A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SETOR SUCROENERGÉTICO

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1 XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SETOR SUCROENERGÉTICO Alexandre Tadeu Simon (UNIMEP) atsimon@unimep.br Felipe de Campos Martins (UNIMEP) felipe_dcm@hotmail.com Renan Stenico de Campos (UNIMEP) renanstenico@hotmail.com HERBERT ABUDE SCHEIDL (UNIMEP) herbertscheidl@gmail.com OBTER VANTAGEM COMPETITIVA PARA SE MANTER NO MERCADO É O OBJETIVO PRINCIPAL DE EMPRESAS DE TODOS OS SEGMENTOS. NOVAS TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS E ESTRATÉGIAS DE GESTÃO ESTÃO SENDO DESENVOLVIDAS DE FORMA A REDUZIR CUSTOS E MELHORAR O DESEMPENHO, A PRODUTIVIDADE E CONSEQÜENTEMENTE A COMPETITIVIDADE DAS EMPRESAS. CITE-SE ENTRE ELAS A GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - SCM) QUE VEM SE DESTACANDO CADA VEZ MAIS NOS MEIOS ACADÊMICO E INDUSTRIAL. É CRESCENTE O VOLUME DE PESQUISAS NA ÁREA COM O INTUITO DE SE BUSCAR A GESTÃO EFICAZ E EFICIENTE DAS CADEIAS DE SUPRIMENTOS. OBSERVA-SE, NO ENTANTO, QUE PARA SE OBTER A GESTÃO EFICAZ DE UMA OPERAÇÃO OU PROCESSO É NECESSÁRIO UTILIZAR-SE DE INDICADORES E MEIOS DE MEDIÇÃO. UMA FERRAMENTA CONCEBIDA PARA ESSE FIM É O MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE ADERÊNCIA DAS EMPRESAS A UM MODELO CONCEITUAL DE GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS, MÉTODO AGA SCM, PROPOSTO POR SIMON (2005). O OBJETIVO DESTE ARTIGO É APRESENTAR UM ESTUDO DE CASO PARA AVALIAÇÃO DO GRAU DE MATURIDADE DE UMA EMPRESA DO SETOR SUCROENERGÉTICO EM RELAÇÃO À GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS UTILIZANDO O MÉTODO AGA SCM.. Palavras-chaves: GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS, SUPPLY CHAIN MANAGEMENT, PROCESSOS DE NEGÓCIO, SETOR SUCROENERGÉTICO.

2 1. Introdução As empresas buscam constantemente ferramentas que lhes confiram vantagens competitivas. Os principais desafios a enfrentar são a redução do ciclo de desenvolvimento de novos produtos, o aumento da satisfação do cliente, a maior participação no mercado e o aumento dos lucros para todos os membros da cadeia (SIMON, 2005). Hoje é sabido que tais desafios não podem ser superados pela empresa de forma isolada. É necessário o gerenciamento de relações e interdependências entre organizações diferentes (SADEH et al., 2003; HAMMER, 2002). A competitividade de uma organização está ligada, portanto, à dinâmica da cadeia de suprimentos na qual ela esta inserida. Desta forma, é a cadeia de suprimentos que precisa se tornar competitiva o que torna imprescindível a gestão e integração do conjunto das empresas que compõe a cadeia (SADEH et al., 2003). A partir dessa perspectiva surge uma nova fronteira a ser explorada: a Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management SCM) (CHRISTOPHER e RYALS, 1999). Com o objetivo de avaliar o estágio em que as empresas se encontram em relação à Gestão da Cadeia de Suprimentos para, a partir daí, identificar e implementar ações que permitam alcançar os benefícios a ela atribuídos, Simon (2005) desenvolveu o Método para Avaliação do Grau de Aderência das Empresas a um Modelo Conceitual de SCM (Método AGA-SCM), que utiliza como referência o modelo conceitual proposto por Cooper, Lambert e Pagh (1997). Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo de caso para avaliar o grau de maturidade de uma empresa do setor sucroenergético em relação à Gestão da Cadeia de Suprimentos utilizando o Método AGA SCM. 2. Gestão da Cadeia de Suprimentos Segundo Christopher (2001), a cadeia de suprimentos representa uma rede de organizações que, por meio de trocas de informações, produzem produtos e/ou serviços que são disponibilizados ao consumidor final. A Figura 2.1 apresenta uma ilustração da cadeia de suprimentos. Observa-se, a partir dessa figura, que a empresa considerada foco possui um conjunto de fornecedores diretos (fornecedores de primeira camada); um conjunto de fornecedores desses fornecedores (fornecedores de segunda camada) e assim por diante. Da mesma forma, existe um conjunto de clientes com os quais se relaciona diretamente (clientes de primeira camada); outros com os quais se relaciona indiretamente (clientes de segunda camada) até a camada formada pelos clientes finais. Ganeshan e Harrison (2002) afirmam que, dentro de uma cadeia de suprimentos, são executadas funções de marketing, distribuição, planejamento e compra. Tradicionalmente essas funções são executadas independentemente, apresentando diferentes objetivos que, geralmente, são conflitantes. Assim, para se ter uma cadeia de suprimentos eficiente, é necessário um mecanismo que integre as várias funções. A Gestão de Cadeia de Suprimentos é a estratégia que integra as funções e atividades dentro da cadeia de suprimentos.

3 Figura 2.1: Representação de Cadeia de Suprimentos [Fonte: Adaptado de Pires (2009)]. A cadeia de suprimentos é dinâmica pois envolve um fluxo intenso de informações, produto e dinheiro entre seus estágios que executam diferentes processos (AYERS, 2001). Segundo os membros do The Global Supply Chain Forum, Gestão de Cadeia de Suprimentos é a integração de processos de negócio chave, desde o usuário final até os fornecedores originais que provê produtos, serviços e informação que agregam valor para os clientes e outros stakeholders. O objetivo da Gestão de Cadeia de Suprimentos é tornar a cadeia eficiente e eficaz relação aos custos e, portanto, a ênfase não está apenas em diminuir custos de transporte e reduzir os estoques, mas especialmente, em buscar uma abordagem sistêmica para a Cadeia de Suprimentos (SIMCHI-LEVI, KAMINSKY e SIMCHI-LEVI; 2003). Lambert et al. (2005) identificam cinco modelos de SCM na literatura: Supply-Chain Council SCOR (1996); Cooper, Lambert e Pagh (1997); Bowersox, Closs e Stank (1999); Srivastava, Shervani e Fahey (1999); e Mentzer (2001). Segundo os autores, os modelos que apresentam maior sinergia com o conceito de SCM são os modelos de Cooper, Lambert e Pagh, e o SCOR. O Método AGA-SCM utilizado neste artigo é baseado na proposta de Cooper, Lambert e Pagh (1997) que é o mais citado na literatura e que oferece informações em volume e abrangência suficientes para o desenvolvimento de pesquisas. 2.1 O modelo de Cooper, Lambert e Pagh A partir da definição de Gestão de Cadeia de Suprimentos desenvolvida pelos membros do The Global Supply Chain Forum, o modelo de Cooper, Lambert e Pagh destacou seis funções, a saber (SIMON,2005): - Compras; - Logística; - Produção; - Marketing e Vendas; - Finanças;

4 - R&D. A Figura 2.3 apresenta o modelo proposto pelos pesquisadores e ilustra o abrangente conceito de SCM numa estrutura simplificada de cadeia de suprimentos. Nessa figura são representados a empresa foco, os fornecedores, os clientes, as seis funções citadas anteriormente, o fluxo de informação e o fluxo de produtos. Figura 2.3: Gestão da Cadeia de Suprimentos: a integração e o gerenciamento dos processos de negócios através da cadeia de suprimentos [Fonte: Lambert et al., 1998]. O modelo apresenta os processos de negócio chave da cadeia passando por entre os silos funcionais dentro da empresa e os vários silos ao longo da cadeia de suprimentos. O modelo consiste de três elementos principais relacionados à estrutura da cadeia de suprimentos, aos processos de negócios e ao nível de integração (COOPER et al., 1997), como apresentado na Figura 2.4.

5 Figura 2.4: Principais elementos do modelo conceitual de Gestão da Cadeia de Suprimentos [Fonte: Simon (2005)] Estrutura da cadeia de suprimentos Para o gerenciamento apropriado da cadeia de suprimentos é necessário, em primeiro lugar, conhecer e entender como a sua estrutura está configurada. Os autores do modelo destacam dois aspectos estruturais primários da cadeia: - Os membros da cadeia; - As dimensões estruturais da cadeia. Observa-se, portanto, que esta etapa está relacionada com a identificação dos membros da cadeia e com o conhecimento das suas dimensões estruturais (SIMON, 2005). Em relação á identificação dos membros da cadeia de suprimentos verifica-se que a inclusão de todos os membros pode tornar a cadeia extremamente complexa e difícil de gerenciar, segundo Lambert et al. (1998). Integrar e gerenciar todos os processos com todos os membros da cadeia pode ser contraproducente ou impossível. Deve-se, portanto, dar atenção gerencial e alocação de recursos aos membros que são críticos para o sucesso da empresa. Segundo os autores, para tornar a cadeia mais gerenciável, é recomendado separar os membros em primários e de apoio. Os membros primários: são todas as empresas autônomas ou unidades estratégicas de negócios que desempenham atividades operacionais e/ou de gestão de processos de negócios de forma a produzir um produto específico para determinado cliente ou mercado. Os membros de apoio: são empresas que simplesmente fornecem recursos, conhecimento ou utilidades para membros primários da cadeia de suprimentos (exemplos: bancos, que fornecem os recursos financeiros, os proprietários de edificações que a empresa aluga para qualquer fim, as empresas que fornecem máquinas e equipamentos). No modelo, existem três dimensões estruturais essenciais e indispensáveis para descrever, analisar e gerenciar uma cadeia de suprimentos. A estrutura horizontal traduzida pelo número de níveis ou camadas de fornecedores e clientes. A estrutura vertical dada pelo número de empresas em cada camada e, por fim, a posição horizontal da empresa foco ao longo da Cadeia de Suprimentos (LAMBERT et al.1998; LAMBERT et al., 2005) Processos de negócio A operação eficaz da cadeia de suprimentos depende da sua completa integração e esta pode ser obtida a partir do gerenciamento dos processos de negócio (LAMBERT e COOPER, 2000; LAMBERT, 2010; CROXTON, 2003). Os membros do The Global Supply Chain Forum identificaram inicialmente sete processos de negócios chave, acrescentando, posteriormente, o processo de negócio Retornos (SIMON, 2005). Os oito processos são apresentados na tabela 2.1, a seguir. Processos de Negócio - Gestão de Relacionamento com o Cliente - Gestão do Serviço ao Cliente - Gestão da Demanda - Atendimento do Pedido - Gestão do Fluxo de Manufatura - Gestão do Relacionamento com o Fornecedor - Desenvolvimento e Comercialização do Produto - Gestão de Retornos Fonte: Lambert e Cooper (2000)

6 Tabela 2.1: Os oito processos de negócio chave da Gestão da Cadeia de Suprimentos Nível de integração Integrar e gerenciar todas as ligações de processo na cadeia é inviável. Segundo Lambert et al. (1998), os níveis de integração dentro da cadeia variam de ligação para ligação e no tempo. Quatro tipos diferentes de ligações de processos de negócios são identificados entre membros de uma cadeia de suprimentos, a saber (LAMBERT e COOPER, 2000): - Ligações gerenciadas - São ligações em que a empresa foco integra um processo com um ou mais clientes ou fornecedores; - Ligações monitoradas São ligações que não são críticas para a empresa foco. No entanto, é importante para esta que as ligações de processos sejam integradas e gerenciadas adequadamente entre as outras empresas membros; - Ligações não gerenciadas - São ligações em que a empresa foco não está ativamente envolvida e nem são críticas o bastante para usar recursos para monitoração ou gerenciamento; - Ligações de não membros - São ligações entre membros da cadeia de suprimentos da empresa foco e não membros. Lambert e Cooper (2000) afirmam que as cadeias de suprimentos podem ser influenciadas por decisões tomadas em outras cadeias de suprimentos. 2.2 Método AGA-SCM O Método para Avaliação do Grau de Aderência das Empresas a um Modelo Conceitual de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Método AGA SCM) é um dos primeiros trabalhos na área. É um referencial inicial para o desenvolvimento de pesquisas sobre o uso de modelos estruturados para implementação da Gestão da Cadeia de Suprimentos nas empresas e tem o objetivo de avaliar se a empresa realiza a Gestão da Cadeia de Suprimentos, ou seja, se ela gerencia competentemente a cadeia onde está inserida, a partir da gestão dos oito processos de negócio da SCM. É uma ferramenta de diagnóstico que avalia o estágio em que a empresa se encontra em relação à Gestão da Cadeia de Suprimentos para, a partir daí, definir quais ações ela deve tomar para obter uma SCM bem sucedida. O Método prevê dois níveis de avaliação. No nível principal contempla a avaliação dos eixos relacionados à integração e gerenciamento dos processos de negócio. No nível secundário envolve a avaliação de mais dois eixos referenciais de análise: a) abrangência da SCM e b) iniciativas e práticas na SCM. Cada um dos processos de negócio é um eixo referencial de análise. Os processos de negócio são desdobrados em sub-processos que são as variáveis a serem analisadas para efeito da avaliação. O eixo referencial de análise relativo à abrangência da SCM investiga até que camada é feita a integração e o eixo relativo às iniciativas e práticas identifica quais são as práticas da SCM utilizadas pela empresa. Estes dois últimos eixos (abrangência da SCM e as iniciativas e práticas na SCM) não são objeto de avaliação neste trabalho. 3. Método Apresentam-se aqui, em linhas gerais, a abordagem metodológica, as principais etapas da pesquisa e uma breve descrição da empresa. 3.1 Abordagem metodológica Primeiramente, foi definido o método de pesquisa a ser adotado para a condução deste artigo. Em sequência, foi realizado um estudo sobre Gestão da Cadeia de Suprimentos, seus modelos e ferramentas de diagnóstico. A partir desse estudo foi selecionado o Método para

7 Avaliação do Grau de Aderência das Empresas a um Modelo Conceitual de Gestão da Cadeia de Suprimentos (Método AGA-SCM). Por meio de amostragem intencional foi selecionada uma empresa do setor sucroenergético para realizar o estudo de caso. O método foi apresentado e aplicado na empresa e os resultados obtidos foram analisados e apresentados de forma a verificar o nível em que esta se encontra na Gestão da Cadeia de Suprimentos. Do ponto de vista da natureza, esta pesquisa pode ser classificada em como uma pesquisa empírica, pois envolve a utilização de dados de campo. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa pode ser classificada como qualitativa uma vez que seu objetivo é obter informações sob a perspectiva dos indivíduos além do que o foco está no processo e no entendimento do seu significado. (SILVIA E MENEZES, 2001; MARCONI e LAKATUS, 2011). O método adotado pode ser enquadrado como estudo de caso, pois trata-se de um trabalho de caráter empírico que investiga um determinado fenômeno dentro de um contexto real e atual por meio de uma análise aprofundada de um objeto, que possibilita adquirir conhecimento abrangente e detalhado sobre o fenômeno, permitindo também a geração de teoria (MIGUEL, 2010). Neste trabalho, a investigação do fenômeno é feita utilizando-se o Método AGA-SCM proposto por Simon (2005). Segundo a estrutura proposta por Yin (2009) para a realização de estudos de caso, nesta pesquisa foram cumpridas as seguintes etapas: - Identificar as perguntas e definir o enquadramento da pesquisa; - Definir a unidade de análise (caso); - Preparar para realização da coleta de dados; - Coletar dados; - Analisar. As principais etapas utilizadas no desenvolvimento desta pesquisa estão apresentadas na figura 3.1 a seguir. Contato com a empresa Preparação da documentação e envio Avaliação dos resultados obtidos Concordância Figura 3.1: Principais da empresa etapas da pesquisa. Aplicação do método em participar Compilação dos dados dados 3.2 Caracterização da empresa Fundada em 1936, a empresa é uma das maiores produtoras e exportadoras de açúcar e etanol do mundo, e a maior produtora de energia elétrica a partir do bagaço da cana-deaçúcar. Possui 23 unidades produtoras, sendo 21 em São Paulo, uma na cidade de Jataí (GO) e outra em Caarapó (MS), além de quatro refinarias e dois terminais portuários.

8 4. Resultados e discussão Em função dos diferentes processos de negócio da SCM, o questionário do Método AGA-SCM foi respondido por profissionais de nível gerencial dos vários setores da empresa tais como administração de contratos, produção, suprimentos, engenharia do produto, planejamento e controle da produção, vendas e marketing. As figuras 4.1 a 4.9 apresentam os gráficos de radar para cada eixo referencial de análise. Figura 4.1: Gestão de Relacionamento com o Cliente Figura 4.2: Gestão do Serviço ao Cliente Figura 4.3: Gestão da Demanda Figura 4.4: Atendimento ao Pedido Figura 4.5: Gestão do Fluxo de Manufatura Figura 4.8: Gestão de Retornos Figura 4.6: Gestão do Relacionamento com o Fornecedor Figura 4.7: Desenvolvimento e Comercialização do Produto Figura 4.9: Gestão de Devoluções

9 A partir da análise do questionário e dos gráficos construídos, observa-se que a empresa não gerencia de maneira efetiva todos os processos de negócios da SCM. Faz a gestão eficiente do processo Atendimento ao Pedido, tendo somente um subprocesso realizado de maneira informal. No eixo Desenvolvimento e Comercialização do Produto, a empresa não contempla nenhum subprocesso. Diante disso, observa-se que a empresa não desenvolve novos produtos para comercializar, mantendo seu foco direcionado sempre na produção do açúcar, etanol e de energia a partir do bagaço da cana. Na Gestão do Relacionamento do Cliente, vê-se que as ações tomadas pela empresa são feitas em conjunto com apenas alguns de seus clientes, provavelmente os que são críticos para ela. No processo Gestão do Serviço ao Cliente observa-se que, mesmo não apresentando uma equipe multifuncional designada para gerenciar esse processo, há uma forte preocupação em fornecer informações sobre os pedidos dos clientes e buscar soluções que amenizem o impacto de eventuais problemas, fazendo registros para referências futuras. A empresa faz uma Gestão da Demanda eficaz. O que deixa a desejar é a baixa frequência com que ela avalia os subprocessos em questão. Além disso, as informações deste processo são repassadas a todas as demais equipes, mas de maneira informal. A Gestão do Fluxo de Manufatura é analisada de maneira informal, sendo feita somente com os pedidos, equipes e setores que são mais importantes para a empresa. Essa seleção de gerenciamento também é identificada na Gestão do Relacionamento com o Fornecedor, onde somente os fornecedores críticos são forte e formalmente gerenciados. Verifica-se que a empresa dá a devida atenção ao processo Gestão de Retornos, somente não apresentando um programa para embalagens retornáveis. Já no eixo de Gestão de Devoluções, identifica-se que ele é realizado somente com fornecedores chave e de maneira formal. O método AGA-SCM avalia o grau de aderência das empresas a partir do percentual de respostas com ordenação 5, isto é, respostas em que a empresa pratica efetivamente os quesitos avaliados de maneira formal e com a maioria. A tabela 4.1 apresenta a classificação do grau de aderência utilizada pelo método. ADERÊNCIA GRAU AGA SCM 94<A<=100 Ideal 84<A<=94 Alto 74<A<=84 Médio A<=74 Baixo Fonte: Simon (2005) Tabela 4.1: Classificação do nível de aderência das empresas em relação à SCM. A tabela 4.2 apresenta o resultado da avaliação da empresa estudada. Pode-se observar que a empresa apresenta um grau de aderência igual a 46%. Dos 100 quesitos do questionário, apenas 46 foram assinalados na ordenação 5. As ordenações 2 e 1 correspondem a 15% das respostas, o que implica que a empresa deve reavaliar os quesitos envolvidos e buscar formas de reverter essa situação. Ordenação/Eixo Freqüência % % %

10 XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de % % % Total % Tabela 4.2: Resultado da avaliação 5. Considerações finais A Gestão da Cadeia de Suprimentos é um diferencial competitivo importante para as empresas. Usá-la de maneira adequada pode conferir às empresas diversos benefícios. Entretanto, a falta de informações tem confundido a maioria das organizações em relação ao conceito de SCM. Vê-se, portanto, uma grande necessidade em identificar as barreiras que a ferramenta apresenta para que medidas concretas possam ser tomadas e, assim, transformar a Gestão da Cadeia de Suprimentos de visão em realidade. O método AGA SCM surge com o propósito de fornecer à empresa uma reflexão sobre suas ações no contexto em questão para que ela possa tomar as decisões corretas de melhoria. O método não é uma ferramenta de qualificação, e sim de auto-avaliação da empresa em relação à Gestão da Cadeia de Suprimentos, mostrando a real situação e indicando os processos que devem ser aprimorados. O estudo de caso realizado mostra que a empresa pesquisada ainda não pratica uma gestão adequada da sua cadeia de suprimentos. Em outras palavras, pode-se dizer que a empresa apresenta baixo grau de maturidade em relação à SCM. Esta análise destaca os pontos onde a empresa deve concentrar esforços de forma a praticar efetivamente o gerenciamento de seus processos de negócio. Mesmo apresentando um baixo grau de maturidade, foi possível verificar durante a avaliação que a empresa está, aos poucos, evoluindo em direção á busca do aprimoramento da Gestão da Cadeia de Suprimentos. Espera-se, com esta e outras pesquisas, difundir a aplicação do Método AGA-SCM com o objetivo de divulgar o conceito de SCM e possibilitar às empresas um estado de reflexão e consciência para estabelecer dispositivos que possibilitem a integração da cadeia de suprimentos, um dos maiores desafios que se apresentam atualmente para as organizações. A meta é orientar as empresas no caminho em busca dos benefícios atribuídos à Gestão da Cadeia de Suprimentos. 6. Referências AYERS, J. B. Handbook of supply chain management. Boca Raton: St. Lucie Press, CHRISTOPHER, M.; RYALS, L. Supply Chain Strategy: its impact on shareholder value. The International Journal of Logistics Management, v.10, n. 1, p. 1-10, CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos - estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Editora Pioneira, COOPER, M. C.; LAMBERT, D. M.; PAGH, J. D. Supply Chain Management: More than a new name for logistics. The International Journal of Logistics Management, v. 8, n. 1, p. 1-13, CROXTON, K.L. The Order Fulfillment Process. The International Journal of Logistics Management, v. 14, n. 1, p , GANESHAM, R.; HARRISON, TERRY P. An Introduction to Supply Chain Management. Disponível em: < Acesso em: 13/03/2011. HAMMER, M. A empresa supereficiente. Exame/Harvard Business Review, São Paulo, edição especial, p.18-29, abril LAMBERT, D.M. Customer Relationship Management as Business Process. Journal of Business & Industrial Marketing, v. 25, n.1, p.4-17,

11 XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C.; PAGH, J. D. Supply Chain Management: Implementation Issues and Research Opportunities. The International Journal of Logistics Management, v. 9, n. 2, p. 1-19, 1998a. LAMBERT, D. M.; COOPER, M. C. Issues in Supply Chain Management. Industrial Marketing Management, v. 29, n. 1, p , LAMBERT, D. M.; GARCIA-DASTUGUE, S. J.; CROXTON, K. L. An Evaluation of Process-Oriented Supply Chain Management Frameworks. Journal of Business Logistics, v. 26, n. 1, 2005 MARCONI, M.A., LAKATUS, E.M. Metodologia Cientifica. São Paulo: Editora Atlas S.A., MIGUEL, P. A. C. Adoção do Estudo de Caso na Engenharia de Produção. In: Cauchick, P. M. (Org.). Metodologia de pesquisa em engenharia de produção e gestão de operações. 1 ed. Rio de Janeiro: Campus Elsevier, 2010, p PIRES, S. R. I. Gestão da cadeia de suprimentos: conceitos, estratégias, práticas e casos. São Paulo: Editora Atlas, SADEH, N. M.; SMITH, S. F.; SWAMINATHAN J. Supply-Chain Modeling and Analisys. ICLL Projects - Supply Chain Modeling and Analysis Overview Disponível em: Acesso em: 13/03/2011. SILVA E. L., MENEZES E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, SIMCHI-LEVI, D.; KAMINSKY, P.; SIMCHI-LEVI, E. Designing and managing the supply chain/concepts, strategies, and case studies. Boston: Mcgraw-Hill, SIMON, A. T. Uma metodologia para avaliação do grau de aderência das empresas a um modelo conceitual de Gestão da Cadeia de Suprimentos. Tese de Doutorado, PPGEP-UNIMEP, YIN, R. K. Case study research: design and methods. Thousand Oaks: Sage Publications,

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