67.3mi. Na reta final, setor público injeta R$ 215 mi em Jogos

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1 OFERECIMENTO BOLETIM NÚMERO DO DIA 67.3mi de reais o Ministério do Esporte investiu no Comitê Paralímpico Brasileiro por meio de 67 convênios que foram firmados desde 2010 EDIÇÃO 584 QUINTA-FEIRA, 1º DE SETEMBRO DE 2016 Na reta final, setor público injeta R$ 215 mi em Jogos O Comitê Rio 2016 garantiu a verba necessária para a realização dos Jogos Paralímpicos. Contando com patrocínios de três estatais mais um aporte adicional liberado nesta quarta-feira pela Prefeitura do Rio, o evento conseguiu um total de R$ 215 milhões na última semana, que garantem o evento. Até o momento a gente só apresentou solicitação formal de R$ 30 milhões POR ADALBERTO LEISTER FILHO [à prefeitura] para o pagamento da passagem dos atletas, técnicos e chefe de equipes e da viagem dos cavalos [para as provas de hipismo] que eram as despesas mais urgentes. Temos o esquema de financiamento de Jogos Paralímpicos completo, disse Mário Andrada, diretor de comunicação do Rio 2016, ao ser indagado pela Máquina do Esporte em entrevista coletiva. Atletas brasileiros que disputarão a Paralimpíada posam em frente ao Museu do Amanhã, no Rio; na última semana, três patrocínios foram firmados por empresas estatais para ajudar na realização do evento, além de um aporte de R$ 150 mi da prefeitura do Rio 1

2 A gente só vai usar o dinheiro municipal que precisar. O que não for utilizado, será devolvido para a prefeitura, acrescentou. Outro aporte estatal significativo veio nos últimos dias com a assinatura de contratos de patrocínio com Petrobras, Loterias ATLÉTICO TERÁ CE EM ESTÁDIO O Atlético-PR inaugura no fim de semana a Quadra Gastrô, na Arena da Baixada. O projeto, administrado pelo Grupo Brain, servirá para eventos de gastronomia, moda e cultura em espaço para pessoas. Com m² de área coberta e m² de área descoberta, a ideia é que o local abrigue feiras e eventos gastronômicos, além de shows, atividades circenses e mostras teatrais, de acordo com o clube. 90% DE ATLETAS SÃO BOLSISTAS Caixa e Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). Esses patrocínios totalizam R$ 65 milhões, disse Andrada, que contou que o comitê ainda negocia mais duas cotas, uma para empresa privada do setor de alimentos e bebidas e outra com mais uma empresa estatal. Como estamos em negociação, ainda não temos definidos os valores desses possíveis novos patrocínios, comentou. Com o financiamento do evento garantido, o comitê agora busca aumentar a venda de ingressos. De acordo com o último boletim do Rio 2016, 1,2 milhão de bilhetes já foram negociados do total de 2,5 milhões disponíveis. Nos últimos dias, têm sido comercializadas uma média de 50 mil entradas por dia. A nossa meta é vender 2 milhões de tíquetes. Ou seja, 80% da capacidade de acomodação. Foi a mesma meta orçamentária dos Jogos Olímpicos. Mas é lógico que trabalhamos para conseguir vender todos os tíquetes, declarou Andrada. Segundo o comitê, os esportes mais procurados até agora são: atletismo, natação, basquete em cadeira de rodas, futebol de 5 e vôlei sentado. Ainda há cerca de ingressos para a cerimônia de abertura e um pouco mais do que isso para o encerramento, contou o diretor do Rio Os Jogos começam dia 7. Segundo o governo, 262 dos 289 atletas brasileiros que irão disputar a Paralimpíada contam com a bolsaatleta do Ministério do Esporte. Ou seja, 90,6% da delegação é beneficiária do programa, o maior número na história dos Jogos. Como país-sede, o Brasil competirá pela primeira vez em todas as 23 modalidades paralímpicas. A meta do Ministério e do CPB é terminar os Jogos entre os cinco primeiros. TURISMO LANÇA GUIA PARA RIO O Ministério do Turismo criou um guia com dicas para atender os turistas com deficiência. A publicação é destinada principalmente a quem presta serviços no setor e tem em vista o início da Paralimpíada, dia 7. Ao todo foram produzidos 35 mil exemplares do guia, que já está sendo distribuído em todo Brasil. O ministério também está produzindo mais dois guias, voltados a pessoas idosas e ao público LGBT. 2

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4 OPINIÃO É salutar ter verba estatal garantindo a Paralimpíada Aos atropelos, a Paralimpíada garantiu sua realização com a liberação de R$ 215 milhões de verba estatal. Convênio assinado pela Prefeitura do Rio de Janeiro e o patrocínio de última hora de três estatais salvaram o megaevento de um vexame internacional. E, embora o Comitê Rio 2016 tenha divulgado que, por ora, irá gastar menos da metade do dinheiro liberado (R$ 95 milhões), é de se prever que ao longo dos 11 dias de uma competição com atletas, de 176 países, disputando 23 modalidades, haja muitas despesas que precisarão ser absorvidas. Com a entrada de Petrobras, Loterias Caixa e Apex aos 40min do segundo tempo e mais os Correios, que já estavam na operação, a Paralimpíada impôs uma sonora goleada de 4 a 1 nos Jogos Olímpicos, que contaram apenas com o apoio da empresa de logística para a sua realização. Não fez falta. Evento consolidado, a Olimpíada atrairá patrocinadores privados. No entanto, um dos gargalos da organização foi justamente sanado na Paralimpíada. É que o Comitê Rio POR ADALBERTO LEISTER FILHO diretor de conteúdo da Máquina do Esporte 2016 esperava uma empresa de petróleo para reduzir os custos de combustível para a frota de carros da operação, estimados em R$ 60 milhões. É salutar que o Estado intervenha no processo garantindo a realização da Paralimpíada, que encerra o ciclo de megaeventos esportivos no Brasil. Mas é vergonhoso que a verba apareça apenas após a imprensa internacional noticiar que os Jogos correram o risco de serem cancelados. Vasco fecha parceria e cria aplicativo que promove interação em tempo real DA REDAÇÃO O Vasco tem uma nova ferramenta de comunicação para torcedores. O clube carioca apresentou nesta semana um aplicativo oficial, fechado por uma parceria com a FanHero. Chamado de Vasco da Gama Live, a ideia é levar notícias aos seguidores da equipe carioca. Uma das vantagens do aplicativo é que ele pede um cadastro do torcedor, o que garante mais informações para o programa sobre quem o acessa. O processo é gratuito e, ao termina- -lo, o vascaíno pode ter acesso ao conteúdo. Além das notícias, o torcedor poderá ter acesso, com o aplicativo, a transmissões ao vivo e a interações em tempo real. Todas as redes sociais do Vasco também estão disponíveis. Utilizamos tecnologia de ponta para proporcionar aos fãs do Vasco uma experiência única no Brasil. Estamos muito felizes pela parceria e certos dos resultados positivos. Através desta parceria, os torcedores do Vasco poderão acompanhar ao vivo o dia-a-dia do clube, dos jogadores, e terão um canal de mídia dedicado, exclusivo e inédito, explicou Humberto Farias, um dos sócios da FanHero, em nota. O aplicativo já está disponível para as duas principais plataformas: Android e ios. Essa não é a primeira vez que o Vasco lança um aplicativo oficial. Em 2014, por exemplo, o clube lançou dois programas para celulares, ambos com informações sobre a equipe. 4

5 Especial Alemanha: com foco na bola, Dortmund vira exemplo POR DUDA LOPES, DE DORTMUND* O ano era O Borussia Dortmund conseguia o ápice em campo: campeão da Liga dos Campeões da Europa. No fim daquele ano, o time ainda derrotou o Cruzeiro na final da Copa Intercontinental. Parecia a consagração do grande clube, mas na década seguinte quase nada se ouviu falar sobre o clube alemão. Para voltar ao protagonismo, ela precisou se reinventar. O problema é que, em 2005, com dívidas que passavam dos 180 milhões, o Borussia Dortmund esteve próximo de abrir falência. Na época, Reinhard Rauball havia assumido a presidência da equipe. E a recuperação do time foi tão notável que hoje o dirigente comanda Liga e Federação de Futebol alemãs. Na temporada 2014/2015, o time bateu seu recorde de faturamento: foram 276 milhões, com lucro de 5,5 milhões. Com grandes revelações em campo, o Dortmund voltou a ser campeão alemão em 2011 e em Em 2013, a equipe disputou novamente a decisão da Liga dos Campeões; o título foi perdido para o Bayern de Munique. Rauball foi responsável por uma profunda reestruturação financeira do clube, mas foi um trabalho de marca de longo prazo que mais ajuda a entender a recuperação do Dortmund. A equipe se voltou ao seu público, seu torcedor, e passou a se posicionar como resistência local frente a gigantes da Europa. Nós somos de Dortmund, não de Munique, de Berlim ou de uma grande capital europeia. Nós somos um clube menor, mais familiar. Definitivamente, nós vamos desafiar os outros, mas temos que saber que jamais competiremos com Real Madrid ou Barcelona. Se nós nos compararmos aos outros, sempre perderemos. Temos que seguir nosso próprio caminho, diz o diretor de marketing, Carsten Cramer. Esse olhar para o próprio público atingiu números impressionantes. Dortmund é uma das maiores cidades do Vale do Ruhr, com população próxima dos 600 mil. Tem a maior área metropolitana da Alemanha, mas, focada na atividade industrial, já não vive o ápice financeiro. Isso não impede, no entanto, que o Borussia tenha a maior média de público entre os grandes europeus: são 81,1 mil pessoas, contra 78,8 mil do vice-líder Barcelona. Com isso, o clube conseguiu ser uma paixão ainda maior em sua cidade. Em sócios, por exemplo, o número saltou de 31 mil em 2009 para 138,5 mil em Hoje, a temporada do time já começa com 55 mil carnês vendidos. O Paredão Amarelo, área mais popular do estádio Signal Iduna Park, tem atenção mundial com festa e mosaicos. Hoje, o clube quer ganhar mercado internacional para crescer. Mas, para isso, quer fugir das mesmices associadas ao futebol moderno. Focamos no futebol. O esporte é nosso principal ativo porque nós somos um clube de futebol. Nós não somos uma empresa de negócios, resumiu Carsten Cramer. * Viagem a convite de Fox e Bundesliga 5