Mercado de Crédito. Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP ss.com/
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- Maria Thereza Fagundes Figueiroa
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1 Mercado de Crédito Fernando Nogueira da Costa Professor do IE-UNICAMP ss.com/
2 Estrutura da Apresentação Mudança no Padrão de Financiamento com a Volta da Velha Matriz Neoliberal Mercado de Capitais substituirá Crédito Direcionado?
3 Mudança no Padrão de Financiamento com a Volta da Velha Matriz Neoliberal
4 Era Social-Desenvolvimentista Velha Matriz Neoliberal Era Neoliberal Era Social-Desenvolvimentista Era Neoliberal Nova Matriz Velha Macroeconômica Matriz Neoliberal Plano Real Velha Matriz Neoliberal Salário = Demanda (inclusive de Crédito) Desemprego = Inadimplência = Provisões = - Lucro
5 Nova Matriz Macroeconômica Queda de 16% no salário real em (Custo Unitário do Trabalho)
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7 Maior Depressão da História do Brasil Neoliberais = STOP Desenvolvimentistas = GO Stop-and-Go Stop-and-Go Stop-and-Go Stop-and-Go Stop-and-? Depressões 2
8 Grande Depressão: Desemprego e Queda de Renda Per Capita
9 Velha Matriz Neoliberal
10 Velha Matriz Neoliberal
11 Queda de desembolsos do BNDES não compensada por outras fontes domésticas: mercado de capitais e financiamento imobiliário
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14 Rentabilidade Patrimonial de Empresas Não-Financeiras X CDI Obs.: no primeiro gráfico acima, publicado no Valor (03/09/15), as legendas estão trocadas: a curva azul (tendência crescente) é a da variação do CDI.
15 Cruzada da Dilma
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19 Mercado de Capitais substituirá Crédito Direcionado? Hipótese Neoliberal: a taxa real básica de juros no Brasil é tão elevada por causa da overdose necessária para sobrepor-se ao crédito direcionado no controle da demanda agregada.
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21 Modelo Gangorra Juro está no céu
22 Sem considerar a concorrência destes com seus bancos privados, cujo eufemismo é externalidades, teoricamente, poderia se responder que é por causa da Doutrina da Poupança Forçada. Esta prega que os bancos podem apenas agir como intermediários financeiros neutros, canalizando exatamente a poupança preexistente para o investimento. Porque a ortodoxia não gosta de crédito bancário direcionado por bancos públicos? Caso isso não ocorra assim, o crédito financiará investimento em demasia, que se desequilibrará com a poupança preexistente, provocando expansão da demanda agregada além da oferta agregada disponível. De acordo com esse modelo mental estáticocomparativo (baseado na Lei de Say), tal desequilíbrio provocaria inflação, corroendo o poder aquisitivo dos salários reais, ou seja, forçando uma queda do consumo até o nível de poupança necessário àquele nível de investimento financiado pelo excesso de crédito.
23 O sistema bancário multiplica a quantidade de moeda (e gera funding) à medida que empresta para gastos que multiplicam renda e expandem a capacidade produtiva. Método Dinâmico versus Método Estático-Comparativo entre Equilíbrios: doutrina da poupança forçada: D M s c => (I > S) => ( DDA > OFA ) => D P => Ñ W/P => Ñ C => D S Interação entre multiplicador de renda e monetário PMgC = 0,8, ou seja, K = 1 / (1 0,8) = 5 (em R$ milhões) a demanda por fundos (investimento) e a oferta de crédito (e a poupança ex-post) são interdependentes: I p => M d c => I e => D Y => [ Y t C t + 1 ] = S t + 1 regular demanda sem deixar de direcionar o crédito para investimento em infraestrutura e capacidade produtiva, aumentando a oferta agregada.
24 Mudança em curso na metodologia de cálculo da TJLP Efeito Riqueza : se a taxa de juros do BNDES virar IPCA + Juro Prefixado elevação da MtM (marcação-a-mercado) em seus empréstimos e prevê que a TLP flutue como uma taxa de mercado TJLP = taxa de juros de títulos da dívida pública de longo prazo (NTN-B de 5 anos) perda de capital com Provisões pela Perda de Valor de Mercado de Carteira de Crédito de maneira que a política monetária iniba a política de crédito Banco Central do Brasil regulará o BNDES menor alavancagem financeira e maior depressão econômica
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27 O investimento em infraestrutura saiu de 1,8% do PIB, quando foi lançado o PAC, para 2,5% do PIB em Os desembolsos do BNDES à infraestrutura aumentaram de 0,6% do PIB para 1,0% do PIB no período investimentos em saneamento e mobilidade urbana obras relacionadas à Copa do Mundo e às Olimpíadas 2016 construção e ampliação de aeroportos e portos novas fontes de energia, eólica e solar, e novas tecnologias em telecomunicações grandes projetos de hidrelétricas na Região Norte 27
28 Mas não funcionou a atuação anticíclica do BNDES?! Parou por que? Por que parou?! 28
29 Elevação do Aporte do Tesouro Nacional para o FAT 29
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32 com médias diárias de R$ 1,1 trilhão em janeiro de 2017 Juros: 82% em 2015 e 72% em 2016 do Déficit Nominal. Trocar Operações Compromissadas por Depósitos Remunerados no Banco Central: equivalente a 18% do PIB 32
33 Crítica neoliberal: BNDES operava com conta movimento no Tesouro Nacional para subsidiar juros Atuação Social- Desenvolvimentista O Tesouro Nacional oferece risco soberano aos investidores institucionais, fundos e bancos, para captar em longo prazo, e repassa funding ao BNDES. O BNDES recicla os recursos em crédito direcionado para setores prioritários para a estratégia de desenvolvimento nacional. Valores-meta: o nacionalismo, a cadeia produtiva, o emprego e o combate à desigualdade regional. Projeto Neoliberal BNDES passa a adotar a função de originador de operações. Entra com parte pequena do financiamento e com isso dá um selo de qualidade ao empreendimento para as devedoras emitirem debêntures. Fomenta o mercado de capitais. Valores-meta: as externalidades, os riscos, os custos e o lucro do Banco. 33
34 Mercado de Capitais pró ciclo de expansão + BNDES contra ciclo depressivo Argumento Neoliberal: 50% do estoque de crédito no Brasil é direcionado, portanto, metade não sofreria o impacto da política monetária para a queda da demanda agregada. Argumento Desenvolvimentista: o canal da política monetária é o novo fluxo de crédito; no caso do BNDES, ano a ano, entre 2011 e 2016, respondeu por apenas 3,8% de todos os novos fluxos de crédito bancário. 34
35 Crédito com recursos livres pró ciclo de expansão X Crédito direcionado contraciclo depressivo
36 BNDES deixa de compensar queda do crédito com recursos livres em 2016
37 BNDES detém mais de 50% do crédito bancário acima de 5 anos Hoje, o crédito direcionado corresponde a 50% do crédito total da economia. Do total de R$ 1,54 trilhão do crédito direcionado: R$ 190,7 bilhões são concedidos às pessoas físicas e jurídicas do setor agrícola; o BNDES é responsável por R$ 587 bilhões; o financiamento imobiliário por R$ 609 bilhões; o restante é distribuído em microcrédito e outros.
38 Colapso dos Desembolsos do BNDES
39 Quase sem emissões de ações desde 2008
40 Encarecimento do Custo do Capital no Mercado de Capitais face ao Crédito Direcionado Seca e Revolta dos Vinte Centavos A relação crédito/pib declinou para 48,7% em fevereiro de 2017, ante 52,7% em fevereiro de 2016.
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44 Estoque de Crédito do BNDES corresponde a 9,5% do PIB > Debêntures Incentivas e Corporativas
45 Investidores Qualificados e/ou Bancos adquirem Debêntures para suas Carteiras de Ativos e não Investidores de Varejo
46 Falta de Competitividade do Mercado de Capitais Face à Elevação da Taxa de juro Básica
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48 Pergunta-chave Mercado de Capitais substituirá Crédito Direcionado? TLP: variação do IPCA + juros reais prefixados mensalmente
49 Recapitulação Final das Respostas Aumentará o custo do financiamento do investimento em reais, incentivando endividamento externo. Tornará o crédito do BNDES pró-cíclico, encarecendo-o durante as recessões provocadas pela elevação da taxa de juro básica. Aumentará a caixa livre do BNDES com a queda da demanda por seu crédito, acelerando o pagamento da dívida ao Tesouro Nacional. Haverá perda de capital com Provisões pela Perda de Valor de Mercado da Carteira de Crédito do BNDES, portanto, menor alavancagem financeira. Aumentará a dolarização dos passivos das grandes empresas e dos bancos, elevando o risco cambial tal como na Era Neoliberal.
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