COM MENOR OFERTA, PREÇO SE FIRMA APÓS QUATRO MESES EM QUEDA

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1 Uma publicação do CEPEA - ESALQ/USP Ano 22 nº 249 Fevereiro Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - ESALQ/USP COM MENOR OFERTA, PREÇO SE FIRMA APÓS QUATRO MESES EM QUEDA Após quedas consecutivas desde setembro do ano passado, os preços do leite pagos ao produtor se firmaram em janeiro, apesar do período considerado de safra leiteira, de acordo com levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Considerando-se a média Brasil (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o preço bruto do leite pago ao produtor subiu 0,77% em janeiro, na comparação com o mês anterior, indo para R$ 1,0615/litro. Porém, em relação ao mesmo mês do ano passado, houve recuo de 4,5% em termos reais (deflacionados pelo IPCA de ). Já o preço líquido médio (não inclui frete e impostos) foi de R$ 0,9660/litro, baixa de 0,13% no mês. atacadistas consultados pelo Cepea indica que a oferta está um pouco abaixo do esperado para a época do ano, além de sinalizar uma melhora também na demanda. Essa pesquisa sobre o segmento de derivados do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas do estado de São Paulo e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). ICAP-L/Cepea - Índice de Captação de Leite - DEZEMBRO/15. (Base 100=Junho/2004) Contrariando as expectativas sazonais, a captação recuou em dezembro, pressionando a oferta de leite. Assim, mesmo com a demanda enfraquecida, houve aumentos dos preços em algumas regiões. A maior oferta resultou das condições climáticas adversas nas principais regiões produtoras na virada de 2015 e já está sendo vista pelos agentes do mercado como uma tendência para os próximos meses. O Índice de Captação de Leite do Cepea (ICAP- L/Cepea) recuou 1,27% de para. Os altos volumes de chuvas na região Sul do País no segundo trimestre de 2015 deram espaço a um período mais seco, principalmente no Rio Grande do Sul, que atrelado com o aumento da temperatura continuou prejudicando a produção de leite. Já no Sudeste e Centro-Oeste o aumento das precipitações também afetou a atividade leiteira em algumas regiões. Com a necessidade de suplementação da alimentação do rebanho, alguns produtores estão optando por secar as vacas como alternativa para reduzir os custos, pois os preços da ração são muito altos nessa época do ano. Dos sete estados considerados no ICAP-L/Cepea, apenas Goiás e São Paulo registraram leve aumento de captação, de 2,12% e 0,72%, respectivamente. Os demais apresentaram queda, com destaques para o Rio Grande do Sul e Paraná que recuaram 3,14% e 2,58%, respectivamente. Para os próximos meses, a maioria dos representantes de laticínios/cooperativas consultados pelo Cepea acredita que haverá nova alta nos preços pagos ao produtor. Entre os entrevistados, 51,9% dos agentes (que representam 66,7% do volume amostrado) acreditam em alta dos preços. Outros 36,5% dos colaboradores consultados pelo Cepea esperam estabilidade em fevereiro (estes representam 25,6% do leite amostrado). Já 11,5% dos entrevistados ainda têm expectativa de queda no mês que vem. No segmento de derivados, o leite UHT no mercado atacadista do estado de São Paulo se valorizou 0,51% de dezembro para janeiro, com a média indo para R$ 2,2314/litro. O queijo muçarela teve recuperação de 2,77%, a 13,97/kg em janeiro. Grande parte dos PANORAMA pág. 05 pág. 06 pág. 07 Exportações de lácteos mais que dobram em 12 meses Ano atípico estabelece alta no preço do leite UHT e queijo muçarela Indicadores de preços são importantes ferramentas de gestão para o setor lácteo MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA

2 Fonte: Cepea JANEIRO/16 DEZEMBRO/15 Sul / Sudoeste de Minas 1,1152 1,1086 1,1171 1,1546 1,0870 1,1326 1,1394 1,0786 1,2058 1,1092 1,1047 1,0830 1,2239 1,1865 1,1443 1,2601 1,1065 1,2511 1,3054 1,0541 1,2093 1,1741 1,1617 1,1374 1,0766 1,0241 1,0913 1,1544 0,8975 0,7689 0,8744 0,8723 0,7758 0,8589 1,0312 0,9566 0,8129 0,8884 0,9460 0,8304 1,1342 1,0673 0,9640 0,9582 0,8575 0,8771 0,7851 0,8448 0,8872 0,9632 0,9150 0,9084 0,9617 0,8945 0,9129 0,9050 1,0232 1,0099 1,0142 1,0584 0,9483 1,0360 1,1191 1,0315 1,0564 1,0089 1,0428 1,0132 1,1794 1,1119 1,0832 1,1431 0,9950 1,1381 1,0891 0,9758 1,0851 1,0855 1,0977 1,0676 1,0119 0,9868 1,0277 1,0615 1,0169 1,0033 1,0240 1,0763 0,9662 1,0474 1,0568 0,9948 1,0707 1,0028 1,0086 0,9924 1,1244 1,0783 1,0509 1,1454 1,0258 1,1285 1,1998 0,9781 1,1089 1,0595 1,0538 1,0284 0,9986 0,9477 1,0219 1,0572 0,7955 0,6713 0,7827 0,8003 0,6620 0,7799 0,9510 0,8750 0,6866 0,7869 0,8532 0,7454 1,0350 0,9885 0,8786 0,8526 0,7839 0,7661 0,6913 0,7710 0,7952 0,8529 0,8129 0,8045 0,8859 0,8210 0,8474 0,8137 0,9184 0,9068 0,9175 0,9823 0,8305 0,9530 1,0369 0,9485 0,9246 0,9047 0,9479 0,9241 1,0801 1,0282 0,9947 1,0308 0,9184 1,0185 0,9884 0,9003 0,9876 0,9728 0,9908 0,9599 0,9361 0,9112 0,9599 0,9660 jan/dez 4,27% -1,47% 3,25% 1,17% -1,19% 0,78% -0,87% 1,51% 1,44% 0,70% 1,00% -0,86% 3,60% -0,01% 0,35% -0,58% -0,52% -0,20% 0,16% 1,52% -0,15% -0,46% 0,26% 0,61% 2,57% -0,01% 1,32% 0,77% jan/dez 3,11% -1,56% 2,45% 0,94% -2,07% 0,50% -1,23% 1,35% 1,21% -0,57% 0,51% -1,74% -1,39% -1,58% -1,58% -2,51% -0,58% -1,97% 0,10% 2,84% -0,96% -1,56% -0,63% -0,12% 2,63% 0,85% 1,78% -0,13% Fonte: Cepea Preços em estados que não estão incluídos na média Brasil - RJ, MS, ES e CE 1,2039 1,1282 1,1060 0,9448 1,1270 1,0439 1,1533 1,1319 1,2176 1,0373 1,1046 1,1123 0,8272 1,0699 0,9060 0,7665 0,8163 0,8088 1,0237 0,9060 1,0902 0,9543 1,0411 0,9856 1,0578 1,1000 1,0173 0,8835 0,9702 0,9348 1,0907 1,0601 1,1408 0,9981 1,0592 1,0401 1,1470 1,0328 1,0398 0,8589 0,9884 0,9233 1,0518 1,0408 1,1317 0,9578 1,0024 1,0306 0,7788 0,9757 0,8430 0,6824 0,6847 0,6928 0,9330 0,8224 1,0072 0,8766 0,9403 0,9054 1,0041 1,0052 0,9550 0,7968 0,8352 0,8160 0,9948 0,9719 1,0566 0,9194 0,9580 0,9592 0,01% -2,45% -0,67% -1,10% 0,75% 0,36% -0,55% -0,74% 0,65% 3,42% 0,00% 0,48% -0,01% -4,81% -1,32% 0,45% 0,14% 0,56% -0,57% -0,78% 1,20% 3,62% 0,00% 0,71% Equipe Leite: Wagner Hiroshi Yanaguizawa - Pesquisador Projeto Leite Natália Salaro Grigol, Ana Paula Negri, Raphael Denys Fava, Marianne Tufani Batista, Aline Figueiró dos Santos e Juliana Cristina Santos Equipe Grãos: Lucilio Alves - Pesquisador Projeto Grãos Ana Amélia Zinsly, André Sanches, Bárbara Oliveira, Camila Tolotti, Débora Kelen P. da Silva e Rafaela Moretti Vieira Wagner Hiroshi Yanaguizawa Pesquisador Projeto Leite Ana Paula Silva Ponchio - Mtb: D Flávia Romanelli - Mtb: Flávia Romanelli - Mtb: 27540

3 EVOLUÇÃO DO CUSTO OPERACIONAL EFETIVO (COE) E DO PREÇO DO LEITE EM

4 INVESTIMENTOS NA ATIVIDADE SURTEM EFEITOS POSITIVOS NA PRODUÇÃO DE LEITE PARANAENSE Por Wagner H. Yanaguizawa, Analista de Mercado, equipe Leite Cepea De acordo com levantamentos do Cepea feitos em parceria com a CNA, a produção leiteira tem apresentado aumento no Paraná nos últimos três anos. Em 2014, a região Sul se tornou a maior produtora de leite do País, ultrapassando o Sudeste, e o Paraná é o terceiro maior estado produtor, atrás apenas de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, respectivamente. Esse resultado se deu via melhora significativa na eficiência da produção e por consequência, nos indicadores técnicos. Essa evolução, por sua vez, resultou em maior retorno por Real investido (indicador econômico). Segundo pesquisadores do Cepea, a pecuária leiteira do Paraná pode se manter em crescimento, pois comprovadamente a atividade, bem manejada e planejada, é tão eficiente e rentável quanto a bovinocultura de corte e a agricultura sulista. Para a análise, foram considerados dados coletados por meio da metodologia de painéis, em e 2015, nas regiões paranaenses de Castro e Francisco Beltrão, onde praticamente todos os indicadores técnicos acompanhados tiveram evolução no período (Tabela 1). Nos últimos três anos, a terra se valorizou 79,7% na média das duas propriedades, porém não houve redução da área das propriedades típicas, nem perda para outras atividades. O que ocorreu foi o aumento da produção e da produtividade para compensar a elevação da competitividade da pecuária leiteira perante a agricultura, que também é forte na região. A produção de leite aumentou 50,0% em Francisco Beltrão e 4,4% em Castro, considerado o maior município produtor do Brasil, atingindo médias de 300 litros/dia (ou 15 litros/vaca.dia) e l i t r o s / d i a ( o u 26 l / v a c a. d i a ), respectivamente. Na média das duas regiões, o aumento foi de 27,2%. Dentre os principais avanços ocorridos no período analisado estão as melhoras no manejo reprodutivo, na eficiência da mão de obra, na reforma e manutenção das pastagens e na produtividade das áreas de silagem de milho e das forragens de inverno. Enquanto em 2012, Francisco Beltrão possuía 36 meses de idade para primeira cria e 68,8% de vacas em lactação sobre o total de vacas de raça mestiça (Jersey com Holandesa), em 2015, a idade para primeira cria caiu para 27 meses, a porcentagem de vacas em lactação subiu para 73,3% e o padrão racial mudou para o Holandês. Com isso, mesmo se mantendo o tamanho da propriedade típica o rebanho aumentou e com isso a produção também. Já em Castro, a produtividade da aveia e do azevém era de 12,5 t/ha em uma área de 50 ha em Em 2015, esta produtividade teve um salto para 15,0 t/ha, um acréscimo de 137,5 t de matéria verde para alimentação dos animais. Vale lembrar que o cultivo de forragens de inverno, principalmente de aveia e azevem, é uma ótima alternativa para compensar a queda na oferta de alimentos, comum nessa época do ano. Porém, apenas os estados sulistas possuem as condições edafoclimáticas necessárias para produzir essa forragem. Com relação à eficiência da mão de obra, ambas as regiões apresentaram melhora nesse indicador. Em três anos, a fazenda típica de Francisco Beltrão, que conta apenas a mão de obra do proprietário e da sua esposa, evoluiu sua produção em 50% sem contratar nenhum funcionário e acrescentando um conjunto a mais no equipamento de ordenha mecânica. Castro nesse mesmo período também aumentou a sua produção diária em 200 litros sem a necessidade de ultrapassar o número de 6 funcionários contratados, como já era em Tabela Comparativo dos indicadores técnicos das fazendas típicas de Castro (PR) e Francisco Beltrão (PR), em 2012 e Fonte: Cepea/CNA. 860,7 litros/tonelada 1594,1 litros/tonelada 12,1 litros/frasco 50 ml 854,2 litros/tonelada 1480,1 litros/tonelada 12,5 litros/frasco 50 ml 867,9 litros/tonelada 1503,1 litros/tonelada 12,2 litros/frasco 50 ml (130g de Fósforo) 6,9 litros/frasco 10 ml 88,0 litros/sc 25 kg 49,9 litros/litro de herbicida 6,9 litros/frasco 10 ml 87,8 litros/sc 25 kg 48,6 litros/litro de herbicida 6,7 litros/frasco 10 ml 86,2 litros/sc 25 kg 47,4 litros/litro de herbicida

5 EXPORTAÇÕES DE LÁCTEOS MAIS QUE DOBRAM EM 12 MESES Ana Paula Negri e Natália Salaro Grigol, analistas de mercado da equipe Leite Cepea Em janeiro, as exportações de lácteos totalizaram 15,7 milhões de litros em equivalente leite, volume 39% menor frente ao de dezembro/15, mas com expressivo aumento de 105% na comparação com o de janeiro/15 (7,7 milhões de litros), segundo dados da Secex. As vendas de leite em pó¹ foram responsáveis por 63% das exportações de lácteos de janeiro, totalizando 10 milhões de litros em equivalente leite. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 565%, uma vez que foi vendido apenas 1,5 milhão de litros em janeiro/15. Esse cenário é resultado da ausência de vendas para Venezuela naquele período, uma vez que o país vizinho é nosso principal comprador do produto. Por outro lado, manteiga e leite condensado, que apresentaram grande participação no início do ano do passado, registraram queda na comparação com 2016 de 95% e 29%, respectivamente. Os embarques de queijos², que representam 11% do total exportado, apesar de terem caído 10% em relação a, aumentaram 29% frente a jan/15. Esse aumento é resultado das vendas brasileiras para Rússia, que em 2015 não constava como parceiro comercial do País e para o Chile (+22%). As exportações totais de lácteos em janeiro tiveram como principais destinos a Venezuela, Colômbia, Chile e Rússia, com 63,1%, 7,33%, 6,89% e 2,2% dos embarques, nessa ordem. Já as importações de lácteos recuaram 16% neste início de ano frente a jan/15, totalizando 63,8 milhões de litros em equivalente leite. A queda se deve principalmente à menor quantidade adquirida de leite em pó. Segundo dados da Secex, o derivado com participação de 72% no total comprado, teve queda de 44,4% no volume internalizado frente ao de e 19% na comparação com o primeiro mês de Entre os produtos da balança comercial de lácteos, doce de leite e leite fluido não foram adquiridos em janeiro, apresentando assim queda de 100% quando comparado com o ano anterior. A manteiga, apesar de pequena sua participação no total internalizado (0,7%), registrou alta de 243%. Em janeiro, as compras oriundas do Uruguai e da Argentina, caíram expressivamente, 35% e 24%, respectivamente na comparação com um ano atrás, mas ainda assim foram responsáveis por 25,6% e 50,4% das importações de lácteos do Brasil. As aquisições dos Estados Unidos, que representaram 19% do total internalizado, se elevaram em 345% no mesmo período, enquanto o Chile, que em janeiro/15 exportou para o Brasil 2,7 milhões de litros em equivalente leite, não negociou neste País neste ano. IPE-L: O Índice de Preços de Exportação de Lácteos do Cepea (IPE-L) registrou média de US$ 4,42/kg, redução de 4,1% de dezembro/15 para janeiro/16. Em reais, o valor médio foi de R$ 17,91/kg, com o dólar sendo negociado à média de R$ 4,05 no mês. US$ 2100,00 US$ 2187,50 Tabela US$ 2475,00 US$ 2725,00-15% -20% US$ 1850,00 US$ 1768,75 US$ 2406,00 US$ 2144,00-23% -17% Fonte: USDA. Os dados se referem à média entre 1º e 31 de janeiro de 2016; para 2015, foi considerado período semelhante. Jan/ Tabela 2 - Volume exportado de lácteos (em equivalente leite)¹ Dez/15 - Jan/16 (%) Participação no total exp. em Jan/16 Jan/16-Jan/15 (%) 47-91% 0,3% Total de janeiro/16 frente ao mesmo período de 2015: 105% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. Jan/16 ² Total de janeiro/16 frente ao mesmo período de 2015: -16% -39% -45% -59% -10% - 63% 11% 11% 105% 565% Tabela 3 - Volume importado de lácteos (em equivalente leite)¹ Dez/15 - Jan/16 (%) Participação no total imp. em Jan/16 Jan/16 - Jan/15 (%) -36% -44% -0,2% -100% 35% - 72% 27,4% Notas: (1) Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite; (2) O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litro. 0% - -28% 29% -84% -16% -19% -7% -100% 7% ¹A categoria leites em pó considera os seguintes NCM definidos pela Secex: ; ; ²A categoria queijos considera os seguintes NCM definidos pela Secex: ; ; ; ; ; ; ; ;

6 ANO ATÍPICO ESTABELECE ALTA NO PREÇO DO LEITE UHT E QUEIJO MUÇARELA Por Juliana Cristina Santos, graduanda em Ciências dos Alimentos Após um ano de quedas, 2016 começou com alta de 13,7% no preço do leite UHT e de 13,8% no do queijo muçarela, ambos em relação a janeiro/15. As valorizações foram consequência do aumento no custo de produção e do clima, que dificultaram o período de safra. Normalmente, em dezembro, janeiro e fevereiro a oferta de leite é maior e os laticínios utilizam o excesso para repor seus estoques. Como nesta safra a disponibilidade foi menor, a quantidade para reposição também foi reduzida, o que contribui para a alta nos preços. Outro fator propício ao aumento das cotações foi o aquecimento da demanda pelos derivados. Dessa forma, foi possível introduzir preços de impostos e novas embalagens no produto. A média do leite UHT em janeiro foi de R$ 2,23/litro, alta de 0,51% em relação a dezembro/15. O queijo muçarela teve média de R$ 13,97/kg, com valorização de 2,77%. Essa pesquisa diária de preços tem o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). Preços médios do leite UHT e da muçarela em DEZEMBRO nos atacados do estado de São Paulo em Jan/16 Jan/15 Dez/15 R$ 2,23/litro R$ 13,97/kg 13,70% 13,79% 0,51% 2,77% Fonte: Cepea - OCB. Nota: Médias mensais obtidas de cotações diárias.variação em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação do período. COTAÇÕES DOS DERIVADOS NOS ATACADOS EM OUTUBRO Por Aline Figueiró Santos, graduanda em Ciências Econômicas Preços médios (R$/litro ou R$/kg) praticados em DEZEMBRO e as variações em relação ao mês anterior Media Nacional 1,91 2,08 15,02 14,28-3,4% -3,0% 1,5% -0,1% 1,67 2,02 15,90 15,42-2,7% -2,5% -6,0% 0,7% 1,79 1,95 16,48 14,41 9,3% -1,7% 4,9% 8,9% 1,70 2,07 14,04 14,01-3,1% 1,8% -6,1% 2,8% 1,88 2,08 16,37 14,19 0,4% -2,3% 3,4% 0,3% 1,79 2,04 15,56 14,46-0,10% -1,6% -0,5% 2,4% 14,05 2,9% 14,49 0,8% 13,53 12,1% 14,39 10,1% 14,41 1,3% 14,17 5,2% 16,82 5,2% 14,81 1,9% 12,68-0,3% 12,76 2,5% 13,12-0,3% 14,04 1,9% Fonte: Cepea/ESALQ-USP

7 INDICADORES DE PREÇOS SÃO IMPORTANTES FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA O SETOR LÁCTEO Natália Salaro Grigol, analista de mercado da equipe Leite Cepea Para se formular estratégias de gestão de um setor agropecuário é necessário o conhecimento das dinâmicas de cada mercado, com indicações aos agentes sobre as oportunidades ou ameaças presentes em cada momento. Para tanto, é preciso haver coleta, compilação e interpretação de dados e informações idôneas e de qualidade. Na pecuária leiteira, uma das ferramentas para a adoção de tais estratégias são os indicadores de preços, como o elaborado há 22 anos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Além do levantamento dos preços do leite pago ao produtor, os pesquisadores do centro elaboram indicadores, estudos e pesquisas sobre o mercado de derivados lácteos, internacional e custos de produção, incluindo propriedades, cooperativas e laticínios de 12 estados do País. Veja mais nos quadros ao lado. O Indicador de Preço do Leite Pago ao Produtor é considerado referência, sendo utilizado pelos a g e n t e s d o s e t o r p a r a m o n i t o r a r o comportamento do mercado leiteiro e auxiliar na formação de preços compatíveis com as negociações correntes dos vários elos da cadeia. Com esses dados em mãos, assim como as demais informações divulgadas pelo Cepea, os pecuaristas, laticínios e cooperativas têm importantes ferramentas para a tomada de decisões e adoção políticas para a pecuária de leite. Porém, para que os levantamentos e pesquisas sejam feitos abrangendo o maior número de amostras, é essencial a colaboração de todos, principalmente dos colaboradores que repassam os dados sobre suas negociações. Vale ressaltar que tais informações são voluntárias e sigilosas e caracterizam-se como uma troca com benefícios para todos os envolvidos. O Cepea tem como política ser transparente em suas metodologias e processos de coleta de dados, que estão disponíveis para consulta em seu site

8 MERCADO DE MILHO E FARELO DE SOJA Ketlyn Hevelise Accorsi e Débora Kelen Pereira da Silva MILHO: Preços reagem expressivamente em janeiro Os preços do milho tiveram um salto expressivo em janeiro deste ano. Preocupações quanto à disponibilidade de produto no curto e médio prazos deram o tom altista às cotações. A oferta da primeira safra será menor na temporada 2015/16 e há incertezas quanto ao tamanho da segunda safra, a ser colhida no segundo semestre de Ao mesmo tempo, as exportações foram recordes, em um ambiente de boa demanda interna. De acordo com dados da Secex, as exportações na temporada 2014/15 atingiram 30,19 milhões de toneladas, um recorde. Segundo a Conab, da disponibilidade interna da temporada 2014/15 (96,9 milhões de toneladas), cerca de 56 milhões de toneladas foram consumidos internamente e 30,9 milhões de toneladas, exportadas. Com isso, os estoques finais da temporada, no final de janeiro/16, ficaram em pouco mais de 10 milhões de toneladas, contra 11,8 milhões de toneladas na temporada anterior. A relação estoque final/consumo ficou na casa de 19%, sendo a menor em três safras. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas, teve média de R$ 41,65 no mês, a maior em termos reais descontada a inflação pelo IGP-DI desde dezembro/12. Os preços nos mercados de balcão (recebido pelo produtor) e de lotes (negociações entre empresas) subiram 19% em relação às médias de dezembro. No início de fevereiro, agentes estiveram atentos ao avanço da colheita da safra de verão e ao cultivo da segunda safra. Os preços elevados do milho podem incentivar um aumento no cultivo da segunda temporada. FARELO DE SOJA: Mesmo em entressafra, Brasil exporta volume expressivo Em janeiro, a demanda por farelo de soja esteve aquecida, principalmente por parte dos setores de produção de ração animal e exportação. A baixa disponibilidade do grão, no entanto, ainda limitou as vendas do derivado. Na média das regiões acompanhadas pelo Cepea, em janeiro, o preço de farelo de soja subiu 9% frente a dezembro/15 e expressivos 24,4% em relação à média de janeiro/15. Segundo dados da Secex, o Brasil embarcou 1,18 milhão de toneladas de farelo em janeiro/16, o maior volume da história para um mês de janeiro. Esse volume foi 13,6% superior ao exportado em dezembro/15 e 30,8% maior que o de janeiro/15. O farelo exportado teve média de R$ 1.438,30/tonelada, valorização de 21,32% (nominal) frente a janeiro/15. Os preços foram puxados pelo dólar, que teve média de R$ 4,05 no último mês. De acordo com dados da Conab, o mercado interno deve processar 44,1 milhões de toneladas de soja na temporada 2015/16, acima das 42,9 milhões de toneladas na safra passada. A oferta de farelo é estimada em 31,2 milhões de toneladas, das quais 15,5 milhões de toneladas devem ser consumidas internamente e outras 15,5 milhões de toneladas, exportadas. SP 2016 Janeiro 41, ,78 Para receber o Boletim do Leite digital, encaminhe-nos um para leicepea@usp.br com os seguintes dados: nome, para cadastro, endereço completo e telefone Contato: leicepea@usp.br Acompanhe mais informações sobre o mercado de leite em nosso site:

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