Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava

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1 Matemática e Finanças: O homem que calculava e negociava Max O. Souza & Jorge P. Zubelli 9 de novembro de 2006

2 Outline Precificação via arbitragem 1 Precificação via arbitragem 2 O modelo básico Análise de média e variância Aproximação Lognormal 2

3 Modelo de Arrow-Debreu Vamos considerar uma economia com N ativos s 1, s 2,..., s N e M possíveis estados. Um investidor toma uma posição inicial e, após um período, um estado é escolhido e a posição do investidor é liquidada. O modelo fica totalmente especificado, a partir de p = (p 1,..., p N ) t R N e D = (d ij ) R N M, p é o vetor de preços p i o preço dos ativo s i D é a matriz de fluxos de caixa. No modelo de Arrow-Debreu, estamos supondo que D é conhecida por todos, mas que o estado final da economia não é conhecido a priori.

4 Interpretação da Matriz D Para cada ativo s i temos após um periodo um fluxo D ij se o estado da economia é j. Exemplo: Se o meu ativo s r é um ativo sem risco e sem pagamento de juros temos D r,j = 1 para qualquer dos estados j = 1,, M. Ou seja, linha r é (1,, 1).

5 Definição Um portfólio de ativos é um vetor θ = (θ 1,..., θ N ) t R N, onde θ i > 0 significa que o investidor está comprado no ativo e θ i < 0 significa que o investidor está vendido no ativo. No modelo de Arrow-Debreu, estar vendido num ativo significa tomar emprestado uma certa quantidade deste ativo e vendê-lo a preço presente.

6 Definição Um portfólio de arbitragem é um portfólio satisfazendo uma das duas condições abaixo: 1 θ p = 0, θ t D 0 e, para algum j, θ D,j > 0 2 θ p < 0, θ t D 0 No primeiro caso, o portfólio não tem custo inicial, não oferece risco de prejuízo e ainda oferece um possibilidade real de lucro. No segundo caso, o portfólio dá lucro imediato, sem risco de prejuízo no futuro.

7 Teorema Se existe um vetor de números positivos π, tal que então não existem portfólios de arbitragem. p = Dπ, (1)

8 A partir do vetor podemos definir Seja π = (π 1, π 2,, π M ) t ˆπ j = (1 + R) 1 = π j M k=1 π. k M π k. k=1 Vamos ver qe R representa a taxa de juros da economia.

9 Ativo sem risco Precificação via arbitragem Suponha que exista um ativo que garanta o pagamento de R$ 1,00, qualquer que seja o estado. O vetor de fluxo de caixa de um ativo assim seria (1,..., 1) R 1 M. Supondo que vale (1), temos então, se denotarmos o preço do ativo sem risco por p sr que M p sr = π k = (1 + R) 1 k=1 Portanto, R pode ser associado à taxa de juros sem risco vigente na economia em questão. Rescrevendo (1), temos p i = R M j=1 D ij ˆπ j = R E(D i), onde E é o valor esperado com respeito à medida de probabilidade dada por {ˆπ j }.

10 Corolário Suponha que o mercado não admita portfólios de arbitragem e que exista empréstimo sem risco a taxa R. Então existe uma medida de probabilidade no conjunto de estados tal que o valor justo do ativo é o valor esperado dos seus fluxos de caixa descontado pela taxa R. Terminologia A medida mencionada no corolário acima é geralmente conhecida como Medida Neutra ao Risco ou Medida Martingal. Nota A probabilidade neutra ao risco não está associada à probabilidade freqüêncial observada na economia. Mais ainda, podemos escrever M ( ) Dij ˆπ j 1 = R. p i j=1 Ou seja, sob a probabilidade neutra ao risco, o retorno esperado de qualquer ativo é R.

11 Precificação via arbitragem Definição Dizemos que um portfólio (θ 1,..., θ K ) de ativos S 1,..., S K replica o ativo S, se o fluxo de caixa do portfólio e do ativo S são os mesmos, qualquer que seja o estado da economia. Proposição (Lei do Preço Único) Em um mercado sem oportunidade de arbitragem, se um ativo admite um portfólio replicador, então o preço justo do ativo é o mesmo do seu portfólio replicador. No que se segue, veremos algumas aplicações da Lei do Preço Único.

12 Contrato a Termo Precificação via arbitragem Definição Um contrato a termo é um acordo de compra de um ativo S por um valor acordado K ao fim de um certo período. Vamos de chamar de Q o preço justo deste contrato. Então Q = S K 1 + R. É conveniente escolher K de forma que Q = 0. Neste caso o preço a termo é dado por F = (1 + R)P (K = F Q = 0).

13 Definição Uma opção de compra (Call) sobre o ativo S é um documento que dá o direito, mas não a obrigação, ao seu detentor de comprar uma unidade do ativo S pelo preço K dito o strike no tempo T, que é o tempo de expiração da opção. Definição Uma opção de venda (Put) sobre o ativo S é um documento que dá o direito, mas não a obrigação, ao seu detentor de vender uma unidade do ativo S pelo preço K dito o strike no tempo T, que é o tempo de expiração da opção.

14 Porque o uso opções? Pequeno histórico: Usadas na forma de contratos por séculos. Holanda Sec. XVII. Plantadores de tulipas necessitavam de segurança em relação a flutuações dos preços. Contratos para vender tulipas por um preço dado. Londres Sec. XVIII. Porém faltavam instrumentos p/ garantir cumprimento dos contratos... Regulamentação em Início dos anos 70 o uso de opções ganhou importância econômica CBOE.

15 Pequeno histórico. Cont. Atualmente mercado de derivativos (ou seja instrumentos derivados de bens primários) ultrapassa em muito o valor do mercado primário. Merton (1969) e (1971). Seleção de portfolios sob incerteza. Black-Scholes (1973) Pricing of options and corporate liabilities Nobel de economia p/ Merton e Scholes.

16 Paridade Put-Call Precificação via arbitragem Vamos mostrar que vale a relação: P = C S + K 1 + R. Vamos considerar a posição no lado esquerdo da equação: comprado numa opção de compra e em K/(1 + R) no banco e vendido no ativo. Se no tempo de expiração, o valor for menor que K, então a opção de compra não é exercida, temos K no banco e estamos vendidos no ativo, o que corresponde exatamente ao fluxo de caixa de uma opção de venda nesse caso. Se o preço do ativo for maior do que K, exercemos a opção de compra usando os K reais disponíveis no banco e retornamos o ativo vendido, ficando com uma posição zerada.

17 Contrato A TERMO Nas figuras abaixo vemos geometricamente uma replicação de um contrato a termo através dos gráficos do valor de vencimento de uma posição comprada em opções de compra e vendida em opções de venda.

18 CALL

19 PUT

20 Contrato a Termo Precificação via arbitragem

21 Exemplo de Aplicação da Teoria: Financiamento da firma: Acionistas + Empréstimos Bancários. S = S(t) valor total de uma firma: Soma do valor de suas ações e do débito com o banco.

22 Exemplo de Aplicação da Teoria: Financiamento da firma: Acionistas + Empréstimos Bancários. S = S(t) valor total de uma firma: Soma do valor de suas ações e do débito com o banco. Ao fim de um periodo t = T ela deve pagar um bond ao banco com valor de face K. O restante é pago aos acionistas. Payoff para os acionistas: (S(T ) K) + Caberá ao banco: min(s(t ), K) = K (K S(T )) +.

23 Exemplo de Aplicação da Teoria: Financiamento da firma: Acionistas + Empréstimos Bancários. S = S(t) valor total de uma firma: Soma do valor de suas ações e do débito com o banco. Ao fim de um periodo t = T ela deve pagar um bond ao banco com valor de face K. O restante é pago aos acionistas. Payoff para os acionistas: (S(T ) K) + Caberá ao banco: min(s(t ), K) = K (K S(T )) +. Por não arbitragem: (para t < T ) S(t) = E(t) + D(t) (a identidade acima é fundamental em contabilidade) S(t) = valor total da firma. E(t) = valor para os acionistas (equity). D(t) = débito = valor do bond devido aos bancos.

24 Exemplo de Aplicação da Teoria: Financiamento da firma: Acionistas + Empréstimos Bancários. S = S(t) valor total de uma firma: Soma do valor de suas ações e do débito com o banco. Ao fim de um periodo t = T ela deve pagar um bond ao banco com valor de face K. O restante é pago aos acionistas. Payoff para os acionistas: (S(T ) K) + Caberá ao banco: min(s(t ), K) = K (K S(T )) +. Por não arbitragem: (para t < T ) S(t) = E(t) + D(t) (a identidade acima é fundamental em contabilidade) S(t) = valor total da firma. E(t) = valor para os acionistas (equity). D(t) = débito = valor do bond devido aos bancos. Note que E(t) é o preço de uma call sobre S com strike K e vencimento T D(t) = K/(1 + R) T t P(t) onde P(t) é o valor de uma put.

25 Precificação via arbitragem Vamos considerar uma economia com dois ativos e dois possíveis estados, i.e, N = M = 2 no modelo de Arrow-Debreu. Vamos supor que haja empréstimo à taxa R um ativo sem risco. O ativo de risco tem preço P e fluxos de caixa P U no estado I e P D no estado II, com D < U.

26 Vamos supor que vale não-arbitragem para essa economia. Nesse caso, temos que ter Que pode ser rescrito como cuja solução é P = R {ˆπ 1PU + ˆπ 2 PD} ˆπ 1 + ˆπ 2 = 1. ˆπ 1 + ˆπ 2 = 1 ˆπ 1 U + ˆπ 2 D = 1 + R ˆπ 1 = 1 + R D U D e U (1 + R) U D.

27 Note que temos soluções positivas se, e somente se, D < 1 + R < U. Essa condição está diretamente relacionada com não-arbitragem. De fato, se 1 + R U, uma posição vendida no ativo de risco com uma contrapartida comprada num depósito remunerado garante um fluxo de caixa não-negativo, com possibilidade de um fluxo positivo. Por outro lado, se 1 + R D, uma posição comprada no ativo e um empréstimo correspondente, também garante fluxos não-negativos, como possibilidade de fluxo positivo. Nos dois casos, temos uma arbitragem.

28 Pagamento contigenciado ao estado Considere um ativo que tem fluxo de caixa D 1 no estado I e D 2 no estado II. Um argumento de não arbitragem nos dá que o preço justo desse ativo seria V = R {ˆπ 1D 1 + ˆπ 2 D 2 } Em palavras: O preço justo (hoje) do contrato contingenciado é o valor esperado do fluxo de caixa com relação à medida neutra ao risco descontado a taxa de juros.

29 Exemplo Precificação via arbitragem Considere uma Call no ativo de risco com PD < K < PU. Nesse caso os possíveis fluxos de caixa são D 1 = PU K e D 2 = 0. Portanto, o valor justo desta call, V call, é dado por V call = R 1 + R D (PU K) U D

30 Hedging e Considere um portfólio θ = (θ 1, θ 2 ) t, com θ 1 unidades do ativo de risco a um preço P e θ 2 unidades em depósito remunerado a um preço de 1/1 + R. O valor do portfólio vai ser então θ 1 PU + θ 2 = D 1, no estado I; θ 1 PD + θ 2 = D 2, no estado II. Resolvendo para θ 1 e θ 2, temos θ 1 = D 1 D 2 PU PD e θ 2 = UD 2 DD 1 U D

31 Logo, o valor do portfólio será i.e. V = θ 1 P + θ R V = R {ˆπ 1D 1 + ˆπ 2 D 2 }. Moral Em alguns mercados, temos uma probabilidade neutra ao risco se, e somente se, podemos construir portfólios replicadores. Nesse caso, podemos precificar ativos através da Lei do Preço Único.

32 Definição Um mercado com N ativos e M estados é dito completo se, para todo vetor de fluxo de caixa (D 1,..., D M ) t, existe um portfólio θ = (θ 1,..., θ N ) t, cujo fluxo de caixa no estado j é D j. Em outras palavras, θ t D = E t, E R M tem sempre solução. Isso será o caso quando postod t = M.

33 Proposição Suponha uma economia sem arbitragem. O mercado é completo se, e somente se, existe um único vetor de preços de estado satisfazendo (1), ou seja, p = Dπ,

34 Prova Precificação via arbitragem Suponha que o mercado é completo. Então, temos posto(d t ) = M nul(d) = 0. Portanto D é injetora e, assim, a equação Dπ = p tem, no máximo, uma única solução. CONTINUA...

35 Por outro lado, suponha que o mercado não seja completo. Nesse caso, posto(d t ) < M posto(d) < M Isso quer dizer, que existe v R M satisfazendo Dv = 0. Mas então, se π é um vetor de preço de estados, temos que D(π + ρv) = p. Como π tem entradas positivas, tomando ρ suficientemente pequeno temos que π + ρv tem entradas positivas. Assim, os preços de estado não são únicos.

36 O Modelo Trinomial Precificação via arbitragem Considere uma economia com dois ativos, N = 2 e três possíveis estados M = 3, com fluxos de caixas PU, PM e PD, D < M < U e empréstimo sem risco a taxa R. Temos então ˆπ 1 + ˆπ 2 + ˆπ 3 = 1 U ˆπ 1 + M ˆπ 2 + D ˆπ 3 = 1. Mais uma vez, temos soluções positivas apenas se D < 1 + R < U.

37 As soluções positivas são segmentos de reta com extremos e ˆπ 1 = 0, ˆπ 2 = ou ˆπ 1 = 1 + R D U D, ˆπ 2 = 0 e ˆπ 3 = 1 + R D M D M (1 + R) M D ˆπ 1 = 1 + R M U M, ˆπ U (1 + R) 2 = U M Como e ˆπ 3 = 1 + R D M D V = R {ˆπ 1D 1 + ˆπ 2 D 2 + ˆπ 3 D 3 } (M 1+R); e ˆπ 3 = 0 (M < 1+R). Programação linear Máximo de V ocorre nos pontos extremos

38 Exemplo Precificação via arbitragem Considere um call com strike K satisfazendo PM < K < PU. Nesse caso, os fluxos de caixa são: PU K no estado I, e zero nos estados II e III. Assim, se M 1 + R, temos que V call = ˆπ R D 1 { V + 1+R D (1+R)(U D)(PU K) V 0 Se, M < 1 + R, temos em vez: { V call = ˆπ 1 V + 1+R D 1 + R D 1 V (1+R)(U D) 1+R M (1+R)(U D) (PU K) (PU K)

39 Interpretação Financeira Análise de média e variância Aproximação Lognormal Podemos interpretar esses limites nos preços dos ativos em termos de aversão ao risco: um comprador vai sempre oferecer V (Bid) para não estar correndo risco. Por outro lado, para não incorrer em riscos, um vendendor vai estar sempre pedindo V + (Ask). No caso de uma negociação por V, com V < V < V +, existe risco tanto para o comprador quanto para o vendedor.

40 Precificação via arbitragem Análise de média e variância Aproximação Lognormal Como antes, dois ativos e dois estados, mas N + 1 datas de negócio. Vamos denotar por S n o preço do ativo de risco em t = t n. A dinâmica de preços do ativo é dada por S n+1 = H n+1 S n, 0 n N 1, onde H n = { U com probabilidade p, D com porbabilidade q, com p + q = 1.

41 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Entretanto, já vimos que as probabilidade freqüênciais não são releventes para uma precificação correta do ativo. Vamos supor que exista uma medida neutra ao risco e que, nessa medida, em cada período o valor correto do ativo é o valor esperado do fluxo de caixa no próxio período. Mais precisamente Hipótese Martingal Existe uma medida de probabilide para H n tal que S n = R E(S n+1 S n ), que pode ser escrita como 1 = R {UP U + DP D }, P U + P D = 1. A unica solução do sistema acima é dada por P U = 1 + R D U D, P U (1 + R) D = U D, D < 1 + R < U.

42 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Logo temos o seguinte resultado Proposição Dados parâmetros U, D e R, satisfazendo D < 1 + R < U, existe uma única medida de probabilidade neutra ao risco para H n e, conseqüentemente, para a os espaço de caminhos de preço do ativo de risco.

43 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Precificação via Medida Neutra ao Risco Suponha um payoff F (S). Vencimento em t = t N. Vamos denotar por S j n o preço do ativo no tempo t = t n, que teve j choques de preço dados por U. Vamos escrever também V j n = V (S j n), onde V n (S n ) denota o preço do contrato no tempo t = t n com o ativo custando S n. Sob a medida neutra ao risco: V j n = R E{V n+1 S n = S j n} V j n = R {P uv j+1 n+1 + P DV j n+1 }

44 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Temos que ter também a condição terminal, i.e, V j N = F (S j N ). Para resolver a recursão acima em forma fechada, escrevemos Vn j = 1 N n E{F (S N ) S n = S j 1 + R n} = 1 N n 1 + R N k=0 Prob(S N = S k N S n = S j n)f (S k N ).

45 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Mas Prob(S N = S k N S n = S j n)f (S k N ) = ( N n k j Portanto, Vn j = 1 N n N n+j 1 + R k=k Se n = j = 0, temos V0 0 = 1 N 1 + R ( ) N n k j N k=0 ) P k j U PN n k+j D. P k j U PN n k+j D F (SN k ). ( ) N P k k U PN k D F (SN k ).

46 Precificação via Análise de média e variância Aproximação Lognormal Considere um portfólio θ j n = ( j n, B j n) t. O valor do portfólio será Dependendo do estado, teremos V j n = j ns j n + B j n. j+1 n + B j n(1 + R) = V j+1 n+1 j n + B j n(1 + R) = V j n+1 Resolvendo para j n e B j n, obtemos j n = V j+1 n+1 V j n+1 S j+1 n+1 S j n+1 e Bn j = 1 S j n+1 V j+1 n+1 S j+1 n+1 V j n R S j+1 n+1 S j n+1

47 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Portanto [ Vn j = 1 S j n (1 + R) S j n R S j+1 n+1 S j n+1 = R [P UV j+1 n+1 + P DV j n+1 ] n+1 + S j+1 n+1 S n(1 j + R) S j+1 n+1 S j n+1 V j+1 V j n+1 Levando em conta que V j N = F (S j N ), temos a mesma recursão anterior. Obs A recursão acima corresponde a uma equação de diferenças para o preço. No caso de tempo contínuo esta é a célebre equação de Black-Scholes. ]

48 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Temos então a seguinte estratégia: 1 No tempo t = t n montamos um portfólio θ j n = ( j n, B j n) t. 2 A partir daí 3 Claramente teremos j k = V j+1 k+1 V j k+1 S j+1 k+1 S j, n k N. k+1 B j k = V j k j k S j k.

49 Precificação de Calls & Puts Análise de média e variância Aproximação Lognormal No caso de uma Call, temos F (S N ) = max(s N K, 0) Escrevendo S0 0 = S, temos que 1 ( N C(S, K; N) = (1 + R) N N k onde = = k=0 1 (1 + R) N N SN k K N k>k 0 Q U = ( N k ( N k ) QU k QN k D K N 1 + R ) PU k PN k D max(sn k K, 0) ) P k U PN k D (S N K) N k>k 0 U 1 + R P U e Q D = D 1 + R P D. ( ) N P k k U PN k D,

50 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Note que Q U + Q D = 1. Também k 0 = ln(k/sd n )/ ln(u/d).

51 Construção do Portfólio Replicador Análise de média e variância Aproximação Lognormal En j = 1 [ ] P U E j+1 n R + P DE j n+1 satisfazendo as seguintes condições E j N = S j N, S j N K e E j N = 0, S j N < K. satisfazendo Bn j = 1 [ ] P U B j+1 n R + P DB j n+1, B j N = K, S j N K e Bj N = 0, S j N < K.

52 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Assim observamos que o portfólio replicador é basicamente: Ficar comprando no ativo de risco Ficar vendido em dinheiro contrair uma dívida. Note também que 1, quando S K; 0, quando S K; No caso da Put, podemos usar a paridade Put-Call, i.e, donde P(S, K; N) = K (1 + R) N P = C S + k<k 0 k=0 ( ) N k K 1 + R, PU k PN k D S k<k 0 k=0 ( ) N Q k k U QN k D

53 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Seja dt = T N, R = edt 1 dt. Seja Y o processo de crescimento dado por Y = 1 ( ) T ln SN S 0 Para o ativo sem risco temos Y = r. Por outro lado, no caso do ativo de risco temos ( ) SN N ( ) Sn N ln = ln = ln(h n ). S 0 S n 1 Vamos escrever ν = E(Y ) = 1 T n=1 n=1 N E(ln(H n )) = 1 dt {ln UP U + ln DP D }. n=1

54 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Por outro lado, Var Y = 1 T 2 ( N ) ln(h n ) = N T 2 Var (ln(h 1)). n=1 Logo Var Y = = 1 {ln 2 UP U + ln 2 DP D [ln UP U + ln DP D ] 2} T dt [ ( )] 1 U 2 ln P U P D. T dt D Fazendo T = 1, temos a volatilidade do ativo de risco: σ 2 = 1 dt [ ( )] U 2 ln P U P D. D

55 Calibragem Precificação via arbitragem Análise de média e variância Aproximação Lognormal Seja Nesse caso, temos Seja U = U e dt, D = D e dt. U P U + D P D = 1 dt. U D = e2ρ { PU + P D = 1 P U = 1 1 ± 2 P U P D = σ2 4rho 2 1 σ2 ρ 2 e P D = σ2 ρ 2 Como P U = 1 D U D e P U = U 1 U D.

56 Crescimento esperado Análise de média e variância Aproximação Lognormal Vamos calcular ν = E(Y ) = 1 dt {ln UP U + ln DP D } Substituindo os valores de U e D, obtemos: ν = 1 { rdt + (P U P D ) ρ ln [P ]} D e ρ dt + P U e ρ dt dt dt = r + (P U P D ) ρ 1 [ dt dt ln 1 + (P U P D )ρ dt + ρ2 dt + O(dt 3/2 2 = r + (P U P D ) 2 ρ2 2 ρ2 2 + O(dt1/2 )

57 Análise de média e variância Aproximação Lognormal obtemos P U P D = ± 1 σ2 ρ 2, ν = r σ2 2 + O(dt1/2 ). (2) Note que o ganho esperado, para dt 1 depende apenas da taxa de juros e da volatilidade do ativo de risco e não da percepção subjetiva de crescimento do ativo dada por ρ. Esse é um dos pontos cruciais da teoria.

58 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Vamos estudar o modelo binomial, quando dt 0. Note que, nesse caso, temos ν = r σ2 2 e, de qualquer maneira, temos Var (Y ) = σ2 T A lei dos grande números nos garante que, quando dt 0, i.e, quando N, o processo Y deve convergir num sentido apropriado para uma variável aleatório com distribuição normal. Como a média foi ajustada, em primeira ordem, e a variância é do processo Y é fixa, temos que, neste limite, devemos ter uma normal com media znu e variância σ 2. Em outras palavras Y = σ T Z + r σ2 2,

59 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Portanto, da definição de Y, que S T = Se σ T Z+(r σ 2 /2)T A expressão (3) é denominada a aproximação lognormal para o modelo binomial e corresponde à aproximação obtida, no limite dt 0. Considere um pagamento contigenciado com valor no vencimento dado por F (S N ). O valor desse contranto em t = 0 é V = e rt E(F (S N )). Sob hipóteses bastante razoáveis por exemplo crescimento linear de F, quando S o Teorema do Limite Central nos garante que lim V = 1 ( ) dt 0 e rt F Se ζσ T +(r σ 2 /2)T e ζ2 /2 dζ 2π (3)

60 Fórmula de Black-Scholes Análise de média e variância Aproximação Lognormal No caso de uma opção de compra (Call), temos C(S, K; T ) = e rt 1 2π { } max Se ζσ T +(r σ 2 /2)T, 0 e ζ2 /2 dζ = e rt 1 Se ζσ T +(r σ 2 /2)T e ζ2 /2 dζ 2π d 2 Ke rt 1 2π d 2 e ζ2 /2 dζ, onde d 2 = 1 ( ) S σ T ln + K ) (r σ2 T 2 σ.

61 Análise de média e variância Aproximação Lognormal Denotando a densidade de probabilidade da normal de média zero e variância um por temos que N(z) = 1 2π z e ζ2 /2 dζ, C(S, K; T ) = SN(d 1 ) e rt KN(d 2 ), onde d 1,2 = 1 ( ) Se rt σ T ln ± σ T. K 2

62 Análise de média e variância Aproximação Lognormal No caso de uma opção de compra podemos usar a paridade Put Call e o fato de N( z) = 1 N(z) para obtermos P(S, K; T ) = Ke rt N( d 2 ) SN( d 1 ).

63 Precificação via arbitragem Conceito de Não-Arbitragem Conceito de Medida Neutra ao Risco Contratos Contingenciados Precificação por Medida Neutra ao Risco e por Não-Arbitragem Fórmula de Black-Scholes Opções/Derivativos/Avaliação de Firmas

64 Bibliografia Anotada Referência Fundamental na preparação destas notas: Livro de Marco Avellaneda e Peter Laurence Quantitative Modeling of Derivative and Securities: From Theory to Practice Korn & Korn: Option Pricing and Portfolio Optimization. Páginas úteis: zubelli/mathfi

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