Com 'dono', Copa do BR aposta em marca

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO NÚMERO DO DIA 180 mi EDIÇÃO QUARTA-FEIRA, 26 / SETEMBRO / 2018 de euros receberá a LaLiga da Relevant para realizar partidas nos EUA; a federação espanhola proibiu o jogo no exterior Com 'dono', Copa do BR aposta em marca POR ERICH BETING No começo deste ano, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Klefer anunciaram o lançamento da nova identidade visual da Copa Continental do Brasil. A ideia, com isso, era criar uma nova era para a competição, a primeira a ter um tratamento do gênero entre os torneios da entidade. Agora, quando o torneio começa a entrar em sua reta final, os meios digitais se transformaram no caminho para fazer com que a Copa do Brasil ganhe uma nova identidade com o torcedor e consiga atingir um patamar inédito no país. Copa Continental do Brasil. O país inteiro joga. Esse é o mote do manifesto lançado pela competição, que procura mostrar que o torneio é o único a ter presença de clubes de todas as divisões e das cinco diferentes regiões do Brasil. 1

2 Não é só uma marca nova. É algo muito maior. Esse trabalho de branding diz como a marca deve se comportar não só visualmente, mas em todos os pontos de contato com o público, afirmou Gustavo Andrade, gerente de marketing da Copa do Brasil, em palestra durante o 2 Summit Digital da comeptição. Para ampliar o alcance do público, a Klefer, agência responsável pela gestão comercial do torneio, apostou em parcerias digitais com Facebook e Twitter. Com o primeiro, o programa "Contos do Povo da Bola", que conta a história dos torcedores e dos times que disputam o torneio, foi a forma escolhida para engajar o fã. "Mesmo com a mudança de algorítimo, o número de visualizações e de compartilhamentos dos vídeos do projeto foi muito maior. Estamos muitos felizes com os resultados da parceria e especialmente com o Contos do Povo da Bola", disse Felipe Koslowski, gerente de parcerias de esportes do Facebook na América Latina. Com o Twitter, é feita a eleição do craque de cada partida desde as quartas- -de-final. Isso ajuda no engajamento dos torcedores com a competição. Segundo Pitter Rodriguez, head de parcerias de esportes da plataforma, a Copa do Brasil é a terceira liga esportiva mais comentada no Twitter do país. Ela fica à frente de todos os torneios de futebol da Europa, além de bater NBA e NFL, entre outros. A aposta no digital para reforço da marca da competição ganhou um novo capítulo este mês, quando foi lançada a loja virtual da competição. Com produtos que remetem à história do torneio, a Copa do Brasil é a única competição a ter uma linha de produtos próprios. Até 2022, a Klefer será responsável pela gestão comercial do torneio. E pelo trabalho de branding que tem sido feito até agora. APÓS 40 ANOS, CALOI RECRIA PEÇA HISTÓRICA SANTOS RENOVA CONTRATO COM A BRAHMA Em meio às comemorações pelo aniversário de 120 anos, a Caloi decidiu recriar a campanha Não esqueça a minha Caloi, lançada em 1978 e que se tornou um ícone da geração que hoje tem entre 35 e 50 anos. No entanto, se há mais de 40 anos o intuito era vender bicicletas, agora o foco é a inclusão da bicicleta nas ruas. A ideia é conscientizar motoristas e sociedade sobre a inclusão da bicicleta como veículo de transporte. O lançamento foi sábado, durante o Dia Mundial sem Carro. O Santos anunciou a renovação do contrato de patrocínio com a Brahma. O novo vínculo terá início em outubro próximo e terá duração de um ano. A renovação foi anunciada em meio a um clima político turbulento. Nas próximas semanas, será votado pelos sócios do clube o pedido de impeachment do presidente José Carlos Peres. O acordo faz parte do aporte feito pela Brahma no Movimento por um Futebol Melhor, programa que concede benefícios aos sócios-torcedores dos clubes patrocinados pela empresa. Com o dinheiro dado pela Brahma pelo patrocínio, os clubes fazem investimentos em obras de infraestrutura.

3 OPINIÃO Controle é vital para sucesso no esporte POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte Quais as competições que têm mais apelo midiático no esporte brasileiro na atualidade? Muito provavelmente pensamos na Copa do Brasil e no NBB, a liga nacional de basquete para responder a essa pergunta. Mas o que essas duas competições têm em comum que levam a pensarmos nela? Tanto a Copa do Brasil quanto o NBB são torneios que possuem um "dono". No torneio de futebol, a CBF repassou à Klefer a gestão comercial da competição e, com isso, atua apenas como uma espécie de supervisora do torneio. A função da entidade é basicamente ajustar calendário e negociar os direitos de transmissão. À agência, cabe o papel de ir ao mercado em busca de parceiros comerciais e dessa forma aumentar a receita, que também precisa ser reinvestida na competição. No caso do NBB, os clubes que participam da liga se uniram, deixaram de lado a Confederação Brasileira de Basquete e passaram a ser donos de seu próprio destino. Agora, dez anos depois, o NBB começa a colher os frutos de uma boa gestão independente, após quase ir à falência. Os dois casos mostram com clareza que, para ter sucesso no esporte, é preciso existir um bom controle sobre o negócio que envolve uma competição. Sem uma equipe dedicada exclusivamente a pensar em todos os detalhes de um evento, muito provavelmente o torneio perde o foco na gestão do que mais precisa, que é ser uma competição atraente. É muito simplório creditar o sucesso da Copa do Brasil, por exemplo, ao formato de disputa da competição, a única de caráter nacional que é toda em mata-mata. Da mesma forma, é errado achar que o NBB só deu certo após a NBA se associar a ele. Sem dúvida que esses são alguns dos ingredientes que levam ao sucesso dessas competições. Mas não são nem os principais causadores dessa realidade. É só comparar a Copa do Brasil com o Brasileirão para ver a diferença que faz não ter um controle sobre a gestão. Teoricamente a CBF é dona do Brasileiro, mas cabe aos clubes vender, individualmente, suas propriedades comerciais. O resultado? Cada um corre para um lado e, no final, temos uma competição ok, mas longe de ser ótima. Para ter sucesso comercial, o esporte precisa ter uma equipe dedicada a pensar exclusivamente naquela competição. Só assim será possível investir em melhorias no produto e, consequentemente, torná-lo mais agradável para torcedores, imprensa e patrocinadores. A Copa do Brasil e o NBB estão aí para provar essa realidade. Copa do Brasil e o NBB possuem, em comum, o fato de serem raros torneios com um dono no mercado nacional

4 Jogo do All Blacks tem ingresso para VIP esgotado POR REDAÇÃO AMAZON FARÁ TRANSMISSÃO APENAS COM MULHERES EM JOGOS DA NFL A Amazon fará uma aposta inédita no mercado para a transmissão dos 11 jogos de quinta-feira à noite que tem na NFL, a liga de futebol americano. A empresa decidiu que os jogos serão transmitidos por uma equipe formada apenas por mulheres. Andrea Kremer, que era da TV da NFL, e Hannah Storm, da ESPN, foram escolhidas para participarem das transmissões. Os jogos estarão disponíveis para os assinantes do streaming da Amazon em todo o mundo. O jogo entre a seleção brasileira de rúgbi e o All Blacks Maori, seleção B da Nova Zelândia, que acontecerá no dia 10 de novembro no Morumbi, não tem mais ingressos VIPs à venda. Os tíquetes mais nobres para o evento estão esgotados. Além disso, a organização celebrou a venda de tíquetes convencionais. Nas quatro semanas de comercialização das entradas, foram vendidos 10 mil ingressos. A expectativa é de que 25 mil pessoas estejam presentes no Morumbi; ainda falta mais de um mês para a partida festiva. O principal patrocinador do evento, o Bradesco, tem participação direta na venda de entradas. O banco oferece 30% de descontos para clientes. A empresa mantém também aporte à Confederação Brasileira de Rúgbi. Os ingressos partem de R$ 70, para a arquibancada do Morumbi. Por ora, apenas um quarto do anel superior do estádio está aberto para vendas. Além do Bradesco, duas marcas acertaram o patrocínio ao evento. Sedex e Heineken, que também já são parceiros da CBRu, estarão na partida. O jogo com o All Blacks é o primeiro em que é cobrado um valor mais caro do torcedor. Em outras ocasiões, quando os Tupis disputavam jogos de competições e amistosos, a CBRu sempre procurou atrelar a comercialização de bilhetes a ações de cunho social ou então valores bem mais baixos. Em 2015, a CBRu promoveu doações de livros para o torcedor ver o jogo amistoso contra a Alemanha. Em 2016, cobrou R$ 20 no duelo pelo Sul-Americano contra o Uruguai. KEVIN DURANT FARÁ PROGRAMA DE NEGÓCIOS COM A ESPN O astro do basquete Kevind Durant será produtor de uma série de seis episódios sobre negócios do esporte na ESPN americana. A Thirty Five Media, produtora que tem o astro do Golden State Warriors como sócio, ficará encarregada de produzir a série veiculada no ESPN+, o streaming da rede. O programa trará a visão de atletas, dirigentes e executivos sobre os bastidores do esporte. A ideia é que Durant e seu sócio, Rich Kleiman, participem dos episódios, que serão apresentados por Jay Williams. "Quero mostrar, pela visão dos grandes nomes do esporte como negócio, como atletas e líderes estão mudando o esporte", disse Durant.

5 Real Madrid terá arena de e-sports em estádio POR POR ERICH REDAÇÃO BETING Os e-sports não param de ganhar seguidores pelo mundo afora. E cada vez mais clubes de futebol também aderem ao movimento. A notícia da vez vem de Madri. O Real Madrid anunciou a criação de uma arena de e-sports dentro do Santiago Bernabéu, estádio do clube e um dos mais icônicos do futebol mundial, que passará por uma reformulação a partir do próximo ano. A nova instalação faz parte do projeto de reforma do estádio, que deverá custar cerca de US$ 617 milhões aos cofres do clube. O objetivo é que, reformado e mais moderno, o Santiago Bernabéu fature algo em torno de US$ 176 milhões a mais por ano depois que as obras terminarem. Além da arena de e-sports, o clube ainda construirá um espaço para eventos corporativos em geral. Vale ressaltar, no entanto, que, diferentemente de muitos clubes europeus, o Real Madrid ainda não se aventurou no mundo dos jogos eletrônicos e não possui uma equipe. Especula-se, no entanto, que, com a arena pronta, os merengues repensem a ideia e anunciem a formação do time para disputar torneios de e-sports. Em maio, o Real Madrid foi forçado a negar que estava entrando no mundo dos jogos eletrônicos depois de um falso post na rede social chinesa Weibo. A mensagem afirmava que a equipe espanhola queria participar do torneio Fifa On-line 4, uma competição gratuita para atrair a atenção dos fãs asiáticos. O projeto de reforma do Bernabéu é a maior aposta do Real Madrid para tentar voltar ao topo da lista da consultoria Deloitte com os clubes de maior faturamento do futebol. Após dez anos de liderança, o Real foi ultrapassado pelo Manchester United em Um dos motivos para isso foi a reforma do estádio Old Trafford. 5