Sem estádios, cariocas investem em novas casas para Brasileirão

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO TERÇA-FEIRA, 3 DE MAIO DE 2016 NÚMERO DO DIA 89,3 mi foi o prejuízo do Milan na última temporada; o clube italiano deve ser vendido a um grupo chinês EDIÇÃO 493 Sem estádios, cariocas investem em novas casas para Brasileirão POR DUDA LOPES O Fluminense seguiu o Botafogo e o Flamengo e fechou um contrato para ter um lugar fixo para atuar durante o Campeonato Brasileiro. Sem o Maracanã e o Engenhão, os clubes do Rio de Janeiro têm buscado novas soluções para não terem prejuízos financeiro e esportivo com as constantes mudanças de estádio. No caso do Fluminense, a arena escolhida foi o estádio Giulite Coutinho, a casa do América do Rio de Janeiro. Para ter condições de atuar no local durante o Campeonato Brasileiro, a equipe irá investir R$ 700 mil nas estruturas. O gramado será o principal foco, mas não será o único. As reformas incluem vestiários, câmeras de segurança e até a construção de dois camarotes. Foi um caminho parecido com o que o Botafogo anunciou na última semana. Na sexta-feira, o time mostrou a transformação do estádio Luso-Brasileiro, casa da Portuguesa do Rio de Janeiro, que passa a ser Arena Botafogo. Assim como o Fluminense, o Botafogo terá que colocar a mão no bolso. E, nesse caso, além do gramado e dos vestiários, será instalada uma arquibancada provisória para que o estádio possa receber até 18 mil pessoas. Segundo o presidente Carlos Eduardo Pereira, os gastos não serão sentidos pelo clube. Será uma realocação de custos. O dinheiro que gastávamos para manter o Nilton Santos (Engenhão) será usado nas reformas, afirmou em coletiva de imprensa. Por fim, aparece o Flamengo, o único dos três que não se manifestou oficialmente. Ainda assim, o clube está inclinado a fazer um uso constante do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. No entanto, o que preocupa o Flamengo não é a estrutura do local, mas o baixo número de pagantes nas partidas do estádio. Segundo a Máquina do Esporte apurou, o marketing da equipe planeja fazer ações para atrair o público da cidade; o plano deve ser anunciado nos próximos dias. Outra opção do Rubro Negro é ter renda fixa em arenas novas. 1

2 Título inglês revela lado bom de maior igualdade no futebol POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte Liga mais rica de futebol do mundo, a Premier League conseguiu ter um campeão inédito após 38 anos. A conquista do Leicester é um feito, mas também mostra que o futebol inglês está sabendo evoluir para ser muito mais imprevisível que antes. Sim, é isso mesmo. Ser imprevisível é uma característica fundamental para o desenvolvimento do esporte como negócio. É esse, aliás, o princípio que rege o esporte nos Estados Unidos, onde o negócio e a excelência técnica permeiam tudo. Logicamente que não é só pela divisão mais igual da verba da TV que o Leicester foi campeão inglês. Ele precisou contar com gestões desastrosas dentro de campo dos gigantes Manchester United, Chelsea e o novo rico Manchester City, para que pudesse triunfar inesperadamente. O acontecimento, porém, ajuda a revelar o lado bom da maior igualdade na divisão de verbas entre os clubes. Se há mais dinheiro para todos, naturalmente há maior condição de todos começarem o torneio de forma a ter pretensões grandes. Isso leva, naturalmente, a gerar maior atratividade do torneio para o público. O jogo que definiu o título para o Leicester deve ter sido uma das maiores audiências do Campeonato Inglês nos últimos anos. Por décadas, o futebol brasileiro adorou dizer que era o mais imprevisível do mundo. Há anos que essa regra não é verdade. E, diferentemente da Inglaterra, nosso equilíbrio não se dá pela divisão de verba mais justa, mas pela incapacidade de gestão de nossos clubes mais ricos. Ser mais igual é vital para o futebol crescer. A Inlgaterra que o diga. Conquista na Inglaterra faz Leicester ter faturamento de quase meio bilhão POR REDAÇÃO O título do Leicester, conquistado sem entrar em campo, após o empate entre Chelsea e Tottenham (2 a 2), movimenta os negócios da Premier League. A equipe do norte da Inglaterra, que na temporada passada lutou para não cair, pode comemorar bem mais do que a obtenção do primeiro troféu em 132 anos de história. Por conta da divisão de direitos de transmissão, o Leicester irá arrecadar, com a grande campanha na temporada 2015/2016 cerca de R$ 454 milhões. Pelo contrato, 50% da verba é dividida igualmente. Cada clube recebe 54 milhões (R$ 272 milhões). Pelo desempenho esportivo, a equipe ficará com mais 24 mi (R$ 121 mi). Com 14 jogos televisionados, ganhará mais 12 mi (R$ 60,5 mi). Só pela verba de TV, são R$ 453,5 mi. Esse dividendo pode se tornar ainda maior. Na Liga dos Campeões, a equipe inglesa terá a chance de faturar até R$ 215 milhões, dependendo de seu desempenho na competição europeia. Nas redes sociais, a campanha histórica também rendeu seguidores. No início da temporada, a equipe tinha curtidas no Facebook. Atualmente, está próximo de 4 milhões. No Twitter, de seguidores o clube foi para 625 mil. No Instagram, eram 180 mil seguidores. Hoje são 575 mil. A campanha inesperada gerou tanto interesse que a Puma, fornecedora de material esportivo, ficou sem estoque de camisas para vender. Segundo a imprensa britânica, a reposição só irá acontecer a partir do dia 7 de maio, quando será lançado o modelo para a próxima temporada. 2

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4 Revezamento da Tocha começa com marcas atrás de exposição POR REDAÇÃO O Brasil começa a viver hoje a aproximação dos Jogos Olímpicos a partir do Revezamento da Tocha Olímpica, evento que vai percorrer o país pelos próximos 95 dias que antecedem os Jogos. E, para as marcas, o revezamento virou também o meio de se ter uma rara exposição dentro do ambiente olímpico. A partir do instante em que começar a rota da chama olímpica pelo país, Bradesco, Coca-Cola e Nissan vão ter o que nenhuma outra marca pode na Olimpíada: aparecer. Bradesco e Coca terão caminhões envelopados para acompanhar o comboio da tocha. As duas marcas ainda patrocinarão festas ao fim do dia no revezamento. Já a Nissan fará, pela primeira vez na história, lançamento de produto atrelado aos Jogos. O Nissan Kicks, o novo utilitário compacto da companhia japonesa, é a grande aposta da empresa para o mercado. Ele será visto pela primeira vez hoje, como carro que vai liderar a condução da tocha. A primeira cidade que receberá a tocha será Brasília. A Nissan usará uma concessionária no local para exibir o símbolo olímpico e o novo carro. Além disso, a empresa montará palco para fazer shows pelo percurso. Antes, também em Brasília, haverá uma apresentação musical na Esplanada dos Ministérios. Com a presença do comediante Marcelo Marrom, as músicas serão tocadas por meio de instrumentos formados por peças do Nissan Kicks. Será a primeira vez que o carro aparece em público. Produzido no Brasil e com venda global, o Kicks tem sido um mistério para os consumidores. A Nissan o apresentou no início do ano, mas ainda sem nenhuma imagem do novo carro. Desde então, tem revelado amostras. No último fim de semana, algumas celebridades divulgaram fotos com o novo carro, mas somente na segunda-feira as primeiras imagens oficiais foram divulgadas. Nelas, o carro da empresa japonesa aparece em pontos turísticos do Rio de Janeiro, inclusive no Parque Olímpico. As vendas só devem começar no fim de agosto, após o término dos Jogos Olímpicos do Rio. Latam usa transporte de chama como atrativo à marca Outra marca que conseguiu aproveitar o transporte da chama olímpica para ganhar espaço foi a Latam, patrocinadora do evento. A companhia aérea foi responsável por trazer a chama olímpica de Genebra, na Suíça, para a capital do Brasil. A aeronave usada no voo foi a primeira a apresentar uma identificação especial em alusão ao revezamento da tocha olímpica do Rio Outras aeronaves envelopadas serão responsáveis por fazer o transporte entre 13 cidades durante o revezamento. Os trajetos passarão por Teresina, Palmas, São Luís, Imperatriz, Belém, Macapá, Santarém, Boa Vista, Manaus, Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá e Campo Grande. 4

5 Snapchat fecha com NBC e vai transmitir Rio-2016 nos EUA POR ADALBERTO LEISTER FILHO O Snapchat alcançou acordo com ao NBC para transmitir os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro para os Estados Unidos. O aplicativo de mensagens irá divulgar o dia a dia dos Jogos através de fotos e vídeos. A ferramenta irá criar um canal exclusivo para a transmissão do evento dentro de sua seção Discover. A iniciativa é uma tentativa de a Olimpíada atrair um público jovem que se comunica através da rede social e não saem de perto de seu smartphone. É a primeira vez que a NBC, que pagou US$ 1,23 bilhão pelos direitos dos Jogos Olímpicos, acerta com outra empresa o sublicenciamento do evento. Os valores da transação com o Snapchat não foram divulgados. No entanto, por contrato, a empresa irá repartir com a NBC a arrecadação de publicidade. Nos Estados Unidos, o aplicativo conta com 10 milhões de usuários por dia, o que representa um crescimento de 150% em relação a maio de 2015, quando contava com 4 milhões. Não é o primeiro acordo entre redes sociais e esporte profissional. Há algumas semanas, o Twitter anunciou acordo com a NFL para transmitir dez partidas em streaming, as melhores jogadas da rodada e conexões via Periscope com jogadores e treinadores. O Twitter é onde se desenvolvem eventos ao vivo e é o sócio adequado para levar aos torcedores de todo o mundo o futebol da NFL ao vivo, afirmou Roger Goodell, comissário da NFL. Além disso, um relatório intitulado Sport Marketing Advertising ressalta que o investimento em anúncios esportivos nas mídias sociais cresceu 22% em 2015 em relação à Em 2018, estima-se que o gasto de publicidade digital poderá subir 37%. A liga espanhola já está disciplinando o uso de redes sociais para evitar que se quebrem os direitos comerciais das emissoras. O objetivo é estabelecer um sistema similar ao da NBA, no qual se limitou o uso entre os atletas. Sem clássico, audiência de final cai em São Paulo O Campeonato Paulista perdeu audiência na final, considerando os números consolidados do Ibope. Em 2015, o torneio teve um clássico entre Palmeiras e Santos, enquanto neste ano a partida foi entre o time do litoral e o Audax, de Osasco. No último domingo, foram 24 pontos de média, com participação de 43% das televisões. A Globo ficou com 19 pontos, enquanto a Band ficou com cinco pontos de média. Em 2015, o clássico registrou 27 pontos de média, com 22 para a Globo. Uma comparação mais justa seria com a decisão do Paulista de 2014, quando o Santos enfrentou o Ituano. Foram 21 pontos de média, apenas, com 15 para a Globo e seis para a Bandeirantes. 5