FPF muda estatuto, limita reeleição e dá peso maior à elite

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2016 NÚMERO DO DIA 1 bilhão De telespectadores a ATP espera reunir em seus torneios durante a temporada de 2016 EDIÇÃO 425 FPF muda estatuto, limita reeleição e dá peso maior à elite POR ADALBERTO LEISTER FILHO A Federação Paulista de Futebol alterou as regras eleitorais da entidade após reunião na quarta- -feira. A partir de agora, haverá apenas uma reeleição. Os candidatos à presidência terão que ter idade mínima de 35 e máxima de 75 anos para participar do pleito. Nós queremos que alguém chegue com alguma experiência para dirigir a entidade. E que, na idade máxima, chegue com força total, com vontade de realizar, e evitar que o futebol paulista tenha algum prejuízo, diz Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF. As novas regras são uma adequação do estatuto da federação ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro), lançado pelo governo federal, que impede dirigentes de se perpetuarem no poder. Há uma dúvida se a alteração no estatuto atingiria Carneiro Bastos. O dirigente assumiu em 2015, no lugar de Marco Polo Del Nero, eleito para comandar a CBF. Teoricamente, teria o direito de lançar candidatura em 2018 e buscar a reeleição em Se eu me candidatar e me reeleger é porque os clubes querem. Não porque fiz uma eleição secreta. Preciso sentar na cadeira com apoio, afirma o dirigente. Digo que seria bom se tivesse outro candidato. Nos faria mais forte na cadeira ganhando uma eleição. Se tiver mais de um candidato, as coisas ficam mais fortalecidas, mais transparentes. Outra mudança significativa na eleição foi a diferenciação entre os clubes de diferentes divisões. A partir da próxima eleição, clubes que estão na Série A1 terão peso 6 no pleito. Os clubes da A2 valerão 4 votos. A Série A3 terá peso 2. Já as agremiações da Segunda Divisão, que na prática é a quarta, e das ligas terão valor um. A importância do voto é proporcional à da divisão. A Série A1 gera a maioria dos nossos recursos financeiros, que pagam a Segunda Divisão, as ligas e a Série A3. Quem faz a roda girar tem que ter poder maior para decidir, completa Carneiro Bastos. 1

2 Futebol conhece desafios comuns a empresas nas redes POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte O futebol tem tido que enfrentar o lado negativo das redes sociais. Nos últimos anos, os clubes aprenderam que elas não deveriam ser apenas um canal oficial, mas um meio extra de entretenimento e aproximação de seus fãs. Como resultado, uma enorme popularidade e alguns momentos em que choveram críticas. Na verdade, entre empresas, esse é um cenário antigo. Por mais complexa que seja a produção de um conteúdo online, a relação dos consumidores não é a mesma de um clube de futebol. A interação que acontece, em maioria, está relacionada a críticas a um produto ou serviço. No futebol, o serviço fica à parte da comunicação institucional. O torcedor pode ter tido problemas com seu ingresso, mas fica compelido a usar as redes para exaltar sua paixão. O entrave aparece quando esse sentimento não é respeitado. Na última semana, os dois clubes de maiores torcidas no Brasil tiveram que se retratar após manifestação em massa de seus fãs nas redes sociais. Ainda que a origem do problema tenha sido distinta, a resposta foi igualmente problemática. O Flamengo teve que colocar uma nota oficial que contestava o maior patrocinador do clube porque parte da torcida não gostou de um vídeo promocional. E o Corinthians teve que fazer uma coletiva de imprensa nos Estados Unidos para justificar a saída de um jovem jogador em uma troca com o Cruzeiro; os seguidores do time nas redes não perdoaram a negociação pouco comum. As redes sociais são mais um meio em que o esporte mantém regras próprias. E é preciso entendê-las. Federação testa popularidade de Copa São Paulo com ingressos altos POR DUDA LOPES A rodada da semifinal da Copa São Paulo de Júnior colocará em xeque a capacidade da competição em atrair público aos estádios. Os dois jogos serão disputados em estádios modernos, com ingressos que partem de R$ 30. Até então, a entrada para o torneio era gratuita, com a exceção da final. Com ingresso liberado, uma partida entre São Paulo e Rondonópolis, na rodada anterior, terminou com cenas de violência. O estádio de Mogi das Cruzes recebeu sua lotação máxima. Com os portões fechados, os torcedores que ficaram fora entraram em confronto com a Polícia Militar. Agora, não haverá estádios acanhados e os ingressos não serão baratos. O Corinthians resolveu utilizar a data para abrir sua arena em Itaquera. A partida contra o Cruzeiro, na sexta-feira, terá dois setores do estádio abertos. Quem quiser ver o jogo atrás de um dos gols pagará R$ 30 pela entrada. No setor leste inferior, mais nobre, a entrada será de R$ 50. Essa, aliás, será a segunda vez que o time júnior do Corinthians joga no estádio. Na decisão do Campeonato Paulista Sub-20 de 2015, o clube tomou a mesma atitude, com os mesmos preços. Quase 12 mil pessoas estiveram presentes na decisão contra o Santos. Na outra chave estarão Flamengo e América- -MG. Na Arena Barueri, o torcedor terá que pagar no mínimo R$ 30 para assistir à partida, que deve ter dificuldade para lotar o estádio paulista. 2

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4 POR DUDA LOPES Panasonic divide atletas e Fernanda Lima em campanha A Panasonic lançará duas campanhas publicitárias paralelamente entre esta e a próxima semana, ambas com os Jogos Olímpicos de fundo. A empresa irá separar seus atletas patrocinados de sua embaixadora Fernanda Lima, que também será usada para ativar o aporte ao COI para o Rio Na quarta-feira, entrou no ar os vídeos com Fernanda Lima focados na linha branca da empresa. Nos filmes, a modelo e apresentadora brinca com uma empregada doméstica e faz atividades cotidianas em forma de práticas esportivas, entre basquete, esgrima e ginástica rítmica. Nas cenas, aparelhos como geladeiras e lavadoras de roupas são exibidos. Já os atletas ficarão incumbidos de outra função: eles farão a comunicação institucional da Panasonic. A campanha com eles será lançada na próxima segunda- -feira, primeiramente com as jogadoras de vôlei Juliana e Maria Elisa. Depois, será a vez do nadador Felipe França entrar em cena, literalmente. A compra de mídia também será separada. Fernanda Lima aparecerá em intervalos da GNT, canal da GloboSat focado no público feminino. Já os atletas, que aparecerão no comercial na torcida pelo Brasil com camisas da Panasonic, estarão no noticiário SportsCenter, da ESPN. Neste início de ano, começam a surgir mais comerciais televisivos com o tema olímpico. Nesta semana, a Unicred já havia lançado propaganda com o nadador César Cielo. Ainda neste mês, a Bradesco Seguros, patrocinadora local dos Jogos, anunciou nova campanha com o evento, chamada de Vai Brasil... Vai Você. Nestlé terá Nesfit como apoiadora de time de vôlei A Nestlé adotará a marca Nesfit para ser apoiadora ao time de vôlei de Osasco. O aporte deve se manter no restante da temporada 2015/2016. O nome da equipe, por outro lado, não deve ser alterado, mantendo a nomenclatura Vôlei Nestlé. Em junho passado, a empresa afirmara que não usaria mais a marca Molico para focar no uso institucional da Nestlé com o esporte. Desde então, é essa marca que tem sido usado para a equipe. Na época da mudança, a justificativa era a possibilidade de o time ser usado para ativar diversas marcas da Nestlé durante o segundo semestre. Uma delas foi justamente a Nesfit, em uma ação especial em dezembro. Agora, na condição de apoiadora, a marca ficará fixa com a equipe para qualquer ação de marketing nos próximos meses. Em nota enviada à imprensa, a empresa justificou a decisão: Nada mais apropriado para um time de vôlei feminino do que uma marca que valoriza a individualidade da mulher. A empresa afirma também que levará os conceitos de vida equilibrada e positividade para o dia-a-dia das atletas do time ao longo de toda a temporada. A iniciativa compõe o planejamento anunciado em 2015, de focar patrocínios a bem-estar e saúde. O vôlei é parte da ativação Família + Ativa. 4

5 Governo publica regulamento de agência fiscalizadora POR ADALBERTO LEISTER FILHO O decreto de regulamentação da Autoridade Pública de Governança do Futebol (APFut) foi publicado nesta quarta-feira (dia 20) no Diário Oficial da União. O órgão será composto por nove membros que serão responsáveis por fiscalizar se as entidades que aderiram ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) estão cumprindo as contrapartidas exigidas pela lei. As penalidades vão desde advertência até a exclusão do Profut. Se no regulamento da competição consta que o clube excluído do programa, ou que não cumprir as contrapartidas não poderá participar da competição, é a federação que vai rebaixar o clube. Existe esta possibilidade dentro do Estatuto do Torcedor, explica Rogério Hamam (foto), secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, órgão vinculado ao ministério do Esporte. A comissão é composta por membros de diferentes ministérios. Dois do Esporte, um do Trabalho, um da Fazenda, além de um jogador profissional, um dirigente de clube, um técnico, um árbitro e um representante de entidade de fomento ao futebol. O trabalho não será remunerado e cada membro do Plenário da APFut exercerá a função por três anos, podendo seguir por mais três. Os membros da APFut terão 90 dias para formular um regimento interno do órgão. O grupo receberá denúncias de atletas, entidades, sindicados, Ministério do Trabalho e outras associações. Também pode investigar casos noticiados pela imprensa. Em caso de descumprimento das obrigações do Profut, a APFut avisará o órgão responsável por aplicar sanções que vão de advertência à exclusão do programa. O lançamento da agência reguladora do futebol foi realizado na terça-feira, em solenidade no qual a Caixa anunciou o patrocínio máster de camisa para dez clubes do futebol brasileiro. Rio-2016 espera arrecadar R$ 1 bilhão com licenciados O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-2016 divulgou que espera conseguir um faturamento de R$ 1 bilhão com a venda de produtos licenciados. Até o momento, foram fechados 58 contratos com empresas. O case de maior sucesso até o momento são as Havaianas com o logo do Rio Após três meses do lançamento já foram vendidos 500 mil pares, afirmou Mario Andrada, diretor executivo de comunicações do Comitê Rio Segundo ele, as vendas estão até o momento 15% acima do esperado. A loja oficial com maior faturamento é a do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, que vende 20% acima da expectativa. 5