RESUMO SUMMARY MOIS~S C. S. LEÃO** MOIS~S A. DE OLIVEIRA ** MARCOS A. ESTEVES ARARIPE*
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1 ANALISE DE UM CONSORCIO DE CARPA (Cyprinus carpi L. 1758, vr. cmmunis) E MARRECO DE PEQUIM (Anas platyrinchus vr. dmesticus) NO APROVEITAMENTO DE AREAS AFETADAS POR SAIS NO VALE DO CURU-CEARA* MOISS C. S. LEÃO** MOISS A. DE OLIVEIRA ** MARCOS A. ESTEVES ARARIPE* RESUMO Areas de sl afetadas pr sais e de utilizaçã antiecnômica para cultiv sã de crrência cmum em regiões áridas e semi-áridas nde se pratica irrigaçã, A criaçã de peixes cnsrciada cm utrs animais é uma alternativa para a reutilizaçã dessas áreas, desde que existam dispnibilidade d'água e utras cndições favráveis, Cm bjetiv de avaliar s resultads d cultiv cnsrciad de marrec de Pequim cm carpa cmum, dis ensais fram estabelecids em viveirs em áreas de sl salin-s6dic da Fazenda Experimental da UFC n Vale d ri Curu, n perfd de'19 de utubr de 1989 a 30 de març de 1990, Cada viveir, depis de receber adubaçã básica, fi estcad cm 500 alevins de carpa cmum (na prprçã de 5000 peixes pr hectare) e 40 marrecs de Pequim (na prprçã de 400 aves jvens pr hectare). As bservações n decrrer d trabalh cnstaram da pesagem e mediçã mensal de amstras ds peixes, e pesagem ds marrecs antes da intrduçã ns viveirs e antes d abate. Amstragens sistemáticas da água ds viveirs fram realizadas para mediçã ds teres de xigêni disslvid, C02 livre e ph. Os marrecs fram alimentads cm raçã balanceada para aves e s peixes apenas cm s aliments naturais ds viveirs, enriquecids cm s dejets ds marrecs e rests da raçã das aves. Ns cinc meses de cultiv a prdutividade da carpa atingiu ns dis viveirs um valr médi de 1.327,38 kg/ha, que pde ser cnsiderada ba para. Prjet PDCT!CE Prfessres d Centr de Ciências Agrárias da Universidade Federal d Ceará. Prjet PDCT!CE peixes alimentads em cndições naturais. A prdutividade ds marrecs alcançu um valr médi de 2,248 kg/ha ra duas estcagens pr viveir n perrd de 4 meses, que pde ser cnsiderada acima d referid na literatura (PAPA & PINHEIR04). Os teres de 2 disslvid, C02 livre e ph da água ds viveirs apresentaram valres favráveis as peixes n perrd de duraçã d experiment. O cnsórci, cm realizad, se mstra uma alternativa viável para a utilizaçã de áreas afetadas pels sais, desde que reúnam cndições adequadas para a criaçã de peixes. SUMMARY EVALUATION OF CARP ANO PEQUIM'S TEAL PRODUCTIVITY IN FISH panos IN SALINE - SODIC SOl L AT THE FAZENDA EXPERIMENTAL DA UFC - CEARA - BRAZI L. Tw fish pnds were settled with cmmn carp (Cyprinus carpi L, vr. cmmunis) and pequim's teals, in the densities f 5000 fingerlings/ha and 400 ducklings/ha, at the Fazenda Experimental da UFC, Ceará, Brazil, t evaluate prductivity f the tw species and the feasibility f the cnsrtium in the use f a salt affected area. During a perid f 5 mnths, ctber 1989 t march 1990, samples f the fish were weighted and measured and water analyzed fr free CO2' disslved xigen and ph. The pequim's teals were weighted befre intrductin and after a perid f 2 mnths, when Ciên. Agrn.. Frtaleza, 20(1/2): pág junh-dezembr/
2 they were cnsidered apt fr cnsumptin. Cmmn chicken fd was given t the ducks, whereas the fish used the spntaneus fd generated in the pnds and sme fd nt used entirely by the ducks. Average fish prductivity was 1327,38 kg/ ha and duck's prductivity reached 2,248 kg/ ha, fr the experimental períd Accrding t the literature, the fish prductivity culd be cnsidered godd, whereas the duck prductivity culd be cnsidered abve average. Cnditins f the water in the pnds during the experimental perid were cnsidered adequate fr the fish, as indicated by the water analysis. As cnclusln, tlle cnsrtium ffish with pequim's teals can be cnsidered a gd alternative fr the reutilizatin f areas afected by salts and inadequate fr cultivatin with cmmercial crps. PALAVRAS-CHAVE: Piscicultura, cnsórci peixe-pat, us de sls afetads pr sais. INTRODUÇÃO Neste trabalh, usu-se um cnsórci pat x peixe cm marrec de Pequim (Anas platyrinchus vr. dmesticus) e a carpa cmum (Cyprinus carpi L, 1758, vr. cmmunis). O marrec de Pequim, após exaustivas pesquisas, fi cnsiderad pels estudiss cmu a espécie de marrec ideal para ser criad simultaneamente n mesm ambiente aquátic cm peixe. Trata-se de um animal que além de sua rusticidade e fácil criaçã, permite a criaçã de peixes a custs mais reduzids, pis s mesms aprveitam s excrements ds marrecs diretamente u através da prduçã de planctn (8001S & ROSA 1 ). A carpa cmum (Cyprinus carpi L. 1758, vr. cmmunis) se cnstitui na espécie de cipriníde mais imprtante" para a piscicultura, em funçã de sua rusticidade, cresciment rápid, regime alimentar mnívr e utras qualidades desejáveis (SILVA6). N Nrdeste brasileir, nde existem excelentes cndições para cultiv desses ciprin ídes cnsrciads cm marrecs, essa explraçã ressente-se de melhr tecnlgia, devidamente testada na reglâu, principalmente em decrrência da necessidade cnstante de marrecs de linhagem selecinada, alimentaçã artificial dsada cm subprduts da agricultura e aceitaçã d marrec pr parte d cnsumidr lcal. Este trabalh realizu-se na Fazenda Experimental d Vale d Curu (Pentecste-Ceará- Brasil), n períd de 19 de utubr de 1989 a 30 de març de 1990, em uma área de sl afetad pr sais, imprópria para cultiv cm a mairia das culturas. Tem cm bjetiv avaliar s resultads de dis ensais de cultiv cnsrciad de marrec de Pequim (Anas platyrinchus vr. dmesticus) e carpa cmum (Cyprinus carpi vr. cmmunis L. 1758) n aprveitament de uma área de sl salin-sódic, cnsiderada de utilizaçã antiecnômica para cultiv cm as culturas de us n Vale d ri Curu. MATERIAL E MTODOS Na realizaçã deste trabalh fram utilizads dis viveirs escavads em terren natural, ambs cm área de (20 x 50 m), lcalizads na Fazenda Experimental d Vale d Curu (Pentecste - Ceará - Brasil). Os viveirs fram abastecids a partir de um canal de irrigaçã, cuja água prvém d açude públic "General Sampai". A primeira etapa ds experiments cnsistiu n esvaziament e limpeza ds viveirs. Lg após, eles fram cheis até seus níveis máxims de repleçã, receberam adubaçã de base cm aplicaçã de 30 kg de P2 05 (superfsfat tripl) e, após sete dias, fi iniciad experiment. Cncluída a primeira etapa, s dis viveirs fram estcads cm quinhents exemplares de carpa cmum, na rdem de 5000/ha, cm pess médis de 0,0778 g e um cmpriment ttal médi de 4,02cm, tend, assim, uma bimassa inicial de 3,89 kg/ha em cada viveir e pvads cm marrecs de Pequim em densidade de 400 aves/ha. Os alevins e s marrecs fram dads pel Centr de Pesquisa Ictilógicas d DNOCS, em Pentecste-CE. N decrrer d cultiv, s peixes fram amstrads mensalmente, abrangend 15% ds exemplares estcads ns viveirs, de acrd cm a metdlgia adtada pr SANTOS et alii5. Para capturá-ls, utilizu-se rede de arrast, medind 25,0 m de cmpriment pr 2,0 m de altura, de malha de 1 cm (nó a nó), cnfeccinada cm tecid de nyln, cnstituind-se, pis, num aparelh nã seletiv para peixes em cultiv. Nestas amstragens btevese s dads de cmpriment ttal e de pes ds peixes, para ist, usand-se um ictiômetr adaptad a própri prat da balança cm capacidade de 30 kg e divisões de 2 em 2 gramas. 192 Ciên. Agrn., Frtaleza, 20(1/2): pág junh-dezembr/1989
3 Durante cultiv, s peixes nã fram arraçads e se alimentaram smente cm s aliments naturais d viveir, prvenientes da adubaçã cm s dejets d marrec de Pequim, bem cm ds rests ds auments que caiam ds cmedurs destinads as marrecs. Os marrecs, antes de serem intrduzids n cultiv, fram pré-criads cm raçã para pints, cntend 22% de prteinas, durante dezit dias. Após esse períd s marrecs fram utilizads n cnsórci e alimentads cm raçã de mesm ter prtéic. Os abrigs, para smbreament ds marrecs ns viveirs, fram feits de madeira cberts cm palhas de cqueir. A área de retençã ds marrecs fi cercada de bambus, clcada às margens ds viveirs, crrespndente a 10% da lâmina d'água ds mesms. Esta área de acess as marrecs fi instalada a barlavent ds viveirs, bjetivand uma melhr distribuiçã d esterc ds marrecs ns mesms. Durante s experiments realizaram-se amstragens ds teres de xigêni disslvid, C02 livre e ph da água, cm medidas preventivas de acmpanhament de sua qualidade para s peixes em determinadas etapas d cultiv. A términ d cultiv, elabru-se, cm s dads, tabelas, gráfics e fez-se s cálculs necessáris à análise ds resultads d cultiv cm base na metdlgia usada pr SANTOS et alii5, SANTOS4 e DA SILVA et alii6. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após cinc meses de cultiv cnsrciad da carpa cmum (Cyprinus carpi L vr. cmmunisl cm marrec de Pequim (Anas platyrinchus vr. dmesticus), bteve-se, em relaçã a desenvlviment das carpas, s seguintes resultads: (a) Cresciment em cmpriment e pes Estcadas cm cmpriments médis ttais de 4,02 cm ns experiments 1.. e E2 as carpas alcançaram, nas duas repetições, cmpriments respectivs de 275 cm e 256 cm. Os pess médis aumentaram de 0,778 9, n iníci d cultiv, para 287,1 9 em El e 245,0 em 2 a final de cinc meses de cultiv. Nas Figuras 1 e 2 encntram-se as representações gráficas das curvas de cmpriment e pes da carpa cmum, baseadas n ajuste manual ds pnts bservads. Pr elas se bservam que as curvas de cresciment em cmpriment e pes fram sempre crescentes. Os maires increments fram bservads até 3.0 mês, cm uma ligeira desacelaraçã até final d cultiv para a repetiçã 1 d experiment E,. Na repetiçã E2' bservaram-se cresciments em cmpriment e pes médi menres que em E, e maires increments bservads até 4.0 mês de cultiv. (b) Relaçã pes/cmpriment pes médi ds alevins, nas duas repetições d experiment, fi de 0,778 g n pvament, chegand a atingir 287,1 g em E, e 245,0 g em E2 após cinc meses de cultiv. A Tabela 1 mstra s dads de cmpriment e pess médis btids nas diversas amstragens. Na Figura 3 acham-se representadas as relações cmpriment/pes da carpa cmum btidas nas duas repetições de cnsórci cm marrec de Pequim. Pr essas relações, bservase que, na repetiçã E2' s peixes estcads estavam mais magrs que em E,; iss parece ter sid decrrente de uma menr fertilidade d viveir nde se desenvlveu experiment E2' já que nã huve mudança ns trataments. Essa diferença ficu evidenciada pela prliferaçã de "pirrichi", (Hidrtrix gardinerí Hk), n viveir nde fi cnduzid E," Deve-se levar em cnsideraçã que s peixes se alimentaram desse vegetal. (c) Curva de bimassa As bimassas das carpas estcadas ns viveirs fram de g/ha para E, e E2. Essa pequena bimassa inicial é explicada pel pequen pes médi inicial ds alevins usads n pvament d viveir, que fi 0,778 g. Na última amstragem a bimassa atingiu 1.429,76 kg/ha cm um increment de 1.425,87 kg/ha em E, e 1.225,0 kg/ha cm increment de 1.221,1 kg/ha em E2. Observand-se a Tabela i e Figura 4, verifica-se que a bimassa fi crescente, alcançand-se valres aceitáveis para um temp de cultiv de cinc meses e uma estcagem de peixes/ha, tant em E, cm em E2' já que nã fi frneci da alimentaçã artificial as peixes em ambs experiments. (!f) Ganh de pes Analisand-se s dads referentes as ganhs de pes individuais da carpa em g/dia (Tabela 1), bserva-se, que nas duas repetições ds experiments, s melhres resultads Ciên. Agrn., Frtaleza, 20(1/2): pág junh-dezembr/
4 .f--.n I 0It'-t'-1O1O WN I:...:.. "00..., Q).- Q)..: >...c g?: m ã..ṁ C «E.5 a- O) O-. 0)= "O 'ü; '-'aj O) I tu. O)..u 'c I E E '" 8 '-' O)..: c: > O).0- -l 2:J e-u.-.."0 O),- c- tu..> «a. >0 -l U"O W -- aj E «:J C f- E,- U.. tu 8. a. x "w tu "C "C 0- "C O.? --.c"cci c C- (:J g;-;; "-'4> Q) E "C-- 10.c.c-- - ai t!j ";:;"ã, -.!:.õ; - w..,:,,1-111 wni -w N I CI) ID. 0). M. O. O. W "".IO""""ID OIDOO NN.- lu -M-mln I M. -. cx). m. m. N"'-CC toool!>o I ai r-" r-" 00" O" r-nnmm "'NNN- I ('I' OOLO (()OLOC)OO ci M'. (()(()(()(()... MN m.n.n.n M- N- m- ta'.n-.n- OOOMMN N.nr--ON O)OOL!)\D\D OOL!)Lt)O)r-.r-. M- \D- \D- r-.- 0)- 0)- \DNL!)NN OON OOMMO(l) "", M' ID' 00- N- ",,' OC)(I)IDOO -- N N N u tu C "O O) N "O tu tuu. 'ü tu.. C C "O tu U. ""iã > O) E :J. u- O) "O.-.. '" w O) O) ' E O).. tu :J E O) '" "C.+0.c O '" "O tu ri 3ê -J2 O"";ã "";ã-;; "ta...-!! E E.cr lu.c , z. Q) Q. I ;; > Q) c.";: E ":3 E Q)u- I- WN I g. m. ' ai. <O. VMt MU> -.-NNN N W I g N. m. N. m. Ln..LnOl"LnrI"-NNNN -- ""- tritritrilrilrilri )0) lrilrilrilri OOMO)'f1O VNNMM O-NM1n. ȯ. E.. c Q)... E O)... Q) '": E c O)Q)'C" " 0 Q) x.- E E 'õ.- Q)c.... :JE.- x_ 'C. 'C 8..?;9.EN "'C 'CQ) 'C.- c..'" c E E Q)Q) c.. 'C E mlaq) Q).- O.. 'v Ia Q)... 'v,- v..." - C> 'õ'eeeq; 0...,cu..c.. II II II II II II N w --- ;:Q) --- ;::Z..J;w 1Q4 CiêlL Agrn., Frtaleza, 20( 1/2): pág junh-dezembr/1989
5 crreram n segund mês de cultiv em E,. Em E2 essa tendência nã fi seguida, pis n quart mês de cultiv huve um ganh de pes superir a terceir mês. (e) Taxa de mrtalidade A taxa de mrtalidade fi de apenas 0,4%, cnsiderada baixa, talvez devid as cndições de cultiv empregadas terem sid adequadas a manej. (f) Prdutividade ha em E1 e 1.225,0 kg/ha em E2, cm média de 1.327,38 kg/ha. Essa prdutividade média pde ser cnsiderada ba, levand-se em cnsideraçã que nã fi frnecida raçã as peixes e em funçã d temp de experiment permitir duas clheitas pr an, que elevaria essa média para 2.654,76 kg/ha/an. Dads técnics apresentads pr PAPA & PINHEIRO3 referem-se a uma prdutividade de kg/ha/an de carpas alimentadas apenas cm rests da raçã frneci da as pats e d aliment resultante da fertilizaçã da água pels dejets ds referidas aves. A prdutividade da carpa cmum alimentada direta e indiretamente cm dejets d marrec de Pequim, n presente trabalh, atingiu, em cinc meses de cultiv, 1.429,76kg/ TEMPO DE CUlTIVO (meses) 5 FIGURA 1-Curvas representativas ds cmpriments ttais médis da carpa cmum, Cyprinus carpi L vr. cmun!!, em duas repet!cões ( E 1 e E 2 ) ) de cnsórci cm marrec de Pequim, Anas p/atyrinchus vr. dmesticus, na Fazenda Experimental d Vale d Curu (Pentecste - Ceará- Brasil). Ciên. Agrn., Fnaleza, 20(1(2): pág junh-dezembr/
6 Q c 'ij.j O..- w a TEMPO DE CULTIVO (meses) FIGURA 2 - Curvas representativas ds pess médis da carpa cmum, Cyprinus carpi L vr. cmmunis, em duas repetições (E1 e E2) de cnsórci cm marrec de Pequim, Anasp/atyrinchus, vr. dmesticus, na Fazenda Experimental d Vale d Curu!Pentecste-Ceará-8rasil). 1Q6 Ciên. Agrn., Frtaleza, 20(1/2): pág junhdezembr/1989
7 10 20 COMPRIMENTO TOTAL MÉDIO (cm 30 F IGU RA 3 - Relações cmpriment/pes btidas n cultiv da carpa cmum, Cvprinus csrpi L vr. cmmunis, em duas repetições (E 1) e (E2) de cnsórci cm marrec de Pequim, Anss p/styrinchus vr. dmesticus, na Fazenda Experimental d Vale d Curu (Pentecste-Ceará-Brasil). Ciên. A2rn.. Frtaleza. 20(1/2): Pá iunh-dezembr/
8 «(/) (/) «m TEMPO DE CULTIVO (meses) F IGU RA 4 - Curvas representativas da Bimassa da carpa cmum, Cyprinus carpi L vr. cmmunis, em duas repetições (E 1 e E2) de cnsórci cm marrecs de Pequim, An8S p/8tyrlnchus vr. dmesticus, na Fazenda Experimental d Vale d Curu /.Pantacasteá--Brasi 1QB Ciên. A2rn.. Frtaleza, 20(1/2): pág junh-dezembr/1989
9 Prducã de Marrecs Após 58 dias de cultiv fi realizad abate d primeir lte de marrecs nas duas repetições. Nesse abate s marrecs fram analisads quant a rendiment da carcaça, tendse bservad que pes ds marrecs vivs fi da rdem 2,810 kg. D ttal, 50% ds marrecs fram amstrads quant à perda de pes após a depenaçã e evisceraçã mais descabeçament, tend-se bservad uma quebra n pes de 2,810 kg, para 2,540 kg (9,7%) após a depenagem, e para 2,120 kg (16,53%) quand eviscerad e descabeçad. I ss dá as marrecs um rendiment de carcaça equivalente a 73,75%, incluind-se s miúds, tais cm mela, f(gad e craçã. Os dads médis d primeir e segund abates crrids nas duas repetições ds experiments revelaram um pes médi ds marrecs crrespndente a 2,810 kg de pes viv e um cnsum médi de raçã pr indiv(du de g, mstrand cm iss uma cnversã alimentar média de 3,72 kg/kg. Esta pde ser cnsiderada ba, mesm tend sid abate ds marrecs realizad na 8.a semana, já que de acrd cm BORIS & ROSA', s mesms devem ser abatids entre a 6.a e 7.a semana de cultiv, pis dar em diante, segund esses autres, a cnversã alimentar entra em um patamar ecnmicamente desfavrável. Os marrecs alcançaram uma prdutividade média de kg/ha, para um pvament de 400 marrecs pr hectare, em duas safras btidas em quatr meses de cultiv pr repetiçã, n cnsórci cm a carpa estcada em densidade de peixes/ha em cada viveir. Esse resultad está de acrd cm prdutividades médias de kg/ha, apresentadas pr PAPA & PINHEIR03 em cultivs cnsrciads cm carpa em densidade de estcagem de kg/ha, levand-se em cnsideraçã que, em um an de cultiv, essa prdutividade seria superada. Cncentraçã de xigêni disslvid, gás carbônic livre e ph da água ds viveirs As análises químicas relativas às cncentrações de 2 disslvid, C02 livre e ph fram realizadas em duas casiões para verificar se as cndições eram prpícias a cresciment ds peixes, já que a prática d cultiv cnsrciad de peixes cm animais que lançam dejets rgânics na água requer bservações sistemáticas relativas as níveis aceitáveis de xigêni disslvid na água. Pels dads da Tabela 2, verificu-se que, nas duas amstragens realizadas, a primeira quand s marrecs eram jvens e a segunda quand eles haviam atingid tamanh cmercial, s teres de C02 livre, 2 disslvid e ph se mantiveram em níveis prpícis para piscicultura. De fat, nas duas repetições d experiment, 2 disslvid esteve acima de 5ppm, C02 livre apresentu-se em níveis cmpatíveis cm a cncentraçã d xigêni disslvid e ph manteve-se próxim de 8. CONCLUSÃO Ds resultads btids na presente pesquisa, cncluiu-se seguinte:. O cresciment das carpas tant em cmpriment quant em pes pde ser cnsiderad bm nas duas repetições, tend em vista que as carpas nã receberam alimentaçã artificial. Vale salientar que s cresciments em cmpriment e pes ns dis primeirs meses de cultiv, fram s melhres apresentads;. As relações pes/cmpriment, nas repetições d experiment, revelaram que s peixes estavam mais magrs na segunda repetiçã E2' em decrrência da prliferaçã de "pirrichi" (Hidrtrix gardineri Hk) n viveir da repetiçã E" qual Ciên. Agrn., Frtaleza, 20(1/2): pág junh-dezembr/
10 serviu cm aliment para a carpa cmum e pde ser indicativ de mair fertilidade d viveir;. As bimassas das carpas apresentaram n primeir mês de cultiv g/ha, e durante td experiment crreu um increment de 1.425,87 kg/ha em E, e 1.221,1 kg/ha em E2' elevand as mesmas para 1.429,75 kg/ha na primeira e 1225,0. kg/ha na segunda repetiçã, send estes valres aceitáveis para temp de cultiv de cinc meses, cm estcagem de peixes/ha;. Os ganhs de pes indiv(du/dia alcançaram seus melhres resultads n segund mês de cultiv cm 3,12 g/dia em E, e 1,97 g/dia em E2' send ambs cnsiderads bns para métd de cultiv usad;. A prdutividade média ttal de carne, envlvend as duas repetições deste cultiv cnsrciad de carpa cmum e marrec de Pequim, fi 3.575,38 kg/ha, ficand assim distribu(da: carpa cmum 1.327,38 kg/ha e marrec de Pequim 2.248,0 kg/ha, send estas duas prdutividades bas e aceitáveis em relaçã a temp de cultiv e a nã frneciment de raçã às carpas e. O cnsórci peixe/pat, cm realizad, se mstra uma alternativa viável para a utilizaçã de áreas de us marginal para agricultura, principalmente aquelas afetadas pels sais, desde que reúnam utras cndições adequadas para criaçã de peixes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. BOOIS, G. & ROSA, A. B. S. Marrec e Peixe Criaçã em CnSÓrci. Brasflia, CODEVASF, 35p DA SI L V A, A. B. et alii. Análise quantitativa de um segund ensai preliminar sbre a criaçã intensiva de Pirapitinga, Clssma bidens Spix. in: Simp6si Brasileir de Agricultura, Ri de Janeir, Anais Ri de Janeir, PAPA, E. de & PINHEIRO, C. W. L. Manual de Piscicultura cnsrciada cm marrecs de Pequim, mimegrafad,petrlina, COOE- VASF, 63p SANTOS, E. P. Dinâmica de Ppulaçã Aplicada à Pesca e à Piscicultura. Sã Paul, ed. da USP, 129p. 1978f 5. SANTOS, E. P. et alii. Análise Quantitativa em um Ensai de Piscicultura Intensiva cm Pirapitinga, Clssma bidens Agassig. Bi. Tec. DNOCS, Frtaleza, 34 (2) , jul./dez., SILVA, J. W. B. et alii. Resultads de um Ensai de Criaçã de Carpa Espelh, Cyprinus carpi L ". specularis, em viveir d Centr de Pesquisas Ictilógicas d ONOCS (Pentecste - Ceará - Brasil). Bi. Tec. d ONOCS, Frtaleza,41 (1); , jan./jun., Ciên. Agrn., Frtaleza. 20(1/2): pás junh-dezembr/1989
Francisco Célio A. Pontes 1
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