GLOBAL SOURCING: INTERNACIONALIZAÇÃO EFICIENTE COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA EM PAÍSES EMERGENTES.
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1 GLOBAL SOURCING: INTERNACIONALIZAÇÃO EFICIENTE COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA EM PAÍSES EMERGENTES. Mauricio Fernandes Lima 1 RESUMO Este artigo tem por objetivo abordar a necessidade de adoção de estratégias e processos eficientes de gestão de organizações que queiram penetração em mercados internacionais. A crescente competição por mercados consumidores, impulsionada pela globalização, tem demandado das organizações a implementação de estratégias para suportar estas novas condições comerciais, de forma a manter a sua participação nos negócios, bem como propiciar o seu crescimento. Portanto vamos descrever com base na estrutura da globalização nos mercados emergentes, uma reflexão teórica sobre o tema e sua aplicação nas organizações. Palavras-chave: Internacionalização. Estratégias. Global Sourcing. Países Emergentes. INTRODUÇÃO O mercado internacional tem como destino principal países emergentes tais como Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul. Para formação de um bom ambiente de negocio é importante superar algumas situações de desafio e risco, porém com uma boa estratégia competitiva tudo é possível para a internacionalização. Além de uma boa estratégia competitiva é importante ter executivos profissionalizados para a gestão de negócios voltados à internacionalização, assim como também é importante o sistema de negócios e equipamentos, pois precisam estar adaptados para tratar as informações dos novos clientes internacionais, principalmente na questão da linguagem e moeda, devendo ter o trabalho de se adaptar à cadeia de fornecimento existente. Considerando os aspectos para uma boa formação de negócio, os processos devem estar preparados para conectar com os países parceiros, isto é, ter uma estratégia de vendas, uma rede de logística e um planejamento operacional. 1 Mauricio Fernandes Lima é graduado em Administração, possui Pós-graduação em Gestão Pública e atualmente é aluno do curso de Especialização em Gestão nas Organizações da instituição FORUM - Centro de Formação, Estudos e Pesquisa, e, desde 2002, dedica-se à Administração Pública com foco especial em Gestão. É servidor público do Poder Judiciário do Estado do Maranhão. mauricio.lima@universopublico.com.br
2 INTERNACIONALIZAÇÃO COMO ESTRATÉGIA COMPETITIVA. Uma empresa é essencialmente composta por um conjunto de processos e atividades para projetar, produzir, vender, entregar e prestar assistência dos produtos comercializados. Segundo Kotabe (1998, apud RICARDO, 2012, p. 17) Para obter vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes no mercado de atuação, as empresas devem realizar as operações com menor custo, ou através de diferenciação de produto e serviço, ou ambos. (KOTABE, 1998) Barney (1991) enfatiza que as empresas mantém uma vantagem competitiva quando adotam uma estratégia que não pode ser simultaneamente copiada e implementada por um de seus concorrentes atuais, ou mesmo potenciais, e que estes competidores não consigam replicar os benefícios desta estratégia. Kotabe e Murray (2004) destacam que, no cenário de alta competição e velocidade que vivemos os mecanismos de proteção à propriedade tecnológica tem tornando-se não efetivos, em função das constantes engenharias reversas implementadas pelos concorrentes, que não violam patentes ou outras formas de proteção de tecnologia. Porém segundo Kotabe; Murray (2004, apud RICARDO, 2012, p. 19): A competição em nível global sugere reduções drásticas no ciclo de vida de produtos e serviços. Desta forma, não permite que as empresas permaneçam com suas estratégias de entrada para internacionalização por etapas, de país em país. Ao manterem esta política estratégica estarão sendo surpreendidas por corporações globalmente orientadas, suprimindo os ganhos iniciais das inovações estabelecidas, atendendo os diversos países e continentes com produtos similares no mesmo espaço de tempo. (KOTABE; MURRAY, 2004) GLOBAL SOURCING Depois da década de 70, competidores internacionais começaram uma corrida quanto à competitividade em relação às empresas norte-americanas. Esta corrida coincidiu com mudança de ênfase na estratégia corporativa baseando-se na análise financeira de que atividades de manufatura poderiam e deveriam, ser transferidas para empesas independentes, dependendo da sua competividade em relação a produção interna. Desta forma, objetivando reduzir os custos de
3 fabricação diante da agressiva competição, empresas americanas direcionaram seus esforços para subcontratação de componentes, produtos finais junto a empresas estrangeiras. Segundo Ricardo (2012) o objetivo inicial das empresas americanas com as atividades de global sourcing era competir com as empresas japonesas, as quais fortaleceram sua competitividade através dos formatos de gerenciamento de produção entre as décadas de 60 e 70. De acordo com Nassembini (2006, apud RICARDO, 2012, p. 25), a estratégia de global sourcing pode assumir diferentes formatos, dependendo da extensão geográfica das unidades produtivas, bem como base de fornecedores e alinhamento junto à estratégia corporativa. (NASSEMBINI, 2006) Contudo Ricardo (2012) relata que alguns autores propõem que global sourcing inclui não somente integração e coordenação dos requisitos de compras entre as unidades produtivas em diferentes regiões e países, mas, mantendo o atendimento às premissas do mercado local, demandas governamentais, culturais e econômicas. CONSIDERAÇÕES FINAIS A constante competição por mercados consumidores, em bases mundiais, maior agilidade para o desenvolvimento e lançamento de novos produtos e o aumento de exigências por parte dos clientes tem demandado das empresas o desenvolvimento de estratégias para suportar estas novas condições comerciais. Por isso, entendemos que empresas que enfrentam forte competição internacional devem integrar as suas atividades em nível global, com objetivo de explorar as oportunidades proporcionais entre as características dos diversos países. No entanto, devem manter perspectiva local em mesma intensidade. Equilibrar estes dois pontos é essencial para estratégia global. Contudo não podemos deixar de lado a estratégia de consolidação de redes para internacionalização, cuja premissa esta voltada para a empresa que demanda um número significativo de relacionamento de suportes organizacionais para sobreviver e prosperar na sua atuação fora do país de origem.
4 Neste contexto, estão inseridos diferentes componentes de mercado, com conexões com as políticas regionais, transferência de conhecimento, relacionamento entre cliente e fornecedor, competição e relação com subsidiárias. Sugere-se que a subsidiária de produção localizada em países emergentes, procure estabelecer laços mais fortes com a gestão global de suprimentos, apresentando, de forma mais detalhada, sua operação local, provendo informações apropriadas para entendimento da equipe de gestão de fornecimento global quanto às restrições de importação impostas pelo país, podendo, a partir deste maior alinhamento, ampliar suas opções de atendimento via acordos globais. REFERÊNCIAS BARNEY, J. B. (1991). Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, HULTMAN, Jens; JOHNSEN, Thomas; JOHNSEN, Rhona; HERTZ, Susane. An Interaction approach to global sourcing: A case study of IKEA. Journal of Purchasing & Supply Management, v. 18, p. 9-21, KOTABE, Massaky. Efficiency versus Effectiveness orientation of global sourcing strategy: a comparison of U.S. and Japanese multinational companies. Academy of Management Executive, v. 12, p , KOTABE, Massaky; MURRAY, Janet Y. Global sourcing strategy and sustainable Advantage. Industrial Marketing Management. v. 33, p. 7-14, NASSIMBENI, Guido. Internacional sourcing: Empirical evidence from a sample of Italian firms. Internacional Journal of Production Economics, v. 103, p , POTER, Michael E. The competitive advantage of nations. Harvard Business Review, p , 1990.
5 RICARDO, Alexandre. Gestão de Global Sourcing em empresas multinacionais com unidades produtivas em mercados emergentes: Caso das subsideárias brasileiras f. Dissertação (Mestrado em Gestão e Negócios) Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, Porto Alegre, 2012.
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