PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO

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1 PARECERES DO CONSELHO TÉCNICO Proc. nº R.P. 222/2000 DSJ-CT - Sentença de divórcio proferida por tribunal estrangeiro (que homologa acordo de partilha dos bens comuns do dissolvido casal) revista e confirmada por decisão, transitada em julgado, do Tribunal da Relação competente. - Falta de título para registo, por não ter sido junta certidão da sentença estrangeira - e respectivo acordo de partilha de bens (acompanhados das respectivas traduções) que foi objecto da revisão e confirmação. 1 SSL interpõe recurso hierárquico do despacho da Senhora Conservadora do Registo Predial de... de recusa do pedido de registo de divisão... por partilha em divórcio (sic) do prédio nº 00029/ , formulado pela Ap. 03/ O título apresentado para registo foi uma certidão passada pela 6ª Secção do Tribunal da Relação de..., que contem a petição inicial do Proc. 3409/98 (fls. 1 a 3), o documento de fls. 18, procurações de fls. 64 a 65 e o acórdão de fls. 79 a 80 verso, acórdão este que transitou em julgado, e que reviu e confirmou uma sentença proferida em 12 de Outubro de 1995 pelo Tribunal Judicial da Comarca de... Suíça. Esta decisão judicial decretou o divórcio entre a recorrente e FJFESL, titular inscrito do prédio objecto do pedido, constando do registo como casado com a recorrente no regime da comunhão de adquiridos O despacho de recusa, que se louvou no artº 69º, nº 1, alíneas b) e d) do CRP, começa por dizer que o pedido de divisão do prédio nº 29 de... por partilha em divórcio foi interpretado como pedido de aquisição de parte desse prédio a favor da recorrente que, a ser efectuado, implicaria oficiosamente uma desanexação sendo apontada como causa uma partilha por divórcio. Refere a Senhora Conservadora que o pedido de registo foi instruído com um requerimento de eliminação do artigo rústico correspondente ao prédio e constante da descrição predial, e de discriminação de dois novos prédios, entregue na repartição de finanças competente em 28/07/00; com uma fotocópia de uma carta do topógrafo da sociedade..., Ldª que contém um projecto de divisão de um prédio; e com uma certidão do Acórdão proferido pela 6ª Secção do Tribunal da Relação de..., transitado em julgado - que reviu e confirmou a sentença de divórcio, por mútuo consentimento, entre os cônjuges acima identificados -; e diz que a sentença do tribunal suíço decretou o divórcio entre os requerentes, fixou alimentos a favor de um deles, regulou o poder paternal quanto à filha menor do casal e homologou a partilha dos bens comuns do casal. Por sua vez o Acórdão da Relação de... reviu-a e confirmou-a para todos os efeitos legais e, designadamente o de ela produzir todos os seus efeitos em Portugal, assim dissolvendo o casamento". Pretende a recorrente que a referida decisão sirva de título à adjudicação de parte do prédio objecto do pedido a seu favor, por partilha em divórcio. Porém da certidão do citado Acórdão consta apenas o documento de fls. 18 do processo, que refere o acordo relativo ao terreno dos..., onde se diz: «As partes obrigam-se a dividir o terreno nos... (sic) descrito sob a cifra 1.1. alínea a) conforme documento anexo ao presente acordo» - e cujo teor se desconhece, por o mesmo não fazer parte da certidão apresentada a registo. E continua: «As partes acordam nas seguintes condições para a divisão real: a) O terreno é dividido pela metade. A divisão exacta deve ser efectuada pelo Registo Predial competente (sic). file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (1 de 79) [ :30:05]

2 b) A autora ficará com o terreno no qual fica situada a casinha (sic), ela pagará ao réu uma compensação (...). c) Tomando em conta o facto de a casinha ficar no meio do terreno em questão, a fronteira deve ficar diagonal. Ambos os terrenos novos têm acesso para o mar. Devido à demarcação da fronteira a parte ligada ao mar do terreno da autora será menos comprida do que a do réu. d) As custas que resultarão da divisão real serão pagas em partes iguais». A Senhora Conservadora começa por mencionar a falta, no título, da completa identificação dos sujeitos, quanto ao respectivo regime de bens. Tal falta, susceptível de ser suprida nos termos do artº 46º nº 1 alínea a) do CRP, conduziria à provisoriedade por dúvidas do registo, se outros motivos não houvesse que levassem à recusa. Mas foram vários os motivos da recusa do registo, a saber: - O primeiro é a indeterminação do objecto da inscrição, não só no que respeita ao prédio-mãe, como também aos prédios resultantes de uma eventual divisão, geradora de incertezas insupríveis, pelo que o registo, a ser efectuado, sempre seria nulo nos termos do artº 16º alínea c), motivo por que é recusado nos termos do artº 69º nº 1 d) do CRP. Na verdade, o título é completamente omisso quanto à identificação do prédio objecto da partilha, que possibilite a sua descrição em obediência ao disposto no artº 82º do CRP. Ora os elementos de identificação do prédio a levar à descrição têm de constar dos títulos, só podendo ser prestadas declarações complementares, nos termos do artº 46º acima citado, quando os títulos forem deficientes quanto às menções que integrem a descrição, ou para esclarecimento das suas divergências, quando contraditórios, entre si, ou com a descrição, em virtude de alteração superveniente. Porém no caso não há qualquer deficiência passível de ser suprida através de declarações complementares (que, aliás, não foram efectuadas) pois o que se verifica é a completa falta de identificação do prédio objecto de uma eventual partilha por divórcio. Com efeito, diz, sabe-se que «as partes acordaram na divisão de um terreno situado nos... (em que ilha do arquipélago, concelho, freguesia e lugar?), que confronta com o mar (quantos prédios com ele confrontam?), que tal divisão será efectuada pela metade (?), ficando a autora com a parte que tem a casinha (?) que fica no meio do terreno em questão, sendo a fronteira diagonal (?), ficando os dois prédios novos (que prédios?) com acesso para o mar, sendo que a parte que dará acesso para o mar do terreno da autora será menos comprida que a do réu (!)». E conclui: «Sempre se dirá que a entender-se ser este título bastante para registo, as partes ficariam virtualmente com a possibilidade de dividir qualquer terreno situado neste arquipélago, que confrontasse com o mar e que tivesse uma casinha (o que aliás não é o caso do prédio descrito nesta conservatória e objecto do pedido de registo, cuja descrição não menciona qualquer casinha ). - E esta indefinição do objecto conduz, segundo a Senhora Conservadora, a outro motivo de recusa, que é o de ser manifesto que o acto (divisão) não está titulado nos documentos apresentados, pelo que sempre teria que ser recusado, nos termos do artº 69º nº 1 b) do CRP. Isto porque as partes acordaram que a divisão exacta do prédio será efectuada pelo registo predial competente. Ora na ordem jurídica portuguesa, aplicável por força do artº 46º do CC, «não compete aos serviços de registo predial proceder a divisões de prédios. É sua função registar as vicissitudes dos prédios e direitos sobre eles, incluindo os decorrentes de divisões, posto que titulados nos termos do artº 1413º do CC». Refere depois que, de acordo com o princípio da especialidade ou individualização em matéria de direitos reais, file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (2 de 79) [ :30:05]

3 decorrente do nº 2 do artº 408º do CC, só pode haver direitos reais sobre coisas certas e determinadas. Qualquer negócio que verse sobre coisas genéricas só será susceptível de produzir efeitos obrigacionais, logo, não sujeitos a registo, sendo nulo se o objecto for indeterminável (artº 280º do CC por lapso, certamente, indica o artº 282º). Pelo que, no caso concreto, não vislumbra como pretende a interessada atribuir efeitos reais ao acordo citado, sem proceder à efectiva divisão do prédio, nos termos do referido artº 1413º do CC. Entende que «não obstante o douto Acórdão ter homologado uma partilha por divórcio, que terá existido relativamente a outros bens do casal dissolvido, no que respeita a este preciso acordo, acima transcrito, e pelo que atrás ficou dito, o seu valor será precisamente o de o homologar (o acordo, entenda-se), emprestando-lhe a força executiva necessária caso o mesmo não seja cumprido por alguma das partes» A interessada não se conformou com a recusa, tendo impugnado a decisão directamente para o Conservador que a proferiu, no último dia do prazo para interposição do recurso hierárquico. A fim de não prejudicar a interessada, a Conservatória acolheu a reclamação como se se tratasse do recurso hierárquico previsto no artº 140º do CRP, tendo-o remetido para a entidade competente acompanhado do seu despacho de sustentação, que remete para os fundamentos do despacho de recusa. Mas solicita informação sobre se a actuação seguida foi a correcta Na impugnação da decisão, a interessada começa por dizer que no processo de divórcio que decorreu na Suíça, o tribunal competente para o mesmo procedeu também à partilha de bens do casal, de acordo com a lei suíça, e que na petição que originou o acórdão do Tribunal da Relação de... se alegou especialmente ter a sentença do tribunal suíço homologado o acordo das partes quanto às consequências patrimoniais decorrentes do divórcio. Esta sentença foi integralmente revista e confirmada pelo referido Tribunal da Relação. Depois, quanto à identificação dos sujeitos, alega a recorrente que o regime de bens com que foi casada com o FJL era o da comunhão de adquiridos, como consta, aliás, da inscrição a favor deste Ap.01/ pelo que não colhe a argumentação de que o título é omisso quanto ao regime de bens e tal não foi suprido por declaração complementar. Esta argumentação não pode servir de base à recusa, pois o prédio está registado na conservatória e consta do registo o regime de bens. Também quanto ao argumento de que o título é omisso quanto à identificação do prédio, ele não colhe, pois não se está perante um caso de um prédio não descrito. Ele está descrito e foi devidamente identificado na requisição de registo. Não se está perante um pedido de um primeiro registo de um prédio que estivesse omisso mas apenas o de divisão do prédio por partilha em divórcio efectuada segundo a lei suíça aplicável e posteriormente confirmada pela instância portuguesa competente. Argumenta-se que as partes, dada a descrição que fazem da divisão do prédio, «ficariam virtualmente com a possibilidade de dividir qualquer terreno situado neste arquipélago...» etc. Trata-se de um óbvio exagero. A requisição identifica correctamente o prédio pelas coordenadas do registo, onde constam os nomes e demais identificação dos titulares. Mais uma vez se diz que tal argumentação apenas poderia valer para o caso de prédio omisso. Não é o caso. As partes, como lhes chama o despacho recorrido, são efectivamente os titulares constantes do registo do prédio inequivocamente indicado na requisição e cuja verificação pela conservatória não tem qualquer obstáculo. Refere ainda que a «casinha» é uma pequena construção com 15 m2 que efectivamente consta da matriz predial do artº 54 D de..., como se pode facilmente ver pela cópia do requerimento junto dirigido à Rep. Fin. do concelho contendo a descrição completa melhor do que qualquer declaração complementar itálico nosso. Conclui que não há qualquer indefinição do objecto, em face dos argumentos citados. Finalmente quanto ao direito aplicável, entende que ao caso se não aplica o artº 1413º do CC, pois não se está perante uma situação de compropriedade a que se tivesse posto cobro, mas perante uma comunhão conjugal com a necessária partilha decorrente de divórcio, a que se aplicam as normas dos artºs 55º e 52º, designadamente o nº 2 deste último preceito, ambos do CC. Isto porque, «não tendo os cônjuges a mesma nacionalidade, é aplicável a lei da sua residência habitual comum e, na falta desta, a lei do país com o qual a vida familiar se ache mais estreitamente conexa», como dispõe este nº 2. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (3 de 79) [ :30:05]

4 Não são, portanto, aplicáveis ao caso as normas citadas pelo despacho recorrido, sendo antes a lei suíça, tal como foi confirmado pelo Tribunal da Relação de... Cita o acórdão da Relação do Porto de 02/12/83, in CJ 1983, 5º, 222, a propósito da forma de um contrato de mútuo entre um português e um suíço celebrado naquele país. 2- Antes de entrar na apreciação do mérito do recurso, há que verificar se o mesmo, do ponto de vista formal, se encontra devidamente instruído, e se não há questões prévias ou prejudiciais que obstem à referida apreciação. E a questão a decidir é a de saber se, tendo sido interposta reclamação para a Conservatória, já após a entrada em vigor do Dec-Lei nº 533/99, se pode ter por interposto o recurso hierárquico previsto nos artºs 140º e 141º a 144º do CRP. Com efeito houve, no caso, erro sobre a lei reguladora dos trâmites processuais da impugnação que a interessada desencadeou. Mas, como se esclareceu no Proc. RP 84/2000 CT[1], e tem sido reafirmado em muitos outros[2], deve-se ter por interposto o recurso hierárquico que a lei prevê na sua nova redacção, dado terem sido observados no essencial e o essencial reconduz-se, para o efeito que aqui se considera, à apresentação na conservatória competente da petição que impugne a qualificação desfavorável dentro do prazo legalmente fixado para recorrer da decisão - os respectivos trâmites, e do aproveitamento do acto praticado não decorrerem prejuízos para terceiros (ou, o que é o mesmo, para a segurança do comércio jurídico), pelo que bem andou a Senhora Conservadora ao considerar efectivamente interposto o recurso hierárquico, e ao remetê-lo para a entidade competente para o decidir, acompanhado do despacho de sustentação[3]. Dado que mais nenhuma questão prévia ou prejudicial se suscita nos autos, cumpre emitir parecer. 3- A questão fundamental que se depara nos autos, e que não foi sequer equacionada no despacho de recusa, mas que não pode deixar de ser considerada[4], é a da falta de título, o que leva à recusa do registo nos termos da alínea b) do nº 1 do artº 69º do CRP. Na verdade, não foi junta certidão da sentença que decretou o divórcio entre os cônjuges e que conterá o acordo, homologado no processo de divórcio, respeitante à partilha dos bens, sentença e acordo esses devidamente acompanhados da necessária tradução para português, bem como do acórdão da Relação de... que a reviu e confirmou. Ora a sentença em causa, integrada pelo acordo de partilha de bens, é que será o título para o registo de aquisição consequente da referida partilha, e não o acórdão de revisão e confirmação da sentença suíça artº 43º nº 1 do CRP. Aliás, a certidão junta como título para registo está muito incompleta, pois, além da falta insuprível - da sentença estrangeira com a respectiva tradução, não tem também o acordo integralmente fotocopiado (apenas se juntou a tradução de uma parte, faltando-lhe, entre outras peças, o documento nº 1 anexo, que será esclarecedor quanto à identificação do terreno nos..., pois estará nele descrito sob a cifra 1.1.). Daí que o registo tenha de ser recusado por ser manifesto que o facto não está titulado nos documentos apresentados artº 69º nº 1 b) do CRP. 4 Apesar da falta de título para o registo, não deixaremos de abordar, embora de forma sucinta, as questões que foram equacionadas no despacho de recusa. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (4 de 79) [ :30:05]

5 4.1 - Assim, a primeira delas e que, ao contrário do que afirma a recorrente, não foi considerada motivo de recusa, mas seria motivo da feitura do registo como provisório por dúvidas (se outras razões não houvesse que conduzissem à recusa), é a falta da indicação, no título, do regime de bens em que os interessados foram casados, nem ter sido prestada declaração complementar nesse sentido. Argumenta a interessada que o regime de bens já consta do registo de aquisição a favor do ex-cônjuge, pelo que pode a Conservatória utilizar esse dado que já consta das tábuas. Que a Conservatória se não pode servir de inscrições anteriores para integrar lacunas de identificação que contenham os títulos que vão ser submetidos a registo é entendimento há muito firmado por este Conselho, dado que os elementos constantes de registos anteriores podem estar errados ou desactualizados, pelo que deve o interessado no registo prestar as necessárias declarações complementares à completa identificação dos interessados, tal como prevê o nº 1 alínea a) do artº 46º do CRP. Tal declaração complementar só não é possível para a prova do estado civil, quando o título seja omisso a esse respeito, pois essa prova só pode ser feita através da adequada certidão do registo civil[5]. Porém, no caso dos autos, cremos que não seria necessária a declaração complementar do regime de bens em que foram casados os ex-cônjuges, dado que o que se pretende levar a registo é uma aquisição em consequência de partilha por divórcio[6], e a identidade dos sujeitos que deve constar dos títulos, como decorre do nº 1 alínea a) do artº 44º do CRP, tem a ver com a obrigatoriedade de a mesma constar do registo a lavrar, conforme exige a alínea e) do nº 1 do artº 93º do mesmo Código. Ora na situação sub judicio o próprio título que se pretendeu apresentar a registo seria a sentença de divórcio dos sujeitos da inscrição, que deveria conter a partilha dos bens dos mesmos, pelo que o estado civil deles seria o de divorciados (se outra situação não decorrer dos documentos juntos ao processo registral) não havendo então regime de bens a declarar Outra questão suscitada no despacho tem a ver com a indefinição do objecto sujeito a registo, que conduziria à recusa do registo nos termos da alínea d) do nº 1 do artº 69º do CRP. E aqui poderá não assistir razão à recorrida, pois do título que vier a ser apresentado a registo pode vir a concluirse que o prédio que as partes partilharam, no processo de divórcio, é o prédio nº 00029/ , da Conservatória do Registo Predial de... Com efeito, no documento de fls. 18 que faz parte da certidão emitida pelo Tribunal da Relação de... diz-se, no ponto 3.1, que «as partes se obrigam a dividir o terreno nos... (descrito sob cifra 1.1 alínea a) conforme documento nº 1 anexo ao presente acordo)». Em face desta referência entre parêntesis, tudo indica que do acordo da partilha de bens que faz parte integrante da sentença de divórcio, cuja decisão judicial foi revista e confirmada pelo competente tribunal português, consta a identificação do prédio que se diz ter sido objecto da partilha por divórcio, de forma que se possa concluir ser o prédio que se identificou na requisição e sobre o qual se requereu o registo. Porém, a argumentação utilizada pela recorrente de que a identificação do prédio no título só seria necessária se se tratasse de prédio não descrito no registo também não colhe, uma vez que tem de haver correspondência entre o prédio identificado no título e aquele, já descrito, sobre o qual é pedido o registo. No entanto, se de todo o conteúdo do acordo de partilha dos bens se concluir, sem sombra de dúvida, que o único prédio que o casal possuía nos... é aquele terreno, e uma vez que o prédio sobre que foi requerido o registo está efectivamente registado em nome do dissolvido casal, poderá eventualmente aceitar-se que o prédio partilhado foi aquele, admitindo-se o registo de aquisição pretendido, desde que acompanhado das necessárias declarações complementares, prestadas nos termos do artº 46º nº 1 b) e/ou nº 2 do CRP, por quem tenha legitimidade (no caso, pelos interessados no registo), se outros motivos não se suscitarem com a apresentação da sentença de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (5 de 79) [ :30:05]

6 divórcio e respectivo acordo, que neste momento se não conhecem Ainda uma outra questão foi equacionada no despacho, perante a parte do acordo junto como título para registo, e que é a da pretensa divisão do prédio em dois. Com efeito, como bem refere a Conservatória, é manifesto que o acto (divisão) não está titulado nos documentos apresentados. Na verdade, o que parece resultar do documento apresentado é que os cônjuges terão partilhado o prédio segundo a regra da metade, isto é, ficaram com o prédio em compropriedade, metade para cada um deles. E então a comunhão que existia na constância do matrimónio ter-se-á transformado em compropriedade, por força da partilha levada a efeito pelo acordo que terá sido homologado pela sentença de divórcio suíça. Cremos que terá sido este o entendimento da Conservatória, e que a levou a invocar o não cumprimento do artº 1413º do CC para concluir pela falta de título para o registo de divisão do prédio, dado que ao caso se aplicará efectivamente a ordem jurídica portuguesa, por força do que dispõe o artº 46º do CC. Assim, estaremos perante uma partilha que terá conduzido à compropriedade do bem partilhado e que agora, para poder ser dividido, o terá de ser de acordo com as regras estabelecidas na lei portuguesa. Com efeito, segundo a lei portuguesa, o registo predial não tem por função proceder à divisão de prédios, como eventualmente acontecerá em face da lei suíça. É que, em Portugal, o registo não é constitutivo[7], como acontece no direito germânico, designadamente em alguns cantões da Suíça. Por isso, para que um prédio que se encontre em regime de compropriedade (como será o caso do dos autos, após a partilha por divórcio) possa ser dividido, há que juntar o respectivo título de divisão do mesmo. Daí que se nos afigure assistir razão à Senhora Conservadora quando exige que a divisão seja agora titulada segundo a lei portuguesa (artº 1413º do CC)[8], pois ao caso se aplicará a ordem jurídica portuguesa, por força do artº 46º acima citado. Efectivamente, sendo certo que é a lei da residência habitual comum lei suíça, dado que ambos os ex-cônjuges residem nesse país a regular tudo o que fôr decidido no processo de divórcio (incluindo a extinção da comunhão patrimonial com a consequente partilha dos bens do extinto casal), certo é também que a partilha terá ocorrido, em relação ao prédio objecto do recurso, mediante a conversão da comunhão conjugal em compropriedade. Ao que se nos afigura, este terá sido o entendimento do Tribunal da Relação de..., ao conceder a revisão e confirmação da sentença em causa «para todos os efeitos legais e, designadamente, o de ela produzir todos os seus efeitos em Portugal». Esta parece-nos ser a única possível interpretação a dar ao acordo, em face dos termos do mesmo que foram facultados com o pedido de registo. Todavia, as questões que enumeramos neste ponto 4 terão de ser analisadas em face da certidão da sentença estrangeira e respectivo acordo que vierem a ser juntos, com as respectivas traduções, ao pedido de registo[9], pelo que apenas avançamos algumas notas sobre elas, com vista a uma futura qualificação do mesmo, se e quando aquele pedido vier a ser renovado. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (6 de 79) [ :30:05]

7 5- Concluindo, entendemos que o facto cujo registo se requereu não está titulado nos documentos apresentados artº 43º nºs 1 e 3 -, pelo que deve ser recusado, nos termos do artº 69º nº 1 b) e 16º b) a contrario, todos do CRP, não tendo sido junto título suficiente para o registo de aquisição por partilha em consequência do divórcio decretado pela sentença suíça. 6 Termos em que se nos afigura não merecer provimento o recurso, firmando-se as seguintes Conclusões I A sentença de divórcio proferida por tribunal estrangeiro que tenha homologado acordo de partilha de bens do dissolvido casal pode ser título para o registo de aquisição com base nesse acordo, desde que seja junta certidão da mesma e do referido acordo, devidamente traduzidos e acompanhados do acórdão de revisão e confirmação pelo Tribunal da Relação competente, passado em julgado artº 43º nºs 1 e 3 do Código de Registo Predial e deles se possa concluir, inequivocamente, qual(is) o(s) prédio (s) objecto da partilha, bem como o regime de propriedade a que o(s) mesmo(s) fica(m) sujeito(s), após essa partilha. II Consequentemente, deve ser recusado, por falta de título, o pedido de registo que tenha sido instruído com certidão da sentença de revisão e confirmação, emitida pelo Tribunal da Relação competente, mas que não contenha a sentença estrangeira revista e confirmada, nem o acordo por ela homologado, com as respectivas traduções artº 69º nº 1 b) e 16º b) a contrario, do mesmo Código Este parecer foi aprovado em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Maria Ferraro Vaz dos Santos Graça Soares Silva, relatora, Ana Viriato Sommer Ribeiro, João Guimarães Gomes de Bastos, Luís Gonzaga das Neves Silva Pereira, José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro. Este parecer foi homologado por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 279/2000 DSJ-CT - Penhora da nua propriedade efectuada por termo Qualificação do registo. Deliberação I file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (7 de 79) [ :30:05]

8 O registo cuja qualificação se questiona foi feito como provisório por dúvidas «em virtude da penhora do direito de nua propriedade sobre o imóvel descrito sob o nº 00515/ não ter obedecido ao prescrito para a penhora de direitos, nomeadamente na notificação aos usufrutuários do facto artºs 863º e 862º nº 1 do Código de Processo Civil» (CPC). O Banco exequente interpôs o presente recurso1, em que não questiona que para penhorar a nua propriedade seja necessário cumprir o preceituado nos artºs 863º e 862º nº 1 do CPC2, mas sim a qualificação do registo como provisório por dúvidas em vez de provisório por natureza, nos termos da al. n) do nº 1 do artº 92º do Código de Registo Predial (CRP), pois considera que a penhora foi ordenada, embora ainda não efectuada por falta da notificação aos interessados. Diz o Senhor Conservador recorrido que a penhora foi ordenada e foi efectivada, embora mal. Trata-se, em seu entender, de situação diversa da prevista na referida al. n), onde se contempla a situação de penhora meramente ordenada (e daí um dos requisitos especiais da inscrição, constante da al. l) do artº 95º do CRP ser o da data do despacho que ordenou a diligência). No caso dos autos existiram diligências para concretizar a penhora, traduzidas no termo de penhora. Só que a penhora de direitos obedece a um mecanismo processual próprio, que é a notificação do contitular, no caso, dos usufrutuários, razão por que sustenta o despacho. II 1 - A questão sobre que tem de se pronunciar este Conselho reconduz-se, afinal, a saber se, tendo sido - indevidamente, é certo - penhorada, por termo no processo, a nua propriedade do prédio, sem terem sido notificados os usufrutuários, esta diligência pressupõe a ordem de penhora, embora sem a concretizar. 2 - Que a penhora da nua propriedade deve revestir a forma de penhora de direitos, sendo feita mediante a notificação do usufrutuário, é questão pacífica entre os autores, mesmo antes das alterações introduzidas pelo Dec- Lei nº 329-A/95 de 12/12 ao CPC, designadamente ao artº 862º. No sentido de que a penhora da nua propriedade, como direito parcelar que é da propriedade, constitui penhora de direitos, a efectuar nos termos dos artºs 856º e seguintes do CPC, se pronunciaram Castro Mendes3 e Lebre de Freitas45. Já após as referidas alterações que, no que ao caso importa, se traduziram na introdução de um nº 4 ao artº 862º, que contempla também a penhora de outros direitos reais cujo objecto não deva ser apreendido, nos termos previstos na subsecção anterior (penhora de bens móveis) diz Lopes do Rego6, em comentário a este artigo: «O nº 4 manda aplicar o regime típico da penhora de bens indivisos, não apenas à penhora do direito real de habitação periódica (...) mas também à penhora de direitos reais menores cujo objecto não deva ser materialmente apreendido, por tal se revelar manifestamente incompatível com os direitos de quem não é parte na execução aderindo, deste modo, à solução já propugnada na doutrina, segundo a qual se deviam aplicar as regras da penhora de direitos quando se tratasse de penhorar direitos reais (v.g. a nua propriedade) cuja estrutura não abrange a efectiva detenção da coisa pelo executado (cfr. Castro Mendes, Acção Executiva, pág. 111)». 3 Resta, portanto, apreciar se a forma como foi levada a efeito a penhora, por termo no processo, pode ser entendida como se a mesma estivesse ordenada mas ainda não efectuada. Na verdade, nos termos da al. n) do nº 1 do artº 92º do CRP, é feita como provisória por natureza a inscrição de penhora, depois de ordenada a diligência, mas antes de ser efectuada. Que a mesma não foi efectuada, por falta de notificação dos usufrutuários, é questão que não sofre dúvida. Mas file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (8 de 79) [ :30:05]

9 também não sofre dúvida que a referida diligência foi ordenada, tanto assim que foi, embora incorrectamente, elaborado termo no processo, como se de penhora de bens imóveis se tratasse (artº 838º nº 3 do CPC). 4 Daí que o registo em causa devesse ter sido lavrado como provisório por natureza, nos termos da citada alínea n), por a penhora já ter sido ordenada, mas não ter sido ainda efectuada7. Aliás, o entendimento deste Conselho tem sido no sentido que acabamos de referir, como decorre do parecer junto ao Proc. 85/90 RP 4, em que foi apreciada a questão de saber como levar a registo a penhora, por termo no processo, do direito a bens indivisos, e no qual se afirmou, a dado passo: «Assim sendo, a irregularidade cometida no processo de execução não conduz à nulidade do acto, antes impede que seja admitido a registo definitivo. O conservador não teria que manifestar propriamente dúvidas pela falta de prova da notificação, já que o Tribunal seguiu outro caminho para a prática do acto (com entrega de todo o imóvel ao depositário). Mas terá que se opor ao registo definitivo, pela falta da data da penhora, exigível em qualquer caso nos termos da 2ª parte da al. l) do nº 1 do artº 95º do CRP, e uma vez que se mostra ordenada a diligência, mas ainda não efectuada. O registo de penhora deveria ter sido lavrado como provisório por natureza (também) nos termos da citada al. n)». Neste processo concluiu-se dever o registo em causa subsistir como provisório por natureza, «com a extensão e os limites apontados» Porém, um dos motivos invocados pelo Senhor Conservador recorrido para manter a qualificação do registo como provisório por dúvidas é a de que não decorre do documento apresentado qual a data do despacho que ordenou a diligência e que tem de constar do registo provisório por natureza lavrado nos termos da citada al. n), data essa exigida pela 2ª parte da al. l) do nº 1 do artº 95º do CRP. Mas cremos que o registo em causa será de efectuar com a extensão e os limites decorrentes do título apresentado. E como este não contém a data em que foi ordenada a penhora requisito esse cuja essencialidade decorre do disposto na alínea l) do artº 95º - a inscrição deve ser lavrada também como provisória por dúvidas, por esse motivo; assim, dando cumprimento à lei, também se evitam as gravosas consequências da qualificação impugnada. Ponto é que, atempadamente, se removam as dúvidas apontadas. Termos em que se afigura ao Conselho que deve ser dado provimento parcial ao recurso hierárquico a que esta deliberação se reporta, devendo ser alterada a qualificação do registo de penhora para provisório por natureza nos termos da al. n) do nº 1 do artº 92º do CRP e por dúvidas. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Maria Ferraro Vaz dos Santos Graça Soares Silva, relatora. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (9 de 79) [ :30:05]

10 Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 294/2000 DSJ-CT - Acção de divisão de coisa comum Princípio do trato sucessivo. Deliberação I Ao registo necessariamente provisório (nos termos da alínea a) do n.º 1 do art.º 92º) de acção de divisão de coisa comum meio pelo qual os comproprietários se propõem pôr termo (total ou parcialmente) à relação de compropriedade entre eles estabelecida é aplicável o princípio do trato sucessivo tal como está previsto no art.º art.º 34º, n.º 2, do Código do Registo Predial (CRP). II Tal princípio requer, como pressuposto de admissibilidade do registo, a intervenção de todos os comproprietários inscritos na acção registanda, que no caso ter-se-á por verificada dada a especificidade da acção de divisão de coisa comum, que essencialmente visa a formulação de um juízo divisório independentemente de ocorrer pelo lado dos requeridos ou, antes, pelo lado dos requerentes, o que redunda na exigência de que todos aqueles que assim efectivamente intervenham na acção tenham ou venham a obter registo prévio do seu direito. III Desse modo, tendo a acção sido requerida por quem era, no momento da sua interposição, comproprietário inscrito, mas que entretanto transmitiu o direito de que era titular na compropriedade em causa para terceiro entenda-se, para quem não era ainda comproprietário, que registou tal aquisição antes de ter sido pedido o registo de acção, este só como provisório por dúvidas poderá ser lavrado, enquanto se não comprovar a substituição processual do requerente transmitente pelo subadquirente, face à violação do princípio do trato sucessivo decorrente daquela circunstância (cfr. art. ºs 5º, n.º 1, e 6º, n.ºs 1 e 3, do CRP). IV Essa ilação não é prejudicada, devendo antes ter-se por confirmada, pelo disposto no art.º 271º do Código de Processo Civil (CPC), que, ao definir a oponibilidade processual a terceiros das sentenças que afectem a situação jurídica dos imóveis (ou dos móveis sujeitos a registo), o faz tendo em conta precisamente os efeitos dos registos, a lavrar de harmonia com as regras que o regulam (n.º 3 daquele art.º 271º). V Na verdade, perante terceiros adquirentes, que registaram o seu direito antes de registada a acção, a decisão que venha a pôr termo à compropriedade só se lhes será oponível caso intervenham na respectiva acção como parte principal (cfr. também os art.ºs 320º e 325º do CPC). file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (10 de 79) [ :30:05]

11 VI Inversamente, essa decisão será sempre oponível ao terceiro adquirente de comproprietário inscrito interveniente na acção, registada antes de aquele obter o registo do seu direito, independentemente de nela se verificar ou não a intervenção do subadquirente1. VII Não constitui assim circunstância superveniente passível de obstar à conversão entendida esta expressão em sentido amplo do registo provisório de acção a falta dessa intervenção quando o registo da aquisição a favor desse subadquirente vier a ser efectuado já depois de registada a acção, pelo que ilegítima se mostrará a recusa do registo de remoção de dúvidas quando baseada nessa circunstância. VIII Aliás, o averbamento que declare removidos os motivos das dúvidas opostas ao ingresso do registo, ele próprio já provisório por natureza por outra(s) causa(s), redunda numa alteração do regime de provisoriedade a que estava sujeito esse mesmo registo, cuja vigência prosseguirá mas apenas como provisório por natureza, e nessa medida se poderá dizer que é ele então objecto de uma conversão (que não obviamente a conversão em definitivo do registo). IX Daí que o pedido de conversão do registo, circunscrevendo-o os interessados ao esclarecimento das dúvidas, não possa ser entendido de outro modo que não seja o de que o acto pedido tem por objecto a remoção das dúvidas, pelo que, pese embora a imprecisão técnica que eventualmente se veja na sua formulação, essa circunstância não é também impeditiva, quando outros motivos não haja para o recusar, de que tal registo se efectue (vd. art.º 69º do CRP). X Por outro lado, devem ter-se por removidos os motivos das dúvidas por falta de intervenção na acção de determinado(s) comproprietário(s) inscrito(s) quando, ainda antes de se verificar a caducidade do registo, venham os sucessores daquele(s) ou os seus subadquirentes - cuja intervenção nos termos sobreditos, essa sim, os documentos apresentados comprovem registar a aquisição da(s) quota(s) para eles entretanto transmitidas. XI A deficiência decorrente da falta de indicação nos títulos do estado civil dos sujeitos activos ou passivos da relação jurídica registanda poderá ser suprida mediante a apresentação de certidão emitida pelo registo civil que legalmente o comprove, sendo, porém, para tanto insuficiente quer a declaração file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (11 de 79) [ :30:05]

12 complementar dos interessados para registo quer a circunstância de haver registo anterior donde conste esse elemento obrigatório de identificação relativo a essas mesmas pessoas (mas reportado, por conseguinte, a outro momento), dada a alterabilidade (sempre possível) do estado civil de cada um cfr. art.ºs 44º, n.º 1, a), 46º, n.º 1, a), e 93º, n.º 1, e), do CRP. Termos em que, considerando que os documentos apresentados para registo não comprovam ainda a intervenção na acção de divisão de coisa comum (nos termos sobreditos) de todos os comproprietários já inscritos à data do registo dessa acção continuando a não se verificar tal intervenção relativamente àqueles cuja intervenção o recorrente, ao arrepio daquilo que decorre do exposto nos pontos III a V desta deliberação, entende não ser exigida (cfr. alínea c) do art.º 7º da petição de recurso) nem o estado civil daqueles intervenientes relativamente aos quais a conservatória recorrida indicou no despacho de recusa serem os títulos omissos, se afigura a este Conselho que é de indeferir o recurso hierárquico a que se reporta a presente deliberação Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de Luis Gonzaga das Neves Silva Pereira, relator. Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº R. Co. 31/2001 DSJ-CT Secretário da sociedade Curso superior adequado ao desempenho das funções. Dos autos verifica-se que: - Foi pedido, em 11.AGO.2000 (ap. nº 3), na Conservatória do Registo Comercial de..., o registo da nomeação do secretário da sociedade recorrente, bem como do seu suplente. A inscrição (nº 13) veio a ser lavrada como provisória por dúvidas por não se ter feito prova da qualificação profissional do Secretário e Suplente. - Em 03.NOV.2000, pela ap. nº 5, foi solicitada a conversão daquela inscrição tendo sido juntos certificados de habilitações literárias, pelos quais se verifica que o Secretário nomeado é licenciado em economia e o Suplente licenciado em gestão. - A conversão foi recusada por se ter entendido que o curso superior adequado ao desempenho das funções é o de direito. Cita-se, a propósito, o nº 3 do artigo 446-A do Código das Sociedades Comercias (C.S.C.). Estando em tabela apenas a apreciação deste problema afigura-se que, para a sua resolução, se pode apresentar a seguinte Deliberação file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (12 de 79) [ :30:05]

13 I O Decreto-Lei nº 257/96, de 31 de Dezembro, criou a figura do secretário da sociedade, tendo, para o efeito, aditado a Secção VI (artigos 446-A a 446-F) ao Capítulo VI do Título IV do C.S.C.. No preâmbulo do diploma é frisado (além do mais) que aquela figura do secretário era uma realidade de facto já existente nas sociedades de maior dimensão. II Tratou-se, portanto, de valorar uma função que, afinal, constituía uma realidade que diversas sociedades haviam reconhecido como vantajosa (ou até necessária) para a sua vida económicoempresarial e que, portanto, já figurava nos seus quadros societários. III É facto notório (e que, consequentemente, nem mesmo judicialmente careceria de ser demonstrado) que são os gestores e os economistas os profissionais que, na generalidade dos casos desempenham tais funções (de quase superintendência) na mencionada vida económica-empresarial das sociedades, incluindo a de certos aspectos jurídicos, já que na sua própria preparação universitária obtiveram necessariamente formação em várias matérias de direito, nomeadamente comercial, fiscal e do trabalho. IV O nº 3 do artigo 446-A do C.S.C. indica expressamente que as funções de secretário são exercidas por pessoa com curso superior adequado ao desempenho das funções ou solicitador. Isto é, seguindo a aludida prática a que se refere o preâmbulo do citado Decreto-Lei, não se exige que o secretário da sociedade seja licenciado em direito, até porque a lei não o menciona e admite mesmo que se trate de um solicitador. V Consequentemente, se o legislador pretendesse restringir as habilitações literárias daqueles profissionais à licenciatura em direito constituiria um erro grosseiro da sua parte não o ter dito explicitamente (o que à luz do nº 3 do artigo 9º do Código Civil é inadmissível pressupor), tendo, pelo contrário, utilizado antes uma expressão genérica: curso superior adequado ao desempenho das funções. Obviamente que o texto legal não limitou esse curso ao de direito. Como resulta do exposto, e uma vez que se demonstra que os nomeados possuem as habilitações adequadas ao exercício do cargo, somos de parecer que o recurso merece provimento. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (13 de 79) [ :30:05]

14 Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº R. Co. 44/2001 DSJ-CT Nomeação de gerente e de mandatário com poderes de representação e de administração delegados pela direcção de cooperativa. - A recorrente solicitou, em 24 de Outubro de 2000 (ap. nº 16), o registo da nomeação de um gerente e de um mandatário da cooperativa, tendo instruído o pedido com fotocópia da acta da reunião da Direcção de 15 de Setembro de O pedido foi recusado por se ter entendido que os factos sujeitos a registo respeitantes a cooperativas são apenas os enunciados no art. 4º do C.R.C.. A alínea b) deste preceito só contempla o órgão de direcção previsto nos arts. 55º e seguintes do Cód. Coop. ou mandatários constituídos por instrumento notarial para obrigar ou representar a cooperativa perante terceiros. Cita-se, a propósito, o artigo 48º, nº 1, c), do Código do Registo Comercial (C.R.C.). - A Cooperativa recorrente discordando desta recusa veio impugná-la e, em pormenorizadas considerações, recorda que, tanto no caso do gerente como no do mandatário nomeados, foram delegados pela Direcção muito amplos poderes de gestão, designadamente administrativa, financeira e de acessoria, direcção de serviços jurídicos, patrocínio com poderes forenses e contratação de pessoas. E que tais poderes impõem a sua publicitação que apenas pode ser feita através do registo comercial, sendo a acta apresentada o título bastante. Aliás a aludida nomeação teve em vista a articulação da direcção com uma gestão/administração profissional e tecnicamente habilitada. O acto requisitado não devia ter sido recusado, tendo o despacho respectivo violado a lei. - A Conservatória sustentou a sua posição, recordando as disposições legais aplicáveis, bem como os poderes conferidos pela acta da Direcção às pessoas que nela foram nomeadas com a designação de gerente e de mandatário. Mais refere que o órgão de direcção das cooperativas, enquanto órgão externo e representativo, é a Direcção. É a este que, de harmonia com o disposto no artigo 56º, g), do Código Cooperativo (C. Coop.), compete representar a cooperativa. Ora, a nomeação de gerentes ou mandatários, para ser sujeita a registo, tem de implicar a atribuição a esses sujeitos de poderes concretos de vinculação da cooperativa em actos externos, o que manifestamente não é o caso em apreço. Com efeito, os poderes que foram conferidos apenas respeitam à organização interna e administrativa dos serviços ou apresentação de propostas à Direcção a quem, na verdade, e em exclusivo, incumbe representar a cooperativa perante terceiros. - Estes sucintos dados da questão permitem inferir que a mesma poderá ser decidida com base na seguinte file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (14 de 79) [ :30:05]

15 Deliberação I O registo comercial destina-se a publicitar a situação jurídica das pessoas singulares e colectivas a ele sujeitas, tendo em vista a segurança do comércio jurídico (art. 1º, nº 1, do C.R.C.). II As pessoas colectivas não tendo (como é evidente) um ser, uma subjectividade, ou uma capacidade pensante próprias e inatas só podem agir e ser representadas, tanto fáctica como juridicamente, através dos seus órgãos quer os impostos por lei, quer os que os seus estatutos prevejam e determinem (artigos 162º e 163º do Código Civil). III Consequentemente, sendo tais órgãos os instrumentos que legalmente actuam, fiscalizam e representam a pessoa colectiva estão, em princípio, sujeitos a registo comercial donde resulta que só após o correspondente registo a sua existência e a nomeação dos seus membros é oponível a terceiros. (artigo 14º do C.R.C.). IV É também pelo facto de a pessoa colectiva actuar através dos seus órgãos que a lei usualmente impõe que os respectivos membros sejam nomeados ou designados pela assembleia geral (ou pelo conselho geral) da pessoa colectiva - e não apenas (restringidamente) pelos seus gerentes, directores ou administradores sendo então registralmente publicitada essa nomeação. V Não se verifica este condicionalismo de sujeição a registo quando o órgão directivo (a gerência, a direcção ou a administração) da pessoa colectiva nomeia alguém v.g. um advogado, um gestor, um economista ou um procurador para o representar em dadas questões (judiciais ou extra judiciais) que porventura possam carecer de estudo e despacho. VI É que tais pessoas têm somente uma representatividade delegada, a sua designação não está sujeita a registo nem (obviamente) se enquadra na previsão do Código do Registo Comercial, contida nas suas várias disposições, designadamente na alínea m) do nº 1 do artigo 3º, alínea b) do artigo 4º, alínea c) do artigo 5º, alínea c) do artigo 6º, alínea d) do artigo 7º, alínea h) do artigo 8º e (muito menos) nas alíneas a) e b) do artigo 10º. VII De facto, a nomeação do advogado, do gestor ou de outro profissional, agindo como quadro superior e nomeado pela direcção da pessoa colectiva, por mais dilatados que sejam os seus poderes e reconhecida a sua competência (o que, é claro, não está nem pode estar em causa no âmbito registral) é acto que não se acha sujeito a registo. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (15 de 79) [ :30:05]

16 VIII Está, sim, como se disse, a nomeação dos órgãos da pessoa colectiva que a representam (e sempre directa e inalienavelmente por ela se têm de responsabilizar) e zelam pela sua vida sendo certo que nas cooperativas não há, à face da lei, órgão algum das mesmas designado como gerente ou mandatário da Direcção. IX Por conseguinte, a nomeação, feita pela direcção de uma cooperativa, de um gerente e de um mandatário não constitui qualquer designação de membro dos seus órgãos próprios legalmente previstos e instituídos -, não estando, pois, sujeita a registo. Nestes termos, somos de parecer que ao recurso não deverá ser concedido provimento. Esta deliberação foi aprovada em sessão do Conselho Técnico da Direcção-Geral dos Registos e do Notariado de José Augusto Guimarães Mouteira Guerreiro, relator. Esta deliberação foi homologada por despacho do director-geral, de Proc. nº R.P. 17/2001 DSJ-CT Registo de aquisição Exercício do Direito de Remissão. Deliberação I O direito de remir os bens adjudicados ou vendidos em processo executivo, que o art.º 912º, n. º 1, do Código de Processo Civil (CPC) confere ao cônjuge que não esteja separado judicialmente de pessoas e bens e aos descendentes ou ascendentes do executado para evitar a saída dos bens penhorados do âmbito da família desse mesmo executado, é um direito especial de preferência legal, que deve ser exercido, no caso de venda judicial por arrematação em hasta pública, até à assinatura do respectivo auto de arrematação (cfr. art.º 26º, n.º 3, do Decreto-lei n.º 329-A/95, de 12/12, e 913º, alínea c), do CPC, na redacção anterior às alterações introduzidas pelo referido Dec.-Lei). II Admitido porém (pelo tribunal deprecado) o exercício, no acto de arrematação, do direito de file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (16 de 79) [ :30:05]

17 remição que alguém, comprovadamente descendente de um dos executados, invoca relativamente aos bens ali vendidos cujo preço, aliás, nesse acto também depositou mas sem prejuízo do que posteriormente se venha a apurar sobre a efectiva titularidade desses bens, visando desse modo salvaguardar o direito requerido face à impossibilidade de então o tribunal identificar qual dos vários executados seria proprietário de tais bens, deve entender-se que a transmissão dos bens arrematados a operar por força do direito de remição exercido só se verificará com o despacho que, reconhecendo o direito do remidor, lhe adjudique os bens (cfr. o actual art.º 900º, nº 1, do CPC com o art.º 905º do mesmo Código, mas na redacção anterior à introduzida pelo referido Decreto Lei n.º 329-A/95). III Consubstanciará tal adjudicação o despacho que o juiz venha a proferir no processo executivo a declarar remidos os bens arrematados por quem exerceu esse direito. IV Constitui assim título bastante para o registo do facto aquisitivo daí decorrente a certidão judicial que comprove não só o auto de arrematação e o pagamento do respectivo preço e da sisa devida, mas também o teor do despacho referido no ponto anterior e ateste o seu trânsito em julgado. V Não se pode porém ter por comprovado o trânsito em julgado do despacho referido no ponto III desta deliberação, se a certidão que o incorpora atestar o trânsito em julgado, não desse despacho, mas de um outro anteriormente proferido. VI Já não cabe ao conservador sindicar se, no caso, estão verificados os pressupostos legais do direito de remição exercido em particular, se os bens pertencem ou não ao executado familiar (hoc sensu) daquele que remiu os bens arrematados por ser questão de mérito de apreciação exclusiva do tribunal competente. VII A circunstância de o prédio remido ter em vigor inscrição de propriedade a favor de outrém, que não aquele executado, apenas poderá relevar, no âmbito da qualificação dos registos, para a verificação in casu do princípio do trato sucessivo (art.ºs 34º, n.º 2, e 68ºdo Código do Registo Predial). VIII De resto, a intervenção exigida pelo referido princípio deve ter sido verificada já pelo registador aquando da qualificação favorável dada ao registo da penhora efectuada na mesma execução cfr., a propósito, o parecer deste Conselho emitido no Proc. n.º 129/2000 CT e publicado no BRN n.º 11/2000, pp. 31/39, registo esse que, conferindo à penhora eficácia contra terceiros, legitima a subsequente adjudicação dos imóveis penhorados (art.º 838º, n.ºs 4 e 6, do CPC). Termos em que se afigura a este Conselho que não deve ser dado provimento ao recurso hierárquico sobre o qual recai esta deliberação. file:///c /Documents%20and%20Settings/Admin/Ambiente%20de%20trabalho/BRN_ /2001/par_7_2001.htm (17 de 79) [ :30:05]

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