Instituto de Matemática e Estatística, UFF Setembro de 2013

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Instituto de Matemática e Estatística, UFF Setembro de 2013"

Transcrição

1 Operações Instituto de Matemática e Estatística, UFF Setembro de 2013

2 ... Sumário..

3 Boole Um dos pioneiros da lógica matemática e dos estudos da lógica algébrica. Em sua homenagem foi cunhado o termo Álgebra de Boole. George Boole ( )

4 Para definir um conjunto por listagem, devemos utilizar objetos que, supostamente, existem antes da listagem. Para definir um conjunto por propriedade devemos utilizar um conjunto que, supostamente, existe antes da definição por propriedade, e de uma propriedade.

5 Para que não seja preciso especificar objetos ou prévios particulares a cada vez que usamos estes procedimentos de definição, admitimos a existência de um conjunto único que contém todos os objetos que são necessários, em um dado contexto. Definição O conjunto, denotado por U, é o conjunto que possui todos os objetos que são necessários, em um dado contexto.

6 Propriedades básicas do conjunto Para todo conjunto A, para todo objeto x U, temos que: (1) x U. (2) A U. Em um dado contexto, para qualquer objeto x, a proposição x U é verdadeira.

7 O método de definição por propriedade afirma que, para qualquer U e qualquer propriedade P(x), o conjunto existe. {x U : P(x)} Assim, tomando o conjunto N dos números naturais como, o conjunto Z = {x N : x < 0} existe. Mas, como pode se observar, este conjunto não possui elementos.

8 Para que o método de definição por propriedade possa ser aplicado indiscriminadamente, vamos assumir a existência de um conjunto que não possui elementos. Definição O conjunto, denotado por, é o conjunto que não possui elementos. Em símbolos: = {x U : x x}.

9 Um conjunto pode ser definido por várias propriedades. Dados os A = {x Z : x é par e ímpar} e B = {x N : x é primo e 24 x 28}, temos que A e B são s.

10 Mas se A e B são s, então A = B. A justificativa deste fato é um pouco sutil, mas vamos a ela: Sejam A e B s. Não há elementos em A que não estão em B. Não há elementos em B que não estão em A. Assim, todos os elementos de A são elementos de B e todos os elementos de B são elementos de A. Logo, A = B.

11 Propriedades básicas do conjunto Para todo conjunto A, para todo objeto x U, temos que: (1) Existe um único conjunto. (2) x. (3) A. Observe que, em qualquer contexto, para qualquer objeto x, a proposição x é falsa.

12 Relações Relações atuam objetos, determinando se os objetos estão ou não de uma certa maneira interligados. = e são relações. serem amigos um do outro e se detestarem mutuamente são relações pessoas.

13 Operações Operações atuam objetos, formando objetos a partir de objetos dados. As definições de por listagem e por propriedades podem ser vistas como. Definição por listagem atua objetos e forma um conjunto. Definição por propriedade atua um conjunto e uma propriedade e forma um conjunto. Vamos, agora, estudar as mais importantes.

14 Definição Sejam A, B U. A interseção de A com B é o conjunto cujos elementos são os objetos do U que pertencem a A e a B simultaneamente. Em símbolos: A B = {x U : x A e x B}.

15 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

16 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

17 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

18 (4) Elemento neutro A U = A. (5) Elemento zero A =. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A B A.

19 (4) Elemento neutro A U = A. (5) Elemento zero A =. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A B A.

20 (4) Elemento neutro A U = A. (5) Elemento zero A =. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A B A.

21 (4) Elemento neutro A U = A. (5) Elemento zero A =. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A B A.

22 (4) Elemento neutro A U = A. (5) Elemento zero A =. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A B A.

23 Definição Sejam A, B U. A união de A com B é o conjunto cujos elementos são os objetos de U que pertencem a A, os que pertencem a B e os que pertencem simultaneamente a A e a B. Em símbolos: A B = {x U : x A ou x B}.

24 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

25 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

26 Para todos A, B, C U, temos que: Propriedades básicas de (1) Substitutividade Se A = B, então A C = B C. (2) Associatividade A (B C) = (A B) C. (3) Comutatividade A B = B A.

27 (4) Elemento neutro A = A. (5) Elemento zero A U = U. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A A B.

28 (4) Elemento neutro A = A. (5) Elemento zero A U = U. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A A B.

29 (4) Elemento neutro A = A. (5) Elemento zero A U = U. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A A B.

30 (4) Elemento neutro A = A. (5) Elemento zero A U = U. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A A B.

31 (4) Elemento neutro A = A. (5) Elemento zero A U = U. (6) Idempotência A A = A. Propriedades básicas de (7) Se A B, então A C B C. (8) A A B.

32 Propriedades relacionando e (9) Distributividade A (B C) = (A B) (A C). A (B C) = (A B) (A C). (10) Absorção A (A B) = A. A (A B) = A.

33 Propriedades relacionando e (9) Distributividade A (B C) = (A B) (A C). A (B C) = (A B) (A C). (10) Absorção A (A B) = A. A (A B) = A.

34 Definição Seja A U. O complemento de A é o conjunto cujos elementos são os objetos de U que não pertencem a A. Em símbolos: A = {x U : x A}.

35 Propriedades básicas de Para todos os A, B e C, temos que: (1) Substitutividade Se A = B, então A = B. (2) Involutividade A = A. (3) Leis de De Morgan A B = A B. A B = A B.

36 Propriedades básicas de Para todos os A, B e C, temos que: (1) Substitutividade Se A = B, então A = B. (2) Involutividade A = A. (3) Leis de De Morgan A B = A B. A B = A B.

37 Propriedades básicas de Para todos os A, B e C, temos que: (1) Substitutividade Se A = B, então A = B. (2) Involutividade A = A. (3) Leis de De Morgan A B = A B. A B = A B.

38 (4) Elemento simétrico (da união) A A = U. Propriedades básicas de (5) Elemento inverso (da interseção) A A =. (6) Se A B, então B A. (7) U =. (8) = U.

39 (4) Elemento simétrico (da união) A A = U. Propriedades básicas de (5) Elemento inverso (da interseção) A A =. (6) Se A B, então B A. (7) U =. (8) = U.

40 (4) Elemento simétrico (da união) A A = U. Propriedades básicas de (5) Elemento inverso (da interseção) A A =. (6) Se A B, então B A. (7) U =. (8) = U.

41 (4) Elemento simétrico (da união) A A = U. Propriedades básicas de (5) Elemento inverso (da interseção) A A =. (6) Se A B, então B A. (7) U =. (8) = U.

42 (4) Elemento simétrico (da união) A A = U. Propriedades básicas de (5) Elemento inverso (da interseção) A A =. (6) Se A B, então B A. (7) U =. (8) = U.

43 Problema Prove que, para todos A, B, C U. 1. A B se, e somente se, A B = A. 2. Se A B e A C, então A B C.

44 1. Exercícios do Capítulo 3 do Menezes Exercícios (Paulo B. Menezes, Matemática Discreta para Computação e Informática, 2a. edição, Sagra Luzzatto / Instituto de Informática da UFRGS, Porto Alegre, 2006). 2. Exercícios do Capítulo 2, pp , itens 1, 2, 7, 10-15, 16(a-e), 16(g,h), 17, 21, 22, 25, do Scheinerman (E.R. Scheinerman, Matemática Discreta, Thomson, São Paulo, 2006). 3. Exercícios da Lista 4.

Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2010

Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2010 Instituto de Matemática, UFF Outubro de 2010 Sumário... De Roever Semântica relacional de programas. De Roover (1943 ****) Motivação Objetos podem ser especificados de acordo com a maneira como eles se

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 Sumário.... Venn Matemático inglês. Levou os diagramas a sério. John Venn (1834 1923) Dados: Letras maiúsculas: A, B, C,..., A 1, B 1, C 1,...,

Leia mais

Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA

Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA Universidade Federal do Pampa - UNIPAMPA Projeto: Fundamentos Matemáticos para Computação INTRODUÇÃO À MATEMÁTICA DISCRETA 2 Introdução Praticamente qualquer estudo relacionado a computação, teórico ou

Leia mais

1 Operações com conjuntos

1 Operações com conjuntos Notas sobre Conjuntos (2) Anjolina Grisi de Oliveira 1 Operações com conjuntos Definição 1 (União) Sejam A e B dois conjuntos arbitrários. A união dos conjuntos A e B, denotada por A B, é o conjunto que

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 e e Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 e Sumário.. e Turing Matemático, lógico, criptoanalista e cientista da computação inglês. Formalizou os conceitos de algoritmo e de computação

Leia mais

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Centro de Ciências Tecnológicas - CCT Licenciatura em Matemática

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Centro de Ciências Tecnológicas - CCT Licenciatura em Matemática Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC Centro de Ciências Tecnológicas - CCT Licenciatura em Matemática 2014 Na teoria dos conjuntos três noções são aceitas sem denição (noção primitiva):: Conjunto;

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 ,,,,, Instituto de Matemática e Estatística, UFF Março de 2011 ,, Sumário,,. finitos,. conjunto: por lista, por propriedade.. Igualdade,. Propriedades básicas.. ,, Christos Papadimitriou, Autor dos livros

Leia mais

ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN

ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN ÁLGEBRA DE BOOLE B.1 - DIAGRAMA DE VENN No século XIX Georges Boole desenvolveu uma teoria matemática com base nas leis da lógica - a Álgebra de Boole - cuja aplicação nos circuitos digitais e computadores

Leia mais

Aplicações da teoria de conjuntos álgebra booleana. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Msc. Gustavo Siqueira Vinhal 2016/1

Aplicações da teoria de conjuntos álgebra booleana. Pontifícia Universidade Católica de Goiás Msc. Gustavo Siqueira Vinhal 2016/1 Aplicações da teoria de conjuntos álgebra booleana Pontifícia Universidade Católica de Goiás Msc. Gustavo Siqueira Vinhal 2016/1 CONJUNTOS Conjuntos são fundamentais para formalização de qualquer teoria.

Leia mais

Abaixo descreveremos 6 portas lógicas: AND, OR, NOT, NAND, NOR e XOR.

Abaixo descreveremos 6 portas lógicas: AND, OR, NOT, NAND, NOR e XOR. 9. Apêndice - Portas e Operações Lógicas Uma porta lógica é um circuito eletrônico (hardware) que se constitui no elemento básico de um sistema de computação. A CPU, as memórias, as interfaces de E/S são

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Outubro de 2013

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Outubro de 2013 Instituto de Matemática e Estatística, UFF Outubro de 2013 Sumário.. Lógico-Matemático britânico (País de Gales). Logicismo. Prêmio Nobel da Literatura (1950). Bertrand (1872 1970) Definição Seja A um

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Matemática - Departamento de Matemática Estruturas Algébricas Prof. M.Sc. Guilherme Luís Roëhe Vaccaro e-mail: vaccaro@mat.pucrs.br Prof.

Leia mais

n. 25 DIAGRAMAS DE VENN

n. 25 DIAGRAMAS DE VENN n. 25 DIAGRAMAS DE VENN Foi o matemático inglês John Venn (1834-1923) que criou os diagramas, com o intuito de facilitar a compreensão na relação de união e intersecção entre conjuntos. John Venn desenvolveu

Leia mais

Lógica Proposicional e Álgebra de Boole

Lógica Proposicional e Álgebra de Boole Lógica Proposicional e Álgebra de Boole A lógica proposicional remonta a Aristóteles, e teve como objectivo modelizar o raciocínio humano. Partindo de frases declarativas ( proposições), que podem ser

Leia mais

Álgebra Linear e Geometria Analítica

Álgebra Linear e Geometria Analítica Álgebra Linear e Geometria Analítica Engenharia Electrotécnica Escola Superior de Tecnologia de Viseu www.estv.ipv.pt/paginaspessoais/lucas lucas@mat.estv.ipv.pt 2007/2008 Álgebra Linear e Geometria Analítica

Leia mais

Sistemas Digitais Álgebra de Boole Binária e Especificação de Funções

Sistemas Digitais Álgebra de Boole Binária e Especificação de Funções Sistemas Digitais Álgebra de Boole Binária e Especificação de Funções João Paulo Baptista de Carvalho (Prof. Auxiliar do IST) joao.carvalho@inesc.pt Álgebra de Boole Binária A Álgebra de Boole binária

Leia mais

Lógica Computacional

Lógica Computacional Aula Teórica 4: Semântica da Lógica Proposicional António Ravara Simão Melo de Sousa Departamento de Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Nova de Lisboa Departamento de Informática,

Leia mais

Conteúdo: Operações Conjuntos Crisp Operações Conjuntos fuzzy. Operadores de Zadeh Operadores Compensatórios Operadores T-norm e T-conorm

Conteúdo: Operações Conjuntos Crisp Operações Conjuntos fuzzy. Operadores de Zadeh Operadores Compensatórios Operadores T-norm e T-conorm Conteúdo: Operações Conjuntos Crisp Operações Conjuntos fuzzy Operadores de Zadeh Operadores Compensatórios Operadores T-norm e T-conorm Operações com Conjuntos Crisp Função característica: determina se

Leia mais

Centro de Informática UFPE

Centro de Informática UFPE ,, Estruturas,, Centro de Informática UFPE 1 ,, 1 2 3 4 2 ,, Introdução Uma matilha de cães Um cacho de uvas Uma quadrilha de ladrões Estes são exemplos de conjuntos. 3 ,, Definição Um conjunto é um coleção

Leia mais

Circuitos Digitais. Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional

Circuitos Digitais. Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional Circuitos Digitais Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional OBJETIVOS DA AULA : - Conhecer aos Axiomas e Teoremas da Álgebra de Boole; Álgebra Booleana é uma técnica matemática usada quando

Leia mais

DISCIPLINA: Lógica. CONTEÚDO: Circuitos Lógicos. PROFESSORA Dr.ª Donizete Ritter

DISCIPLINA: Lógica. CONTEÚDO: Circuitos Lógicos. PROFESSORA Dr.ª Donizete Ritter ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO CAMPUS DE SINOP BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DISCIPLINA:

Leia mais

Lógica e Matemática Discreta

Lógica e Matemática Discreta Lógica e Matemática Discreta Teoria Elementar dos Conjuntos Prof Clezio 04 de Junho de 2010 Curso de Ciência da Computação Noções básicas Um conjunto designa-se geralmente por uma letra latina maiúscula:

Leia mais

Matemática Discreta - 07

Matemática Discreta - 07 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 07 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Lógica e Matemática Discreta

Lógica e Matemática Discreta Lógica e Matemática Discreta Proposições Prof clezio 26 de Abril de 2017 Curso de Ciência da Computação Inferência Lógica Uma inferência lógica, ou, simplesmente uma inferência, é uma tautologia da forma

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 5 27 de agosto de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense

Pré-Cálculo. Humberto José Bortolossi. Aula 5 27 de agosto de Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Pré-Cálculo Humberto José Bortolossi Departamento de Matemática Aplicada Universidade Federal Fluminense Aula 5 27 de agosto de 200 Aula 5 Pré-Cálculo Expansões decimais: exemplo Números reais numericamente

Leia mais

Os números inteiros. Capítulo 2

Os números inteiros. Capítulo 2 6 Capítulo 2 Os números inteiros Intuitivamente, o conjunto Z dos números inteiros é composto pelos números naturais e pelos "negativos". Como justificamos de uma forma simples qual a origem dos números

Leia mais

MA14 - Aritmética Unidade 22 Resumo. Aritmética das Classes Residuais

MA14 - Aritmética Unidade 22 Resumo. Aritmética das Classes Residuais MA14 - Aritmética Unidade 22 Resumo Aritmética das Classes Residuais Abramo Hefez PROFMAT - SBM Aviso Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina e o seu estudo não garante o domínio

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 4 Conjuntos Numéricos. Rodrigo Hausen. v /9

Bases Matemáticas. Aula 4 Conjuntos Numéricos. Rodrigo Hausen. v /9 Bases Matemáticas Aula 4 Conjuntos Numéricos Rodrigo Hausen v. 2016-6-10 1/9 Números Naturais, Inteiros e Racionais naturais: inteiros: racionais: N = {0, 1, 2,...} Z = {... 2, 1, 0, 1, 2,...} { } p Q

Leia mais

MDI0001 Matemática Discreta Aula 04 Álgebra de Conjuntos

MDI0001 Matemática Discreta Aula 04 Álgebra de Conjuntos MDI0001 Matemática Discreta Aula 04 Álgebra de Conjuntos Karina Girardi Roggia karina.roggia@udesc.br Departamento de Ciência da Computação Centro de Ciências Tecnológicas Universidade do Estado de Santa

Leia mais

Capítulo 3. Álgebra de Bool

Capítulo 3. Álgebra de Bool Capítulo 3 Álgebra de Bool Adaptado dos transparentes das autoras do livro The Essentials of Computer Organization and Architecture Objectivos Compreender a relação entre lógica Booleana e os circuitos

Leia mais

Matemática Discreta - 07

Matemática Discreta - 07 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta - 07 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

Matemática para Ciência de Computadores

Matemática para Ciência de Computadores Matemática para Ciência de Computadores 1 o Ano - LCC & ERSI Luís Antunes lfa@ncc.up.pt DCC-FCUP Complexidade 2002/03 1 Teoria de Conjuntos Um conjunto é uma colecção de objectos/elementos/membros. (Cantor

Leia mais

2019/01. Estruturas Básicas: Conjuntos, Funções, Sequências, e Somatórios Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 76

2019/01. Estruturas Básicas: Conjuntos, Funções, Sequências, e Somatórios Área de Teoria DCC/UFMG /01 1 / 76 Estruturas Básicas: Conjuntos, Funções, Sequências, e Somatórios Área de Teoria DCC/UFMG 2019/01 Estruturas Básicas: Conjuntos, Funções, Sequências, e Somatórios Área de Teoria DCC/UFMG - 2019/01 1 / 76

Leia mais

equivalentes em LC Petrucio Viana

equivalentes em LC Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 6 Transformação e negação por meio de equivalentes em LC Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Transformação de enunciados

Leia mais

Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos

Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos. Teoria dos Conjuntos Pode-se dizer que a é em grande parte trabalho de um único matemático: Georg Cantor (1845-1918). noção de conjunto não é suscetível de definição precisa a partir d noções mais simples, ou seja, é uma noção

Leia mais

Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS

Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS Fundamentos de Álgebra Moderna Profª Ana Paula CONJUNTOS O conjunto é um conceito fundamental em todos os ramos da matemática. Intuitivamente, um conjunto é uma lista, coleção ou classe de objetods bem

Leia mais

Álgebra de Boole binária

Álgebra de Boole binária Álgebra de Boole binária Fundamentação Funções lógicas de uma variável Funções lógicas de duas variáveis Princípio da dualidade Funções de n variáveis Definição formal da Álgebra de Boole Manipulação de

Leia mais

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5

Lógica Texto 7. Texto 7. 1 Negação de enunciados atômicos Exercício resolvido Negação de enunciados moleculares 5 Lógica para Ciência da Computação I Lógica Matemática Texto 7 Negação e simplificação de enunciados Sumário 1 Negação de enunciados atômicos 2 1.1 Observações................................ 2 1.2 Exercício

Leia mais

Circuitos Digitais Álgebra de Boole

Circuitos Digitais Álgebra de Boole Circuitos Digitais Álgebra de Boole Álgebra de Boole (ou Booleana) Desenvolvida pelo matemático britânico George Boole para estudo da lógica. Definida sobre um conjunto de dois elementos: (falso, verdadeiro)

Leia mais

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO CEC CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS LÓGICA EM COMPUTAÇÃO TAUTOLOGIA - EQUIVALÊNCIA E INFERÊNCIA VERSÃO: 0.1 - MARÇO DE 2017 Professor: Luís Rodrigo E-mail: luis.goncalves@ucp.br

Leia mais

Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina.

Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina. Aviso Este material é apenas um resumo de parte do conteúdo da disciplina. O material completo a ser estudado encontra-se no Capítulo 11 - Seção 1.3 do livro texto da disciplina: Aritmética, A. Hefez,

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/53 1 - LÓGICA E MÉTODOS DE PROVA 1.1) Lógica Proposicional

Leia mais

Bases Matemáticas. Definição ingênua de conjunto. Aula 3 Conjuntos. Rodrigo Hausen

Bases Matemáticas. Definição ingênua de conjunto. Aula 3 Conjuntos. Rodrigo Hausen 1 ases Matemáticas ula 3 Conjuntos Rodrigo Hausen v. 2012-9-26 1/14 Definição ingênua de conjunto 2 Um conjunto é uma qualquer coleção de objetos, concretos ou abstratos, sem repetição. Dado um conjunto,

Leia mais

Cálculo proposicional

Cálculo proposicional Notas de aula de MAC0329 (2003) 9 2 Cálculo proposicional Referências para esta parte do curso: capítulo 1 de [Mendelson, 1977], capítulo 3 de [Whitesitt, 1961]. Proposição Proposições são sentenças afirmativas

Leia mais

1 Espaços Vectoriais

1 Espaços Vectoriais Nova School of Business and Economics Apontamentos Álgebra Linear 1 Definição Espaço Vectorial Conjunto de elementos que verifica as seguintes propriedades: Existência de elementos: Contém pelo menos um

Leia mais

MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES

MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES Newton José Vieira 21 de agosto de 2007 SUMÁRIO Teoria dos Conjuntos Relações e Funções Fundamentos de Lógica Técnicas Elementares de Prova 1 CONJUNTOS A NOÇÃO

Leia mais

Teoria dos Conjuntos MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES. Fundamentos de Lógica Técnicas Elementares de Prova A NOÇÃO DE CONJUNTO

Teoria dos Conjuntos MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES. Fundamentos de Lógica Técnicas Elementares de Prova A NOÇÃO DE CONJUNTO SUMÁRIO MATEMÁTICA DISCRETA CONCEITOS PRELIMINARES Teoria dos Conjuntos Relações e Funções Fundamentos de Lógica Técnicas Elementares de Prova Newton José Vieira 21 de agosto de 2007 1 A NOÇÃO DE CONJUNTO

Leia mais

Resumo. Parte 2 Introdução à Teoria da Probabilidade. Ramiro Brito Willmersdorf Introdução.

Resumo. Parte 2 Introdução à Teoria da Probabilidade. Ramiro Brito Willmersdorf Introdução. Parte 2 Introdução à Teoria da Probabilidade Ramiro Brito Willmersdorf ramiro@willmersdorf.net Departamento de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Pernambuco 2011.2 Resumo 1 Introdução 2 Espaço

Leia mais

Notas de aula de MAC0329 Álgebra Booleana e Aplicações

Notas de aula de MAC0329 Álgebra Booleana e Aplicações Notas de aula de MAC0329 Álgebra Booleana e Aplicações Nina S. T. Hirata Depto. de Ciência da Computação IME / USP Este texto é uma referência-base para o curso de MAC0329 (Álgebra Booleana e Aplicações).

Leia mais

Introdução à Computação: Álgebra Booleana

Introdução à Computação: Álgebra Booleana Introdução à Computação: Álgebra Booleana Beatriz F. M. Souza (bfmartins@inf.ufes.br) http://inf.ufes.br/~bfmartins/ Computer Science Department Federal University of Espírito Santo (Ufes), Vitória, ES

Leia mais

Prof. Leonardo Augusto Casillo

Prof. Leonardo Augusto Casillo UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO CURSO: CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO Aula 6 Álgebra de Boole Prof. Leonardo Augusto Casillo Álgebra de Boole (ou Boleana) Desenvolvida pelo matemático britânico George

Leia mais

Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana

Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana GAN00166: Lógica para Ciência da Computação Texto da Aula 19 Simplificação de Enunciados com um Quantificador Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF Sumário 1 Transformação de enunciados quantificados

Leia mais

Teoria da Computação Aula 01 Revisão de Conjuntos

Teoria da Computação Aula 01 Revisão de Conjuntos Teoria da Computação Aula 01 Revisão de Conjuntos Prof. Esp. Pedro Luís Antonelli Anhanguera Educacional Conjuntos Conjunto e uma estrutura que agrupa objetos e constitui uma base para construir estruturas

Leia mais

n. 1 Matrizes Cayley (1858) As matrizes surgiram para Cayley ligadas às transformações lineares do tipo:

n. 1 Matrizes Cayley (1858) As matrizes surgiram para Cayley ligadas às transformações lineares do tipo: n. Matrizes Foi um dos primeiros matemáticos a estudar matrizes, definindo a ideia de operarmos as matrizes como na Álgebra. Historicamente o estudo das Matrizes era apenas uma sombra dos Determinantes.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n Dois Irmãos 52171-900 Recife-PE Fone: 0xx-81-332060-40 proreitor@preg.ufrpe.br PLANO DE ENSINO

Leia mais

Curso: Ciência da Computação Disciplina: Matemática Discreta 3. CONJUNTOS. Prof.: Marcelo Maraschin de Souza

Curso: Ciência da Computação Disciplina: Matemática Discreta 3. CONJUNTOS. Prof.: Marcelo Maraschin de Souza Curso: Ciência da Computação Disciplina: Matemática Discreta 3. CONJUNTOS Prof.: Marcelo Maraschin de Souza 3. Conjuntos Definição: Um conjunto é uma coleção desordenada de zero ou mais objetos, denominados

Leia mais

3. Computadores Industriais

3. Computadores Industriais UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENG. DE PRODUÇÃO E SISTEMAS - DEPS INFORMÁTICA INDUSTRIAL IFD 3. Computadores Industriais Igor Kondrasovas

Leia mais

Universidade de Caxias do Sul Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Informática. Matemática Discreta. Márcia Rodrigues Notare

Universidade de Caxias do Sul Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Informática. Matemática Discreta. Márcia Rodrigues Notare Universidade de Caxias do Sul Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Departamento de Informática Caxias do Sul, julho de. ÍNDICE TEORIA DOS CONJUNTOS...4. RELAÇÃO DE PERTINÊNCIA...4. ALGUNS CONJUNTOS IMPORTANTES...4.

Leia mais

IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação

IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação IBM1088 Linguagens Formais e Teoria da Computação Conceitos fundamentais sobre Teoria dos Conjuntos Evandro Eduardo Seron Ruiz evandro@usp.br Universidade de São Paulo E.E.S. Ruiz (USP) LFA 1 / 26 Frase

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula

Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula Cálculo Diferencial e Integral Química Notas de Aula João Roberto Gerônimo 1 1 Professor Associado do Departamento de Matemática da UEM. E-mail: jrgeronimo@uem.br. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO Esta notas de aula

Leia mais

Arquitetura e Organização de Computadores. Álgebra Booleana

Arquitetura e Organização de Computadores. Álgebra Booleana Arquitetura e Organização de Computadores Álgebra Booleana 1 Histórico e Propriedades Formalizada por George Boole em 1854 Usada por Shannon em 1938 para provar propriedades de circuitos de chaveamento

Leia mais

Propriedades de Linguagens Livres de Contexto. Propriedades de Linguagens Livres de Contexto. Propriedades de Linguagens Livres de Contexto

Propriedades de Linguagens Livres de Contexto. Propriedades de Linguagens Livres de Contexto. Propriedades de Linguagens Livres de Contexto UNIVESIDADE ESTADUAL DE MAINGÁ DEPATAMENTO DE INFOMÁTICA Prof. Yandre Maldonado - 1 Prof. Yandre Maldonado e Gomes da Costa Prof. Yandre Maldonado - 2 A classe de linguagens livres de contexto é fechada

Leia mais

1 Conjuntos, Números e Demonstrações

1 Conjuntos, Números e Demonstrações 1 Conjuntos, Números e Demonstrações Definição 1. Um conjunto é qualquer coleção bem especificada de elementos. Para qualquer conjunto A, escrevemos a A para indicar que a é um elemento de A e a / A para

Leia mais

RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03

RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03 RETICULADOS: NOTAS DO SEMINÁRIO DE 7/03/03 PEDRO A. TONELLI 1. Introdução: o esqueleto do espírito E ainda mais remoto que o tempo em que as coisas não tinham nome, é o tempo em que as coisas nem existiam,

Leia mais

Funções Lógicas I. José Costa. Introdução à Arquitetura de Computadores. Departamento de Engenharia Informática (DEI) Instituto Superior Técnico

Funções Lógicas I. José Costa. Introdução à Arquitetura de Computadores. Departamento de Engenharia Informática (DEI) Instituto Superior Técnico Funções Lógicas I José Costa Introdução à Arquitetura de Computadores Departamento de Engenharia Informática (DEI) Instituto Superior Técnico 2013-10-02 José Costa (DEI/IST) Funções Lógicas I 1 Sumário

Leia mais

Tecnologia dos Computadores 2002/2003. Exercícios

Tecnologia dos Computadores 2002/2003. Exercícios Introdução à Álgebra de Boole 1 Introdução Em 1854, George Boole, um matemático inglês, inventou um sistema algébrico de dois valores, cujo resultado da sua evolução até aos dias de hoje se dá o nome de

Leia mais

Fundamentos de Programação de Computadores

Fundamentos de Programação de Computadores Álgebra Booleana George Boole Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Prof. Edwar Saliba Júnior Fevereiro de 2018 Unidade 02 Álgebra Booleana 1/20 Histórico A álgebra booleana,

Leia mais

Matemática B - ONG em Ação

Matemática B - ONG em Ação Matemática B - ONG em Ação Gustavo Henrique Silva Sarturi Bacharelado em Matemática Industrial - UFPR gustavo.sarturi@ufpr.br Operações Aritméticas e Algébricas Elementares. Conjuntos Numéricos Os conjuntos

Leia mais

Matemática para Ciência de Computadores

Matemática para Ciência de Computadores Matemática para Ciência de Computadores 1 o Ano - LCC & ERSI Luís Antunes lfa@ncc.up.pt DCC-FCUP Complexidade 2002/03 1 Fundamentos de Lógica No nosso dia a dia, usamos todo o tipo de frases: Cinco é menor

Leia mais

SEGUNDA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM. Nome legível: Assinatura:

SEGUNDA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM. Nome legível: Assinatura: SEGUNDA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM Matemática Básica Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ Nome legível: Assinatura: [01] (2.0) Resolva a desigualdade 1 x 2 2 x 3 0 usando a

Leia mais

1 TEORIA DOS CONJUNTOS

1 TEORIA DOS CONJUNTOS 1 TEORIA DOS CONJUNTOS Definição de Conjunto: um conjunto é uma coleção de zero ou mais objetos distintos, chamados elementos do conjunto, os quais não possuem qualquer ordem associada. Em outras palavras,

Leia mais

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MATEMÁTICA DISCRETA Aula 1 - Apresentação da disciplina

BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MATEMÁTICA DISCRETA Aula 1 - Apresentação da disciplina BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO MATEMÁTICA DISCRETA Aula 1 - Apresentação da disciplina Prof. Marcelo Gama Universidade Federal Rural de Pernambuco - DM 16 de Agosto de 2011 Marcelo Gama (DM - UFRPE)

Leia mais

Lógica Boolena. Aula 05. Prof. Msc. Arthur G. Bartsch

Lógica Boolena. Aula 05. Prof. Msc. Arthur G. Bartsch Lógica Boolena Aula 05 Prof. Msc. Arthur G. Bartsch Departamento de engenharia elétrica DEE Centro de ciências tecnológicas CCT Universidade do estado de Santa Catarina UDESC Álgebra de Boole ALB0001 arthur.bartsch@udesc.br

Leia mais

Práticas de Investigação Quantitativa

Práticas de Investigação Quantitativa Práticas de Investigação Quantitativa TEORIA DE CONJUNTOS Apontamentos Teóricos FEUC - 1 o Sem. 2010/2011 Vítor Castro (Apontamentos Teóricos) Teoria de Conjuntos FEUC - 1 o Sem. 2010/2011 1 / 20 Apresentação

Leia mais

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017

Matemática Discreta. Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números. Universidade do Estado de Mato Grosso. 4 de setembro de 2017 Matemática Discreta Fundamentos e Conceitos da Teoria dos Números Professora Dr. a Donizete Ritter Universidade do Estado de Mato Grosso 4 de setembro de 2017 Ritter, D. (UNEMAT) Matemática Discreta 4

Leia mais

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 1. Universidade Portucalense

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 1. Universidade Portucalense Curso Satélite de Matemática Sessão n.º 1 Universidade Portucalense Conceitos Algébricos Propriedades das operações de números reais Considerem-se três números reais quaisquer, a, b e c. 1. A adição de

Leia mais

Humberto José Bortolossi x 1 < 0 x2 x 12 < 0. x 1 x + 12 (x + 3)(x 4)

Humberto José Bortolossi   x 1 < 0 x2 x 12 < 0. x 1 x + 12 (x + 3)(x 4) SEGUNDA VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM Matemática Básica Humberto José Bortolossi http://www.professores.uff.br/hjbortol/ Nome legível: Assinatura: [0] (2.0) Resolva a inequação x 2 < x + 2 no conjunto dos

Leia mais

. Um termo ou designação é uma expressão que nomeia ou designa um ente.. Uma proposição é toda a expressão p susceptível de ser verdadeira ou falsa.

. Um termo ou designação é uma expressão que nomeia ou designa um ente.. Uma proposição é toda a expressão p susceptível de ser verdadeira ou falsa. Tema 1 Lógica e Teoria dos Conjuntos 1. Proposições e valores lógicos. Um termo ou designação é uma expressão que nomeia ou designa um ente.. Uma proposição é toda a expressão p susceptível de ser verdadeira

Leia mais

Conjuntos Fuzzy e Lógica Fuzzy

Conjuntos Fuzzy e Lógica Fuzzy 1 Introdução Conjuntos Fuzzy e Lógica Fuzzy users.femanet.com.br/~fabri/fuzzy.htm Os Conjuntos Fuzzy e a Lógica Fuzzy provêm a base para geração de técnicas poderosas para a solução de problemas, com uma

Leia mais

Geometria Analítica. Números Reais. Faremos, neste capítulo, uma rápida apresentação dos números reais e suas propriedades, mas no sentido

Geometria Analítica. Números Reais. Faremos, neste capítulo, uma rápida apresentação dos números reais e suas propriedades, mas no sentido Módulo 2 Geometria Analítica Números Reais Conjuntos Numéricos Números naturais O conjunto 1,2,3,... é denominado conjunto dos números naturais. Números inteiros O conjunto...,3,2,1,0,1, 2,3,... é denominado

Leia mais

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory)

Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) Teoria Ingênua dos Conjuntos (naive set theory) MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 Pouya Mehdipour 5 de outubro de 2018 1 / 22 Referências ALENCAR FILHO, E. Iniciação à Lógica Matemática,

Leia mais

Aula1 Noções de matemática Discreta Técnicas de Demonstração. Prof. Dr. Ricardo Luis de Azevedo da Rocha

Aula1 Noções de matemática Discreta Técnicas de Demonstração. Prof. Dr. Ricardo Luis de Azevedo da Rocha Aula1 Noções de matemática Discreta Técnicas de Demonstração Prof. Dr. Ricardo Luis de Azevedo da Rocha Matemática Discreta seleção de tópicos de Matemática essenciais para o estudo da Ciência da Computação

Leia mais

Proposta de teste de avaliação

Proposta de teste de avaliação Proposta de teste de avaliação Matemática A 10. O ANO DE ESCOLARIDADE Duração: 90 minutos Data: Grupo I Na resposta aos itens deste grupo, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o número

Leia mais

ÁLGEBRA. AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

ÁLGEBRA. AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora 1 ÁLGEBRA AULA 1 _ Conjuntos Professor Luciano Nóbrega Maria Auxiliadora 2 Pode-se dizer que a é, em grande parte, trabalho de um único matemático: Georg Cantor (1845-1918). A noção de conjunto não é suscetível

Leia mais

Teoria Elementar dos Conjuntos

Teoria Elementar dos Conjuntos Teoria Elementar dos Conjuntos Este capítulo visa oferecer uma breve revisão sobre teoria elementar dos conjuntos. Além de conceitos básicos importantes em matemática, a sua imprtância reside no fato da

Leia mais

Matemática Discreta para Ciência da Computação

Matemática Discreta para Ciência da Computação Matemática Discreta para Ciência da Computação P. Blauth Menezes blauth@inf.ufrgs.br Departamento de Informática Teórica Instituto de Informática / UFRGS Matemática Discreta para Ciência da Computação

Leia mais

Fundamentos da Matemática e Estatística

Fundamentos da Matemática e Estatística Fundamentos da Matemática e Estatística Operações matemáticas básicas Prof. Dr. Marcos Aurélio Basso IFSULDEMINAS Campus Incondentes MG Introdução As operações matemáticas básicas são adição, subtração,

Leia mais

Metas/ Objetivos Conceitos/ Conteúdos Aulas Previstas. Cálculo Combinatório: Introdução ao cálculo combinatório

Metas/ Objetivos Conceitos/ Conteúdos Aulas Previstas. Cálculo Combinatório: Introdução ao cálculo combinatório DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA DISCIPLINA: Matemática A (12º Ano) METAS CURRICULARES/CONTEÚDOS... 1º Período (13 de setembro a 15 de dezembro) Cálculo Combinatório: Introdução ao cálculo combinatório

Leia mais

Capítulo 3. Operadores sobre subconjuntos. 3.1 Operadores

Capítulo 3. Operadores sobre subconjuntos. 3.1 Operadores Capítulo 3 Operadores sobre subconjuntos No capítulo anterior foram definidas vários mapeamentos, chamados de operações, envolvendo subconjuntos ou funções binárias. Neste capítulo, vamos introduzir outros

Leia mais

Matemática Discreta Parte 11

Matemática Discreta Parte 11 Universidade Federal do Vale do São Francisco Curso de Engenharia da Computação Matemática Discreta Parte 11 Prof. Jorge Cavalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br - www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti

Leia mais

(A1) As operações + e são comutativas, ou seja, para todo x e y em A, x + y = y + x e x y = y x

(A1) As operações + e são comutativas, ou seja, para todo x e y em A, x + y = y + x e x y = y x Notas de aula de MAC0329 (2003) 17 3 Álgebra Booleana Nesta parte veremos uma definição formal de álgebra booleana, a qual é feita via um conjunto de axiomas (ou postulados). Veremos também algumas leis

Leia mais

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Abril de 2013

Instituto de Matemática e Estatística, UFF Abril de 2013 Instituto de Matemática e Estatística, UFF Abril de 2013 Sumário.... Hermann Grassmann Famoso em sua época como linguista, somente hoje é valorizado como matemático. Foi o primeiro a usar o método de prova

Leia mais

Teoria Elementar dos Conjuntos

Teoria Elementar dos Conjuntos Teoria Elementar dos Conjuntos Última revisão em 27 de fevereiro de 2009 Este texto é uma breve revisão sobre teoria elementar dos conjuntos. Em particular, importam-nos os aspectos algébricos no estudo

Leia mais

3. CAPÍTULO LÓGICAS DIGITAIS

3. CAPÍTULO LÓGICAS DIGITAIS 3. CAPÍTULO LÓGICAS DIGITAIS 3.1. Introdução A Lógica é um conjunto de regras para raciocínio sobre um determinado assunto, ela é muito utilizada no ramo da Filosofia e da Matemática. 3.2. Portas lógicas

Leia mais

Tecnologia em Rede de Computadores. Período Prof. da Disciplina Luiz Gonzaga Damasceno, M. Sc

Tecnologia em Rede de Computadores. Período Prof. da Disciplina Luiz Gonzaga Damasceno, M. Sc Fundamentos de Matemática para Computação Tecnologia em Rede de Computadores Período 2012.1 Prof. da Disciplina Luiz Gonzaga Damasceno, M. Sc Fundamentos de Matemática para Computação E-mails: damasceno12@hotmail.com

Leia mais

REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR

REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR I) INTRODUÇÃO D1. Estabilidade para a operação + : x E, y E, x + y E D2. Definição de grupo comutativo (Abeliano): (E,+) é um grupo comutativo se e somente se: 1) Associatividade:

Leia mais

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO

LÓGICA EM COMPUTAÇÃO CEC CENTRO DE ENGENHARIA E COMPUTAÇÃO UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS LÓGICA EM COMPUTAÇÃO TAUTOLOGIA - EQUIVALÊNCIA E INFERÊNCIA VERSÃO: 4 - ABRIL DE 2018 Professor: Luís Rodrigo E-mail: luis.goncalves@ucp.br

Leia mais

1. Operações com vetores no espaço

1. Operações com vetores no espaço Capítulo 10 1. Operações com vetores no espaço Vamos definir agora as operações de adição de vetores no espaço e multiplicação de um vetor espacial por um número real. O processo é análogo ao efetuado

Leia mais