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Transcrição:

PN 4237.05-51; Ap: Tc VN Famalicão 1.ºJ () Ap.e: Ap.a Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto I- INTRODUÇÃO: 1. A recorrente não se conformou com a sentença de 1.ª instância que julgou provados os presentes embargos de terceiros, e em consequência ordenou o levantamento da penhora da importância de 17 457,93, cativa na conta bancária co-titulada pela executada. 2. Da sentença recorrida: (a) não se oferecem dúvidas porque a embargante alegou e conseguiu demonstrar que tem um direito incompatível com a penhora ordenada sobre a conta bancária de que é co-titular com a executada. (b) Com efeito, ficou provado que a embargante, quer pelo seu trabalho, quer por um empréstimo foi quem adquiriu grande parte da quantia depositada na conta em questão: PTE 3 500 000$00 de PTE 3 800 000$00, cativos à ordem do Tribunal. (c) E ainda que se considere ter a quantia depositada deixado de ser propriedade da embargante, passando antes, por virtude de contrato de depósito celebrado com o banco, a ter apenas um direito de crédito sobre este 1 Vistos: Des. Marques Peixoto (1911); Des. Fonseca Ramos (1334). 2 Adv.: Dr. 3 Adv.: Dr 1

a verdade é que o mesmo direito de crédito pode e deve ser defendido através destes embargos. II- MATÉRIA ASSENTE: (a) A embargante é titular conjunta da conta à ordem, depósito de poupança 507/02632/000.1, VN Gaia. (b) É titular da referida conta também a executada. (c) Na qualidade de co-titular da referida conta, a embar gante teve conhecimento de que foi cativado o montante de PTE 3 800 000$00 à ordem do tribunal de 1.ª instância. (d) Entretanto, a embar gante ia adquirir uma fracção autónoma: T2 em VN Gaia. (e) A escritura desta aquisição estev e inicialmente marcada para o mês 08.01. (f) E para fazer face a despesas inerentes com a referida fracção, a embargante solicitou a uma pessoa amiga um empréstimo em numerário. (g) O qual se consubstanciou através de um endosso de um cheque no montante de PTE 3 261 270$00, que lhe foi entregue em 01.06.07. (h) Este veio a ser d epositad o na já referida conta do a 01.06.07/08. (i) A embargante já tinha depositado, na referida conta, PTE 250 000$00, numerário que lhe pertencia. (j) Era proveniente da remuneração do seu trabalho. III- CLS/AL EGAÇÕES: 1. A decisão recorrida deve ser alterada no que diz respeito às respostas aos quesitos 1/84: não provados. 4 Base instrutória: Q1: A embargante ia adquiri uma fracção autónoma d o tipo T2 em VN Gaia? Q2: A escritura de aquisição esteve inicialmente marcada para 08.01? Q3: Para fazer face às despesas ineren tes á aquisição da referida fracção autónoma, solicitou a embargante um empréstimo em numerário a uma pessoa amiga? Q4: Concedido, ficou consubstanciado no endosso de um cheque no montante de PTE 3 261 270$00? Q5: Cheque este que foi entregue á embargante em 01.06.07? 2

2. Na verdade, a única testemunha da embargante não pode convencer em face das limitações práticas inerentes ao modo de vídeo-conferência utilizado para o depoimento, além de que uma única testemunha não faz prova do que quer que seja. 3. De resto, a embar gante: Não juntou aos autos um eventual contrato-promessa de compra e venda sobre o imóvel em causa; Não juntou aos autos um único documento identificativo do imóvel. Não juntou aos autos o talão de depósito do cheque [que alega ter passado] na conta da embargante5 4. Consequentemente impõe-se concluir pela alteração das respostas para que a sentença recorrida passe a julgar improcedentes os embargos deduzidos pela Ap.a. 5. A decisão em crise violou nomeadamente o disposto nos art.s 513, 516, 523, 552, 567, 639 e 653 CPC. IV- CONTRA-ALEGAÇÕES: não houve. V- RECURSO foi julgado nos termos do art.705 CPC: 1. A recorrente questiona apenas a matéria de facto apurada, baseando-se no estado inaudível da gravação dos depoimentos, o que poderia muito bem ser motivo de nulidade da sentença, acaso pelo pouco que se ouve não fosse de aceitar, com segurança incontornável, esse mesmo sentido afirmativo das respostas às perguntas do mandatário da embargante, elas sim perfeitamente perceptíveis, as quais não sofreram sobretudo qualquer protesto do mandatário da parte contrária ou censura do tribunal. 2. Em suma: o pouco que se ouve é consonante com a linha do interrogatório e dos sucessivos resumos dos depoimentos a partir dos quais arrancam as perguntas seguintes. Q6: E que veio a ser dep ositado na conta do,, ou a 07 ou a 08.2001? Q7:A embargante tinha depositado já, de seu, nessa conta o montante de PTE 250 000$00? Q8: Quantia angariada pelo seu trabalho? 5 A cópia é apenas da face e não do verso, onde normalmente vem inscrita a identificação do portador ou da conta onde foi depositado. 3

3. Por outro lado, não houve contradita das testemunhas, nem sequer a recorrente alega falso testemunho. 4. Portanto, não há verdadeira razão para crítica da íntima convicção do juiz, neste caso em que pode admitir-se um mínimo de documentação da prova bastante. 5. Logo, visto o art. 816 CPC, foi confirmada a sentença de 1.ª instância com a qual se concordou quanto ao julgamento de facto e de direito: não se oferecem dúvidas porqu e a embargante alegou e conseguiu demonstrar que tem um direito incompatível com a penhora ordenada sobre a conta bancária de que é co-titular com a executada. VI- RECLAMAÇÃO - nos termos do art. 700/3 CPC, da Ap.e: (a) Se a gravação dos depoimentos é inaudível (o que só agora a requerente fica a saber, pois a cópia da gravação que obteve no tribunal recor rível estava audível e permitiu a transcrição integral do depoimento da única testemun ha da embargante) o julgamento deve ser anulado e a produção de prova repetida; (b) Todavia, insiste a recorrente, que procedeu à transcrição integral desse único depoimento, o qual, diga-se, foi produzido apenas de Q2/Q5; (c) Mas o Tribunal r ecorrid o considerou também p rovada a matéria de Q1, Q6/8, apesar de nada ter sido dito a seu propósito por essa mesma única testemunha. (d) Acresce que a recorrente não vislumbra qual a base legal para que tivesse de haver qualquer protesto do seu mandatário; (e) Ou para que este tivesse tido de deduzir contradita ou alegar falso testemunho, como condições de põe em causa o julgamento da matéria de facto. (f) Por último, considera que a decisão reclamada não está fundamentada suficientemente. (g) E assim, são demasiados e manifestos os lapsos na aplicação do direito e na sua interpretação, para que ela possa subsistir. (h) Deve ser o rdenada a repetição do julgamento com a prova que o Tribunal considera inaudível; em alternativa, deve ser julgad a procedente a Apelação, 4

não sendo possível que a decisão do recurso se ampare na convicção do julgador de 1ª instância: uma única testemunha inquirida de forma inaudível por vídeoconferência e apenas à matéria de facto de Q2/Q5, depoimento em face do qual ficaram assentes os factos, como já se disse, a Q1 e Q6/Q8, sobre os quais nem sequer foi inquirida. (i) E tudo isto enquanto a embargante, na 1ª instância, não juntou aos autos qualquer eventual contrato promessa d e compra e venda do imóvel; não juntou aos autos um único documento identificativo desse imóvel; nem juntou aos autos o talão de depósito do cheque da causa, para poder fazer a prova de que o mesmo fora depositado na conta do embargante6. VII- RESPOSTA: (a) A decisão posta em crise pela recorrente está sustentada de forma lapidar e o que a recorrente pretende é fazer avan çar mais um ex pediente dilatório. (b) Os quais se notam na circunstância de repetir argumentos que já foram avançados, à saciedade, em 1ª instância. (c) Entretanto, resulta das Alegações da recorrente que estão transcritas as partes principais da Audiência de julgamento, e de onde resulta que a Ap.a fez prova cabal do direito que lhe assiste. (d) Aliás, competia à embargada tentar demonstrar que a veracidade da testemunha da embargante era de grand e fragilidade, quiçá até estaria em contradição com a realidade dos factos. (e) Mas em momento algum conseguiu convencer o Tribunal da bondade da sua posição. (f) Deve ficar inalterado o despacho sob Reclamação. VIII- ACÓRDÃO: (a) Antes de mais, transcreve-se agora a justificação do julgamento de facto: 6 Sintomaticamente, a embargante não junto u cópia integral desse cheque, mas apenas da face e não do verso, onde normalmente fica anotada a identificação da conta onde foi depositado. 5

(1) [A convicção do Tribunal] baseou-se nas declarações da testemunha, prestada em Audiência, conjugadas com a prova documental junta aos autos; (2) A testemunha, por ser amigo da embargante e ter sido a pessoa a quem esta solicitou o empréstimo, apresentou um depoimento sério, isento e lógico, de conhecimento directo dos factos, razão pela qual foi ponderado positivamente; (3) A testemunha, por ser funcionário da embargada, apenas se limitou a relatar contactos que teve com a executada : da matéria em causa nestes embargos nada sabia; (4) Da prova documental foram ponderados os documentos relativos à conta bancária e a fotocópia do cheque da testemunha. (b) Eis o Questionário e as respostas: Q1. A embargante ia adquirir uma fracção autónoma, T2, em VN Gaia? Provado. Q2. A escritura para tal aquisição, estava inicialmente marcada para o p retérito mês de Agosto? Provado. Q3. E para fazer face a despesas inerentes com a aquisição da r eferida fracção predial, a embargante solicitou a uma pessoa amiga um empréstimo? Provado. Q4. Que lhe foi concedido, através do endosso de um cheque no montante de Pte 3 261 270$00? Provado. Q5. E tal empréstimo, mediante o endosso do cheque, foi entregue à embargante em 01.06.07? Provado. Q6. Foi o cheque objecto de depósito no CL, ou em 01.06.07 ou 08? Provado. Q7. A embargante já possuía na referida conta uma importância cerca de Pte 250 000 000$00? Provado. Q8. Montante esse que foi angariado não só atr avés do seu trabalho como pelo supra citado empréstimo? Provado. (c) Inicialmente, foram ouvidos, que depôs à matéria dos art. Q6, Q7 e Q8, Santos, que d epôs à 6

matéria de Q1/Q5, ambas testemunhas da embar gante;, testemunha da embargada, que depôs a toda a matéria ( foi prescindida). (d) Arguida a nulidade de gravação inaudível, acolhida, foi repetido o julgamento durante o qual foi tão só inquirido por teleconferência à matéria de Q2/Q5 ( foi prescindida). (e) Nas Alegações, a recorrente transcreve o depoimento da testemunha ouvida. (f) Concede-se-lhe que na verdade ele está gravado e é audível. (g) Mas mantém-se que representa uma base bastante para as respostas provado aos quesitos sobre que foi ouvido. (h) Entretanto, a resposta p rovado a Q1 está implícita no provado de Q2 e as respostas de Q7 e Q8, convocam os documentos juntos nos autos, como se diz na motivação do julgamento da matéria de facto; em suma, resultam dos movimentos anotados na conta. (i) Por conseguinte, não há razão para alterar o despacho reclamado, acrescentandose que uma testemunha pode muito bem convencer e sobretudo o depoimento surge presumivelmente mais fortalecido quando não foi contraditado ou pelo menos quando contra ele não houve protesto de falsidade. Não que estes procedimentos tenham necessariamente de ocorrer mas porque, estando previstos na lei, são capital que a parte contr ária pode e é esperável que faça render. (j) Por outro lado, a circunstância de a embargante não ter conduzido o seu esforço probatório de acordo co m o perfil aconselhado pela embar gada, não é argumento contra aquela, conquanto convenceu através da forma como organizou a sua prova bastante, e que lhe é livre. (k) Assim sendo, não havendo argumentos de força determinante, por parte da recorrente, no sentido de infirmar de todo a convicção do Tribunal da 1ª instância, também não há motivos para alterar as respostas. (l) E é por isso que tomam o despacho singular como acórdão, mantendo a decisão de 1ª instância, visto pela negativa o disposto no art. 712/1 C PC. IX- RECURSO DE REVISTA (Alegações): 7

----------------------------------------------- (6)... compulsada a decisão singular, a qual foi integrada na decisão da reforma, que está sob este recurso de revista, não está fundamentada de forma suficiente, sendo nula. (7) Não fosse o processo e as partes estarem identificadas, a recorrente até se interrogaria se as duas decisões, proferidas após a audiência de discussão e julgamento (no que mais importa para o presente recurso, a decisão recorrida ) não respeitariam a outro processo que não o dos presentes autos. X- RECURSO DE REVISTA (Contra-alegações): (1) Não houve qualquer violação de caracter adjectivo que fira o acórdão posto em crise: segue uma linha lógica, perfeitamente em sintonia com a matéria de facto dada como provada (tendo em conta o depoimento das testemunhas embargante e embargada com os documentos juntos aos autos). (2) Pretender-se que o acórdão venha a ser censurado pelo Tribunal Superior... não colhe, onde se não antevêem quaisquer vícios que possam apontar na direcção pretendida pela recorrente. XI- SEQUÊNCIA: (a) As conclusões das alegações da Revista, nesta parte em que são arguidas nulidades do acórdão, são pouco explícitas e menos iluminadas no texto da motivação: trata-se fundamentalmente de discordância da parte e não de incompreensão dos argumentos da base decisória. (b) De qualquer forma se há algum diálogo de surdos, a situação deve-se, salvo o devido r espeito, à recusa de uma leitura justa e atenta das motivações quer do despacho do relator quer do acórdão que recaiu sobre ele. (c) Na verdade, tendo sido esclarecidos alguns pontos, nomeadamente a questão do protesto do mandatário da recorrente, na decisão colectiva, o certo é que persistentemente voltaram aos motivos do recurso para o Supremo. (d) Por conseguinte, em vez de uma carência de fundamentação, tão grav e que nem se identificaria o caso na solução que lhe foi dada pela 2ª Instância, 8

porventura existirá, sim, uma leitura apaixonada de um texto explícito, mas que defende um ponto de vista divergente da A. (e) Com efeito, tal como está escrito no Acórdão sobre crítica:...(e) Concede-selhe [ ao A.] que na verdade ele está gravado [o depoimento em crise] e é audível. (f) Mas mantém-se que representa u ma base bastante para as respostas provado aos quesitos sobre que foi ouvido.(h) Entretanto, a resposta provado a Q1 está implícita no provado de Q2 e as respostas de Q7 e Q8, convocam os documentos juntos nos autos, como se diz na motivação do julgamento da matéria de fa cto; em suma, resultam dos movimentos anotados na conta. (i) Por conseguinte, não há razão para alterar o despacho reclamado... (f) Depois segue: uma testemunha pode muito bem convencer e sobretudo o depoimento surge presumivelmente mais fortalecido quando não foi contraditado ou pelo menos quando contra ele não houve protesto de falsidade. Não que estes procedimentos tenham necessariamente de ocorrer mas porque, estando previstos na lei, são capital que a parte contrária pode e é esperável que faça render; (j) Por outro lado, a circunstância de a embargante não ter conduzido o seu esforço probatório de acordo com o perfil aconselhado pela embargada, não é argumento contra aquela, conquanto convenceu através da forma como organizou a sua prova bastante, e que lhe é livre. (g) Parece, por conseguinte, ter de se concluir por ter havido fundamentação bastante no sentido em que a doutrina e a jurisprudência exigem: alinhar de argumentos, que segundo a lógica comum, transcrevam, preceptivos motivos de justificação decisória, segundo um modelo racional comum. (h) Não haverá, pois, a pretendida nulidade. XII DESPACHO: Sub am os autos ao Venerando Supremo Tribunal de Justiça. 9