Uma abordagem macroeconômica: investimentos públicos

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1 Uma abordagem macroeconômica: investimentos públicos José Roberto Afonso Seminário Sociedades de Propósito Específico na área de energia TCU e FGV/CERI Rio de Janeiro, 11/03/2016

2 Brasil, hoje Pedro Wongtschowski, Presidente IEDI, Estadão, 8/3/2016. ü Os investimentos vão continuar em queda neste ano? O investimento é o que liga o presente de uma economia ao seu futuro. Por isso, é muito suscetível às expectativas de retorno e à maior confiança com que os empresários veem o cenário futuro da economia. Custo a crer que voltemos a ter em 2016 queda tão dramática quanto a de 2015, de 14,1%, mas teremos mais um ano de redução do investimento se não mudarmos a perspectiva de podermos sair da crise. Isso exigirá reformas e medidas de profundidade que, por enquanto, não estão no radar. (grifo nosso)

3 KEYNES... Cavar buracos no chão [...] à custa de poupança não só aumentará o emprego, como também a renda nacional em bens e serviços úteis" (KEYNES, 1996, p.216).... como os gastos inúteis provenientes de empréstimos podem, apesar disso, enriquecer no fim de contas a comunidade. A construção de pirâmides, os terremotos e até as guerras podem contribuir para aumentar a riqueza, se a educação dos nossos estadistas nos princípios da economia clássica for um empecilho a uma solução melhor (KEYNES, 1996, p.144). A cifra relevante neste contexto não é tanto o dispêndio bruto (ou líquido) com construções, mas o volume de despesas cobertas por aumento líquido de empréstimos contraídos. Em outras palavras, no caso de autoridades públicas ou similares, seu investimento líquido se evidencia mais quando medido pelo aumento líquido dos empréstimos contraídos... (KEYNES, edição de 1983, p.266)

4 Peculiaridade Brasil é um caso peculiar nas finanças públicas comparadas no mundo. Consegue, ao mesmo tempo, ser um dos países com maior carga tributária, no mundo e entre economias emergentes, mas também ser dos governos com menor taxa de investimento, em todo o mundo. Recentemente, o governo se endividou pesadamente mas para conceder crédito ao setor privado e para cobrir a deterioração de suas contas, devido à expansão acentuada de benefícios e custeio. Ou seja, o aumento da dívida pública não financiou o crescimento dos investimentos públicos.

5 Carga Tributária Comparada

6 Taxa de investimento governamental (FBKF/PIB): economias emergentes Fonte: WEO/FMI. Elaborado por José Roberto Afonso e Gabriel Junqueira.

7 Cena Fiscal Ainda que setor público seja importante na economia brasileira, não mais responde por parcela expressiva da taxa nacional de investimento, como já ocorreu no passado mais distante. A evolução dos investimentos no pós-real e, em especial, no pós-crise global mostra que o setor público teve um papel decisivo para sustentar e até elevar marginalmente a taxa, na virada da década, mas depois passou a liderar a sensível contenção da taxa nacional, sobretudo no biênio 2014/2015. A decomposição dos investimentos do setor público revelam, do lado dos governos, uma profunda descentralização e, pelo lado das empresas estatais, uma elevada dependência da Petrobras.

8 Taxa de Investimento no Século

9 Taxa de Investimento Composição da taxa de investimento global no Brasil, pós Real (% do PIB) ,29 2,24 1,25 18,64 19,12 18,54 2,03 2,30 2,59 1,49 1,44 1,31 17,02 1,66 0,77 18,30 18,42 17,93 1,78 1,95 2,18 0,77 0,85 1,11 16,60 1,47 1,09 17,32 17,06 17,21 1,59 1,59 1,95 1,01 1,01 0,97 18,00 1,74 1,08 20,53 20,60 20,72 20,95 19,39 19,10 2,14 2,16 2,14 2,71 2,15 2,25 1,63 1,81 1,92 1,38 1,87 1,78 20,18 2,47 1,55 18,89 1,79 1,20 APU EPU FBCF privada 10 FBCF Elaboração: Rodrigo Orair. Fontes primárias: IBGE, Ipea ,80 14,90 15,60 14,64 14,58 15,75 15,61 14,63 14,05 14,72 14,46 14,29 15,18 15,86 15,07 15,96 16,83 16,74 16,88 16,16 15,

10 FBCF Decomposição: % PIB Elaboração: Rodrigo Orair. Fontes primárias: IBGE, Ipea.

11 Investimento Público Investimentos do setor público: governos+estatais, (% do PIB) 5,0 SIGLAS: ü APU = administrações públicas 4,5 ü EPU = empresas estatais da União 4,0 3,74 3,90 4,03 4,58 3,76 3,98 4,07 4,02 3,5 3,48 3,52 3,30 3,52 Elaboração: Rodrigo Orair. Fontes primárias: IBGE, Ipea. 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 2,99 2,92 2,81 2,82 2,71 2,59 2,55 2,56 2,60 2,60 2,43 2,47 2,24 2,30 2,18 2,25 2,15 2,14 2,16 2,14 2,03 1,95 1,95 1,87 1,92 1,78 1,74 1,78 1,81 1,79 1,66 1,59 1,59 1,63 1,44 1,49 1,55 1,47 1,25 1,31 1,38 1,20 1,11 1,09 1,08 1,01 1,01 0,97 0,85 0,77 0, APU+EPU APU EPU

12 Empresas Estatais Federais Fontes primárias: SPE/MF.

13 Recessão ü Pior recessão da história da república já está contratada. ü Desaceleração da demanda é superior a do PIB, ao contrário da crise global. ü Consensual que retomada do crescimento exige elevar níveis de investimentos, inclusive público, no Brasil. ü Experiências internacionais no enfrentamento da crise podem oferecer lições para uma nova estratégia macroeconômica no Brasil.

14 Recessões na História Oito episódios do PIB recuar no ano mais que -1%. As vezes, recessão por mais de um ano, nem sempre consecutivos crise de 29 e da moratória de 80. Consenso: crise de 2015/16 deverá ser a pior da história. Gráfico compara 3 anos antes da queda do PIB. Transcrito: Daniel Leichsenring

15 Produção x Demanda: Crescimento Fonte: Fernando Montero

16 Tendências Mundiais Fonte: IMF

17 Investimento x Crescimento Fonte: IMF

18 Risco Fiscal? Fonte: IBRE/FGV

19 Consolidação Fiscal Desafio enorme de estabilizar setor público e economia em meio à recessão e, ao mesmo tempo, retomar o crescimento econômico. Ajuste fiscal é condição necessária mas insuficiente. Inexorável adotar programa de consolidação fiscal para assegurar no futuro que não se entrega no presente aproveitar experiência internacional recente reformas (regras fiscais) difere de políticas (imediata) estratégia consistente de medidas graduais ampla oportunidade para mudanças institucionais. Investimentos em infra-estrutura, e muito pelo setor público, exigem nova estratégia de desestatização e de financiamento (organismos internacionais, mercado líquido). Brasil tem oportunidade de aprender e aproveitar experiências internacionais pós-crise global.

20 Reformas Fiscais Lei Geral do Orçamento e da Contabilidade reformulação urgente e radical do processo orçamentaria consolidada novo padrão contábil Reforma da previdência social LRF completar conselho de Gestão Fiscal limite para Dívida da União revisão da lei nacional e fomento a novas leis estaduais. Instituição Fiscal Independente Modernização administrativa Base de dados nacional e adição de cadastro único Lei das licitações e compras Governança pública estatuto das empresas estatais estatuto das agências reguladoras consolidação da autonomia do banco central Transparência reavaliar e revisitar relações entre Tesouro e Banco Central Desindexação e desvinculação generalizada transferência decisões para PPA

21 José Roberto Afonso é economista e contabilista, doutor pela UNICAMP, pesquisador do IBRE/FGV e professor do programa de mestrado do IDP. Marcos Dantas e Luciana Oliveira deram suporte às pesquisas. Rodrigo Orair, do IPEA, cedeu dados essenciais para análise. Mais trabalhos, próprios e de terceiros, no portal: 21

22 EXONERAÇÃO DE RESPONSABILIDADE (DISCLAIMER) Este relatório foi elaborado para uso exclusivo de seu destinatário, não podendo ser reproduzido ou retransmitido a qualquer pessoa sem prévia autorização. As informações aqui contidas tem o propósito unicamente informativo. As informações disponibilizadas são obtidas de fontes entendidas como confiáveis. Não é garantida acurácia, pontualidade, integridade, negociabilidade, perfeição ou ajuste a qualquer propósito específico das fontes primárias de tais informações, logo não se aceita qualquer encargo, obrigação ou responsabilidade pelo uso das mesmas. Devido à possibilidade de erro humano ou mecânico, bem como a outros fatores, não se responde por quaisquer erros ou omissões, dado que toda informação é provida "tal como está", sem nenhuma garantia de qualquer espécie. Nenhuma informação ou opinião aqui expressada constitui solicitação ou proposta de aplicação financeira. As disposições precedentes aplicam-se ainda que venha a surgir qualquer reivindicação ou pretensão de ordem contratual ou qualquer ação de reparação por ato ilícito extracontratual, negligência, imprudência, imperícia, responsabilidade objetiva ou por qualquer outra maneira. 22

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