Blatter diz que escolha de Qatar para Copa detonou crise na Fifa

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA US$ 2,5 bi é o quanto Tóquio-2020 espera arrecadar com patrocínios; o valor seria recorde dos Jogos EDIÇÃO 407 Blatter diz que escolha de Qatar para Copa detonou crise na Fifa POR REDAÇÃO Revanchismo. Segundo Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, essa foi a razão de seu afastamento da entidade após várias denúncias virem à tona em torno dele. O cartola deu sua primeira entrevista coletiva de imprensa na segunda- -feira para se defender da decisão do Comitê de Ética da Fifa, anunciada horas antes, banindo-o por oito anos do esporte. Se os Estados Unidos fosse sede da Copa de 2022, nós não estaríamos aqui. Não acho que o Comitê de Ética tenha conexões com os Estados Unidos; eles não são bons de conexão, como vimos, ironizou o ex-presidente. Os Estados Unidos perderam as eleições para o Qatar, em escolha recheada de denúncias de compra de votos. Assim como a Rússia em 2018, a escolha da Copa no país segue sob investigação. O dirigente disse ainda que tem sido o saco de pancadas da Fifa. Blatter argumenta que a rede de corrupção divulgada neste ano envolvendo membros da entidade está ligada a confederações locais: Concacaf e Conmebol. A derrota dos Estados Unidos para sede da Copa de 2022 fez com que, em 2010, o país começasse a investigar os negócios do futebol. Foi descoberta, ali, uma conexão entre Chuck Blazer, então secretário geral da Concacaf, no recebimento de propinas em vários negócios envolvendo venda de direitos sobre torneios. As investigações culminaram na prisão de sete dirigentes em maio, em Zurique, antes das eleições para a presidência da Fifa. Desde então, os principais dirigentes da entidade estão sob investigação. Na segunda-feira, o Comitê de Ética da Fifa afastou Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, por oito anos do futebol. A decisão saiu após ambos entrarem em um processo criminal pela transferência de US$ 2 mi de Blatter a Platini em Eles alegam que o pagamento foi por um serviço prestado à Fifa em

2 A crise no futebol, afinal, será boa ou ruim para os negócios? POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Em 2007, quando a Visa tirou a MasterCard do patrocínio à Fifa, o então diretor de marketing e TV da entidade, Jérôme Valcke, teve de dar explicações sobre o porquê da troca, que foi conduzida toda por ele. A MasterCard anunciou aos quatro cantos que não lhe foi respeitado o direito de cobrir a proposta da concorrente e manter o patrocínio. Disse que iria à Justiça. E foi. No fim daquele 2007, as duas partes se acertaram, e a Fifa pagou US$ 90 milhões em indenização à empresa. Valcke, então, já tinha sido demitido do cargo de diretor de marketing, mas havia sido, meio ano depois, reconduzido à Fifa como secretário- -geral, cargo em tese superior ao que ocupava antes do caso Visa. Foram necessários mais oito anos e um escândalo de venda com ágio de ingressos para a Copa de 2014 para que Valcke caísse de vez na Fifa, que desde maio atravessa uma revolução no modelo de governança. O caso de Valcke mostra como o futebol tem a ganhar no ambiente de negócios com a crise que expôs todas as mazelas de um sistema de negócios corrompido desde o topo até a base da pirâmide. Por mais que Joseph Blatter tente achar culpados que não ele e o sistema que ajudou a se solidificar em quase 20 anos, o fato é que nunca foi tão tranquilo às empresas negociarem com a Fifa. A crise que o futebol passa é um divisor de águas para quem quiser trabalhar com o esporte. A Copa do Mundo segue a atrair o interesse de todos. Agora, porém, as cartas para fazer parte desse jogo deixam de ser tão marcadas como antes. O negócio só tende a crescer no futuro. Tóquio refaz cálculos, e orçamento dos Jogos de 2020 fica seis vezes maior POR REDAÇÃO O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, anunciou a revisão do orçamento do evento. Após tentar, a todos os custos, manter a previsão orçamentária em dia, o comitê japonês afirmou que irá sextuplicar o custo dos Jogos. Assim, a conta de Tóquio-2020 deve beirar os US$ 15 bilhões, ante os US$ 2,5 bi previstos quando da candidatura. Segundo os organizadores, o aumento deve- -se a incremento de custos em infraestrutura. Os japoneses disseram que terão de alargar rodovias para o evento. Além disso, investimentos em ações antiterroristas ajudarão a causar um incremento de cerca de 1,5 trilhão de ienes (US$ 12,5 bi) ao custo total das Olimpíadas. O comitê japonês vinha tentando, de todas as formas, reduzir os custos olímpicos. O projeto de construção do estádio, por exemplo, foi abortado após ser orçado em US$ 1,5 bilhão. Como geralmente acontece na história de sedes olímpicas, a maior parte do orçamento vai recair sobre a esfera pública. Mesmo com a mudança orçamentária dos Jogos de Tóquio, a edição de 2020 das Olimpíadas ainda continua atrás de Pequim-2008 e Sochi-2014 (Jogos de Inverno) como as duas sedes mais caras de Jogos Olímpicos da história. Os japoneses, porém, vão gastar mais do que em Londres-2012, quando o investimento total no evento foi de US$ 12 bi. 2

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4 POR REDAÇÃO Primeira Liga perde CEO e amplia instabilidade política A Primeira Liga, que reúne os clubes da Sul-Minas e Flamengo e Fluminense, nem saiu do papel e tem causado muita confusão. Após o entrevero com o Cruzeiro, que chegou a anunciar a saída do torneio, a entidade perdeu Alexandre Kalil, que liderava a nova organização na função de CEO. O dirigente pediu as contas no sábado, e convocou entrevista coletiva para explicar a decisão. Cinco clubes, que não vou falar quais são, fizeram um complô contra mim. Por isso, estou fora. Conspiração é assim, feita na sombra. Eu fui pego de surpresa, disse Kalil, que ainda garantiu chance zero de retorno para as funções que exercia na liga. Ainda assim, Kalil enfatizou que a Primeira Liga sairá do papel, mesmo com o clima político instável. Para Kalil, a Primeira Liga está pronta e logo deverá ser abraçada por uma emissora de TV, ainda sem dizer qual é. Externamente, a Primeira Liga venceu barreiras políticas, principalmente com o enfraquecimento da CBF nas últimas semanas, tanto que conseguiu ter o aval da entidade para existir. Internamente, por outro lado, a liga vive uma série de problemas para conseguir formar a sua primeira edição. O Cruzeiro havia abandonado a liga após a imposição de uma eleição para trocar seu presidente pelo do Atlético Paranaense no posto de mandatário da Liga. O retorno só foi feito após Gilvan Tavares, líder cruzeirense, recuperar seu prestígio na entidade. Já a justificativa usada para sair da liga, de que a competição não seria rentável, gerou esse novo racha entre Kalil e Tavares. Kappa fecha com Portuguesa e amplia rol de clubes A Kappa será a nova fornecedora de material esportivo da Portuguesa, que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro e a A-2 do Paulistão. O acordo foi firmado na última semana, e a marca de origem italiana substituirá a Pulse, que foi a fornecedora de uniformes do clube em Com o acerto, a Kappa amplia a atuação nos times paulistas. A marca, que em 2015 forneceu os uniformes de Goiás (GO) e Juventude (RS), terá dois clubes do estado no ano que vem. Além da Portuguesa, o Santos fechou com a empresa, que focará o negócio no clube da Série A nacional. Assim como no Santos, o modelo de negócios com a Portuguesa não prevê o pagamento de um valor mínimo garantido ao clube, que se torna uma espécie de sócio da fabricante, tendo uma participação maior no percentual de vendas. O acordo tem duração de dois anos. Uma das ideias da parceria é fazer com que a camisa da Portuguesa seja vendida em padarias na cidade de São Paulo, mas esse negócio não está fechado. Já na Copa São Paulo de Juniores o time da Portuguesa jogará com uniformes do novo fornecedor, porém a camisa que será do time principal ainda não tem data de lançamento prevista. O uniforme deve ficar pronto apenas em fevereiro. 4

5 OFERECIMENTO: DE OLHO EM 2016 Na última seção De Olho em 2016 do ano, acompanhe as ativações feitas pelo Bradesco durante o Super Desafio BRA de Beach Rugby, na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro. O evento, que encerrou a temporada de 2015 do rúgbi brasileiro, contou com a presença da tocha olímpica, além de celebridades do mundo esportivo. Além, claro, de muitas ações para o público presente na arena montada no Rio. Giovani, Gustavo Borges, Otaviano Costa, Maria Esther Bueno, Bia e Branca Feres no evento Torcedores fizeram fila para tirar uma foto ao lado da tocha olímpica do Rio-16 Bradesco distribuiu artefatos para a torcida que compareceu na arena em Ipanema 5

6 OFERECIMENTO: DE OLHO EM 2016 Entre as mulheres, a taça do Super Desafio BRA ficou com a seleção brasileira de Seven Gustavo Borges, medalhista da natação, simula a jogada típica do rúgbi, o tackle Torcedores uniformizados tocam bateria para animar a torcida presente na arena 6