Estabeleciam duas categorias. diferentes para beleza e arte. A beleza estava conectada com a. expressão do bem enquanto a arte

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1 ESTÉTICA NA ANTIGUIDADE

2 Estabeleciam duas categorias diferentes para beleza e arte. PRÉ-SOCRÁTICOS A beleza estava conectada com a expressão do bem enquanto a arte significava um fazer bem feito. A ausência de uma beleza evidencia uma degradação do ser, por isso a busca pelo belo não deve ser apenas uma propriedade dos artefatos artísticos, mas o ideal de toda forma de atividade humana. Para os gregos antigos a junção bem-belo está relacionada ao conteúdo e a forma de uma positividade diante do cosmos.

3 Introduz o conceito de MIMÉSIS (imitação) e PRÉ-SOCRATICOS PITÁGORAS ( A.C) o de HARMONIA, dois conceitos que serão estruturantes nas formulações estéticas na cultura ocidental. O conceito de harmonia estava diretamente relacionado ao verbo harmotto (adequado, conexo), logo uma perfeita adquação das partes dentro do todo. Para Pitágoras o principio da harmonia forma uma estrutura numérica, e a partir da ordenação aritmética se aprofundava na cosmologia do universo sensível. A harmonia como propriedade do cosmo servia para estabelecer os limites entre ordem e caos. A busca da unidade do ser, identificando-o com o divino. BELEZA FORMAL( PROPORÇÕES)

4 SÓCRATES ( a.c) DO BELO FORMAL AO BELO IDEAL COMO PRIMEIRO FILOSOFO A FORMULAR UMA TEORIA DA ARQUITETURA, SÓCRATES PARTE DA IDÉIA DE QUE A FORMA É INSEPARÁVEL DA FUNÇÃO. SÓCRATES reafirma o conceito de BOM e BELO e inclui o BELO DENTRO DA ESFERA DO UTIL. assim como a virtude é a beleza do homem, a utilidade é a beleza dos objetos

5 SÓCRATES ( a.c) BELO FUNCIONAL E BELO FORMAL SÓCRATES ENUNCIA A TESE FUNDAMENTAL DO FUNCIONALISMO moderno Funda uma ESTÉTICA BASEADA NO USUÁRIO. Cabe ao usuário julgar o valor da obra. Define duas categorias BELO UTIL e BELO INUTIL Ao colocar o usuário como determinante no julgamento da obra, SÓCRATES não só RELATIVIZA a questão do gosto e do valor, como introduz A TESE DA APRECIAÇÃO SUBJETIVA relida por Kant.

6 O BEM É A ESSÊNCIA E O BELO A SÓCRATES ( a.c) APARÊNCIA O conceito do belo ideal tem como principio o fundamento da arte como manifestação sensível da razão. Se o bom é belo, então o belo é um universal positivo: a obra de arte é um ser que expressa o dever-ser. Por ser um modelo ideal, e não uma cópia do real, esse universal não deve se confundir com a aparência de nenhum homem em particular, mas um conjunto de fragmentos de todos os homens. DEVE-SE BUSCAR A PERFEIÇÃO NO SOMATÓRIO DO QUE HÁ DE MELHOR E MAIS BELO EM CADA INDIVIDUO, FORMAR UMA FIGURA multiperfeita, COMO EXEMPLO.

7 SÓCRATES ( a.c) Como a arte deve promover uma utilidade moral e servir de modelo para o comportamento ético dos indivíduos, quatro princípios devem nortear a noção do belo: 1) o belo é a expressão sensível do bem 2) o belo é um meio para realizar o bem 3) o belo deve servir para a formação moral do homem 4) o belo deriva da utilidade

8 SÓCRATES ( a.c) A BELEZA SURGE DA MIMESIS DAQUILO QUE O HOMEM DEVE SER. O BELO DA APARÊNCIA É VULGAR E ESTÁ FORA DA ÉTICA UMA VEZ QUE O ESTÉTICO DEVE ESTAR SUBORDINADO A ÉTICA, É PRECISO ESCOLHER A BELEZA VERDADEIRA, FUNDADA NA VIRTUDE. tudo o que é luxuoso possui certa utilidade e por conseguinte certa beleza, mas essa utilidade produz a degradação do homem e sua beleza conduz ao mal, deve-se buscar uma vida simples, logo as formas simples, despojadas de ornamento e riquezas inúteis.

9 SÓCRATES ( a.c) Todo elemento supérfluo é inútil: sua falsa utilidade é o fundamento de sua falsa beleza. Quanto mais útil mais bela será a obra. Logo para ele os verdadeiros artistas são os artesãos. Defendia a vida simples dos campos, a casa sem ornamento e supérfluos. Morava num barraco, andava descalço e se vestia como um camponês. A BELEZA IDEAL DEVE SER O RETRATO DA ALMA E O HOMEM DEVE VIVER CONFORME SUA NECESSIDADE.

10 PLATÃO ( a.c) O BELO EM SI Dará continuidade aos princípios de Sócrates da idéia do belo como bom e a beleza como mimese do dever-ser, do belo como estética do bem e a arte um ser-para-outro. Sustituirá a estética do usuário pelo produtor, o artista.

11 PLATÃO ( a.c) Platão desloca o discurso do usuário para o produtor. Pois coloca que a tese socrática do belo como aparência do útil leva à subjetividade do usuário distanciando do universal. Platão também vincula o belo ao bom, mas rejeita qualquer relação entre beleza e subjetividade.

12 PLATÃO ( a.c) A BELEZA NÃO É UM SER-PARA-OUTRO, MAS UM SER-EM-SI ELA É UMA IDEIA OBJETIVA DA IDÉIA MATERIALIZADA NO ENTE, QUE NÃO VARIA DE ACORDO COM AS OPINIÕES DOS CONTEMPLADORES: O BELO NÃO É UMA APARÊNCIA, MAS UMA ESSÊNCIA QUE NÃO SE MODIFICA NEM SE CORROMPE. POR ISSO UM OBJETO É BELO INDEPENDENTE DE SER ADMIRADO OU NÃO. ENQUANTO SÓCRATES ENFATIZA O CARÁTER MUTÁVEL DA OBRA E DO GOSTO, PLATÃO NEGA TODA AVALIAÇÃO SUBJETIVA E SUSTENTA QUE A BELEZA É UMA PROPRIEDADE UNIVERSAL E IMUTÁVEL.

13 PLATÃO ( a.c) ACEITA A TESE DE SÓCRATES DO BELO / BOM, MAS NÃO A SUBJETIVIDADE E O RELATIVISMO DO GOSTO, POIS ENTENDE QUE UM USUÁRIO MÚLTIPLO IMPLICARIA EM UMA ARTE CAMBIANTE E NÃO ETERNA. Substitui a tese de singular como concreto pela idéia de Universal como abstrato O BELO PRECISA TER VALIDADE ATEMPORAL NO TEXTO PROTÁGORAS, PLATÃO BUSCA UMA ESSÊNCIA DO BELO em duas frentes, uma BELEZA MATERIAL E UMA BELEZA IDEAL como a mais importante, como virtude.

14 PLATÃO ( a.c) BELEZA VERDADEIRA/BELEZA FALSA (marcada pelo ornamento). Em REPÚBLICA, Platão funda uma cidade ideal. NELA A ARQUITETURA SURGE COMO PRIMEIRA ARTE. Descreve a cidade sã e a imperfeita CABE AOS PRODUTORES (DETENTORES DOS SABERES ESPECÍFICOS) A DECISÃO SOBRE O PRODUTO, NESTE SENTIDO AS CIDADES DEVERIAM SER DESENHADAS PELOS ARQUITETOS E NÃO PELOS POLÍTICOS ARGUMENTA PLATÃO.

15 A arquitetura deve ser formadora de uma PLATÃO ( a.c) moral, de uma verdade, mesmo que esconda a degradação do real, deve ser instrutora de um dever-ser como ser. EM UMA SOCIEDADE IDEAL, A ARQUITETURA DEVE SER UM PROJETO POLÍTICO, REGENERADOR DE UMA SOCIEDADE ENFERMA. CONVERTER O IDEAL EM REAL E A MEDIDA DE BELEZA É O PODER. A ARTE DEVE MENTIR. A MENTIRA SERIA INUTIL NUM ESTADO PERFEITO, MAS COMO O MUNDO É IMPERFEITO ELA É UM MAL NECESSÁRIO ELA DEVE SER A EXPRESSÃO SENSÍVEL DA RAZÃO PRATICA.

16 PLATÃO ( a.c) A FUNÇAO DA ARTE É CORRIGIR O MUNDO DA IMPERFEIÇÃO A ARQUITETURA DEVE SER SÓLIDA/ DURADOURA/DEFINITIVA (desejamos a imortalidade) TUDO QUE SE TRANSFORMA CARREGA O EFEITO DO MAL. DO PONTO DE VISTA DE PLATÃO, A BELEZA DE UMA OBRA ARQUITETÔNICA DERIVA DO BELO EM SI, INDEPENDENTE DO ESPECTADOR OU DO USUÁRIO.

17 ORNAMENTO NO PLANO DO SENSÍVEL E SUBJETIVIDADE PLATÃO ( a.c) O EDIFICIO DEVE TER RITMO, GRAÇA, HARMONIA E PROPORÇÃO. A OBRA COMO MATERIALIZAÇÃO DE UMA IDÉIA. SOMENTE A OBRA QUE PARTE DE UMA IDEALIZAÇÃO É BELA. A OBRA QUE SURGE DO FURTO DA MATÉRIA É FEIA E CARENTE DE CARÁTER. o universo criado por Deus arquiteto é belo e harmônico mas a matéria não. O TRABAlho bem realizado DESAPARECE NO PRODUTO, Ninguém deve perceber A beleza arquitetônica está associada a: UTILIDADE / SOLIDEZ. A obra verdadeira não se altera nem é corrompida pelo tempo.

18 PLATÃO ( a.c) ARQUITETURA COMO TRABALHO MANUAL E MENTAL. Existe o arquiteto e o pedreiro, são trabalhos de natureza diferentes. A arquitetura implica em uma teoria e uma pratica, fundamentada no conceber e no dirigir. O núcleo teórico implica além dos cálculos e da ideação, o arquiteto opera como criador e detentor do poder, dono da ciência. O arquiteto não precisa se preocupar com o que pensa os outros, ele é o senhor do conhecimento teórico, arte de medir, e o pratico, APLICAÇÃO DA TEORIA A UM OBJETO. A arquitetura feia, fora de proporção é fruto de uma mente destorcida. A FORMA MATERIAL DEVE CORRESPONDER À FORMA IDEAL.

19 QUANTO A MIMÉSIS PLATÃO ( a.c) EXISTE DUAS FORMAS A CÓPIA E O SIMULACRO que simula reproduzir a essência. ( PULS, Arquitetura e filosofia, p 114 ) A arte reproduz a forma real como verdadeira, enquanto que o simulacro produz uma forma aparente do real, como falsa. Mas o que é falso e verdadeiro em arquitetura? E aquela que exibe proporções ilusórias, isto é...dizer o que não é. Dividimos as artes que produzem imagens em duas vertentes, as que produzem cópia e as que produzem simulacro. (Platão, Sofistas)

20 ARiSTÓTELES A ARTE DEVE IMITAR E APERFEIÇOAR A NATUREZA, ELA NÃO TEM UMA VERDADE OU ESSêNCIA, MAS UMA aparência, isto é, um SER-PARA-OUTRO, POR ISTO NÃO EXISTE UM BELO EM SI, COMO PROPUNHA PLATÃO, POIS O BELO IMPLICA NA CONTEMPLAÇÃO. Sócrates fala a partir do usuário a realidade deve ser vivida. Platão parte do artista a realidade deve ser construída, transformada naquilo que deve ser. Aristóteles parte do contemplador a realidade está dada, deve-se apenas constatar.

21 ARiSTÓTELES Fica claro que [...] o ofício do poeta não é descrever coisas realmente acontecidas, mas as que podem, em dadas circunstâncias, acontecer, isto é, coisas que são possíveis segundo a lei da verrossimilhança ou da necessidade. De fato, o historiador e o poeta não diferem porque um escreve em versos e outro em prosa; a história de Heródoto, por exemplo, poderia muito bem ser posta em versos, e mesmo em versos não seria menos história do que é em prosa. A verdadeira diferença é essa: o historiador descreve fatos realmente acontecidos, o poeta fatosque podem acontecer. ( )

22 O BELO ESTA NA ESCALA DE ACOLHIMENTO E NÃO NA perfeição IDEAL ARiSTÓTELES A beleza esta na forma aparente, na harmonia e proporção diante da percepção concreta, vivida e não naquilo que venha a ser, no campo das idéias. A beleza é uma qualidade que o sujeito percebe, não o que ele imagina. A ARTE É CULTURA e como atividade Humana ela se distingue da Natureza. Por ser uma atividade do homem ela ama o acaso e o acaso ama a arte. A ARTE SE OPÕE A NATUREZA.

23 O ARTISTA TRABALHA EM DUAS FRENTES: O SABER PRÁTICO (SINGULAR) E O ARiSTÓTELES SABER TEÓRICO (UNIVERSAL). O trabalho do arquiteto consiste em converter o trabalho teórico (universal) em pratico e singular. A OBRA É FUNDAMENTALMENTE A ÍDEIA, O CONCEITO É AÍ QUE RESIDE A CRIAÇÃO. A OBRA DE ARTE É O PROJETO.

24 Quanto a Mimésis ele elabora 2 conceitos o da ARiSTÓTELES representação da realidade e o da livre interpretação e criação. A arte é uma forma de conhecimento centrado na mimésis do homem e não da natureza. A VERDADE DA ARTE É A VERDADE POSSÍVEL MIMÉSIS DO SER ( formalismo) MIMÉSIS DO QUE PARECE SER ( naturalismo) MIMÉSIS DO QUE DEVE SER (Lukács)

25 ARISTÓTELES ENTENDE A MIMÉSIS COMO DINAMICA e ATIVA, UMA PONTE ENTRE O CONHECIMENTO E A REALIDADE. ARiSTÓTELES BELO E BOM A VIRTUDE É BELA, O QUE É DIGNO DE LOUVOR E O QUE É AGRADÁVEL É BELO. Ele retorna a Sócrates da seguinte forma Primeiro por entender o belo como mimésis da virtudes do homem e em segundo por como expressão da utilidade. Ele busca superar o relativismo de Sócrates introduzindo não todos os usuários como julgadores do belo, más somente os virtuoso e bons. (Tomás de Aquino). Ele não aceita o argumento de Platão que só os artistas tem condição de avaliar a obra, pois acredita que ele desenvolve um amor filial, e esta forma de apego a obra criada tira a neutralidade do juízo.

26 (...)Tragédia, pois, é mimese de uma ação séria e completa em si mesma, ARiSTÓTELES com certa extensão; numa linguagem embelezada com várias espécies de adornos, mas cada um no seu lugar nas diferentes partes; de forma dramática e não narrativa; a qual, mediante uma série de casos que suscitam piedade e terror, tem por efeito elevar e purificar a alma de tais paixões (Poética, 6, 1449 b 24-28)

27 ARQUITETURA ARiSTÓTELES Um edifício para ser belo deve ter unidade, começo meio e fim. Deve ser útil e pratico. UMA FORMA SEM FUNÇÃO É COMO UM CADAVER, SEM ALMA, POIS MANTÉM SUA FORMA ANTERIOR MAS JÁ NÃO MAIS UM HOMEM. ARQUITETURA É UMA ESTRUTURA DE PODER DAS CLASSES SUPERIORES ELA FUNCIONA COMO PRESENTE DA CLASSE DOMINANTE COMO FORMA DE ESCRAVIZAR.. A FUNÇÃO POLÍTICA DA ARQUITETURA É INDUZIR O CONTEMPLADOR A SE IDENTIFICAR COM O ESTADO. Somente os ricos podem ser magnificientes, somente eles podem patrocinar obras de arte

28 TOMA COMO DUAS EXIGÊNCIAS A PRÁTICA DE FABRICAR E A TEORIA DAS PROPORÇÕES MATEMÁTICAS. O juízo sobre arquitetura de Vitruvio tem seis VITRUVIO categorias em que os aspectos práticos e econômicos e os estéticos se sobrepõem: ORDINATIO utilidade das várias partes em si e sua relação de proporção com o conjunto. DISPOSITIO visão do edifício segundo plantas e vistas DISTRIBUTIO utilidade econômica do edifício, mas que tem função estética.

29 EURYTHMIA valor da repetição das partes. SYMETRIA proporção das partes em relação ao todo. DECORUM valor final, forma do edifício na VITRUVIO versão acabada. PARA AVALIAR ESTETICAMENTE A OBRA ARQUITETÔNICA, SELECIONA-SE UMA PARTE DA EDIFICAÇÃO NO CASO AS COLUNAS, EM CONJUNTO COM AS PARTES QUE DELA DEPENDIAM: dórica, jônica e conríntia.

30 A RAZÃO DA ESCOLHA É CLARA A COLUNA TEM PROPORÇÕES SEMELHANTESAO CORPO HUMANO E AS PROPORÇÕES INDICADAS POR VITRUVIUS SÃO ANTROPOMÉTRICAS. VITRUVIO As proporções humanas justificariam o caráter mimético da arquitetura, e permitiam-lhe aproximar-se da ideia da arte.

31 Retorna a Platão, Aristótles e os Estóicos IDÉIA DE UNO, DEPOIS A INTELIGENCIA A ARTE NÃO COMO NECESSIDADE, MAS COMO EXCESSO estóicos PLOTINO A ALMA TEM DUAS VONTADES O UNIVERSAL (ideal, o inteligível) E O SINGULAR ( material e sensível). Ela não se contenta em apenas contemplar o ideal, ela precisa organizar o material segundo este princípio. SE ficar aprisionada apenas no material, perde suas asas e se encerra no corpo. ESTA É A ESFERA DO DIVINO

32 OS OBJETOS ESTÉTICOS SÃO ATOS QUE MANIFESTAM, NO PLANO DO MATERIAL, A POTENCIA DO ESPÍRITO. estóicos PLOTINO ARTE DESEMPENHA UM PAPEL MEDIADOR ENTRE A ALMA E O MUNDO. O BELO NÃO É FRUTO DA SIMETRIA DAS PARTES E DA PROPORÇÃO. Então um ser simples não seria belo, somente um ser composto o seria? As partes não teriam beleza em si, só quando estiver composta., cada parte por acaso não tem sua beleza?

33 A TESE DE QUE O BELO É A PROPORÇAÕ DAS estóicos PLOTINO PARTES EM RELAÇÃO AO TODO É INCONSISTENTE, SE UM SER SIMPLES NÃO É BELO, ENTÃO DEUS É FEIO. E SE APENAS UM SER COMPOSTO DE PARTES É BELO, AS PARTES EM SI MESMO SERÃO FEIAS, O QUE SIGNIFICA QUE O BELO SERÁ COMPOSTO PELO FEIO. SE UMA COISA É BELA, SIGNIFICA QUE AS PARTES EM SI TAMBÉM SERÃO BELAS. OS QUE SE ATEM A SIMETRIA SE APEGAM A UM ASPECTO SECUNDÁRIO, O QUE IMPORTA É A LUZ E O ESPLENDOR E A REVELAÇAO DO ÊXTASE. A ALMA PROCURA O BELO PORQUE ESTA É SUA ORIGEM DIVINA. A ARQUITETURA É A MORADA DO CORPO E DA ALMA.

34 SANTO AGOSTINHO ( ) DEFENDIA A ÍDEIA PLATONICA DO BELO IDEAL E DA HARMONIA UNIVERSAL, DEPOIS INCORPORA AS IDÉIAS NEO- PLATONICAS DA UNIDADE NO TODO. CONVERTIDO AO CATOLICISMO EM 386 ELE PASSA A ACRESCENTAR A IDÉIA DE LUMINOSIDADE NO BELO A IDÉIA DE UNO DE PLOTINO AGORA FICA INCORPORADA NA FIGURA DE DEUS QUE CRIOU TUDO A PARTIR DO NADA. E CONCEBE O TODO COMO SOMATÓRIO DAS PARTES. FALA DA HARMONIA DAS PARTES (CIDADE DE DEUS)

35 SANTO AGOSTINHO ( ) O LIVRE-ARBITRIO ELE ACEITA A IDÉIA DE UNIDADE, MAS UMA UNIDADE COMPOSTA, FORMADA POR FORMAS ANTAGONICAS, INCLUSIVE O FEIO. ELE COLOCA A TESE DE LUMINOSIDADE DE PLOTINO E TRAZ A LUZ COMO ELEMENTO CENTRAL NA ESTÉTICA. A TERRA NÃO PODE SER VISTA SE NÃO FOR ILUMINADA PELA LUZ, NESTE SENTIDO A LUZ É O PRINCIPIO DE TODA A PERCEPÇÃO. LUZ COMO SABER JÁ APARECE NO MITO DA CAVERNA DE PLATÃO, E É RECUPERADO EM AGOSTINHO TRADUZIDA COMO UM BEM DIVINO, E COMO REPRESENTAÇÃO DA PRESENÇA DE DEUS, ASSOCIANDO COM O SUBLIME.

36 SANTO AGOSTINHO ( ) DESTA FORMA AGOSTINHO COMPLEMENTA A ESTÉTICA DA FORMA( a beleza como harmonia das partes de origem pitagórica) COM A ESTÉTICA DA LUZ ( a beleza como unidade que brilha no todo).

37 SANTO AGOSTINHO ( ) ARQUITETURA O EDIFICIO PRECISA BRILHAR NA LUZ. PASSA A DAR UM VALOR A O ESPAÇO INTERNO, ABERTURAS DOS VÃO E JANELAS. O EDIFICIO NÃO É SÓ UM VOLUME QUE DEFINE UM VAZIO, MAS UM VOLUME QUE DEFINE UM VAZIO PREENCHIDO POR UMA LUZ QUE É UMA EXPRESSÃO SENSÍVEL DO PRÓPRIO DEUS. A ARQUITETURA É A POSSIBILIDADE DE MATERIALIZAÇÃO DA LUZ, LOGO É CONSIDERADA UMA GRANDE ARTE. A MEDIDA DA OBRA DEVE VIR DA MEDIDA DO HOMEM A UNIDADE PODE ESTAR MARCADA POR UMA DIVERSIDADE DE FORMAS.

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