

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma: f

Leia mais

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1

Artur M. C. Brito da Cruz. Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 Equações Não Lineares Análise Numérica Artur M. C. Brito da Cruz Escola Superior de Tecnologia Instituto Politécnico de Setúbal 2015/2016 1 1 versão 20 de Setembro de 2017 Conteúdo 1 Introdução...................................

Leia mais

Matemática Computacional - Exercícios

Matemática Computacional - Exercícios Matemática Computacional - Exercícios 1 o semestre de 2007/2008 - Engenharia Biológica Teoria de erros e Representação de números no computador Nos exercícios deste capítulo os números são representados

Leia mais

Aula 4. Zeros reais de funções Parte 1

Aula 4. Zeros reais de funções Parte 1 CÁLCULO NUMÉRICO Aula 4 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma: f 0 sendo f uma função real dada. Cálculo Numérico 3/60 APLICAÇÃO

Leia mais

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza.

Métodos Numéricos. Turma CI-202-X. Josiney de Souza. Métodos Numéricos Turma CI-202-X Josiney de Souza josineys@inf.ufpr.br Agenda do Dia Aula 5 (16/09/15) Zero de funções: Introdução Tipos de métodos Diretos Indiretos ou iterativos Fases de cálculos Isolamento

Leia mais

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos

- Métodos numéricos. - Métodos analíticos versus métodos numéricos. - Necessidade de se usar métodos numéricos. - Métodos iterativos Tópicos Tópicos - Métodos numéricos - Métodos analíticos versus métodos numéricos - Necessidade de se usar métodos numéricos - Métodos iterativos - Resolução de problemas - Problemas com equações não lineares

Leia mais

Lista de Exercícios 1

Lista de Exercícios 1 Lista de Exercícios 1 MAT 01169 - Cálculo Numérico 2 de Agosto de 2015 As respostas de alguns exercícios estão no final da lista. Exercício 1. Converta para binário os números abaixo: (a) (102) 10 = (b)

Leia mais

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ

Matemática Computacional - 2 o ano LEMat e MEQ Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Matemática Aplicada e Análise Numérica Matemática Computacional - o ano LEMat e MEQ Exame/Teste - 5 de Fevereiro de - Parte I (h3m). Considere

Leia mais

Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina

Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo. Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Métodos Numéricos Zeros Posição Falsa e Ponto Fixo Professor Volmir Eugênio Wilhelm Professora Mariana Kleina Método da Posição Falsa 2 Método da Posição Falsa O processo consiste em dividir/particionar

Leia mais

Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos.

Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos. O teste da derivada segunda para extremos relativos. MÓDULO 2 - AULA 22 Aula 22 O teste da derivada segunda para extremos relativos. Objetivo: Utilizar a derivada segunda para determinar pontos de máximo

Leia mais

SME0300 Cálculo Numérico Aula 4

SME0300 Cálculo Numérico Aula 4 SME0300 Cálculo Numérico Aula 4 Maria Luísa Bambozzi de Oliveira marialuisa @ icmc. usp. br Sala: 3-241 Página: tidia-ae.usp.br 13 de agosto de 2015 Aula Passada Operações Aritméticas: Arredondamento a

Leia mais

Métodos Numéricos Professor Tenani - 3 / 42

Métodos Numéricos Professor Tenani -  3 / 42 Métodos Numéricos Professor Tenani - www.professortenani.com.br 1 / 42 Métodos Numéricos Professor Tenani - www.professortenani.com.br 2 / 42 Introdução Objetivos da Seção Entender o que são problemas

Leia mais

A. Equações não lineares

A. Equações não lineares A. Equações não lineares 1. Localização de raízes. a) Verifique se as equações seguintes têm uma e uma só solução nos intervalos dados: i) (x - 2) 2 ln(x) = 0, em [1, 2] e [e, 4]. ii) 2 x cos(x) (x 2)

Leia mais

SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé. (α 1)z + 88 ]

SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé. (α 1)z + 88 ] SME306 - Métodos Numéricos e Computacionais II Prof. Murilo F. Tomé 1 o sem/2016 Nome: 1 a Prova - 07/10/2016 Apresentar todos os cálculos - casas decimais 1. Considere a família de funções da forma onde

Leia mais

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções

MAP CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções MAP 2121 - CÁLCULO NUMÉRICO (POLI) Lista de Exercícios sobre Zeros de Funções 1: Mostre que a função f(x) = x 2 4x + cos x possui exatamente duas raízes: α 1 [0, 1.8] e α 2 [3, 5]. Considere as funções:

Leia mais

Exercícios sobre zeros de funções Aula 7

Exercícios sobre zeros de funções Aula 7 Exercícios sobre zeros de funções Aula 7 André L. R. Didier 1 6 de Maio de 2015 7/47 Introdução Todas as questões foram obtidas da 3 a edição do livro Métodos Numéricos de José Dias dos Santos e Zanoni

Leia mais

Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais)

Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais) Cálculo Numérico IPRJ/UERJ Sílvia Mara da Costa Campos Victer ÍNDICE Aula 2- Soluções de Equações a uma Variável (zeros reais de funções reais) FASE I: Isolamento das raízes. FASE 2: Refinamento: 2.1-

Leia mais

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares

Capítulo 6 - Equações Não-Lineares Sistemas de Capítulo 6 - Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança 2 o Ano - Eng. Civil e Electrotécnica Carlos Balsa Métodos Numéricos 1/

Leia mais

Introdução aos Métodos Numéricos

Introdução aos Métodos Numéricos Introdução aos Métodos Numéricos Instituto de Computação UFF Departamento de Ciência da Computação Otton Teixeira da Silveira Filho Conteúdo Erros e Aproximações Numéricas Sistemas de Equações Lineares.

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS. Solução de Sistemas Lineares

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS. Solução de Sistemas Lineares INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS NUMÉRICOS Solução de Sistemas Lineares Introdução Uma variedade de problemas de engenharia pode ser resolvido através da análise linear; entre eles podemos citar: determinação do

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma: f

Leia mais

Modelagem Computacional. Parte 2 2

Modelagem Computacional. Parte 2 2 Mestrado em Modelagem e Otimização - RC/UFG Modelagem Computacional Parte 2 2 Prof. Thiago Alves de Queiroz 2/2016 2 [Cap. 2 e 3] BURDEN, R. L.; FAIRES, J. D. Numerical Analysis (9th ed). Cengage Learning,

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I

Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo Diferencial e Integral I Complementos ao texto de apoio às aulas. Amélia Bastos, António Bravo Julho 24 Introdução O texto apresentado tem por objectivo ser um complemento ao texto de apoio ao

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma: f

Leia mais

CCI-22 CCI-22. 4) Equações e Sistemas Não Lineares. Matemática Computacional. Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fixo, Newton-Raphson, Secante

CCI-22 CCI-22. 4) Equações e Sistemas Não Lineares. Matemática Computacional. Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fixo, Newton-Raphson, Secante Matemática Computacional 4) Equações e Sistemas Não Lineares Carlos Alberto Alonso Sanches Bissecção, Posição Falsa, Ponto Fio, Newton-Raphson, Secante Introdução Ponto Fio Introdução Ponto Fio Raízes

Leia mais

Zero de Funções ou Raízes de Equações

Zero de Funções ou Raízes de Equações Zero de Funções ou Raízes de Equações Um número ξ é um zero de uma função f() ou raiz da equação se f(ξ). Graficamente os zeros pertencentes ao conjunto dos reais, IR, são representados pelas abscissas

Leia mais

Cálculo Numérico. Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada /04/2014

Cálculo Numérico. Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada /04/2014 Cálculo Numérico Aula 6 Método das Secantes e Critérios de Parada 2014.1-22/04/2014 Prof. Rafael mesquita rgm@cin.ufpe.br Adpt. por Prof. Guilherme Amorim gbca@cin.ufpe.br Aula passada? Método Iterativo

Leia mais

Ajuste de dados pelo Métodos dos Mínimos Quadrados

Ajuste de dados pelo Métodos dos Mínimos Quadrados Ajuste de dados pelo Métodos dos Mínimos Quadrados Prof. Santos Alberto Enriquez Remigio Famat-Ufu Problema Após serem efetuadas medições num gerador de corrente contínua, foram obtidos os valores indicados

Leia mais

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Cálculo Numérico Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br MATERIAL ADAPTADO DOS SLIDES DA DISCIPLINA CÁLCULO NUMÉRICO DA UFCG - www.dsc.ufcg.edu.br/~cnum/

Leia mais

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s.

Métodos iterativos dão-nos uma valor aproximado para s. Sequência de valores de x que convergem para s. Análise Numérica 1 Resolução de equações não lineares ou Cálculo de zeros de funções Problema: Dada a função f(x) determinar o valor s tal que f(s) = 0. Slide 1 Solução: Fórmulas exemplo: fórmula resolvente

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA Universidade Federal de Pelotas Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino Atividades de Reforço em Cálculo Módulo de Limites Aula 0 208/ Projeto GAMA Grupo de Apoio em Matemática Ideia Intuitiva

Leia mais

Método das Secantes. Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP. 4 de setembro de 2012

Método das Secantes. Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP. 4 de setembro de 2012 Determinação de raízes de funções: Método das Secantes Marina Andretta/Franklina Toledo ICMC-USP 4 de setembro de 2012 Baseado no livro Análise Numérica, de R. L. Burden e J. D. Faires. Marina Andretta/Franklina

Leia mais

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II

Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Cálculo Numérico Resolução Numérica de Equações Métodos Parte II Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br MATERIAL ADAPTADO DOS SLIDES DA DISCIPLINA CÁLCULO NUMÉRICO DA UFCG - www.dsc.ufcg.edu.br/~cnum/

Leia mais

1 Séries de números reais

1 Séries de números reais Universidade do Estado do Rio de Janeiro - PROFMAT MA 22 - Fundamentos de Cálculo - Professora: Mariana Villapouca Resumo Aula 0 - Profmat - MA22 (07/06/9) Séries de números reais Seja (a n ) n uma sequência

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Lista de Exercícios / Cálculo Numérico 1ª Unidade

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Lista de Exercícios / Cálculo Numérico 1ª Unidade 1) Analise as alternativas abaixo e marque V para verdadeiro e F para falso. No segundo caso, explique como as tornaria verdadeiras: ( ) O método das secantes é utilizado para solucionar um problema de

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Francisco Beltrão

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Francisco Beltrão Isolamento de Raízes Campus Francisco Beltrão Disciplina: Professor: Jonas Joacir Radtke Definição Um número real ξ é um zero da função f (x) ou uma raiz da equação f (x) = 0 se f (ξ) = 0. Etapas para

Leia mais

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO

EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO Cálculo Numérico EXERCICIOS EXTRAIDOS DE PROVAS ANTERIORES o sem/08 EXERCICIOS RESOLVIDOS - INT-POLIN - MMQ - INT-NUMERICA - EDO x. Considere a seguinte tabela de valores de uma função f: i 0 f(x i ).50

Leia mais

Índice. AULA 5 Derivação implícita 3. AULA 6 Aplicações de derivadas 4. AULA 7 Aplicações de derivadas 6. AULA 8 Esboço de gráficos 9

Índice. AULA 5 Derivação implícita 3. AULA 6 Aplicações de derivadas 4. AULA 7 Aplicações de derivadas 6. AULA 8 Esboço de gráficos 9 www.matematicaemexercicios.com Derivadas Vol. 2 1 Índice AULA 5 Derivação implícita 3 AULA 6 Aplicações de derivadas 4 AULA 7 Aplicações de derivadas 6 AULA 8 Esboço de gráficos 9 www.matematicaemexercicios.com

Leia mais

Bases Matemáticas Continuidade. Propriedades do Limite de Funções. Daniel Miranda

Bases Matemáticas Continuidade. Propriedades do Limite de Funções. Daniel Miranda Daniel De modo intuitivo, uma função f : A B, com A,B R é dita contínua se variações suficientemente pequenas em x resultam em variações pequenas de f(x), ou equivalentemente, se para x suficientemente

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

1.1 Conceitos Básicos

1.1 Conceitos Básicos 1 Zeros de Funções 1.1 Conceitos Básicos Muito frequentemente precisamos determinar um valor ɛ para o qual o valor de alguma função é igual a zero, ou seja: f(ɛ) = 0. Exemplo 1.1 Suponha que certo produto

Leia mais