Premiação de melhores do ano expõe nova realidade da Fifa

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 12 DE JANEIRO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 6 mil é o salário mensal de Wendell Lira, do Vila Nova (GO), autor do gol mais bonito de 2015 EDIÇÃO 418 Premiação de melhores do ano expõe nova realidade da Fifa POR ADALBERTO LEISTER FILHO A gala e o glamour do prêmio Bola de Ouro são os mesmos. Mas a premiação de melhor jogador do mundo, realizada ontem pela Fifa, em Zurique (Suíça), não teve a presença de importantes figuras que comandavam o futebol mundial até bem pouco tempo. Presidente da entidade durante 17 anos, Joseph Blatter cedeu o posto de anfitrião da festa para Issa Hayatou, presidente interino da Fifa até a eleição em fevereiro. Como forma de gerir a crise de imagem da Fifa, o dirigente camaronês foi um personagem secundário na premiação. Já Blatter sempre buscava os holofotes e abusava dos improvisos no palco. Assim, os jogadores foram finalmente os protagonistas da festa, que foi transmitida para mais de 190 países, de acordo com a Fifa. No palco, Lionel Messi conquistou pela quinta vez o prêmio de melhor jogador da temporada. Cristiano Ronaldo e Neymar completaram o pódio da festa, que no Brasil foi marcada pela conquista de um outsider. Wendell Lira, do Vila Nova, conquistou o prêmio Puskas de gol mais bonito da temporada, recolocando o Brasil no mapa de premiação da Fifa. O último brasileiro premiado havia sido Neymar em 2011, por gol contra o Flamengo na época em que ainda era jogador do Santos. Blatter, por sua vez, não teve o que festejar. Suspenso, ele nao foi à cerimônia, assim como Michel Platini, ex-presidente da Uefa, e Jérôme Valcke, o poderoso ex- -secretário-geral da federação. Mas a Fifa não blindou a própria crise. Hayatou foi interpelado pela imprensa sobre o atual momento da Fifa logo no início do prêmio. As federações e membros da Fifa irão eleger o novo presidente e vão ter a chance de aprovar algumas reformas que irão permitir mudanças em nossa entidade. Na entrevista coletiva com os três finalistas pré-prêmio, Cristiano Ronaldo foi o único a falar sobre a crise de corrupção na Fifa. Em geral, a crise e a corrupção não são boas no futebol e na vida. Somos jogadores profissionais, jogamos todas as semanas, treinamos todos os dias e é nisso que estamos concentrados. O melhor seria não haver corrupção, disse. 1

2 CBF e Fifa mostram o modo antagônico de promover evento POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte Ontem foi o dia de dois eventos no futebol. Na Fifa, o melhor jogador do mundo foi eleito. Na CBF, o sorteio da Copa do Brasil, o maior torneio nacional, foi realizado. Mas só um deles recebeu ampla atenção dos torcedores e da mídia. Na verdade, a criação de um evento por parte da CBF é uma vitória, visto que há pouco tempo isso não era uma preocupação. Mas a própria data do evento já demonstra o total descaso com o potencial produto. Realizada em paralelo com a Bola de Ouro, houve pouquíssima atenção ao sorteio da CBF. Com o evento da Fifa definido havia meses, era fácil evitar o erro. A primeira aparição da Continental como patrocinadora máster do torneio foi, portanto, discreta. Em época ainda sem temporada, esse deveria ser um momento importante para a Copa do Brasil. A Fifa, com a Bola de Ouro, mostrou o quão importante é um evento bem estabelecido. A festa foi exibida no mundo todo, em cerimônia de gala na noite europeia. Estar no teatro cheio de craques passou a ser um dos sonhos de consumo do futebol. O evento só chegou nesse nível graças ao trabalho de duas décadas em reforço desse momento como algo grandioso no futebol mundial. Na CBF, a cara de improviso sempre reduz a importância do encontro. O sorteio lembrou o evento do Paulistão de 2013 que, entre outras aberrações, houve erros grosseiros de ortografia no nome das equipes. Basicamente, novos eventos é salutar aos negócios do esporte. Mas, infelizmente para a CBF e para o Brasil, fazê-los de qualquer maneira fica longe do suficiente. Com futebol do Haiti, Omega reafirma conceito social pré-olimpíadas POR PRISCILA BERTOZZI A Copa São Paulo de Futebol Júnior teve como grande atração na primeira fase a participação do Pérolas Negras, time com alguns atletas vindos do Haiti. A viagem foi bancada pela Omega, cronometrista oficial dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, e faz parte da contagem regressiva aos eventos. Como parte do nosso projeto de contagem regressiva social, faz total sentido apoiar o sonho destes jovens em situação de vulnerabilidade e fornecer a eles a estrutura necessária para um novo futuro aqui no país do futebol, diz Rodrigo Ortiz, gerente de marca da Omega no Brasil. A relojoaria é parceira do Viva Rio para ações que fortalecem o crescimento socioeconômico e educacional da cidade olímpica. Com base neste conceito, a empresa optou por uma contagem regressiva social, beneficiando projetos, espaços comunitários e centros educacionais no Rio. Localizada na região de Bom Repos, ao norte de Porto Príncipe, a Academia Pérolas Negras é o ponto fora da curva no projeto. Os atletas chegaram ao país no dia 31 de dezembro e terão uma filial da entidade no país com o apoio da Omega, que comprará materiais esportivos e equipamentos para o novo centro de integração e formação de jovens imigrantes. A marca ainda doará ao projeto U$$ 0,16 por foto publicada nas redes sociais com um coração e uso da hashtag #omegavivario. 2

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4 Oi reforça aporte no surfe e faz acordo de 3 anos com Medina POR REDAÇÃO Gabriel Medina continuará com patrocínio da Oi por mais três anos. A companhia, com isso, reforça as ações feitas no surfe, esporte que foi abraçado pela marca desde 2014, quando a Oi fechou o primeiro patrocínio ao atleta, justamente na temporada na qual ele ganhou o Mundial. Desde então, o envolvimento da marca com o esporte aumentou. No ano passado, fechou patrocínio com mais três surfistas: Filipe Toledo, Silvana Lima e Adriano de Souza, o Mineirinho, atual campeão do mundo, título ganho no Havaí em dezembro. Além disso, a Oi patrocinou a etapa brasileira do circuito mundial, além de viabilizar o retorno de um torneio nacional de surfe. O acordo com Medina é inédito, representando a mais longeva parceria firmada pela empresa em patrocínio esportivo. A tendência é que o rosto do surfista seja ainda mais usado pela marca em campanhas. Em maio de 2015, Medina foi apresentado como novo integrante do time de conselheiros da Oi, programa que oferece dicas diárias de especialistas em diversos temas. O campeão mundial de surfe é o primeiro atleta a fazer parte do grupo. O conteúdo é feito em parceria com a Titans, responsável pelo programa Mundo Medina no canal OFF, mas supervisionado por ele. Gabriel Medina é também o principal rosto do lançamento do 4G no plano Oi Galera, voltado para o jovem. A proximidade a esse público é a meta nas ações. Medina tem mais de 2,7 milhões de seguidores no Instagram, mais de 1,1 milhão de curtidas em sua fanpage oficial no Facebook, e outros 158 mil seguidores no Twitter. Por audiência, Copa Davis estuda fazer fase final Em busca de melhorar a audiência das competições, o presidente da ITF (Federação Internacional de Tênis), David Haggerty, propõe que a definição do vencedor da Copa Davis e da Fed Cup (feminina) aconteça em um final four. O dirigente disse que os mata-matas são úteis nas primeiras rodadas, mas estuda a mudança de formato na fase final, quando haveria uma semifinal e final por uma semana, em quadra neutra. No atual formato, 16 países disputam a Copa Davis, enquanto oito nações jogam a Fed Cup. A ideia de Haggerty é que haja a disputa das semifinais de segunda-feira à quarta. A quinta seria dia de descanso. A decisão seria de sexta a domingo. A ideia do dirigente ganhou o apoio de Novak Djokovic, número um do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais). Tenho falado neste formato há anos. É preciso mudar, não há dúvida. Nos últimos anos, muitos grandes jogadores não têm jogado a Davis por causa do calendário, afirmou o sérvio, que ainda foi além. O formato de um Campeonato Mundial de tênis me atrai mais. Apesar de saber que isso não ajuda a todos, já que muitas federações obtêm sua principal arrecadação ao disputar as eliminatórias da Davis em casa, ponderou o tenista. 4

5 Com Vivo, CBF segue clubes e abre Centro de Treinamento POR DUDA LOPES A Confederação Brasileira de Futebol lançou uma ação para os torcedores terem uma experiência no centro de treinamento da entidade, na Granja Comary. Essa será a primeira vez que a Granja será aberta à torcida. A ação tem patrocínio da Vivo, que mantém aporte à confederação, e apoio da Gatorade e do hotel Windsor Marapendi. O hotel, inclusive, será usado para a hospedagem dos torcedores. Para a patrocinadora principal, a Vivo, a ação será usada para ativar o programa de fidelidade Vivo Valoriza. A empresa poderá chamar 11 clientes, que deverão ter mais de 80 mil pontos na iniciativa para poder participar. O primeiro dia da ação haverá um jantar com três ex-jogadores da seleção brasileira: Vampeta, Careca e Müller. No dia seguinte, os participantes irão à Granja Comary para ter a experiência de um jogador de futebol, com direito à preleção, jogo e até mesmo coletiva de imprensa. No terceiro dia, haverá uma visita ao museu da CBF, na sede da entidade. Para participar, no entanto, é preciso fazer alto investimento. Há dois pacotes: um de R$ e outro de R$ Desde sexta- -feira, apenas 12 reservas haviam sido fechadas, segundo a CBF. A iniciativa da entidade é uma novidade. A origem dela é nas diversas ações que têm sido feitas por clubes do país, que têm usado de forma comercial suas estruturas, especialmente novos estádios e centros de treinamento. No último ano, times como Corinthians, Grêmio e São Paulo abriram as portas a torcedores. O projeto é feito em parceria com a G6, mesma empresa que é responsável pelos pacotes turísticos de diversos clubes de futebol do país, como São Paulo, Palmeiras e Corinthians, entre outros. O negócio, para a CBF, procura aproximar a seleção do torcedor. Cruzeiro reforça Time do Povo com eleição de ônibus O time do Cruzeiro andará de ônibus novo nesta temporada, e o torcedor é que poderá escolher o desenho do veículo. Cedido pela Volkswagen, há duas opções para cruzeirense: com uma raposa de perfil ou de frente. Em ambos os casos, há a inscrição Time do Povo, alcunha que a diretoria do Cruzeiro tem reforçado desde o fim de Obviamente, a cor predominante nos dois ônibus é o azul, que idêntica a equipes de Minas Gerais. A eleição será feita por meio da conta oficial de Twitter do clube mineiro, em processo que já se encerra nesta terça-feira. O novo veículo será entregue apenas no próximo mês de março. 5