PREPARAÇÃO FÍSICA. Qualidades físicas e métodos de treinamento. 30/09/2014 Anselmo Perez
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1 PREPARAÇÃO FÍSICA Qualidades físicas e métodos de treinamento
2 PREPARAÇÃO FÍSICA ou Treinamento Físico Conceito: componente que compreende os meios utilizados para o desenvolvimento das qualidades físicas básicas e específicas da prática corporal em treinamento, quer seja para os esportes de alto rendimento ou de lazer (prazer e segurança), quer seja para a saúde corporal (atividades do dia a dia).
3 PREPARAÇÃO FÍSICA /ou Treinamento Físico alto rendimento complexa, depende: lazer e saúde dirigida a: esporte educação desenvolvimento: * Nível de competição objetivada; * Condições anteriores dos atletas; * Qualidades físicas da modalidade; * Tempo disponível; * Potenciais físicos dos atletas; * Meios tecnológicos disponíveis. Segurança cardiovascular dos praticantes; Suporte para obtenção de nível técnico possível para prática prazerosa e segura. Valências da psicomotricidade (coordenação, ritmo, esquema corporal, outras); Qualidades físicas de base (força, resistência aeróbica, velocidade, flexibilidade e agilidade).
4 Preparação Física Qualidades físicas e suas divisões Meios de preparação no treinamento físico Métodos e aplicações de treinamento físico
5 Preparação Física Qualidades Físicas e suas Divisões (Tubino et al, Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte) PREPARAÇÃO ORGÂNICA PREPARAÇÃO MUSCULAR PREPARAÇÃO PERCEPTIVO- CINÉTICA
6 Qualidades físicas e suas divisões Modificada de Tubino et al, Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte. Neuromuscular Cardiovascular/ Orgânica Muscular Força Flexibilidade Perceptivo-Cinética Velocidade Equilíbrio Ritmo Agilidade Coordenação Descontração Resistência anaeróbica alática Resistência anaeróbica lática Resistência aeróbica
7 Meios da Preparação Física (Tubino et al, Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte.) Musculação Treinamento Contínuo Treinamento Intervalado Treinamento em Circuito Treinamento de Velocidade Treinamento de Flexibilidade Métodos e Formas Especiais de Preparação Física
8 Resistência anaeróbica alática Cardiovascular/Orgânica Resistência anaeróbica lática Resistência aeróbica
9 WASSERMAN K et al. Provas de esforço: princípios e interpretação. Rio de Janeiro: Revinter, Pag /09/2014 Anselmo Perez
10 30/09/2014 CHICARRO JL; VAQUERO AF. Fisiologia del ejercicio Anselmo Perez
11 Qualidades físicas orgânicas - resistências Resistência anaeróbica alática Ressíntese de ATP fosfato de creatina 2 a 10 segundos de estímulo intenso Resistência anaeróbica lática Ressíntese de ATP - glicogênio/glicose 15 a 60 segundos de estímulo intenso Resistência aeróbica Ressíntese de ATP carboidrato e gordura mais de 120 segundos de estímulo intenso
12 Meios e Métodos de Resistência Aeróbia (Tubino et al, Dicionário Enciclopédico Tubino do Esporte) Método primário Treinamento Contínuo cargas contínuas, longa duração em estado de equilíbrio fisiológico (steady state); exercícios cíclicos (corrida, natação, remo, ciclismo, esqui); Fartlek (jogo de velocidade). Métodos secundários Musculação - RML Treinamento Intervalado intervalos curtos Treinamento em Circuito intervalos curtos, várias passagens Métodos e Formas Especiais de Preparação Física: alongamento; altitude-training; hipóxico.
13 Sessão de Treinamento Contínuo 1ª parte aquecimento Alongamento ou atividade aeróbia/endurance 2ª parte principal Identificação do volume e intensidade para o tipo de exercício a ser praticado 3º parte: desaquecimento Idem aquecimento 30/09/2014 Anselmo Perez
14 Exemplo de uma Sessão de Treinamento Contínuo para Corredores Aquecimento 10 min Alongamento estático com 10 segundos de sustentação, com exercícios para pescoço, mmss e ombro, tronco e mmii 2ª parte: principal 30 minutos a 75% da FCreserva, com medida da FC a cada 10 minutos Desaquecimento 10 min Idem aquecimento 30/09/2014 Anselmo Perez
15 Treinamento Contínuo - controle da sessão VO 2 Frequência Cardíaca Execução Técnica/Eficiência Percepção Subjetiva do Esforço Lactato Sanguíneo 30/09/2014 Anselmo Perez
16 velocidade - km/h Controle de sessão - Método Contínuo ,9 13,6 13,3 13,5 13,3 13,1 13,0 PCR 13,6 13, ,3 LAV km 27/04/ manhã Fase condicionamento FC alvo = 90% (176 bpm) Meso Desenvolvimento 1
17 Fartlek (cross country)
18 Fartlek Jogo de velocidade Treino contínuo com variação de velocidade durante o percurso Terrenos variados
19 Freqüência Cardíaca - bpm Controle de sessão - FARTLEK (1 km fraco/2 km fortes) /04/2013 noite - Fase condicionamento - Meso Desenvolvimento :30 14,5 km/h 8:43 14,2 km/h 8:55 14,0 km/h TEMPO - minutos
20 Ficha de controle -Sessão de Treinamento identificação do(s) indivíduo(s) e nome do professor/técnico objetivo da sessão, incluindo a porcentagem a ser atingida com o efeito agudo do estímulo método de treinamento utilizado local e condições de aplicação da sessão descrição da sessão: aquecimento, parte principal, desaquecimento controle da sessão resultado da sessão: anotações feitas sobre a sessão, incluindo o que não havia sido planejado discussão e conclusão, onde deverá ser apresentada uma comparação do que foi planejado com o que foi obtido, incluindo uma análise para a próxima sessão de treino
21 Meios e Métodos de Resistência Anaeróbia Método primário Treinamento Intervalado tolerância e resistência ao lactato, com intervalos longos Métodos secundários Treinamento em Circuito intervalos longos, execução rápida de movimentos Musculação - potência
22 Treinamento Intervalado Interval Training
23 Treinamento Intervalado Interval Training Tubino e Moreira, 2003 Alternância entre períodos de trabalho e de recuperação, com intensidades e durações controladas. Nasceu da evolução dos métodos de treinamento para corredores de fundo e meio-fundo, sendo responsável por um grande número de recordes mundiais nos primeiros anos após a sua concepção em 1939 (treinador Woldemar Gerschller e Harbig, atleta de 400 e 800 m), continuando em 1952 com Emil Zatopek (5.000, e maratona) 30/09/2014 Anselmo Perez
24 Treinamento Intervalado Interval Training Tubino e Moreira, 2003 Atualmente é utilizado em todas as modalidades esportivas e também para treinamento cardiovascular de não atletas 30/09/2014 Anselmo Perez
25 Treinamento Intervalado Pausas entre os estímulos Treino anaeróbio Distâncias totais entre 2 a 8km, com frações de 200m a 1000m; em casos especiais (maratonistas) até 3km
26 Treinamento Intervalado Exemplo: ETRIA Estímulo; Tempo; Repetições; Intervalo; Ação 20 (R) x 400m (E) 90% da velocidade máxima (T) 1:30 (I) trotando (A)
27 Freqüência Cardíaca - bpm Controle de sessão - Treinamento Intervalado E = 1 km T = 4 min R = :01 3:58 4:00 I = 1:30 A = alongamento TEMPO - minutos
28 Tipos: MÉTODOS DE TREINAMENTO Método Intervalado Adaptado de Dantas, EHM(2003) p. 141
29 TREINAMENTO INTERVALADO EXTENSIVO Metodologia proposta por Weineck, J (2003) vs. Dantas, EH (2003) Weineck, J. O treinamento dos principais requisitos motores. In: Treinamento ideal. p Dantas, EHM. Treinamento Cardiopulmonar. In: A prática da preparação física. p
30 TREINAMENTO INTERVALADO INTENSIVO Metodologia proposta por Weineck, J (2003) vs. Dantas, EH (2003) Weineck, J. O treinamento dos principais requisitos motores. In: Treinamento ideal. p Dantas, EHM. Treinamento Cardiopulmonar. In: A prática da preparação física. p
31 Treinamento Intervalado Interval Training Orientações para uma sessão: Tipos Tolerância Resistência E - estímulo 20 s a 3 min T tempo (% vel máxima) 90 a a 90 R repetições/execuções 1 a a 40 I intervalo (FC >130 bpm) 2 a 5 min 30 s a 1:30 min A ação durante o intervalo Trotar a 40% do VO 2 máx. Caminhar Alongar
32 Treinamento Intervalado Interval Training controle da sessão: Lactato Sanguíneo Execução Técnica/Eficiência Percepção Subjetiva do Esforço FC
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44 Métodos de treinamento Diferenças entre Fartlek e Treinamento Intervalado
45 Fartlek (treino aeróbico e misto) Exemplo: Correr 5km sendo 500m forte e 500m fraco Não há interrupção As intensidades devem ficar entre 60% a 90% da FCreserva
46 Principal diferença Fartlek Não há intervalo e o estímulo fraco está dentro da zona de treinamento aeróbico Treinamento Intervalado No intervalo ou descansa, ou alonga, ou trote recuperativo Anselmo Perez
47 Ficha de controle -Sessão de Treinamento identificação do(s) indivíduo(s) e nome do professor/técnico objetivo da sessão, incluindo a porcentagem a ser atingida com o efeito agudo do estímulo método de treinamento utilizado local e condições de aplicação da sessão descrição da sessão: aquecimento, parte principal, desaquecimento controle da sessão resultado da sessão: anotações feitas sobre a sessão, incluindo o que não havia sido planejado discussão e conclusão, onde deverá ser apresentada uma comparação do que foi planejado com o que foi obtido, incluindo uma análise para a próxima sessão de treino
48 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Criado em 1953 por Morgan e Adamson (Universidade de Leeds Inglaterra), como alternativa para o treinamento intervalado, com influências também do Body Building System (Culturismo). Consta de passagens por estações (oficinas), nas quais são executados exercícios (com ou sem implementos) de efeitos distintos, podendo incluir várias qualidades físicas ao mesmo tempo. Aplicação geral: aeróbico ou anaeróbico. Demais qualidades físicas nas próprias estações, podendo receber alternância de grupos musculares e exercícios específicos.
49 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Na concepção oficial de Morgan e Adamson, o C.T. englobava toda a preparação física, isto é, era o único meio a ser empregado. Hoje, ele é um dos meios de treinamento. Inicialmente, o C.T. visava somente melhorias nas condições orgânicas e da potência muscular. Atualmente, pode ser programado para um número bem maior de qualidades físicas e em diferentes locais. Obedecia dois tipos de processos: TEMPO FIXO e CARGA FIXA. Hoje a referência passa a ser as qualidades físicas visadas.
50 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Totalidade Aeróbico Anaeróbico Estato de equilíbrio fisiológico Ritmos moderados, intensidades aeróbicas RML Não há estações com velociddade e potência Alta produção de lactato Executado com velocidade Estações de velocidade e potência 30/09/2014 Anselmo Perez
51 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Objetivos nas estações Força: RML, potência, e velocidade Outras qualidades físicas: agilidade, equilíbrio, flexibilidade
52 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Regras para composição e aplicação Alternância nos grupos musculares Dosagem individual por estação Exercícios de execução simples, com domínio corporal pelo executante Aquecimento e ensaio dos movimentos Podem ser incluídos exercícios técnicos (fundamentos) de esportes
53 Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Regras para composição e aplicação Número de estações: 6 a 15 estações aeróbico 15 anaeróbico 6 Intervalos entre estações e passagens: menor para aeróbico (nenhuma ou de 30s a 1 min) maiores para anaeróbico (1 a 3 min) Número de execuções: de acordo com teste inicial individualizado
54 Regras para composição e aplicação Treinamento em Circuito Circuit -Training Tubino e Moreira, 2003 Sobrecarga C.T. aeróbico: aumento no nº de passagens ou de repetições nas estações Sobrecarga C.T. anaeróbico: maior ritmo de execução, intensidades, ou menores intervalos Antes de sessões de C.T. executar os exercícios sem preocupação com velocidade controle da sessão: FC, nº execuções e coordenação dos movimentos (ficha) Sessões com várias pessoas ao mesmo tempo Anselmo Perez
55 Treinamento em Circuito Circuit -Training Vantagens Tubino e Moreira, 2003 Resultados a curto prazo Viabilidade em condições climáticas desfavoráveis Grande número de pessoas ao mesmo tempo Fácil aprendizagem dos exercícios Possibilita autoavaliação, variações nos estímulos e motivação Aproveitamento do tempo e espaço disponível Treinos individualizados e autocontrole Ambiente competitivo, para o caso de atletas Desvantagens Generalização em relação à qualidades físicas objetivadas Níveis de resultados menos efetivos
56 Treinamento em Circuito Circuit -Training Anselmo Perez
57 Treinamento em Circuito Circuit -Training
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