Relações entre Tesouro e Banco Central: mais peculiaridades brasileiras

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1 Relações entre Tesouro e Banco Central: mais peculiaridades brasileiras José Roberto R. Afonso Professor mestrado IDP e pesquisador do IBRE/FGV 2ª Jornada de Debates sobre a Dívida Pública: a visão dos especialistas e órgãos públicos Conselho Superior do Ministério Público Federal, Brasília, 24/11/2016

2 História & Conceitos ü Teorias fiscais foram formuladas, e suas regras desenhadas e adotadas, sobretudo no Brasil, em contexto institucional e macroeconômico muito diferentes do atual: LRF ignorou regimes de cambio flutuante e de metas de inflação. ü Crise global mudou eixo da política econômica no mundo: resgatou política fiscal para reação imediata (socorro financeiro e investimentos governamentais) e levou política monetária expansionista. Brasil postergou e ainda não definiu programa de consolidação fiscal, muito menos de saída da recessão: País cada vez mais viciado na estagnação!

3 Novo Cenário ü Relações entre Tesouro Nacional e Banco Central foram apartadas em meados dos anos 90 e Constituição tentou formalizar independência entre partes. LRF em 2000 sacramentou a separação dos corpos. ü Contexto macroeconômico mudou radicalmente: o estoque de reservas cambiais foi decuplicado o volatilidade cambial se tornou das mais elevadas no mundo o Tesouro Nacional também virou o maior provedor de crédito da economia ü Mudou economia mas instrumentos, regras e instituições fiscais não foram aperfeiçoados e muito menos repensados.

4 Regime cambial / % Volatilidade Cambial 50.00% 40.00% 30.00% 20.00% 10.00% 0.00% DP 48d

5 BCB: resultado semestral

6 Relacionamento TN x BC Fonte Banco Central Resultado do Banco Central: 2008 ao 1 Semestre de (Em % do PIB) Fonte: Marcos Mendes e Banco Central do Brasil. Balancetes e Demonstrações Financeiras - Contábeis.

7 Relacionamento TN x BC Fonte Banco Central Resultado do Banco Central: 2008 ao 1 Semestre de (R$ milhões) Fonte: Marcos Mendes e Banco Central do Brasil. Balancetes e Demonstrações Financeiras - Contábeis.

8 TN x BC: fluxos anuais 1997/2015

9 Relacionamento TN x BC Fonte Tesouro Nacional Evolução dos principais componentes em % do PIB Em % do PIB * 1. RECEITAS ORIUNDAS DO BACEN 5,12% 4,92% 9,72% 2,89% 5,71% 6,65% 4,39% 6,79% 7,88% 7,41% Emissão de Títulos 4,09% 3,87% 3,12% 1,46% 4,26% 2,44% 2,48% 5,05% 3,26% 2,91% Remuneração das Disponibilidades 0,97% 0,88% 0,98% 0,93% 1,00% 1,07% 0,99% 1,01% 1,48% 1,77% Remuneração das Aplic. Financeiras das Ugs 0,07% 0,06% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,08% 0,09% 0,15% 0,17% Resultado do Banco Central 0,00% 0,10% 5,56% 0,46% 0,40% 3,10% 0,83% 0,64% 2,99% 2,55% 2. DESPESAS NO BACEN 5,30% 3,40% 3,77% 3,13% 5,13% 3,29% 3,21% 5,29% 4,19% 4,24% Resgate de Títulos 4,20% 2,73% 2,97% 2,35% 4,24% 2,44% 2,44% 4,24% 3,09% 3,19% Encargos da DPMF 1,10% 0,67% 0,79% 0,78% 0,89% 0,85% 0,77% 1,05% 1,10% 1,05% 3. RESULTADO (1-2) -0,18% 1,52% 5,95% -0,24% 0,57% 3,36% 1,17% 1,50% 3,69% 3,17% memorando: PIB em R$ bilhões correntes Fonte Primária: STN *Considera-se o acumulado em 12 meses até Setembro de 2016

10 TN x BC: fluxos anuais 2007/2015

11 Relacionamento TN x BC Fonte Tesouro Nacional Evolução dos principais componentes em R$ Milhões Correntes Em R$ Bilhões Correntes * 1. RECEITAS ORIUNDAS DO BACEN Emissão de Títulos Remuneração das Disponibilidades Remuneração das Aplic. Financeiras das Ugs Resultado do Banco Central DESPESAS NO BACEN Resgate de Títulos Encargos da DPMF RESULTADO (1-2) Fonte Primária: STN *Considera-se o acumulado em 12 meses até Setembro de 2016

12 Relacionamento TN x BC: 2016 x 2015 e 2016 x 2014 Fonte Tesouro Nacional Evolução dos principais componentes em % do PIB e R$ Milhões Correntes Discriminação * Variação (16x15) Variação (16x14) R$ Milhões % PIB R$ Milhões % PIB R$ Milhões % PIB % pp % pp 1. RECEITAS ORIUNDAS DO BACEN ,6 6,79% ,9 7,88% ,1 7,41% -2,52% -0,47% 17,49% 0,62% Emissão de Títulos ,0 5,05% ,6 3,26% ,8 2,91% -7,43% -0,35% -38,00% -2,14% Remuneração das Disponibilidades ,4 1,01% ,6 1,48% ,9 1,77% 24,10% 0,29% 89,20% 0,76% Remuneração das Aplic. Financeiras das Ugs 5.062,5 0,09% 8.754,5 0,15% ,5 0,17% 19,84% 0,02% 107,24% 0,08% Resultado do Banco Central ,7 0,64% ,1 2,99% ,9 2,55% -11,47% -0,44% 332,28% 1,92% 2. DESPESAS NO BACEN ,6 5,29% ,0 4,19% ,0 4,24% 4,79% 0,04% -13,81% -1,05% Resgate de Títulos ,6 4,24% ,8 3,09% ,9 3,19% 6,96% 0,10% -18,95% -1,05% Encargos da DPMF ,1 1,05% ,2 1,10% ,1 1,05% -1,30% -0,05% 6,83% -0,01% 3. RESULTADO (1-2) ,0 1,50% ,9 3,69% ,1 3,17% -10,83% -0,52% 128,26% 1,68% Fonte Primária: STN *Considera-se o acumulado em 12 meses até Setembro de 2016

13 Aspectos Metodológicos

14 Dívida, Caixa & Preferências ü Caixa único do Tesouro cresceu forte e constantemente nos últimos anos e meses, tanto quando gerava superávit primário, quanto também e mais fortemente quando passou a gerar déficit. Maior entesouramento possível a custa de mais endividamento até para atender ao próprio mercado financeiro, que, na incerteza cada vez maior, prefere cada vez mais liquidez (título público). ü Disponibilidades financeiras ao final de setembro de 2016: R$ 989 bilhões ou 16.2% do PIB, segundo maior recorde histórico (de fato, maior foi 16.5% em março). Muito acima da média desde 2000: 9.3% do PIB (mais 7 pontos). ü Enquanto se endividava cada vez mais, governo acumula cada vez mais caixa, e muito graças as receitas provenientes do banco central (resultado e remuneração).

15 Disponibilidades Financeiras e Dívida Mobiliária: 2000/2016 Elaboração própria. Fonte Primária: Banco Central

16 Vício nas Compromissadas ü Investidores continuando aplicando cada vez mais em operações compromissadas do Banco Central (BC), em lugar de investir na produção: R$ 1,1 trilhão ou 17.6% do PIB em outubro de ü O estoque de compromissadas aumentou em R$ 163 bilhões ou 2.1 pontos do PIB em Mas crédito externo líquido do BCB caiu em 4,3 pontos do PIB neste ano ü Movimentos são contraditórios, o que reforça a hipótese de que as compromissadas explodem com a preferência exacerbada por liquidez, que é um sintoma típico de economia em depressão: quando não se confia nos bancos e nas empresas, os investidores correm para o governo.

17 Operações Compromissadas: 2015/2016

18 LRF x Limite para Dívida Federal ü Proposta Senado (Substitutivo Senador Serra): sinaliza trajetória de longo prazo com flexibilidade trajetória de 15 anos de ajuste. ü Obriga o Poder Executivo a explicitar sua política de rolagem da dívida pública, a apresentar um programa fiscal consistente de longo prazo e a justificar os motivos da expansão da carteira de títulos do BC, sempre que fizer colocação de títulos naquela carteira

19 Conclusões ü Ganhos patrimoniais em uma subsidiária podem ser auferidos pelo regime de competência mas, se não realizados (financeiro), a sua distribuição de lucro ao controlador depende da tomada de um financiamento o BCB pode repassar ganho cambial ao TN porque emite moeda o Só na venda das reservas seria realizado ganho já repassado ao TN ü Recomendação literatura e práticas internacionais é que ganhos eventuais sejam acumulados em reserva para compensar futuras perdas o Constituição brasileira veda financiamento inflacionária do TN. o Leis autorizam constituir reserva e até trocar títulos (receitas do BC deveriam ser vinculadas apenas ao resgate de sua carteira).

20 Proposições ü Fundamental rever tratamento às relações e aos recursos transferidos entre BC e TN (resultado semestral e remuneração de caixa) o Equalização cambial deve constituir reserva temporária e repasses vinculados ao resgate do principal da carteira na prática, encontro de contas o Desvinculação do superávit financeiro não deve alcançar receitas oriundas do Banco Central e muito menos de qualquer operação de crédito ü Reformas legislativas: fortalecer LRF e limitar dívida da União o Discussão técnica e aberta sobre questões: carteira do BC x emissão própria de títulos e operações compromissadas x depósitos remunerados o Decisões necessárias para novo ciclo de reformas institucionais fiscais e financeiras

21 Debate Coletânea Organizada por Edmar Bacha em homenagem a Fabio Barbosa (27 capítulos) ofof Capítulo 16 Regras Fiscais e volatilidade cambial,com Marcio Garcia

22 José Roberto Afonso é economista e contabilista, doutor pela UNICAMP, pesquisador do IBRE/FGV e professor do programa de mestrado do IDP. Como de praxe, as opiniões aqui expostas são exclusivamente do autor, e não das instituições citadas. Juliana Damasceno e Vilma Pinto deram suporte às pesquisas Mais trabalhos, próprios e de terceiros, no portal:

23 EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE (DISCLAIMER) Este relatório foi elaborado para uso exclusivo de seu destinatário, não podendo ser reproduzido ou retransmitido a qualquer pessoa sem prévia autorização. As informações aqui contidas tem o propósito unicamente informativo. As informações disponibilizadas são obtidas de fontes entendidas como confiáveis. Não é garantida acurácia, pontualidade, integridade, negociabilidade, perfeição ou ajuste a qualquer propósito específico das fontes primárias de tais informações, logo não se aceita qualquer encargo, obrigação ou responsabilidade pelo uso das mesmas. Devido à possibilidade de erro humano ou mecânico, bem como a outros fatores, não se responde por quaisquer erros ou omissões, dado que toda informação é provida "tal como está", sem nenhuma garantia de qualquer espécie. Nenhuma informação ou opinião aqui expressada constitui solicitação ou proposta de aplicação financeira. As disposições precedentes aplicam-se ainda que venha a surgir qualquer reivindicação ou pretensão de ordem contratual ou qualquer ação de reparação por ato ilícito extracontratual, negligência, imprudência, imperícia, responsabilidade objetiva ou por qualquer outra maneira.

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