Futebol Americano ganha espaço com novas arenas no Brasil

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 636 mi o Inter faturou com venda de atletas em 10 anos, segundo o consultor Amir Somoggi EDIÇÃO 470 Futebol Americano ganha espaço com novas arenas no Brasil POR DUDA LOPES O futebol americano praticado no Brasil pode ainda ser pequeno frente a outras modalidades, especialmente o futebol, mas, pela quinta vez nos últimos dois anos, ele estará em um grande estádio, com expectativa de público que supera a maior parte dos jogos de Campeonato Estadual. A próxima novidade será a final do Campeonato Gaúcho de Futebol Americano. No estádio Beira-Rio, inteiro reformado para a Copa do Mundo, será anunciado um evento que deverá se chamar Gigante Bowl. O objetivo é reproduzir, dentro das devidas proporções, as ações que acontecem no Super Bowl, a decisão da NFL, liga dos Estados Unidos. Nos dois últimos anos, a Arena Independência, em Belo Horizonte, a Arena Pantanal, em Cuiabá, e duas vezes a Arena Pernambuco, na Grande Recife, receberam jogos da modalidade. No Mato Grosso, houve um público recorde do esporte no Brasil: 14 mil pessoas estiveram presentes, uma raridade no estádio. Em conversa com a Máquina do Esporte, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol Americano, Guto Sousa, contou o anseio das organizações pela profissionalização. Ele ainda é um esporte amador no país, mas as pessoas envolvidas têm uma cabeça diferente do dirigente tradicional do Brasil. Pela influência dos Estados Unidos, existe uma enorme vontade de fazer melhor, afirmou. O plano é tornar mais popular os jogos para conseguir patrocínios nacionais. Hoje, as equipes mantêm aportes locais, e a Confederação enfrenta dificuldade no mercado nacional. Nesse quesito, os grandes eventos nos estádios tendem a ajudar. Isso porque neles os patrocinadores são mais abertos, e os contratos são fechados pontualmente. É uma forma de apresentar o esporte e começar um relacionamento. Mas é uma venda difícil, finalizou Sousa. Para a confederação, o objetivo imediato é fazer com que os novos fãs da NFL conheçam a liga brasileira e possam, futuramente, transferir o interesse. 1

2 A seleção brasileira faz 7 a 1 nas previsões apocalípticas POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte A seleção acabou como produto? Respondi pelo menos cinco vezes a essa pergunta desde os 7 a 1, para diferentes veículos de mídia, com maior ou menor intensidade depois do escândalo de corrupção que expulsa do mundo da bola toda a nata da cartolagem furada brasileira. Mas e aí, será que a seleção acabou como produto? A pergunta estava na pauta da Máquina do Esporte no primeiro jogo após o Copazzo. O resultado da audiência do amistoso contra a Colômbia foi até certo ponto surpreendente. Foram 26 pontos no Ibope na noite de sábado, o melhor resultado da TV em transmissão desde a Copa do Mundo. E, desde então, tem sido assim. Os 7 a 1 não foram suficientes para tirar do torcedor o desejo de consumir a seleção brasileira, reconexão feita após o Mundial ser no país. Nesta semana, mais uma vez a Globo tem recorde de audiência com a transmissão de um jogo da seleção brasileira (leia na pág. 4). É, mais uma vez, a prova de que o país ainda tem interesse em assistir à seleção brasileira dentro de campo. O trabalho da CBF é fazer a imagem da bandalheira de seus dirigentes ser desvinculada da seleção. Por mais que os deslizes de David Luiz insistam em nos deixar pessimistas com o desempenho dentro de campo, o torcedor ainda quer poder crer e torcer pelo time brasileiro, que afinal de contas tem Neymar, um dos maiores craques do futebol. As previsões apocalípticas após o 7 a 1 e reforçadas com a revelação dos desmandos das cartolas furadas estão, pelo menos quando o assunto é seleção, sofrendo uma goleada... Investidor da Fórmula 1 está próximo de revender ações da competição POR REDAÇÃO Bernie Ecclestone, principal dirigente da Fórmula 1, indicou que a venda de parte da Fórmula 1 já tem preço definido e deve ocorrer em breve. Em entrevista ao jornal inglês The Mail On Sunday, o executivo explicitou as negociações que envolvem um dos atuais donos da Fórmula 1: Creio que a CVC fará essa decisão cedo ou tarde. Há pessoas que desejam comprar. Atualmente, duas delas chegaram a um acordo a respeito do preço. É apenas questão da CVC querer vender ou não. A CVC Capital Partners é um grupo de investimento com sede em Luxemburgo que comanda 35% da Fórmula 1. A empresa comprou parte da competição em 2006 e chegou a deter mais de 60% da principal disputa do automobilismo. Apesar das palavras de Ecclestone, a CVC falou publicamente no fim de 2015 que não iria vender sua parcela. O posicionamento aconteceu após surgirem boatos de interessados na aquisição. Investidores da China e do Qatar foram citados, assim como o executivo Stephen Ross, dono da Time Warner e que hoje detém também o Miami Dolphins. Além da indicação de venda, Ecclestone deu pistas do futuro da Fórmula 1. Uma das questões levantadas foi a possibilidade de uma corrida em Las Vegas, que deve ser fechada em breve. O evento deverá substituir algum outro do calendário atual. O dirigente afirmou que não gostaria que a competição tivesse mais do que as 21 etapas desta temporada. 2

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4 Universo dos games inicia profissionalização no Brasil POR ADALBERTO LEISTER FILHO O universo dos games, visto até outro dia como brincadeira, experimenta alto grau de profissionalização no país. Há equipes profissionais, CTs e até pré-temporada no exterior para algumas das principais equipes que disputam o Campeonato Brasileiro. Nosso Neymar vai à rua e o pessoal para ele, abraça. O público torce para as equipes com o mesmo fanatismo do futebol, afirma Lucas Almeida, do Intrépido, conhecido pela sigla INTZ, um dos principais clubes do país. De acordo com ele, um jogador profissional chega a ganhar entre R$ e R$ As obrigações de preparação, porém, são estafantes. O INTZ possui um alojamento onde os principais atletas moram. Pela manhã, o grupo faz preparação física na academia. Após o almoço, há dois períodos de treino: das 13h às 16h e das 17h às 20h. Após as duas sessões, há o treinamento de habilidade das 20h às 22h. A comissão técnica tem treinador, fisioterapeuta, analista de scouting, nutricionista e psicólogo. Nos finais de semana, muitas vezes, temos os campeonatos. Um dos principais é neste sábado (2 de abril). A final do Campeonato Brasileiro de League of Legends, chega à quarta etapa. Neste ano, o INTZ foi às três finais anteriores, vencendo duas. Para melhorar o rendimento do time, o clube faz pré-temporada no exterior. Em 2015, o grupo passou por período de treinamento nos Estados Unidos. Neste ano, o time treinou em Berlim. Para financiar os gastos, o clube possui fontes de receita similares às dos clubes de futebol. O INTZ tem sete patrocinadores e licencia produtos, como camisa, caneca e almofada. Também fatura com a venda de passe de jogadores, que podem ser transferidos inclusive para o exterior. Seleção volta a render recorde para a televisão Nenhum outro time deu tanta audiência à Globo em 2016 quanto a seleção brasileira pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. A equipe entrou em campo na última sexta-feira, contra a seleção uruguaia, e mostrou com o Ibope que o time nacional continua com prestígio com o torcedor. Foram 30 pontos de audiência, com participação de 50% das televisões ligadas em São Paulo. Na prática, o número foi o mesmo da média apresentadas nas últimas quatro sextas-feiras pela emissora. Isso só reforça o mérito da seleção, já que o período que serve de comparação abrange o último capítulo da novela A Regra do Jogo, que chegou a 40 pontos de média no final. Considerando as outras emissoras, o número foi mais significativo. No mesmo horário da partida, a segunda colocação ficou com o SBT, que marou menos de um terço da audiência (nove pontos). No Rio de Janeiro, o cenário foi bastante parecido. Foram 29 pontos de média, com participação de 49% das televisões. O próximo compromisso da seleção brasileira será hoje, em partida contra o Paraguai, também a partir das 21h45. Cada ponto no Ibope equivale a domicílios sintonizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, ambos em suas regiões metropolitanas. 4

5 Manchester usa Copacabana para ganhar jovem brasileiro POR ERICH BETING Um evento na praia de Copacabana no próximo dia 10 de abril simboliza o retorno do Manchester United ao Brasil após 16 anos, quando o clube disputou o Mundial da Fifa no Rio de Janeiro. Mas, ao contrário daquela vez, quando o time inglês veio quase a passeio para conhecer a mais famosa praia brasileira, agora Copacabana é o ponto de partida de um projeto do Manchester para se aproximar dos brasileiros. Especialmente o jovem torcedor. Temos uma forte base de fãs no Brasil, e é realmente importante para nós fazer com que eles fiquem cara a cara com ídolos do passado como Dwight Yorke e Quinton Fortune. Muitos de nossos parceiros comerciais também têm o Brasil como uma região importante para eles, com sua economia emergente, afirmou em entrevista à Máquina do Esporte Jamie Reigle, diretor comercial do Manchester United. O evento I Love United traz, para o Brasil, um conceito de vivência da experiência do Manchester aos torcedores do país. Realizado na Índia e no Bahrein, o festival acontece no Brasil com a presença dos ex-jogadores Yorke e Fortune, além de ações para engjar o torcedor, como um tornio entre times de três atletas. O vencedor irá acompanhar um jogo do clube na Inglaterra. O evento servirá também para patrocinadores do clube ativarem suas marcas com os fãs. Aperol, Adidas, Chevrolet, CyT, Epson e Nissin farão parte do evento, que é gerenciado pela Octagon. Para ter a base de fãs atualizada, o evento será gratuito, mas exigirá o preenchimento de um cadastro para obter o ingresso. O objetivo do evento é ter um novo contato com nosso torcedor e criar um momento especial. E vamos usar as redes sociais e mídia tradicional para mantê-los próximos de nós, disse Reigle. Interesse de patrocinadores pode gerar mais ações A realização da primeira edição do I Love United no Brasil é feita pelo Manchester não só para se aproximar do torcedor brasileiro, mas para atender à demanda dos patrocinadores do clube. Com vários parceiros comerciais, incluindo alguns na América do Sul, nos dizendo o que querem trabalhar conosco na região, é inevitável que vamos continuar a nos engajar com a base de torcedores do Manchester no Brasil, crê Jamie Reigle, diretor comercial do clube britânico. O Brasil é o terceiro país a receber neste ano o evento I Love United. Além de eventos para fãs, haverá a transmissão do jogo do United contra o Tottenham, válido pelo Campeonato Inglês. 5