Custos e Benefícios Fiscais do PSI e Empréstimos do Tesouro ao BNDES. 19 de agosto de 2010
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- Júlio Tavares Peralta
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1 Custos e Benefícios Fiscais do PSI e Empréstimos do Tesouro ao BNDES 19 de agosto de 2010
2 Os custos fiscais do PSI e dos empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES (1 de 2) Em 2009 e 2010 o Tesouro Nacional emprestou R$ 180 bilhões com prazos variando de 20 a 40 anos e custo principal a TJLP (Leis /09 e /10) Há em princípio um custo direto para o Tesouro Nacional associado à diferença entre o custo de captação do Tesouro e a taxa de juros cobrada pela União ao BNDES Há ainda um outro ônus para o Tesouro: a equalização de juros do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), realizado com recursos dos empréstimos em 2009 e
3 Os custos fiscais do PSI e dos empréstimos do Tesouro Nacional ao BNDES (2 de 2) Dada a taxa Selic, atualmente em 10,75%, e a TJLP em 6%, há uma conta simplista para o custo direto dos empréstimos: 4,75% x saldo devedor (inicialmente em R$ 180 bilhões) durante a vigência do empréstimo Essa conta tende a superestimar o custo direto do empréstimo porque mantém para o longo prazo (30 e 40 anos) a diferença atual entre a Selic e a TJLP 3
4 Mas a tendência nos últimos anos mostra a redução do diferencial SELIC-TJLP Diferença entre Selic e TJLP em pontos percentuais (Cenários para Convergência entre as duas taxas) 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 Cenário 1 Cenário 2 Cenário 3 4,0 2,0 0, Fonte: Até julho de 2010, BCB e BNDES. Obs: Considera-se os valores médios anuais 4
5 Os benefícios do PSI e dos empréstimos do Tesouro ao BNDES Porém os empréstimos da União ao BNDES não geram apenas custos fiscais, pois tais empréstimos: 1. Produzem lucros adicionais para o BNDES (100% da União), gerando tributos e dividendos ou capitalização do Banco 2. Estimulam o investimento e, com isso, elevam o PIB (efeito multiplicador da renda) e os impostos no curto prazo 3. Aumentam a capacidade produtiva, expandindo o produto potencial de forma permanente, e, assim, ampliam o crescimento e a arrecadação no longo prazo É ainda razoável supor que os investimentos financiados com recursos do Tesouro não seriam realizados (2009) ou o seriam apenas parcialmente (2010), pois as demais fontes de financiamento secaram, conforme mostram gráficos a seguir 5
6 30,0 25,0 Financiamento Externo via Títulos de Renda Fixa (Líquido) em US$ bilhões 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0-5,0-10,0 6 jan/10 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 Restrição de Crédito (1 de 2) Quebra do Bear Sterns Quebra do Lehman Brothers Fonte: Banco Central do Brasil.
7 Emissões Primárias de Títulos 1 e Ações (em R$ bilhões) 140,0 120, , , , , ,0 0, jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 jul/08 ago/08 set/08 out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09 abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10 abr/10 mai/10 jun/10 Restrição de Crédito (2 de 2) 1 Debêntures, Notas Promissórias, CRI e Quotas de Fundos Fonte: CVM e BCB.
8 Destinos dos Empréstimos Em R$ bilhões Financiamentos do BNDES (A= B + C + D) Financiamentos para Capital de Giro (giro puro) (B) Financiamentos para EXPORTAÇÕES (C) Financiamentos para INVESTIMENTOS (D) TOTAL 180,00 16,80 18,50 144, ,50 6,00 9,40 69, (previsão) 95,50 10,80 9,10 75,60 Fonte: BNDES. 8 8
9 Investimentos Sustentados com os Empréstimos (previsão) Em R$ bilhões TOTAL Financiamento do BNDES para INVESTIMENTOS (A) 69,1 75,6 144,7 Valor dos INVESTIMENTOS ALAVANCADOS (B = A / 70%) 98,7 108,0 206,7 Realização dos INVESTIMENTOS sem Empréstimos (C) 0% 50% TOTAL DE INVESTIMENTOS ALAVANCADOS (D = B x C) 98,7 54,0 152,7 É lenta a recuperação dos mercados de financiamento privado ao investimento 9 9
10 Empréstimos, Investimentos, Renda e Benefícios Fiscais R$ bilhões correntes Efeito Multiplicador 1, Carga Tributária Líquida Federal 20% 46 - Valor dos Empréstimos Empréstimos para Investimentos Investimentos Alavancados Elevação do PIB nominal Aumento nominal na Arrecadação Federal Elaboração: MF/SPE e BNDES 10 10
11 O Resultado Líquido dos Empréstimos é Positivo Estimativas de Custos e Benefícios Fiscais (a valor presente, em R$ bilhões) Custos -48,2 1 - Financiamento -30,8 2 - Equalização (PSI) -17,4 Benefícios 79,0 3 - Lucro BNDES 37,1 4 - VP da Arrecadação da União 41,9 Resultado Líquido 30,8 HIPÓTESES: 1) MULTIPLICADOR = 1,5 2)Convergência SELIC/TJLP em
12 Custos e Benefícios Fiscais do PSI e Empréstimos do Tesouro ao BNDES 19 de agosto de 2010 FIM
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