UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE ECONOMIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA CARLOS ALBERTO GONÇALVES JÚNIOR Estmando Sstemas Subnaconas e Globas de Insumo-Produto, o Método é Importante? Comparando Aplcações para o Brasl e para o Mundo Estmaton of Subnatonal and Global Input-Output Systems, s the Method Important? Comparng Applcatons for Brazl and the World São Paulo 2018

2 Prof. Dr. Vahan Agopyan Retor da Unversdade de São Paulo Prof. Dr. Adalberto Amérco Fschmann Dretor da Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade Prof. Dr. Eduardo Amaral Haddad Chefe do Departamento de Economa Prof. Dr. Araster Baumgratz Chmel Coordenador do Programa de Pós-Graduação

3 CARLOS ALBERTO GONÇALVES JÚNIOR Estmando Sstemas Subnaconas e Globas de Insumo-Produto, o Método é Importante? Comparando Aplcações para o Brasl e para o Mundo Estmaton of Subnatonal and Global Input-Output Systems, s the Method Important? Comparng Applcatons for Brazl and the World Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação do Departamento de Economa da Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade da Unversdade de São Paulo, como requsto parcal para obtenção do título de Doutor em Cêncas. Orentador: Prof. Dr. Joaqum José Martns Gulhoto (Versão Corrgda) São Paulo 2018

4 FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada por Rafael Mell Rodrgues CRB-8/7286 Seção de Processamento Técnco do SBD/FEA/USP Gonçalves Júnor, Carlos Alberto Estmando sstemas subnaconas e globas de nsumo-produto,o método é mportante? comparando aplcações para o Brasl e para o. mundo / Carlos Alberto Gonçalves Júnor. São Paulo, p. Tese (Doutorado) Unversdade de São Paulo, Orentador: Joaqum José Martns Gulhoto. 1. Insumo-produto 2. Economa regonal 3. Interdependênca econômca I. Unversdade de São Paulo. Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade. II. Título. CDD

5 Ao meu querdo avô João Crstno de Fretas que, mesmo em memóra, contnua sendo uma nspração em mnha busca por ser um bom professor.

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7 AGRADECIMENTOS Váras pessoas me apoaram para alcançar este mportante objetvo. A prncpal delas fo mnha esposa Gelda, que sempre esteve ao meu lado e com todo seu amor cudou de nossa famíla (nosso flho Leonardo) para que eu pudesse me dedcar com tranquldade aos estudos. Agradeço muto aos meus pas que sempre me deram muto amor e ncentvo desde o níco de mnha trajetóra de estudos. Agradeço também aos meus rmãos, que sempre foram, além de rmãos, meus melhores amgos. Agradeço mensamente ao meu orentador, professor Joaqum Gulhoto, prmero, por ter me acetado como orentando e, posterormente, mesmo dstante, por sua dsponbldade e competênca em me orentar. Mas, acma de tudo, agredeço a ele por me mostrar, com sua gentleza e generosdade, como ser uma pessoa melhor. Agradeço ao professor Eduardo Haddad pela dsponbldade e pelas conversas durante os cafeznhos, sempre bastante descontraídas, mas com orentações, dcas e sugestões nestmáves. Aos demas professores da FEA-USP, prncpalmente os do NEREUS, que partcparam das avalações de progresso da tese. Além dsso, sempre estveram dsponíves para me ajudar: professores Carlos Azzon, André Chagas, Araster Chmel. Agradeço também ao Pnho e a Leka pelo suporte essencal. Agradeço à Unversdade Estadual do Oeste do Paraná, prncpalmente ao colegado de economa, que tornou possível o meu afastamento, sem o qual não sera possível a conclusão do doutorado. Agradeço à CAPES e à Fundação Araucára pelo apoo fnancero na reta fnal do curso. Ao professor Geoffrey Hewngs, ao professor Sandy Dall erba, além do Vnícus Vale, pela forma generosa como me receberam na Unversdade de Illnos durante meu período como Vstng Scholar. Agradeço a todos os meus colegas do NEREUS e da turma de doutorado, prncpalmente ao Hugo, pela parcera e amzade, e ao Edvaldo e à Débora pelos fns de semana estudando juntos, sem perder a motvação.

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9 RESUMO GONÇALVES JR, Carlos Alberto. Estmando Sstemas Subnaconas e Globas de Insumo- Produto, o Método é Importante? Comparando Aplcações para o Brasl e para o Mundo p. Tese (Doutorado em Economa) Faculdade de Economa, Admnstração e Contabldade, Unversdade de São Paulo, A maor ntegração econômca ocorrda nas últmas décadas, prncpalmente decorrente da fragmentação do processo produtvo, tornou ndspensável a análse da regão em um contexto terrtoralmente mas amplo. Consequentemente, os modelos nter-regonas de nsumoproduto, capazes de ncorporar à análse aspectos de nterdependênca regonal, ganharam muta relevânca. No entanto, a escassez de dados prmáros para a construção desses modelos mpôs a necessdade da estmação de algumas nformações que usualmente não estão dsponíves. Desta forma, decorrente das dferentes combnações das técncas de estmação exstentes, sstemas nter-regonas de nsumo-produto, para um mesmo conjunto de regões, em um mesmo ano, podem ser dferentes em termos parttvos e holístcos. Dante do exposto, a presente tese tem como objetvo avalar como a escolha do método, na estmação dos sstemas nter-regonas, pode nfluencar os resultados da análse de nsumo-produto, em contextos naconas e subnaconas. Para sso, ncalmente, são estmados dos sstemas nterestaduas de nsumo-produto para as 27 UFs brasleras, utlzando dos dos prncpas métodos presentes na lteratura naconal, o Interregonal Input-Output Adjustment System IIOAS e o Tabela de Usos e Produção Inter-regonas TUPI. Em seguda, os dos sstemas são comparados. Mesmo apresentando dferenças parttvas sgnfcatvas, os dos métodos aprestaram bastante acuráca holístca, de manera que a utlzação do IIOAS ou o TUPI na estmação do sstema nterregonal para as 27 UFs brasleras não compromete, de forma geral, os resultados da análse de nsumo-produto. No entanto, para estudos específcos, que envolvam um determnado setor ou uma determnada regão, prncpalmente se esta estver no Norte do Brasl, é precso que o analsta esteja atento às possíves varações observadas no presente estudo. Posterormente, foram descrtos e comparados dos dos prncpas sstemas globas de nsumo-produto, o Intercountry Input-Output Model ICIO da OCDE e a World Input-Output Table - WIOT da WIOD. Semelhante ao que ocorreu com os sstemas subnaconas, a baxa acuráca parttva entre os valores estmados pelo ICIO e a WIOT não se converteu em baxa acuráca holístca, sto é, não comprometeu os resultados da análse de nsumo-produto para a grande maora dos países. No entanto, quando se trata de uma análse específca para alguns países como Malta, Chpre, Ltuâna e Luxemburgo, e/ou alguns setores, prncpalmente os de servços, é precso ter em conta alguns apontamentos fetos neste estudo. Ao consderarem-se os resultados para modelos globas e subnaconas de forma conjunta, conclu-se que uma polítca públca orentada por qualquer um dos sstemas aqu estmados não será comprometda. No entanto, esta pesqusa abordou apenas alguns dos prncpas métodos dsponíves para a construção de modelos nter-regonas de nsumo-produto. Um possível desdobramento é a nclusão de outros métodos no processo de comparação, no ntuto de corroborar anda mas a lteratura acerca da mportânca da escolha do método.

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11 ABSTRACT GONÇALVES JR, Carlos Alberto. Estmaton of Subnatonal and Global Input-Output Systems, s the Method Important? Comparng Applcatons for Brazl and the World p. Thess (PhD n Economcs) Faculty of Economcs, Busness and Accountng, Unversty of São Paulo, São Paulo, The fragmentaton of the productve process led to a greater economc ntegraton n the last decades, makng t ndspensable to analyze the regon n a wder terrtoral context. Consequently, the nterregonal nput-output models have ganed relevance due to ther ncorporatng aspects of regonal nterdependence. However, the scarcty of survey data requred for the constructon of these models, compelled the use of non-survey technques to estmate non-avalable nformaton. Because of varous possble combnatons of non-survey technques, nterregonal nput-output systems for the same set of regons n the same year may be dfferent n parttve and holstc terms. Thus, ths thess ams to evaluate how the choce among dfferent nterregonal systems estmaton methods can nfluence the results of nputoutput analyss n natonal and subnatonal approaches. Intally, two nterstate nput-output systems are estmated for the 27 Brazlan UFs, usng two of the man methods n the Brazlan lterature, the Interregonal Input-Output Adjustment System (IIOAS) and the Supply and Use Interregonal Tables (TUPI). When comparng these two systems, even wth expressve dfferences n parttve terms, they presented a hgh holstc accuracy. Therefore, the use of IIOAS or TUPI to buld an nterregonal system for the 27 Brazlan UFs does not compromse the results of the nput-output analyss. Nonetheless, for specfc studes that nvolve a specfc sector or regon, the analyst must be aware of the possble varatons observed n ths study, especally f they are n the North of Brazl. Subsequently, two of the most mportant global nput-output systems, Intercountry Input-Output Model (ICIO) from OECD and the World Input-Output Table (WIOT) from WIOD were descrbed and compared. Lke IIOAS and TUPI, the low parttve accuracy between systems estmated from ICIO and WIOT dd not turn nto a low holstc accuracy,.e., t dd not compromse the results of the nput-output analyss for most countres. However, when t comes to a specfc analyss for some countres such as Malta, Cyprus, Lthuana and Luxembourg and/or some sectors, especally servce sectors, t s necessary to consder some remarks ponted out n ths study. Consderng the results for global and subnatonal models, t s concluded that, n a general way, the use of any system here estmated would not compromse publc polces. Nevertheless, ths research addressed just some of the man avalable nterregonal nput-output estmaton methods. A possble future development of ths study would be the ncluson of other methods n the comparson process, to further support the lterature about the mportance of the method.

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13 LISTA DE FIGURAS Fgura 2.1:Relações Fundamentas de Insumo-Produto Fgura 2.2: Relações de Insumo-Produto em um Sstema Inter-regonal Fgura 2.3:Orgem e destno dos fluxos ntrarregonas e nter-regonas Fgura 2.4:Matrz Multrregonal do Tpo E Fgura 2.5: Matrz Orgem-Destno estmada pelo método CHARM Fgura 2.6: Classfcação dos sstemas nsumo-produto regonas Fgura 3.1: Descrção do processo de construção do Sstema nter-regonal para as 27 UFs brasleras utlzando o TUPI Fgura 3.2: Elementos da Matrz de Usos (produto x setor) a ser construída para cada Undade da Federação Fgura 3.3: Elementos do Sstema Interestadual de Insumo-produto Fgura 3.4: Resumo das dferenças entre o TUPI e o IIOAS Fgura 3.5: Dagramas de Dspersão entre os Valores O-D Fgura 3.6: Multplcadores Médos de Produção para o TUPI e o IIOAS Fgura 4.1: SUTs Naconas Fgura 4.2: Estmatvas das SUT naconas, com base nas contas naconas Fgura 4.3: A matrz SUT mundal Fgura 4.4: A Matrz nsumo produto Mundal WIOT Fgura 4.5: Resumo das varáves coletadas pelas CN e/ou fontes alternatvas Fgura 4.6: Classfcação setoral do ICIO Fgura 4.7: Comérco blateral de bens no ICIO, estatístcas de comérco de mercadora e contas naconas Exemplo USA e Méxco Fgura 4.8: Resumo do processo de construção do ICIO e da WIOT Fgura 4.9: Multplcadores Médos de Produção para o ICIO e a WIOT

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15 LISTA DE TABELAS Tabela 3.1: Acuráca parttva utlzando STPE e WAD para as 27 UFs brasleras Tabela 3.2: Acuráca parttva utlzando STPE e WAD para as os 68 setores Tabela 3.3: Correlação entre os fluxos nter-regonas estmados pelo TUPI e pelo IIOAS para os setores agregados Tabela 3.4: Correlação entre as Partcpações O-D: Dados Estmados pelo TUPI e pelo IIOAS versus Dados Dvulgados pelo CONFAZ Tabela 3.5: Estatístcas da dferença percentual entre os multplcadores de produção estmados pelo IIOAS e pelo TUPI para as UFs brasleras Tabela 3.6: Dferenças percentuas entre os multplcadores nter-regonas e ntrarregonas estmados pelo TUPI e pelo IIOAS para as UFs brasleras Tabela 3.7: Dferenças na Decomposção do Valor Adconado Regonal baseado na Orgem da Demanda Fnal (TUPI IIOAS) Tabela 3.8: Estatístcas das Dferenças na Decomposção do Valor Adconal Regonal baseado na Orgem da Demanda Fnal TUPI - IIOAS Tabela 3.9: Dferença percentual méda regonal, ponderada pela partcpação que o VBP do setor na UF tem no VBP total da UF Tabela 3.10: Análse da estrutura e do volume dos elementos da demanda fnal do TUPI e do IIOAS Tabela 3.11: Dferença percentual méda setoral, ponderada pela partcpação que VBP do setor na UF tem no VBP do setor naconal Tabela 4.1: Agregação dos setores da WIOT Tabela 4.2: Agregação dos setores do ICIO Tabela 4.3: Setores resultantes agregados e classfcação ISIC Tabela 4.4: Agregação das regões do ICIO e da WIOT Tabela 4.5: STPE calculado para os coefcentes ntrarregonas do ICIO e da WIOT nos anos de 1995 e Tabela 4.6: STPE calculado para os coefcentes nter-regonas do ICIO e da WIOT nos anos de 1995 e Tabela 4.7: Dferença Absoluta Ponderada WAD para os anos de 1995 e Tabela 4.8: STPE calculado para os setores com base na WIOT e no ICIO para os anos de 1995 e Tabela 4.9: WAD calculado para os setores nos anos de 1995 e Tabela 4.10: Coefcentes de Correlação entre os fluxos nter-regonas estmados pelo ICIO e pela WIOT para os anos de 1995 e Tabela 4.11: Dferenças percentuas entre os multplcadores nter-regonas e ntrarregonas estmados pelo ICIO e pela WIOT (ICIO - WIOT) para o ano de Tabela 4.12: Dferenças percentuas entre os multplcadores nter-regonas e ntrarregonas estmados pelo ICIO e pela WIOT (ICIO - WIOT) para o ano de Tabela 4.13: Estatístcas da dferença percentual entre os multplcadores de produção estmados pelo ICIO e pela WIOT para o ano de Tabela 4.14: Estatístcas da dferença percentual entre os multplcadores de produção estmados pelo ICIO e pela WIOT para o ano de Tabela 4.15: Estatístcas das Dferenças na Decomposção da Produção Regonal baseada na Orgem da Demanda Fnal ICIO WIOT Tabela 4.16: Estatístcas das Dferenças na Decomposção do Valor Adconado Regonal baseada na Orgem da Demanda Fnal ICIO WIOT

16 Tabela 4.17: Dferença percentual méda regonal, ponderada pela partcpação que o VPB do setor no país tem no VBP total do país nos anos de 1995 e Tabela 4.18: Análse da estrutura e do volume dos elementos da demanda fnal do ICIO e da WIOT para o ano de Tabela 4.19: Análse da estrutura e do volume dos elementos da demanda fnal do ICIO e da WIOT para o ano de Tabela 4.20: Dferença percentual méda setoral, ponderada pela partcpação que o VBP do setor no país tem no VBP do setor em todo o sstema nos anos de 1995 e

17 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AlceWeb: Análse das Informações de Comérco Exteror. ANP: Agênca Naconal de Petróleo. BEC: Broad Economc Categores. BoP: Manual de Balanço de Pagamentos. CEB: Centro de Estudos Bonaerenses. CHARM: Cross-haulng Adjusted Regonalzaton Method. CIF: Cost, Insurance and Freght ncluded. COICOP: Classfcaton of Indvdual Consumpton by Purpose. COMTRADE: Internatonal Trade Statstcs Database. CONFAZ: Conselho Naconal de Polítca Fazendára. CPA: Classfcação Internaconal de Produtos por Atvdade. DANE: Departamento Admnstratvo Naconal de Estadístca. DNPM: Departamento Naconal de Produção Mneral. EBTSI: Estmated Blateral Trade n Servces by Industry. EOB: Excedente Operaconal Bruto. FBCF: Formação Bruta de Captal Fxo. FMI: Fundo Monetáro Internaconal. FOB: Free on Board. GATS: Acordo Geral para Comercalzação de Servços. GMRIO: Modelo Global Multrregonal de Insumo-Produto. IBGE: Insttuto Braslero de Geografa e Estatístca. IBGE-PAC: Pesqusa Anual do Comérco. IBGE-PEVS: Pesqusa de Extração Vegetal e Slvcultura. ICIO: Intercountry Input-Output Model. ICMS: Imposto Sobre Crculação de Mercadoras e Servços de Transporte Interestadual e Intermuncpal e de Comuncação. IEA: Internatonal Energy Agency. IIL: Impostos Indretos Líqudos. IIOAS: Interregonal Input-Output Adjustment System. INDEC: Insttuto Naconal de Estadístcas e Censos. IPEA: Insttuto de Pesqusa Econômca Aplcada. IPI: Imposto Sobre Produtos Industralzados. IRIO: Modelo Inter-regonal de Insumo-Produto. ISFL: Insttuções Sem Fns Lucratvos. ISIC: Internatonal Standard Industral Classfcaton. ITCS: Internatonal Trade by Commodty Statstcs. MRIO: Modelos Multrregonas de Insumo Produto. NACE: Nomenclatura Geral de Atvdade Econômca. OCDE: Organzação para Cooperação e Desenvolvmento Econômco. PAM: Pesqusa Agrícola Muncpal. PAS: Pesqusa Anual de Servços. PIA: Pesqusa Anual da Indústra. PNAD: Pesqusa Naconal por Amostra de Domcílos. POF: Pesqusa de Orçamento Famlar. PPM: Pesqusa Pecuára Muncpal. SDA: Análse de Decomposção Estrutural. SNA: Sstema de Contas Naconas.

18 STPE: Standardzed Total Percentage Error. SUT: Supply and Use Table. TEM-RAIS: Relação Anual de Informações Socas. TUPI: Tabela de Usos de Produção Inter-regonas. UF: Undade da Federação. WAD: Weghted Absolute Dference. WIOD: World Input-Output Database. WIOT: World Input-Output Table.

19 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ANÁLISE INTER-REGIONAL DE INSUMO-PRODUTO A Teora Básca dos Modelos de Insumo-Produto Análse nsumo-produto regonal Método com nformação censtára: o modelo de Isard Modelos com nformação censtára lmtada O Balanced Regonal Model O modelo de Chenery-Moses O modelo Leontef e Strout Técncas não censtáras de regonalzação das matrzes nsumo-produto Quocentes Locaconas A técnca RAS e suas Varações CRAS e GRAS Estmação de fluxos nter-regonas Modelos gravtaconas A estmação de fluxos nter-regonas utlzando QLs Algumas experêncas atuas Modelos nternaconas de nsumo-produto (estmação de matrzes globas) Métodos de Comparação de Matrzes de Insumo-Produto As Abordagens Bottom-up e Top-down na Construção de Matrzes Regonas de Insumo- Produto Resumo do Capítulo A INFLUÊNCIA DO MÉTODO EM MODELOS SUBNACIONAIS Descrção dos Modelos TUPI e IIOAS O Método de Construção das Tabelas de Usos e Produção Inter-regonas TUPI As Matrzes de Produção para as UFs As Matrzes de Usos para as 27 UFs Interregonal Input-Output Adjustment System IIOAS Base de Dados Estmação das Matrzes de Comérco Interestaduas Processo de Regonalzação Descrção das técncas de comparação utlzadas Acuráca Parttva

20 Acuráca Holístca Comparação entre os sstemas estmados pelo TUPI e pelo IIOAS Consderações fnas ANEXO I: Lsta de setores e produtos ANEXO II: Correspondênca entre os Setores da Matrz de Insumo-produto e do CONFAZ A INFLUÊNCIA DO MÉTODO EM MODELOS INTERNACIONAIS Descrção do processo de construção dos sstemas utlzados Sstema nternaconal da World Input-Output Database WIOD Sstema nternaconal da OCDE Intercountry nput-output ICIO Compatblzação entre o ICIO e a WIOT Comparação parttva e holístca entre o ICIO e a WIOT Resultados da comparação entre o ICIO e a WIOT Consderações fnas CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

21 19 1. INTRODUÇÃO Nas últmas décadas, a recorrente redução nos custos de comuncação e de transporte teve como efeto a maor ntegração do processo produtvo, tanto entre países quanto entre regões subnaconas. Nesse cenáro, polítcas econômcas alheas a esse processo de ntegração podem não apresentar resultados satsfatóros, no que tange à promoção do desenvolvmento regonal, seja no nível naconal ou subnaconal (YAMANO, 2017). A utlzação de modelos econômcos em uma abordagem multrregonal complementa a abordagem tradconal, baseada em apenas uma regão, ao consderar as relações nterregonas de dependênca de nsumo e produto e seus consequentes transbordamentos, que resultam em mpactos econômcos e ambentas. Dante do exposto, os sstemas nter-regonas de nsumo-produto são poderosas ferramentas que auxlam os gestores públcos na alocação de recursos escassos, no ntuto de promover o desenvolvmento regonal (ISARD, 1998). Muto se avançou desde os modelos de Isard (1951) e Leontef et al. (1953) na construção de sstemas nter-regonas de nsumoproduto. Porém, desde o níco, a escassez de dados, bem como o alto custo para obtê-los através da coleta prmára, prncpalmente no que tange aos fluxos de comérco nter-regonas, têm sdo alguns dos prncpas obstáculos na construção de sstemas nter-regonas. Para Round (1983), os problemas de dsponbldade de nformações prmáras acerca da orgem e do destno dos fluxos de comérco, bem como se esses fluxos são para demanda fnal ou ntermedára, fzeram com que as chamadas técncas não censtáras de estmação de sstemas nter-regonas de nsumo-produto ganhassem populardade entre os pesqusadores da área. A restrção a um conjunto completo de nformações prmáras, necessáras à estmação dos sstemas nter-regonas de nsumo-produto, é patente, prncpalmente no que se refere aos modelos subnaconas. No entanto, as nformações prmáras não estão totalmente ausentes. As regões usualmente apresentam algumas bases de dados prmáros, que podem ser combnadas aos métodos não censtáros, na construção de sstemas nter-regonas de nsumo-produto. Nestes termos, os sstemas nter-regonas de nsumo-produto são, de forma geral, estmados combnando as nformações prmáras exstentes com nformações estmadas a partr de métodos não censtáros. Portanto, a dferença na dsponbldade de nformações prmáras e na combnação das técncas não censtáras utlzadas para a estmação das nformações ndsponíves fazem com que dos sstemas nter-regonas de nsumo-produto, estmados para um mesmo conjunto de regões, possam apresentar resultados dferentes.

22 20 Autores como Tobben e Kronenberg (2015), Zhang, Sh e Zhao (2015), Haddad et al. (2016), Gulhoto et al. (2017), Ichhara (2008), Gulhoto e Ichhara (2008) e Haddad et al. (2002) estmaram sstemas nter-regonas de nsumo-produto para dferentes países, de dferentes formas. No entanto, a bblografa que trata de como a escolha do método de estmação do sstema nter-regonal nfluenca os resultados da análse nsumo-produto anda permanece bastante ncpente, prncpalmente no Brasl. Identfcar a nfluênca que o método utlzado na estmação dos sstemas nter-regonas de nsumo-produto exerce nos resultados obtdos a partr da referda análse torna-se essencal. Resultados altamente dscrepantes poderam comprometer a utlzação de matrzes nsumoproduto nter-regonas na orentação de polítcas. No que tange aos sstemas nternaconas de nsumo-produto, a dsponbldade de nformações para a construção da matrz nter-regonal é dferente do caso dos sstemas subnaconas. Para grande parte dos países, o fluxo de comérco nternaconal é regstrado nas estatístcas de mportação e exportação de produtos e está dsponível em bases de dados como o Internatonal Trade Statstcs Database COMTRADE das Nações Undas. Já as estatístcas de comérco entre estados de um mesmo país são raras, no caso do Brasl, nexstentes. No entanto, outros problemas são pertnentes à estmação dos sstemas nternaconas de nsumo-produto. A dsponbldade de nformações acerca do comérco entre os países em bases de dados nternaconas, mutas vezes, não tem o nível de detalhamento necessáro, prncpalmente no que dz respeto aos fluxos de servços. Além dsso, outras adversdades surgem, como o fato dos valores regstrados no país A, referentes à mportação do país A de produtos do país B, serem dferentes dos valores regstrados no B para produtos exportados ao país A. Esses problemas são chamados de dferenças na estatístca espelho, provenentes: () do fato das mportações estarem em valores CIF Cost, Insurance and Freght ncluded e das exportações em estarem valores FOB Free on Board; () problemas de remportação e reexportação, em que exstem países que funconam como entrepostos de outros países para o comérco nternaconal. Outra lmtação na construção de sstemas nternaconas é a dependênca de nformações ofcas dsponblzadas por cada país (prncpalmente tabelas de usos e produção), que no caso de países em desenvolvmento levam em torno de 3 a 4 anos para serem publcadas. Isso gera dfculdade na conclação de todas as matrzes naconas, publcadas em anos dstntos, no mesmo sstema nter-regonal para um referdo ano. Além dsso, as nformações contdas nas matrzes de usos e de produção e outros elementos das contas naconas mutas vezes não são coerentes. (YAMANO, 2017).

23 21 As dferenças na dsponbldade de nformações geram outra mportante dstnção metodológca entre a construção de sstemas globas de nsumo-produto vs-a-vs os modelos subnaconas. Os modelos globas são construídos predomnantemente de forma bottom-up, sto é, não exste uma matrz de nsumo-produto que represente a economa mundal e possa ser utlzada como referênca. Dessa forma, uma matrz mundal de nsumo-produto é construída a partr da agregação das matrzes naconas. Nos sstemas subnaconas, a construção é feta utlzando-se majortaramente o método top-down, em que se parte de uma matrz naconal para a desagregação das matrzes subnaconas. Exstem vantagens e desvantagens, na utlzação de cada método, que serão tratadas oportunamente nas seções subsequentes. Dante do exposto, o presente estudo tem como objetvo geral analsar como a escolha entre alguns dos prncpas métodos não censtáros de estmação de modelos nter-regonas, no contexto subnaconal e nternaconal, nfluenca os resultados obtdos a partr dos sstemas nter-regonas de nsumo-produto estmados. Não é objetvo desta pesqusa dscutr os város concetos de Método em um contexto centífco. De forma geral, Método é uma palavra que provém do termo grego methodos ( camnho ou va ) e que se refere ao meo utlzado para se chegar a um fm. Para os propóstos da presente pesqusa, consdera-se Método como o conjunto de atvdades sstemátcas e raconas que, com maor segurança e economa, permte alcançar o objetvo (LAKATOS & MARCONI, 2011). Além dsso, para Kaplan (1969), o método deve permtr a compreensão do camnho segudo no processo de nvestgação, o que torna possível a outros centstas retraçar os procedmentos daquele que alcança um resultado váldo. Para atngr o objetvo proposto, a presente pesqusa, afora esta ntrodução, está dvdda em quatro capítulos. No capítulo dos, é realzada uma revsão da bblografa acerca dos prncpas procedmentos técncos utlzados na análse nsumo-produto. Incalmente, é feta uma abordagem detalhada da teora básca dos modelos de nsumo-produto naconal e regonal, além dos prncpas métodos não censtáros ou parcalmente censtáros. Posterormente, são apresentadas algumas contrbuções atuas relevantes para esta pesqusa, bem como os prncpas sstemas globas de nsumo-produto dsponíves. Em seguda, são tratadas as técncas top-down e bottom-up utlzadas na construção de sstemas nter-regonas de nsumo-produto. Fnalmente, são expostos alguns métodos de comparação entre matrzes de nsumo-produto dsponíves na lteratura. No capítulo três, são estmados dos sstemas nterestaduas de nsumo-produto para as 27 Undades da Federação UFs brasleras, para o ano de Utlzam-se dos dos

24 22 prncpas métodos 1 presentes na lteratura naconal: o método Interregonal Input-Output Adjustment System IIOAS apresentado por Haddad, Gonçalves Jr. e Nascmento (2017) e o Tabela de Usos de Produção Inter-regonas TUPI apresentado por Gulhoto et al. (2017). Em seguda, os dos sstemas nterestaduas estmados são comparados. Essa comparação será feta utlzando-se uma abordagem parttva, em que cada célula é analsada ndvdualmente, e uma abordagem holístca, enfatzando os elementos báscos da análse nsumo produto como: multplcadores de produção, decomposção da produção e do valor adconado, por orgem da demanda fnal, e Análse de Decomposção Estrutural SDA. Comparando os dos sstemas estmados, é possível dzer o quanto estão próxmos um do outro, ou seja, se os dferentes métodos de estmação convergem para resultados semelhantes, o qual é o objetvo prncpal do trabalho. No entanto, não é possível dzer qual deles está mas próxmo da realdade braslera, por sso, também será feta uma verfcação da consonânca desses sstemas aos dados do Conselho Naconal de Polítca Fazendára CONFAZ que, baseado na arrecadação do Imposto Sobre Crculação de Mercadoras e Servços de Transporte Interestadual e Intermuncpal e de Comuncação ICMS, dvulga o fluxo comercal entre os estados brasleros para 16 setores da economa. No capítulo quatro, com o ntuto de dentfcar como a escolha do método de estmação dos sstemas globas pode nfluencar os resultados da análse nsumo-produto, será feta a descrção e a posteror comparação, parttva e holístca (nos mesmos termos do Capítulo Três), entre dos dos prncpas sstemas nternaconas de nsumo produto, o Intercountry Input- Output Model ICIO da OCDE e a World Input-Output Table WIOT da WIOD. A comparação entre sstemas multrregonas globas de nsumo-produto já é objeto de váras pesqusas nternaconas. Trabalhos como os de Owen et al. (2014); Steen-Olsen et al. (2014) e Moran e Wood (2014) compararam dversos sstemas nternaconas de nsumoproduto, estmados por dferentes agêncas nternaconas. No entanto, a comparação entre o ICIO e a WIOT, na forma aqu proposta, não é objeto de nenhum dos trabalhos anterormente menconados. Serão comparados os sstemas nternaconas estmados pela WIOT e pelo ICIO para os anos de 1995 e 2011, prncpalmente por serem os anos extremos das séres dsponíves, tanto para o ICIO quanto para a WIOT. Dessa forma, podem-se captar alguns aspectos referentes à 1 Outros autores, como Gulhoto et al. (2010); Porse, Haddad e Pontual (2003); Domngues e Haddad (2002), também estmaram sstemas nter-regonas para algumas regões brasleras. No entanto, os referdos sstemas estmados não contemplaram as 27 UFs.

25 23 evolução da qualdade das nformações durante todo o período em que os dados são dsponblzados. No capítulo cnco, são fetas as conclusões fnas, abordando de forma conjunta os quatro capítulos anterormente menconados. Também são apontados alguns desdobramentos e fetas sugestões de melhora, que podem contrbur para a redução nas dferenças entre os sstemas estmados.

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27 25 2. ANÁLISE INTER-REGIONAL DE INSUMO-PRODUTO Este capítulo tem como objetvo descrever detalhadamente os prncpas procedmentos técncos utlzados na análse nsumo-produto. Incalmente, será abordada a teora básca para modelos naconas e regonas, em seguda, serão descrtas a prncpas técncas não censtáras utlzadas na construção de sstemas nter-regonas. Posterormente, serão apresentadas algumas contrbuções atuas relevantes para esta pesqusa, bem como os prncas sstemas nternaconas de nsumo-produto. Fnalmente, serão apresentadas as abordagens top-down e bottom-up para a construção de sstemas nter-regonas, e também prncpas técncas comparação de matrzes de nsumo-produto A Teora Básca dos Modelos de Insumo-Produto Análse nsumo-produto é o nome dado a um quadro analítco desenvolvdo por Wassly Leontef no fnal dos anos 1930 em que o propósto fundamental é o de analsar a nterdependênca dos setores em uma economa. Atualmente, os concetos estabelecdos por Leontef são componentes-chave de mutos tpos de análse econômca e a análse nsumoproduto é um dos métodos mas aplcados em economa (MILLER e BLAIR, 2009). O funconamento básco da análse nsumo-produto consste em um grupo de setores produtores de mercadoras (produtos) que consome mercadoras de outros setores (nsumos) ao longo do processo de produção, num dado período e para uma regão geográfca específca (nação, estado ou regão). Dessa forma, a análse nsumo-produto reflete uma forma operaconal da teora clássca de nterdependênca geral, que vê a economa ntera de uma regão, de um país ou do mundo como um só sstema (LEONTIEF, 1986). A prncpal vantagem da análse nsumo-produto resde bascamente no fato de que é um sstema operaconal de equlíbro geral que permte a dentfcação e, com a consderação de algumas hpóteses, a mensuração da nterdependênca da estrutura econômca (RICHARDSON, 1978). Conforme mostra a Fgura 2.1, cada lnha da matrz Z ndca o fluxo ntersetoral, ou seja, o consumo ntermedáro de bens e servços de cada setor. A matrz Y regstra o consumo fnal, dvddo em consumo das famílas, consumo governamental, exportações, formação bruta de captal fxo e varação de estoques. As lnhas abaxo das matrzes Z e Y regstram as despesas com mportações, mpostos ndretos líqudos e o valor adconado (remuneração aos servços dos fatores de produção). Os totas das colunas e das lnhas da matrz (vetor X e X T ) regstram a produção total de cada setor e devem ser guas, ndcando o equlíbro da economa no qual as despesas de cada setor são guas às suas respectvas recetas.

28 26 Fgura 2.1: Relações Fundamentas de Insumo-produto Fonte: adaptado de Gulhoto (2011). De acordo com Haddad et al. (1989), as prncpas hpóteses para operaconalzação do método de nsumo-produto são: () equlíbro econômco a um dado nível de preços; () nexstênca de lusão monetára por parte dos agentes econômcos; () retornos constantes à escala; (v) preços constantes. Nesse contexto, a economa é dvdda em n setores, sendo X o valor bruto da produção do setor, Y a parcela da produção do setor que se destna à demanda fnal e Zj a parcela da produção do setor que se destna ao setor j. Tem-se o segunte sstema de equações lneares: X X X X 1 2 n Z Z Z 1 Z n1 Z Z Z 12 2 Z 22 n2... Z... Z 1n... Z 2n n... Z Y nn Y Y 1 2 Y n (2.1) A partr do referdo sstema de equações, derva-se a matrz de coefcentes técncos A, onde obtém cada elemento a dvdndo-se a parcela de nsumo absorvda por cada setor j pelo j total da produção do setor j. a j Z X j j (2.2)

29 27 Se, por exemplo, o setor 1 opera a um nível de produção exatamente necessáro para satsfazer as necessdades de nsumos dos n setores, bem como a demanda fnal, seu nível de produção precsa satsfazer a segunte equação: X1 a X a X... a X Y (2.3) n Rearranjando a equação, tem-se: n n 1 ( 1 a11 ) X a X... a X Y (2.4) n 1 Analogamente, pode-se estmar a mesma equação para todos os setores, o que permte dervar as equações na forma matrcal: ( I A) X Y (2.5) Pré-multplcando os dos lados da equação por ( I A) 1, tem-se: X 1 ( I A) Y (2.6) Em que ( I A) 1 é chamada de matrz nversa de Leontef ou matrz tecnológca e X é a quantdade de produção necessára para atender a demanda ntermedára dos n setores e a demanda fnal Y. Para Haddad (1989), cada elemento da matrz nversa de Leontef representa a quantdade de nsumos dretos e ndretos do setor necessáros à produção do setor j, por undade monetára de demanda fnal. Segundo Gulhoto (2011), a partr do modelo básco de Leontef, defndo anterormente, pode-se mensurar o mpacto que as mudanças ocorrdas na demanda fnal, teram sobre a produção total, X, conforme a Equação 2.7: 1 X ( I A) Y (2.7) Para obter-se o mpacto sobre o volume total da produção, somam-se todos os elementos do vetor X. Além do mpacto na produção total, pode-se mensurar o mpacto que mudanças na demanda fnal teram sobre varáves como emprego, mportações, mpostos, saláros, valor adconado e outras. De acordo com a Equação 2.8, esse mpacto pode ser mensurado: V vˆ X (2.8) Em que V é um vetor (nx1) que representa o mpacto sobre qualquer uma das varáves anterormente tratadas, e vˆ é uma matrz dagonal (nxn) em que os elementos da dagonal são os coefcentes de emprego, mportações, saláros, valor adconado, entre outros, Y,

30 28 que são obtdos dvdndo-se o valor utlzado dessas varáves na produção total pela produção total para cada setor: V v (2.9) X Utlzando o emprego como exemplo das varáves anterormente menconadas, podese estmar o coefcente de emprego: ˆ 1 CPO PO. X (2.10) Em que PO é o pessoal ocupado e X é a produção total. Para Gulhoto (2011), a partr do coefcente de emprego CPO, pode-se estmar o gerador de emprego, ou seja, o emprego necessáro em todos os setores da economa para atender ao aumento de uma undade monetára na demanda fnal de um referdo setor: GV n 1 b CPO j (2.11) Em que: GV é o mpacto dreto e ndreto sobre o emprego; bj é o j-ésmo elemento da matrz nversa de Leontef; e CPO é o coefcente dreto do emprego. Segundo Mller e Blar (2009), o multplcador dreto e ndreto (também conhecdo como multplcador do Tpo 1) para a renda, o emprego, os mpostos e o valor adconado pode ser calculado dvdndo-se o gerador defndo na Equação 2.11 pelo coefcente dreto da varável em questão. Utlzando-se novamente o emprego como exemplo, o multplcador pode ser estmado pela Equação 2.12: GV MV CPO (2.12) O multplcador de emprego é a quantdade de emprego gerado em toda a economa para cada emprego dreto gerado em referdo setor. Anda de acordo com Mller e Blar (2009), quando se consdera a matrz de coefcentes técncos fechada com respeto ao consumo das famílas 2 A, obtém-se uma nversa de Leontef dferente: L ( I A) (2.13) De forma geral, obtém-se um valor maor para os multplcadores que consderam o efeto nduzdo, pos se captura o efeto da geração de renda das famílas através das 2 Isto é, quando se nclu a coluna referente ao consumo das famílas e a lnha referente à renda das famílas na matrz de coefcentes técncos, tornando esses elementos um setor endógeno da economa.

31 remunerações pagas a elas, assocado aos gastos em consumo dessas famílas com dferentes bens produzdos por város setores 3. Os multplcadores, dreto, ndreto e nduzdo, podem ser estmados também para a renda, as mportações, os mpostos, o valor adconado, os saláros, entre outros, conforme já menconado, substtundo-se nos exemplos acma a varável emprego. Além da análse de mpacto, anterormente descrta, a partr do modelo básco de Leontef, pode-se analsar a estrutura setoral de uma economa. Utlzando a metodologa proposta por Hrschman e Rasmussen, é possível determnar quas setores têm maor poder de encadeamento dentro do sstema econômco, () calculando os índces de lgação para trás, que fornecem quanto um respectvo setor demanda dos outros setores da economa, () e os índces de lgação para frente, que fornecem a quantdade de produtos demandada de outros setores por um referdo setor (GUILHOTO, 2011). Para Mller e Blar (2009), em um sstema nsumo-produto, a produção de um setor específco tem dos efetos sobre os outros setores da economa. Se um setor j aumenta sua produção, sso sgnfca que o setor j aumentará sua demanda (como comprador) sobre os setores que fornecem nsumos para a produção dos bens do setor j. O termo backward lnkage ou lgação para trás é utlzado para ndcar esse tpo de conexão. A dentfcação desse tpo de lgação pode ser feta pela Equação 2.14: U * B / n B j * j / (2.14) Em que: U j é o índce de lgação para trás; B * j n é a soma de uma coluna típca da matrz nversa de Leontef; é o número de setores no sstema nsumo-produto; * B é a méda de todos os elementos da matrz nversa de Leontef. Quanto maor o valor de U j, maor é o poder de dspersão do setor na economa, sto é, maor seu encadeamento para trás, como demandante de nsumos. Por outro lado, o aumento na produção de um setor j também sgnfca aumento na quantdade de produtos do setor j dsponíves para serem utlzados como nsumo nos outros setores, ou seja, haverá aumento na oferta do setor j como vendedor. O termo forward lnkage ou lgação para frente é utlzado para ndcar esse tpo de conexão entre os setores. Para 29 3 Para maores detalhes acerca dos dversos multplcadores presentes na análse nsumo-produto, ver Mller e Blar (2009).

32 30 dentfcar essa relação, prmeramente, constró-se a matrz de Ghosh. Essa matrz é muto parecda com a nversa de Leontef, no entanto, os coefcentes tecnológcos são construídos nas lnhas e não nas colunas. Posterormente, utlza-se a segunte equação: * G / m G U (2.15) * / Em que: U G * é o índce de lgação para frente; é a soma de uma lnha típca da matrz de Ghosh; m é o número de setores no sstema nsumo-produto; * G é a méda de todos os elementos da matrz de Ghosh. Os setores que apresentam níves de encadeamento para trás e para frente superores à méda do sstema nsumo-produto, ou seja, índces de lgação maores do que a undade são consderados setores-chave na economa. Os índces de lgação puros do modelo GHS, desenvolvdos por Gulhoto, Hewngs e Sons, complementam a análse dos índces de lgações de Rasmussen-Hrschman por levarem em consderação, além dos encadeamentos exstentes entre os setores, os dferentes níves de produção em cada setor da economa. A consoldação da abordagem GHS fo apresentada por Gulhoto et al. (2005). Nesse contexto, segundo o modelo GHS, uma matrz de coefcentes de nsumos dretos A, dada por: A A A jj rj A A jr rr (2.16) é formada pelos coefcentes de nsumos dretos do setor j e o resto da economa r. A partr dessa matrz, podem-se calcular os índces puros de lgação: A jj e A rr, que são matrzes quadradas que ndcam os nsumos dretos no setor j e no restante da economa, respectvamente. Os coefcentes Arje Ajr representam os nsumos dretos adqurdos pelo setor j do resto da economa e vce-versa. Tomando-se como base a matrz A e fazendo uma decomposção trpla multplcatva da matrz nversa de Leontef, obtém-se: B B 1 jj jr jj 0 j 0 jr r I A B rj B B rr 0 rr 0 I A r rj j A I (2.17) Em que: j A 1 I corresponde à nteração do setor j com ele própro; jj

33 31 r A 1 I corresponde à nteração do restante da economa com ele própro; rr jj A A 1 I representa quanto o setor j jr r rj j terá que produzr para o restante da economa para que ele atenda às necessdades dos demas; rr ( 1 I r Arj j Ajr) ndca quanto o restante da economa tem que produzr para o setor j para que ele atenda às necessdades dos demas. Partndo-se do modelo de Leontef e da Equação 2.17 e seus desmembramentos, podese chegar às defnções para as lgações para trás (PBL) e para frente (PFL): PFL A Y (2.18) j jr r r O PFL fornece o mpacto dos demas setores da economa sobre o setor j : PBL A Y (2.19) r rj j j O PBL fornece o mpacto puro do valor da produção total de j sobre o resto da economa. Segundo Gulhoto et al. (2005), esse mpacto é consderado puro por estar lvre da demanda de nsumos que a regão j produz para ela mesma e dos retornos do resto da economa para a regão j e vce-versa. O índce total de lgações é a soma de PBL e PFL. Para refnar mas a análse, utlzamse índces puros de lgação normalzados, obtdos pelo quocente entre os índces puros e seu valor médo. Quando um valor se stua acma da undade, sso ndca que o setor é consderado chave para a dnâmca da economa, pos se destaca tanto como comprador quanto como vendedor para os demas setores. Orgnalmente, a análse nsumo-produto fo desenvolvda para aplcações em nível naconal, no entanto, o nteresse em estender a utlzação desse método para undades espacas dferentes de país, usualmente undades subnaconas, levou a algumas modfcações no modelo naconal orgnando um conjunto de modelos regonas de nsumo-produto (MILLER & BLAIR, 2009) Análse nsumo-produto regonal Desde a década de 1950, dferentes modelos regonas de nsumo-produto foram desenvolvdos e podem ser classfcados de acordo com os seguntes crtéros: () número de regões consderadas; () reconhecmento (ou não) das lgações nter-regonas; () grau de detalhamento mplícto nos fluxos nter-regonas de comérco; (v) as hpóteses assumdas para estmar os coefcentes de comérco (SARGENTO, 2009).

34 32 No que tange ao prmero crtéro, os sstemas regonas de nsumo-produto podem ser construídos com apenas uma regão ou com duas ou mas regões e suas nterconexões. Para Isard (1998), a vantagem dos modelos nter-regonas é consderar os transbordamentos (spllover effects), ou seja, as consequêncas do aumento na demanda de uma regão nas outras regões e o feedback na própra regão onde houve o ncremento ncal. Para Rchardson (1978), o modelo de apenas uma regão é consderado parcal no que dz respeto às suas preocupações com os mpactos econômcos. Nos modelos de apenas uma regão, a nterdependênca da estrutura ndustral é mantda, mas o modelo não traz nenhuma luz quanto à nterdependênca econômca entre as regões, que dz respeto ao segundo crtéro anterormente arrolado. Para Leontef (1986), a nterdependênca econômca entre duas regões ou entre duas ndústras pode ser dreta ou ndreta. A nterdependênca é dreta na medda em que os bens e servços produzdos em uma regão são absorvdos por ndústras ou pela demanda fnal de outra regão. A nterdependênca ndreta ocorre quando a lgação entre tas regões ou ndústras é estabelecda por meo de ndústras de outras regões, formando os chamados padrões trangulares ou multlateras de comérco. Mesmo que o objeto de estudo seja os efetos em uma únca regão, é mportante consderar os efetos de transbordamento conhecdos como spllover effects. Pode-se lustrar esse efeto através de um exemplo com duas regões X e Y. Imagne que, por um motvo qualquer, a regão X aumente sua demanda fnal em um setor específco. Para atender esse aumento de demanda setoral na regão X, serão necessáros mas produtos de outros setores, da própra regão X e também da regão Y. A regão Y, para atender a demanda da regão X, terá que produzr mas e também rá adqurr produtos da regão X, onde houve o aumento da demanda ncalmente, e esse processo se repete sucessvas vezes. Em resumo, o modelo de regão únca permte tomar conhecmento dos feedbacks nterndustras locas, mas neglgenca os feedbacks nter-regonas. Nesse contexto, se a análse regonal é qualfcada como de equlíbro geral, os modelos nter-regonas devem ser preferíves aos de regão únca. Anda para Rchardson (1978), os modelos com duas ou mas regões têm vantagens e usos que não são comuns a outros modelos de regão únca: (1) consstênca nos dados, sto é, as mportações nter-regonas totas devem gualar as exportações nter-regonas totas. Identdades desse tpo permtem ao pesqusador verfcar os fluxos comercas entre as regões ndvdualmente; (2) um modelo com váras regões que conssta na economa naconal desagregada é muto mas barato do que o desenvolvmento de modelos para regões ndvduas

35 33 a serem posterormente agregados; (3) os modelos com váras regões têm aplcação mas ampla do que os de regão únca, por exemplo, a mensuração do mpacto de um aumento nos gastos do governo central nas dferentes regões ou a avalação de deslocamentos nter-regonas na localzação ndustral. As aplcações semnas da análse nsumo-produto a sstemas com mas de uma regão têm a contrbução fundamental de Isard (1951). Essa contrbução orgnou o Modelo Interregonal de Insumo-Produto IRIO, também conhecdo como Modelo de Isard. No entanto, de acordo com Sargento (2009), o modelo deal proposto por Isard (1951) 4 é de dfícl mplementação prátca devdo ao seu alto grau de detalhamento, prncpalmente no que se refere aos dados de comérco nter-regonal. Essa dfculdade de mplementação fez com que emergssem os chamados Modelos Multrregonas de Insumo Produto MRIO, sendo Chenery-Moses 5 o mas conhecdo. Para Isard (1998), os modelos IRIO são mas completos, no entanto, demandam uma grande quantdade de dados, pos as transações nter-regonas são dentfcadas em sua orgem e destno. Os modelos MRIO podem ser estmados com uma necessdade menor de dados, relaxando alguns crtéros presentes nos IRIO. Um exemplo de smplfcação dos modelos MRIO em relação aos IRIO é uso de dados de comérco entre as regões em que o setor de destno é gnorado. Uma vez que as nformações dos coefcentes de comérco utlzadas nos modelos MRIO não especfcam os compradores na regão de destno, acabam por nclur vendas não somente ntermedáras, mas também para satsfazer a demanda fnal. Isto é, não se dstngue se os produtos venddos são para o consumo das famílas ou se serão utlzados como nsumo em outras ndústras 6. Dante do exposto, percebe-se que o maor foco geográfco dado à análse nsumoproduto permte a ncorporação de peculardades regonas e a concepção de estratégas lgadas ao planejamento urbano. Entretanto, de acordo com Isard (1998), a prncpal dfculdade para construção de sstemas regonas de nsumo-produto é a nsufcênca de nformações, prncpalmente acerca dos fluxos comercas ntermedáros entre setores e regões. O problema fundamental em um sstema nsumo-produto de váras regões é a estmação dos fluxos de comérco entre as regões. As matrzes de comérco nter-regonal dfclmente 4 O modelo deal proposto por Isard (1951) será detalhado na próxma seção. 5 O modelo proposto por Cherery e Moses também será detalhado na próxma seção. 6 Serão abordados anda nestse capítulo outros sstemas nsumo-produto com mutas regões que serão classfcados de acordo com os crtéros três e quatro, anterormente propostos.

36 34 estão dsponíves no nível de detalhes necessáro. Além dsso, a necessdade de dados cresce exponencalmente com o número de regões. Por exemplo, um sstema com 3 regões possu 6 matrzes nter-regonas, já um sstema com 4 regões possu 12 matrzes nter-regonas (MILLER E BLAIR, 2009). Para Round (1983), muto se avançou desde as prmeras ncursões de Isard e Leontef em extensões regonas de modelos nsumo-produto. Porém, desde o níco, a escassez de dados, bem como o alto custo para obtê-los através da coleta específca de dados prmáros, prncpalmente no que tange aos fluxos nter-regonas, têm sdo os prncpas obstáculos para pesqusadores dessa área. Mesmo em condções deas, em que se possu uma pesqusa detalhada das compras e vendas de cada setor em cada regão, anda exstram problemas lgados à amostragem, sto é, as nformações sobre a compra de bens do setor que são provdas por frmas do setor j (Zj do ponto de vsta de j) serão provavelmente dferentes das mesmas nformações provdas pelo setor (Zj do ponto de vsta de ). Para Isard (1998), esse é o chamado problema de reconclação. Dante da dfculdade de se obter os dados necessáros para construção dos sstemas nsumo-produto com váras regões a partr de dados censtáros, uma forma convenente de classfcação dos referdos sstemas é através da natureza das nformações utlzadas e dos métodos de estmação das matrzes nter-regonas. Para Montoya (1999), esse enfoque é nteressante por evdencar as lmtações e os alcances dos dferentes modelos. Dessa forma, quando o sstema nter-regonal for construído totalmente a partr de nformações censtáras dretas, o método será classfcado como método com nformação censtára. Por outro lado, quando as nformações utlzadas para construr o sstema nterregonal forem estmatvas das nformações dretas requerdas, será classfcado como método com nformação censtára lmtada 7 ou não censtára. Para Round (1983), a utlzação dos termos censtáro e não censtáro sugerem a exstênca de duas exclusvas e bem defndas técncas de pesqusa. No entanto, na prátca, todas as matrzes nsumo-produto são construídas de forma híbrda, combnando váras técncas, de acordo com a quantdade dos dados prmáros dsponíves. No que tange aos modelos de nformação censtára lmtada, as formas de estmação das nformações que não são dretamente conhecdas e necessáras para a construção dos sstemas nter-regonas de nsumo-produto, podem ser classfcadas em: (a) Estmações baseadas em Quocentes Locaconas e suas varações; (b) Modelos Gravtaconas; (c) Modelos 7 Essa classfcação é baseada em Montoya (1999).

37 35 Iteratvos. No entanto, de acordo com Montoya (1999), na prátca, quando se desenvolve um sstema nter-regonal de nsumo-produto, é comum a utlzação combnada dessas formas de estmação. Em face ao exposto, as próxmas seções serão dedcadas ao melhor detalhamento dos prncpas métodos de estmação de sstemas regonas, utlzando-se a classfcação proposta Método com nformação censtára: o modelo de Isard O modelo nter-regonal de nsumo-produto semnal que utlza prortaramente nformações censtáras é o de Isard (1951). O modelo de Isard é consderado pela lteratura de nsumo-produto como deal para mensurações nter-regonas. Segundo Isard (1951), o fluxo geográfco de commodtes pode ser atrbuído a dos conjuntos báscos de fatores: (1) desgualdade na dstrbução geográfca da população, renda, ou em sentdo amplo, recursos; (2) ndvsbldade da produção e, consequentemente, economas que operam em larga escala. A ausênca dessas desgualdades facltara muto a análse espacal, todava, elas exercem um papel domnante na moderna vda ndustral. Anda para Isard (1951), para se consderar modelo geral que reconheça as desgualdades espacas e a consequente heterogenedade exstente em todos os mercados, é necessáro que qualquer bem ou servço produzdo em qualquer regão seja tomado como únco, portanto, dstnto do mesmo bem ou servço produzdo por qualquer outra regão. Nesse cenáro, segundo o rgor teórco proposto por Isard, tomando como exemplo um modelo nterestadual para o Brasl, o mlho produzdo no Paraná é um produto dferente do mlho produzdo em São Paulo, pos os produtores têm um arranjo de mercado dferente nas dferentes regões. Com efeto, se todas as regões se engajarem em todas as atvdades, o número de setores econômcos em um terrtóro é multplcado pelo número de regões. Para Montoya (2009) e Gulhoto (2011), assm como o modelo básco de Leontef, o modelo de Isard estabelece uma matrz nversa e sua operaconalzação requer, além das hpóteses subjacentes ao modelo naconal, anterormente menconadas, uma hpótese adconal na qual não só a estrutura tecnológca permanece constante, mas também a estrutura de abastecmento nter-regonal para cada setor em cada regão. A Fgura 2.2 descreve como se dão as relações no sstema nter-regonal de nsumo-produto IRIO.

38 36 Fgura 2.2: Relações de Insumo-Produto em um Sstema Inter-regonal Fonte: Gulhoto (2011). Consderando os fluxos ntersetoras e nter-regonas para as regões hpotétcas L e M, com dos setores e j respectvamente, tem-se: LL Z j fluxo monetáro do setor para o setor j da regão L; ML Z j fluxo monetáro do setor da regão M, para o setor j da regão L. Defndos os fluxos monetáros, é possível montar a matrz Z: Z Z Z LL ML Z Z LM MM Em que: Z LL Z MM são os fluxos monetáros ntrarregonas e (2.20) Z LM Z ML são os fluxos monetáros nter-regonas. Consderando as defnções da Equação 2.20 para uma economa com dos setores, pode-se adaptar o modelo nter-regonal de nsumo-produto como sendo: L LL LL LM LM L X1 z11 z12 z11 z12 Y1 L LL LM Y1 Y1 Y1 Em que L X 1 é o total produzdo do bem 1 na regão L, as demandas ntra e nter-regonas do bem 1 e L. LL Y 1 e (2.21) LM Y 1 são respectvamente L Y 1 é a demanda fnal total do bem 1 na regão Neste contexto, os coefcentes técncos ntrarregonas para L e M são evdencados pelas Equações 2.22 e 2.23:

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