Após 20 anos, CBF tira controle de beach soccer da Koch Tavares

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2015 NÚMERO DO DIA 50 mi foi o valor pago, em 2011, para um grupo de empresários americanos comprarem a Roma EDIÇÃO 275 Após 20 anos, CBF tira controle de beach soccer da Koch Tavares POR DUDA LOPES A história do futebol de areia no mundo está inteiramente entrelaçada com a agência Koch Tavares, que praticamente criou o esporte nos anos 80, no Rio de Janeiro. Mas, desde ontem, a CBF deu entrada ao divórcio nessa relação. A entidade oficializou a Confederação de Beach Soccer do Brasil (CBSB) como gestora da modalidade no país, desconsiderando a existência da Confederação Brasileira de Beach Soccer (CBBS). A mudança faz parte de uma briga política que envolve o futebol de areia desde o ano passado, quando a CBF já havia tentado destituir a CBSB, mas teve o plano frustrado na Justiça. Agora, a entidade alterou seu estatuto, conferindo a ela poderes plenos para designar a entidade que seria a representante do futebol de areia e ainda do futsal. Isso causou uma situação esportiva inusitada. No dia 8 de junho, a Koch Tavares havia anunciado a pré-convocação da seleção para a Copa do Mundo da Fifa, em julho. Ontem, sob o comando da CBSB, o time nacional teve uma nova pré-convocação, com um novo técnico. O site da Fifa, porém, ainda traz reportagem com Alexandre Soares, ainda considerado treinador responsável pela equipe. A Fifa, porém, já aceitou as mudanças promovidas pela CBF. Ainda que a Koch tenha perdido a administração da seleção, a gestão comercial do time permanece com a empresa. Hoje, a seleção mantém contratos de patrocínio com Itaú, Chevrolet e Nike, todos fechados pela Koch Tavares, mas que também patrocinam a CBF. O futebol de praia, com as regras atuais, foi uma criação da agência com a Globo, ainda em Um Mundialito foi feito naquele ano, com apoio da emissora. Foi a Koch Tavares também que levou o esporte à Fifa e que fez em 2005 o primeiro Mundial reconhecido pela entidade. Em nota, o presidente da CBSB, Rodrigo Royo, comentou a situação: Este é o momento de união das federações e de todos os que fazem o beach soccer no Brasil. A Koch Tavares afirmou que não iria se pronunciar sobre o caso neste momento, enquanto a CBF não atendeu à reportagem. 1

2 Política insiste em atrapalhar o ambiente do esporte DA REDAÇÃO POR DUDA LOPES gerente de novos negócios da Máquina do Esporte O mundo dos esportes seria perfeito se toda sua estrutura fora idônea, longe de outros interesses que não fossem os valores que o tornam tão fascinante. Nenhum mundo, no entanto, é perfeito. E não há por que o esporte ser uma exceção. A Fifa está aí para não nos deixar esquecer: esse é um ambiente sujo. O esporte é uma ferramenta política e, por isso, os interesses escusos insistem em existir. Muitas vezes, eles atropelam aqueles que batalham pela sua construção. Atletas, agências, patrocinadores, mídia. Todos os pilares já foram vítimas de manobras que não visaram o desenvolvimento de uma modalidade. Essa é uma característica cruel que os agentes deste meio têm que ponderar quando pensam em posicionar as peças de seus investimentos. E que sempre aparece como um peso contrário quando a comparação envolve concorrentes. Um grande festival de rock está sujeito, claro, às mesmas manobras políticas, mas, aos olhos públicos, isso é muito menos frequente. Dá para supor, com alguma segurança, que o Itaú se sente mais confortável ao investir no aporte máster do Rock in Rio, comparado ao seu investimento na Copa do Mundo. Roberto Medina nunca apareceu algemado no Jornal Nacional. O problema é que a Copa do Mundo ainda tem capacidade de trazer um retorno muito maior. Até quando? é a pergunta que algumas marcas terão que fazer para se manter nesse ambiente. Isso, claro, considerando as que não têm os mesmos interesses escusos. Às vezes, não há como não desanimar. Mas passa. Em meio à crise, CBF contrata diretor de comunicação do Palmeiras POR REDAÇÃO Em meio a uma das maiores crises de sua história, a CBF acertou a contratação de um novo diretor de comunicações. O jornalista Fernando Mello, que exercia a função no Palmeiras, foi confirmado no cargo após reunião com o presidente da confederação, Marco Polo del Nero. Apesar do vínculo com a CBF, a Press FC, empresa que tem Mello como sócio, seguirá responsável pela comunicação do clube paulista. Mello terá como primeiro desafio gerenciar a crise instaurada na confederação, que viu a prisão do vice-presidente José Maria Marin, acusado de receber propinas por contratos de Copa do Brasil e Copa América. Segundo as investigações do FBI (polícia federal dos EUA), há indícios de que Del Nero também estaria envolvido no esquema. O cargo estava sem um titular desde a demissão de Rodrigo Paiva, logo após a Copa do Mundo de Mello foi titular da coluna Painel FC do jornal Folha de S.Paulo. Passou a atuar na área corporativa quando assessorou o presidente da MSI, Kia Joorabchian, que firmara parceria com o Corinthians. O dirigente foi investigado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Mello também foi diretor de comunicação do Clube dos 13, até 2012, quando a entidade ruiu. 2

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4 POR REDAÇÃO MRV fecha com Bahia para ampliar alcance no Nordeste O Bahia entrou em campo com um novo patrocínio máster estampado na camisa no último fim de semana. A MRV Engenharia, que já possuía um acordo semelhante com o Atlético Mineiro, fechou contrato com o clube de Salvador até dezembro de Em anúncio no Twitter, o presidente do conselho de administração da MRV, Rubens Menin, justificou o investimento: A Região Nordeste representa 25% mercado da MRV Engenharia e o marketing esportivo é importante para incrementar a marca e os negócios na região, disse. Esse, na verdade, não é o primeiro investimento no esporte da região. Há três anos, a empresa fechou um contrato com o Sport. Hoje, além do Atlético Mineiro e do Bahia, a construtora mantém investimentos em equipes menores do futebol brasileiro, como o Macaé (RJ) e o Comercial (MS), ambos para fortalecer a marca no mercado local. Para o Bahia, a MRV fecha o ciclo de patrocinadores no uniforme do time. Além da MRV, Penalty, Canaã, Guara Mix, 99 Taxis, Tim e Unimed estão na camisa baiana. Em conversa com a Máquina do Esporte, o marketing do clube confirmou que só haverá uma nova marca caso chegue uma proposta muito vantajosa. A MRV, por sinal, dá força a Jorge Avancini, executivo de marketing conratado pelo clube no início deste ano. Avancini deixou o Internacional com objetivo de atrair novas empresas à agremiação baiana. Mesmo na disputa pela Série B do Campeonato Brasileiro, o clube tem fechado uma série de patrocínios neste ano. 4

5 Roma aguarda aprovação para estádio que custará R$ 5 bilhões POR REDAÇÃO Desde que foi vendida para um fundo americano, em 2011, que a Roma tenta tirar do papel o projeto de um novo estádio para o clube, que atualmente joga no Stadio Olimpico, de propriedade estatal. Na última segunda-feira, a equipe italiana deu o último passo que faltava para tirar do papel o projeto. Os documentos para aprovação da prefeitura foram entregues pela agremiação. Se aprovado, o Stadio Roma vai custar 1,5 bilhão de euros (cerca de R$ 5,3 bilhões). O projeto inclui a construção do estádio e outras obras de infraestrutura no local, que ficará mais afastado do centro de Roma, mas de acesso facilitado pelo transporte público. Tivemos o desafio de fazer o melhor projeto, e eu acredito que fizemos tudo que podíamos para fazer do Tor di Valle-Stadio dela Roma seguro, conectado e um epicentro sustentável, que permitirá um jeito melhor de se viver na cidade e o desenvolvimento econômico na região, disse James Pallotta, presidente do clube. Segundo projeções da Roma, que já investiu 55 milhões de euros no projeto, as obras do estádio vão gerar 12 mil empregos e desenvolver um novo polo econômico na cidade. O estádio será para torcedores, podendo ser expandido a 60 mil pessoas. A intenção da Roma é de que o estádio fique pronto até 2017, para ser usado a partir da temporada de , em dois anos. O projeto do clube é inspirado no que fez a Juventus, que em 2011 inaugurou um estádio moderno e passou a dominar as receitas de bilheteria na Itália. Caso o projeto seja aprovado, a Lazio deverá ser a única equipe a jogar no Stadio Olimpico, que foi projetado para a Copa de Projeto é batizado de Novo Coliseu A inspiração dos arquitetos do novo estádio da Roma é o Coliseu, famosa arena erguida durante o Império Romano para lutas entre gladiadores. Para o ídolo e camisa 10 do time da Roma, Totti, o estádio é um Coliseu Moderno. A nossa Roma terá um estádio que a representará no mundo, como a nossa história merece. Será o nosso Coliseu moderno, onde todos os nossos torcedores e atletas poderão ver um espetáculo com uma estrutura de vanguarda, disse Totti, que não deverá jogar no local. Trata-se de uma obra estratégica não só para o mundo do esporte, mas para a cidade inteira, disse o prefeito de Roma, Ignazio Marino. 5