Bancos de Desenvolvimento: estabilidade econômica e sustentabilidade 1º Congresso do Centro Celso Furtado Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2012

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1 Bancos de Desenvolvimento: estabilidade econômica e sustentabilidade 1º Congresso do Centro Celso Furtado Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2012 Fernando Nogueira da Costa Professor do IE- UNICAMP h@p://fernandonogueiracosta.wordpress.com/ 1

2 Estrutura da apresentação Abordagem InsHtucional Abordagem da PolíHca Econômica Abordagem do Financiamento ao Desenvolvimento Conclusão: Capitalismo de Estado NeocorporaHvista no Brasil 2

3 Abordagem InsHtucional 3

4 Tropicalização Antropofágica Miscigenada crédito público insuficiente mercado de capitais raquígco crédito privado incipiente A economia brasileira possui traços não plenamente desenvolvidos dos três modelos de financiamento a prazo. 4

5 Tropicalização Antropofágica Miscigenada Primeira Lei Independentemente dos homens e de suas intenções, sempre que o Banco Central se entrega à austeridade financeira, os Bancos Públicos escancaram os cofres, com a inevitabilidade quase de uma lei natural. O comportamento dos Bancos Públicos é, por definição, o desejado pelo Governo da Ocasião, seja ele monetarista, seja desenvolvimen?sta, ou, quase sempre, apenas pragmá?co. Segunda Lei

6 Leis da Tropicalização Antropofágica Miscigenada Não interpretar essas leis no sengdo negagvo: os bancos públicos inviabilizam a polígca monetária. Muito antes pelo contrário! Primeiro, a dosagem de suas operações é instrumento básico de polígca monetária. No final das contas, controlar com uma mão, liberar com outra, é melhor para o País. Segundo, o direcionamento setorial do crédito dá- lhe flexibilidade. Crédito direcionado a setores prioritários: amortecedor de recessão provocada pela ânsia de controle monetário geral por parte da autoridade monetária.

7 Economia de Endividamento versus Economia de Mercado de Capitais Aqui, até agora, se consgtuiu Economia de Endividamento, mas não Economia de Mercado de Capitais. Ainda não houve no mundo nenhuma experiência de conversão da primeira nessa úl?ma, apica dos países anglo- saxões. O desafio é alterar o padrão de financiamento do inves?mento na indústria e na infraestrutura, elevando a pargcipação do mercado de capitais. 7

8 Captações

9 InsHtuições Financeiras Públicas Federais: alavancagem financeira Em termos de custo fiscal e orçamentos governamentais, IFPF podem fazer mais por menos. São 9 vezes mais, se comparar o valor em dinheiro necessário para executar diretamente polí?cas públicas com a mesma quan?dade de recursos capitalizados nas IFPF para fazer emprés?mos (e tomar depósitos). Essas insgtuições podem gerar políhcas públicas cujo gasto efe?vo sai por cerca de 10% do custo fiscal potencial.

10 Efeito deslocamento Crowding out Crowding in Se o governo tomar financiamento no mercado, a elevação da taxa de juros que o governo está disposto a pagar (e pode fazê- lo) deslocaria tomadores não- governamentais que não teriam condições de pagá- la. Aqui e agora: o governo força a queda da taxa de juros. Quando os gastos governamentais es?mulam os inves?mentos privados, em vez de deslocá- los ou subsgtuí- los. Aqui e agora: os gastos governamentais com a capitalização dos bancos públicos federais alavancam os gastos privados.

11 Abordagem da PolíHca Econômica 11

12 Crescimento do PIB Queda da taxa de juros Depreciação da moeda nacional Crescimento da demanda sem inflação Diminuição dos encargos financeiros Maior capacidade produgva Queda da relação dívida / PIB Ganho fiscal por meio de dividendos, tributos e lucros regdos Diminuição do déficit nominal Alavancagem do dinheiro público Manutenção do superávit primário Capitalização dos bancos públicos Margem fiscal

13 A dívida líquida do setor público agngiu R$1.503,4 bilhões (35,1% do PIB) em junho de

14 Títulos de dívida pública = 58% do funding Financiamento Total: 1. EmprésHmos bancários: R$ 2,17 trilhões relação crédito / PIB: 50,6%; 2. Dívida mobiliária federal (fora do Banco Central): R$ 1,88 trilhão relação dívida / PIB: 44%; Financiamento total: R$ 4,05 trilhões ou 94,6% do PIB (junho de 2012) Déficit do balanço de transações correntes (junho de 2012/12 m): US$ 51,8 bilhões ou 2,16% do PIB Funding (exceto fundos sociais): Saldos em fim de período (junho de 2012) dos Haveres Financeiros: 1. M1 (papel- moeda em poder do público e depósitos a vista): R$ 263 bilhões; 2. M2 (M1 + depósitos de poupança [R$ 434 bilhões] + depósitos a prazo [R$ 919 bilhões]): R$ 1,6 trilhão; 3. M3 (M2 + quotas de fundos de renda fixa [R$ 1,5 trilhão] + atulos públicos que lastreiam operações compromissadas): R$ 3,3 trilhões; 4. M4 (M3 + atulos públicos de detentores não financeiros): R$ 3,8 trilhões = 88% do PIB. 14

15 Abordagem de Financiamento do Desenvolvimento 15

16 Atuação anhcíclica do BNDES

17 Crescimento do BNDES (% no Total)

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22 Devido a incenhvos fiscais concedidos pelo governo para esgmular a formalização do mercado de trabalho, a desoneração do PIS- Pasep para as empresas que aderiram ao Simples tem impacto direto na diminuição do ritmo de crescimento da arrecadação do tributo, que é a principal fonte de recursos do FAT. As despesas do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) com abono salarial e seguro- desemprego devem congnuar com expressivos crescimentos nos próximos anos, reflegndo: a polígca de reajuste real do salário mínimo, a alta rota?vidade do trabalhador no mercado de trabalho, e o aumento dos rendimentos dos brasileiros. FAT só se equilibrará com aportes do Tesouro Nacional.

23 Emissões de Debêntures 23

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26 Fundos de Pensão 26

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29 Conclusão: Capitalismo de Estado NeocorporaHvista no Brasil 29

30 Estado interventor, indutor e regulador, que propiciou salto de etapas históricas antes percorridas por países de capitalismo maduro Capitalismo de Estado NeocorporaHvista brasileiro O Capitalismo de Estado chinês (sob domínio do PCCh) e o russo (sob ex- KGB) são derivados de experiências históricas com Socialismo de Mercado e, claramente, se diferenciam do Capitalismo de Mercado norte- americano. ainda busca conquistar maior autonomia tecnológica e financeira.

31 Os interesses gerados na sociedade civil são organizados, seja em sindicatos dos trabalhadores, seja em associações empresariais. Suas estruturas internas centralizadas e hierárquicas impõem quase como obrigação a militância polí?co- par?dária para obter apoio à ascensão a postos com poder de decisões estratégicas. O NeocorporaHvismo é forma pargcular de intermediação de interesses entre sociedade civil e Estado em regime democrágco com governo trabalhista.

32 A aprovação do FUNPRESP e outros fundos de previdência complementar. A reestahzação de empresas estatais, que Gnham sido privagzadas na era neoliberal. O Estado brasileiro trocou o controle majoritário por minoritário ao adquirir ações de empresas estratégicas para elevar a compeggvidade brasileira via BNDESPAR e fundos de pensão patrocinados. Configuração do novo Capitalismo de Estado NeocorporaHvista com maior autonomia tecnológica e financeira.

33 se financiarem em insgtuições financeiras públicas federais (BNDES, BB, CEF, BNB, BASA) Mesmo em economia de mercado a la Ocidente, isto é, com livre iniciagva de seus empreendedores, a tendência predominante das iniciahvas parhculares vencedoras é: se coligarem com órgãos governamentais de pesquisa (Embrapa, Finep, etc.) se associarem com empresas estatais (Petrobras, Vale, etc.) e insgtuições paraestatais como fundos de pensão patrocinados por empresas estatais (Previ, Petros, Funcef, etc.)

34 O Tesouro Nacional possibilita a realocação dos recursos em prazos adequados ao financiamento dos setores prioritários para o desenvolvimento brasileiro. O Estado brasileiro situa- se no centro das decisões cruciais de financiamento da economia. O Tesouro Nacional oferece aos invesgdores risco soberano, para captar em longo prazo, tanto no mercado financeiro domésgco, quanto no internacional.

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