Patrocinador se candidata à Fifa e critica Blatter e Platini

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 31 DE JULHO DE 2015 NÚMERO DO DIA 225 mi irá receber o Milan através de acordos comerciais e direitos de TV na próxima temporada EDIÇÃO 308 Patrocinador se candidata à Fifa e critica Blatter e Platini POR PRISCILA BERTOZZI O sul-coreano Chung Mong- -Joon anunciou nesta quinta-feira (30) sua candidatura à presidência da Fifa. A eleição será em 26 de fevereiro de O detalhe é que Mong-Joon é acionista majoritário da Hyundai, uma das patrocinadoras da categoria premium da entidade, ao lado de Adidas, Coca-Cola, Gazprom e Visa. O vínculo da montadora com a Fifa vai até 2022, e o executivo não esclareceu se sua pretensão de assumir o lugar de Joseph Blatter terá consequência sobre o acordo. Durante estes quatro anos, espero realizar o meu programa e fazer da Fifa uma verdadeira organização não-governamental desportiva, aberta, transparente, moral e ética, diz a nota assinada pelo sul-coreano. O anúncio ocorreu um dia após o francês Michel Platini oficializar sua candidatura. O presidente da Uefa foi chamado de marionete indigna de confiança pelo dono da Hyundai, que não economizou nas críticas aos principais dirigentes do futebol mundial. Platini é bom para o futebol, mas pode ser um bom presidente da Fifa? Penso que não. Ele é um produto do atual sistema. Blatter é uma espécie de canibal que come os seus pais e depois chora por estar órfão. Ele culpa todos, exceto ele próprio, criticou. A acidez nos comentários contrasta com o tom polido adotado na nota oficial da montadora após o estouro do escândalo de corrupção que levou sete dirigentes à prisão na Suíça, em maio, e culminou na renúncia de Blatter quatro dias após a eleição. Como uma companhia que dá máxima prioridade às normas éticas e à transparência, a Hyundai Motor está extremamente preocupada com os procedimentos legais que estão sendo tomadas contra os executivos da Fifa. O prazo para inscrição é 26 de outubro. Zico afirmou que pretende concorrer, assim como o príncipe Ali Bin Al Hussein, opositor de Blatter nas eleições de maio. 1

2 Até quando o patrocinador pode colocar o dedo na ferida? POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Duas notícias chamam a atenção no Boletim de hoje. A primeira, que está na capa, é a candidatura do dono da Hyundai à presidência da Fifa, com direito a chamar o atual presidente da entidade de canibal. A outra, que está na página 4, é a entrevista com o dono da Vitton 44, patrocinadora do Fluminense que detonou o clube por fechar o treino de Ronaldinho Gaúcho no clube. Até onde vai o poder do patrocinador de detonar o seu patrocinado? De que forma ele pode colocar o dedo na ferida e expor que a relação não é tão bonita quanto parece? Para quem trabalha no esporte, não é segredo que a relação de um patrocínio é conflituosa. Gerenciamento de egos e crises são comuns e, em muitos casos, rotina diária. Mas o patrocinador pode ir a público para colocar o dedo na ferida? Criticar um patrocinado, muitas vezes, soa como hipocrisia para uma marca. A questão mais simples que surge do consumidor que não tem muito vínculo com o meio é: Se ela reclama, por que está junto?. Muitas vezes essa é a única alternativa para que o patrocinado baixe a bola em alguma questão. Mas, quase sempre, a exposição pública é ponto de partida para levar a uma situação que é o maior temor dentro de uma relação de patrocínio: a rejeição do púbico à marca. O fã da propriedade apoiada é fiel a quem ele admira, e não a quem apoia o patrocinado. Sendo assim, o patrocinador tem de jogar na defensiva e evitar expor publicamente uma insatisfação com o seu patrocinado. Os dois casos vistos no Boletim de hoje são a exceção, nunca a regra. Reebok amplia participação no UFC e patrocina brasileiro pela primeira vez POR REDAÇÃO Patrocinadora do UFC desde o final do ano passado, a Reebok decidiu ampliar a estratégia da marca no segmento de lutas. A fabricante de material esportivo anunciou um patrocínio ao lutador brasileiro Jacaré, apontado como um dos principais nomes da nova geração de brasleiros que disputam a principal liga do MMA. O Jacaré é um dos melhores representantes do Brasil no UFC. Ele é rápido, vibrante, tático e o melhor lutador de jiu-jitsu do mundo. E ainda se enquadra perfeitamente na estratégia da marca, afinal ele é inspiração para milhões de fãs, afirmou Michael Lunardelli, diretor sênior de negócios da Reebok Combat Training, divisão criada para cuidar do patrocínio às lutas. O aporte ao brasileiro é o início da atuação mais forte da Reebok para o mercado nacional, um dos principais dentro do universo do UFC. Além disso, é uma forma de a marca se posicionar para frear as críticas recentes feitas por outro expoente do país, o campeão José Aldo. Em entrevista no mês de maio, Aldo criticou o acordo do UFC com a Reebok, que tem impedido os atletas de terem um fornecedor pessoal estampado no uniforme durante as lutas. Ele não tem nenhum patrocínio pessoal, mas diz que o negócio o impede de encontrar um. Com o negócio com Jacaré, a Reebok aposta no novo rosto do UFC no país, abalado desde o doping de Anderson Silva. Jacaré tem cinco vitórias até agora em cinco lutas disputada.

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4 Treino fechado do Fluminense irrita dono da Viton 44 POR DUDA LOPES Um treino do Fluminense com Ronaldinho em campo tirou o dono da Viton 44 do sério. Isso porque o clube fechou as portas da Laranjeira para imprensa e para os torcedores. Neville Proa, que comanda a empresa, não gostou nem um pouco da medida de seu time patrocinado. É um absurdo fechar o treino para as pessoas. Estamos em um país democrático, e não em um país comunista, esbravejou o executivo à Máquina do Esporte. A irritação aconteceu pelo momento de grande visibilidade perdido. Eu estou no esporte exclusivamente para levantar minha marca, justificou Proa. Apesar da irritação do executivo, ele garante que as relações com o Fluminense são boas. A Viton 44 fechou com o clube carioca no fim de 2014 e se tornou a primeira marca no uniforme do clube desde a oficialização da saída da Unimed. Ainda assim, Proa tem ponderado a permanência da Viton 44 no esporte pelo momento econômico vivido pelo Brasil. Eu sou oficial do exército. Eu fico puto com esse país, com esse governo, comentou. Além do Fluminense, a Viton 44 patrocina Flamengo, Vasco e Volta Redonda. Neville Proa deixou claro que não tem nenhuma intenção em romper os acordos, mas tem ponderado fazer renovações em Se suas marcas perderam visibilidade no treino, deverão ganhar no próximo sábado. O clube confirmou a estreia do jogador contra o Grêmio, no Maracanã. Clubes de SP apostam em licenciados para obter verba Esta semana, dois clubes do interior de SP mostraram uma alternativa de sobrevivência no futebol com o orçamento apertado: produtos licenciados. Dois quinzes do Estado, o XV de Piracicaba e o XV de Jaú, resolveram divulgar novas possibilidades de compra para os seus torcedores. A equipe de Piracicaba, que jogará a Copa Paulista, resolveu fazer um desfile público para apresentar suas novas vestimentas. Em um shopping da cidade, modelos de camisa de viagem, agasalho e modelos feminino e infantil serão exibidas dentro das Lojas Americanas, nesta sexta-feira. A campanha faz parte do anúncio do novo fornecedor de uniforme, a Super Bolla, que fechou contrato de três anos. O acordo inaugurou a divisão de licenciamento de merchandising do XV de Piracicaba, focada em levantar uma nova receita ao clube, só com royalties de produtos oficiais. Em Jaú, o XV não conseguiu jogar a Série B1 do Paulista. Para mudar a situação, apostou em uma agência local para reestruturar o marketing. Um novo site foi criado para funcionar como plataforma de comércio eletrônico. Produtos como camisas, canecas e até uniforme retrô estão sendo vendidos. Com a verba, a direção do time espera voltar ao torneio paulista no ano que vem. 4

5 Pan de Toronto gera liderança para Sportv na TV fechada POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Sportv comemorou bons índices de audiência durante as transmissões dos Jogos Pan- -Americanos de Toronto, que foram encerrados no último domingo. Segundo dados obtidos com exclusividade pela Máquina do Esporte, a emissora conseguiu vantagem de 96% sobre a segunda colocada, na TV por assinatura, durante a final do vôlei feminino, disputada no sábado à noite. Em quadra, o Brasil perdeu para os EUA, por 3 sets a 0, mas o canal, que teve a exclusividade do evento entre as emissoras fechadas, manteve a segunda posição no universo das TVs por assinatura, atrás somente da Globo. Na TV aberta, a exclusividade foi de Record e Record News. Segundo o Sportv, 22 milhões de pessoas foram impactadas pela transmissão dos Jogos Pan-Americanos durante todo o evento nos três canais da emissora que exibiram as competições. Entre as TVs por assinatura, o Pan de Toronto rendeu a liderança da emissora no horário nobre entre os canais de esporte. A vantagem média sobre o segundo colocado foi de 39%. Antes do início do Pan-Americano, a expectativa entre os executivos do canal era que o evento rendesse índices de audiência inferiores aos obtidos com a Copa América do Chile, que também teve exclusividade de transmissão do Sport na TV por assinatura. O Pan não é um evento com picos de audiência. A tendência é que os índices sejam bons, mas durante todo o dia, com a transmissão de diversas competições, afirmou Raul Costa Jr., diretor-executivo de conteúdo do Sportv, antes do início do Pan. Com Atlético-MG, audiência do futebol sobe em SP A pedido da Globo, a CBF antecipou a abertura da 16ª rodada para exibir partidas para Rio de Janeiro e São Paulo. A estratégia deu certo na capital paulista, com o jogo entre Atlético-MG e São Paulo apresentando bom desempenho. O duelo, que envolvia o líder do campeonato e o time que tradicionalmente tem tido a transmissão dos jogos nas quartas-feiras em São Paulo obteve uma média de 24 pontos de audiência na medição feita pelo Ibope, com 20 pontos na Globo e outros quatro na Band. O resultado foi melhor do que das últimas semanas. Cada ponto no Ibope equivale a domicílios na região metropolitana de São Paulo. 5