Exame Final (70%) Microeconomia II 1GE
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- Patrícia Regueira da Silva
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1 AVAIAÇÃO Avaliação Exame Final 1º Mini-teste (15%) Avaliação Continuada 2º Mini-teste (15%) Exame Final (70%) NOTA MÍNIMA DE 5 VAORES CACUO DE NOTA FINA max (média ponderada da avaliação contínua e exame final, exame final) o aluno pode fazer a avaliação continuada que nunca será prejudicado.
2 AVAIAÇÃO Os alunos que frequentam a disciplina pela primeira vez terão que frequentar 2/3 das aulas. A inscrição nas turmas é obrigatória, mesmo para alunos repetentes ou com regimes especiais. As questões do mini-teste são de escolha múltipla Os alunos podem beneficiar do regime da avaliação continuada na época de recurso, desde que não constem da folha de presenças do exame da época normal.
3 AVAIAÇÃO Calendarização da avaliação continuada: Prova Mini-teste 1 Data 3 de Abril Mini-teste 2 5 de Junho Para beneficiarem da avaliação continuada, os alunos terão que participar em todos os momentos de avaliação e obter pelo menos 5 valores.
4 A Empresa Circuito económico Despesa Mercados dos bens e serviços Receita Famílias Procura de bens e serviços Oferta de bens e serviços Empresas Rendimento (remunerações dos factores produtivos) Oferta de factores produtivos Mercados dos factores produtivos Procura de factores produtivos Custo
5 PROGRAMA /09 Introdução Capítulo 1. PRODUÇÃO PERÍODO ONGO Capítulo 2 CUSTOS PERÍODO CURTO Capítulo 3 CUSTOS PERÍODO ONGO Capítulo 4 : MAXIMIZAÇÃO DO UCRO PEO EMPRESÁRIO Capítulo 5 MODEO PERFEITAMENTE CONCORRENCIA Capítulo 6 MONOPÓIO Capítulo 7 CONCORRÊNCIA MONOPOíSTICA Capítulo 8 OIGOPÓIO
6 INFORMAÇÕES ÚTEIS BIBIOGRAFIA Microeconomia, Robert S. Pindyck and Daniel. Rubinfeld. Prentice-Hall, Inc. New Jersey, 5ª. Ed (Já saiu a 6ª edição em Inglês há na Biblioteca E(a) 911) BIBIOGRAFIA COMPEMENTAR Microeconomia e Comportamento, Robert H. Frank. McGraw-Hill. Portugal, 3.ª ed Microeconomics, David Besanko and Ronald R. Braeutigam. John Wiley and Sons 2002 Microeconomics, Stephen Dobson, G. S. Maddala, and Ellen Miller. McGraw-Hill, Inc Economia da Empresa, José Mata. Fundação Calouste Gulbenkian OBJECTIVOS O objectivo central deste programa é o de fornecer uma formação base de microeconomia a alunos de gestão através: - da inclusão de tópicos considerados essenciais a outras disciplinas da área. - do adequado enquadramento da disciplina num curso de gestão, justificando que seja salientada, sempre que possível, a perspectiva da vida económica actual (o mundo dos negócios).
7 A Empresa É o agente económico que transforma factores produtivos e bens intermédios em bens; os bens são o resultado da actividade de produção, i.e., da combinação e transformação de factores e bens intermédios; note-de que os bens intermédios são também o resultado de um processo de produção: também eles resultam da combinação de factores e bens intermédios. O objectivo último da empresa é a maximização do lucro, a diferença entre: receitas: que resultam da venda dos seus produtos; e custos: resultado do consumo dos factores produtivos e bens intermédios utilizados na produção.
8 Período Curto e Período ongo Curto prazo período de tempo em que a empresa não pode alterar pelo menos um dos factores de produção; os factores cuja quantidade pode ser alterada designamse por variáveis; os restantes são fixos. ongo prazo período suficientemente longo para que todos os factores, incluindo o capital, sejam ajustados; no longo prazo, a empresa pode alterar todos os factores de produção e, portanto, a escala de produção.
9 A Função de Produção Traduz a relação entre a quantidade máxima de produção que pode ser obtida e a quantidade de factores de produção necessários para realizar essa produção; A função de produção traduz uma relação física não relaciona valores, mas quantidades de inputs com quantidades de outputs; As funções de produção descrevem a forma como uma empresa pode produzir o conjunto dos seus produtos e definem-se para um determinado nível de conhecimentos tecnológicos e estado da técnica. O conjunto das possibilidades de combinação dos factores produtivos designa-se por tecnologia.
10 A Função de Produção Q = f (, K) esta explicitação representa uma simplificação por incluir apenas dois factores produtivos: o capital (K) físico e não financeiro e o trabalho () facilita a análise sem prejudicar as conclusões; os bens intermédios estão representados apenas indirectamente: pressupõe-se que são eles próprios função dos factores de produção;
11 ei dos Rendimentos Marginais Decrescentes e Acréscimos sucessivos na utilização de um factor de produção, caeteris paribus, conduzem a acréscimos cada vez menores do produto total. não é uma lei universal mas uma realidade empírica amplamente observada; Como evitar os rendimentos marginais decrescentes? Só alterando o que se assume constante, ou seja: haver progresso técnico; aumentar a utilização dos restantes factores de produção.
12 Conceitos Associados à Função de Produção Produção total: quantidade total obtida de um bem, em unidades físicas; Produtividade total de um factor de produção v 1 (PT v1 ): quantidade do bem obtida com cada quantidade do factor, medidos em unidades físicas, mantendo todo o resto constante; Produtividade marginal de um factor produtivo v 1 (Pmg v1 ): traduz os acréscimos de produção proporcionados pelo introdução no processo produtivo da última unidade de factor variável, mantendo-se todo o resto constante Produtividade média de um factor de produção v 1 (Pmd v1 ): obtém-se dividindo a produção total pela quantidade utilizada do factor de produção PT v v 1 1 PT v v 1 1
13 Produção em Período ongo: a Isoquanta Isoquanta: lugar geométrico das combinações óptimas de dois factores produtivos que permitem alcançar um determinado nível de produção Mapa de isoquantas: conjunto das isoquantas de um determinado produtor. Corresponde à representação gráfica de uma função produção com dois factores produtivos variáveis. K A C:, K, Q A C A B:, K, Q B
14 A Isoquanta Diferenças entre isoquantas e curvas de indiferença: cada isoquanta está associada a um número exacto de unidades de produção; assim sendo, enquanto as curvas de indiferença são meramente ordinais, entre isoquantas é possível determinar em quanto uma é maior ou menor do que outra. K A C:, K, Q A C A B:, K, Q B
15 Propriedades das Isoquantas As isoquantas são negativamente inclinadas: resulta do pressuposto de rendimentos marginais sempre positivos; As isoquantas não se cruzam: já que uma determinada combinação de factores produtivos não pode proporcionar dois níveis distintos de produção; Quanto mais afastada da origem, maior é a produção associada à isoquanta: perante rendimentos marginais positivos, maior quantidade de ambos os factores produz necessariamente maior output; As isoquantas são convexas devido à existência de rendimentos marginais decrescentes em ambos os factores.
16 Taxa Marginal de Substituição Técnica Capital K A A Decompondo a passagem, ao longo da mesma isoquanta, do ponto A para o ponto B: A C: K B =K C C B Como Pmg K PT K, a diminuição da quantidade produzida é dada pela O A = C B Trabalho expressão: PT K.Pmg. K C B:. a quantidade usada de K é a mesma que no ponto C e aumentou-se o uso de trabalho, pelo que a produção total irá aumentar: PT.Pmg Ora, de A para B, a produção não pode variar, já que A e B são pontos da mesma isoquanta. ogo, PT 0 K Pmg K Pmg 0 K = Pmg Pmg K TMST K = Pmg Pmg K
17 Taxa Marginal de Substituição Técnica TMST K = Pmg Pmg K dk = - d (de capital por trabalho) A TMST corresponde ao valor absoluto do declive da tangente à isoquanta no ponto em questão. Definição: número de unidades de capital de que é necessário prescindir, para utilizar uma unidade adicional de trabalho, mantendo o nível de produção (isto é, para a empresa se manter na mesma isoquanta). K A B De A para B, aumenta a utilização do factor trabalho e diminui a utilização do factor capital. Em virtude das Pmgs decrescentes, Pmg/PmgK tende a diminuir. De facto, a inclinação da isoquanta é maior em A que em B. Isto porque vai sendo necessário cada vez mais trabalho para substituir uma unidade de capital devido às Pmgs decrescentes.
18 Rendimentos à Escala Quando variam todos os factores produtivos na mesma proporção, varia a escala de produção, temos então rendimentos à escala (efeito do acréscimo de todos os factores produtivos na mesma proporção sobre a quantidade produzida). Q = F(K,) Q = F( K, ) Face à variação proporcional ocorrida em todos os factores produtivos, se a quantidade produzida varia: mais do que proporcionalmente Rendimentos crescentes à escala > na mesma proporção Rendimentos constantes à escala = menos que proporcionalmente Rendimentos decrescentes à escala <
19 Rendimentos à Escala Razões para a existência de rendimentos crescentes à escala: Indivisibilidades técnicas: para escalas de produção reduzidas, a empresa pode ser forçada a utilizar factores produtivos menos eficientes. Divisão do trabalho/especialização: à medida que a escala de produção aumenta, pode ser possível especializar o factor trabalho, com ganhos de eficiência e redução nos desperdícios de alternar entre tarefas. Relações geométricas: por exemplo, duplicar as paredes de um armazém, quadruplica a área disponível. Razões para a existência de rendimentos decrescentes à escala: imitação de recursos ou do output: (exemplo: indústrias extractivas ou pesca). Excesso de divisão do trabalho Dificuldades de supervisão/gestão: à medida que a escala de produção aumenta, a hierarquia de supervisores tende a aumentar e a respectiva eficiência a diminuir.
20 Rendimentos à Escala Capital Capital Capital O A B C Trabalho 30 O A B C Trabalho O A A C B Trabalho 30 OA=AB=BC OA>AB>BC OA<AB<BC Rendimentos constantes àescala Rendimentos crescentes àescala Rendimentos decrescentes à escala
21 Rendimentos à Escala Uma função f(x,y) diz-se homogénea de grau n se f ( x, y) = n f(x,y), para todo o ( 0). As funções Cobb-Douglas têm esta propriedade que é particularmente apelativa para o estudo do tipo de rendimentos à escala. Assim, se a escala de produção variar na proporção e a quantidade produzida na proporção : Q 0 = 0 K 0 Q 1 = Q 0 Q 1 = ( 0 ) ( K 0 ) Q 1 = + Q 0 = +, o que quer dizer que se + >1 > + =1 = + <1 < Rendimentos crescentes à escala Rendimentos constantes à escala Rendimentos decrescentes à escala
22 Conceito de Custo Sempre que falamos em custos, estamos a falar não de custos contabilísticos, mas de oportunidade: o valor de um recurso na sua melhor utilização alternativa (rever Micro I) Exemplo: Custo de Produção na Auto-Europa A empresa gastou 1 milhão de euros em aço, factor a ser utilizado na produção de 1000 automóveis. No período existente entre a aquisição do aço e a sua utilização, o seu preço subiu 20%, graças à crescente procura desse factor pela China. Se a melhor utilização alternativa for a revenda do aço, os custos de produção desses 1000 automóveis, inerentes à utilização do aço, serão não de 1 milhão de euros (meros custos contabilísticos), mas de 1 milhão e 200 mil euros.
23 inha de isocusto K CT 2 /p k CT 1 /p k CT 0 /p k inha de isocusto: lugar geométrico das combinações dos factores produtivos que acarretam o mesmo custo total, dados os preços dos factores e o estado da técnica. CT CT p pk K K pk pk O valor absoluto do declive da recta de isocusto representa a taxa a que se trocam os factores no mercado. Se esse rácio for, por exemplo, igual a 3, troca-se uma unidade de trabalho por três de capital. p Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
24 Exemplo: subida do preço do capital K CT 1 /p k Se o preço do capital aumenta, a ordenada na origem diminui: o número máximo de unidades de factor que a empresa consegue adquirir com a sua restrição orçamental diminui. Inclinação = -p /p k CT 1 /p k Inclinação = -p /p k CT 1 /p
25 Solução de minimização de custos K CT 2 /p k CT 1 /p k CT 0 /p k minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos. MinK, p pk K s.r. Q f, K A empresa não irá utilizar um orçamento de CT 2, ou qualquer outro que corresponda a uma linha de isocusto à direita e para cima da linha de isocusto equivalente a CT 1, pois poderia produzir Q 1 a um custo mais baixo. Não utilizará um orçamento de CT 0, já que, com aquele orçamento, produz uma quantidade inferior à pretendida. Então, o orçamento a usar pelo empresário será CT 1, obtido pela tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto correspondente ao custo de equilíbrio Q 1 CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
26 Minimização de custos K CT 2 /p k minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos. MinK, p pk K s.r. Q f, K CT 1 /p k CT 0 /p k p Pmg p Pmg Pmg TMST pk PmgK pk p pk A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs. K K Q 1 CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
27 Solução de produção quando a produção varia K CT 2 /p k CT 1 /p k CT 0 /p k Q0 Q 1 Q 2 inha de expansão de período longo Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
28 inha de expansão de período longo K CT 2 /p k CT 1 /p k inha de Expansão: conjunto das combinações de longo prazo dos factores produtivos que, dados os preços dos factores produtivos, minimizam o custo total, para os vários volumes de produção. CT 0 /p k Q0 Q 1 Q 2 inha de expansão de período longo Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
29 Solução de produção: custo total fixo K CT1 p k maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. MaxK, Q s.r. CT p pk K Q 2 Q 0 Q 1 CT 1 /p O empresário vai tentar maximizar o nível de produção obtido através da aplicação de um determinado orçamento ao processo produtivo. Não irá produzir Q 0 nem qualquer nível de output inferior a Q 1, já que, com aquele orçamento, conseguiria obter uma quantidade de produto superior. Para produzir um nível de produção superior a Q 1, o empresário necessitaria de um orçamento também superior. Então, o nível de produção óptimo será Q 1, obtido pela tangência entre a linha de isocusto e a isoquanta.
30 Solução de produção: custo total fixo K CT1 p k B maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. MaxK, Q s.r. CT p pk K Q 2 A Q 0 Q 1 CT 1 /p No ponto A: Pmg PmgK p pk A empresa obtém um acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de inferior ao de K. ogo, deve desafectar sucessivamente uma u.m. em e gastá-la em K até que a igualdade aconteça. No ponto B, acontece o contrário: a empresa deve usar mais de e menos de K.
31 Solução de produção K CT1 p k maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. MaxK, Q s.r. CT p pk K Matematicamente, no ponto onde duas funções se tangenciam, os seus declives serão iguais: Q 2 Q 0 Q 1 TMST p Pmg p Pmg Pmg K K pk PmgK pk p pk A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs. CT 1 /p
32 inha de expansão de período longo K CT 2 /p k CT 1 /p k inha de Expansão: conjunto das combinações de longo prazo dos factores produtivos que, dados os preços dos factores produtivos, minimizam o custo total, para os vários volumes de produção. CT 0 /p k Q0 Q 1 Q 2 inha de expansão de período longo Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p
33 inha de expansão de período curto K CT 2 /p k CT 1 /p k Suponha que a empresa quer produzir Q 0, com o menor custo possível. Se não houvesse restrições, utilizaria uma tecnologia dada pela tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto marcada (ponto pertencente à linha de expansão de longo prazo). O custo seria CT 1. Se estiver condicionada a uma determinada quantidade de factor fixo, essa restrição aumentaria o custo para CT 2 pelo aumento da utilização de (e apesar da redução de K). K Q 0 inha de expansão de período curto CT 1 /p CT 2 /p
34 inha de expansão de período curto K CT 2 CT 1 CT 2 Se a empresa pretender produzir Q 0, Q 1, Q 2, utilizaria tecnologias pertencentes à linha de expansão de longo prazo. Se a empresa estiver limitada à quantidade de capital que minimiza o custo de produzir Q 1, então os custos de produzir Q 0 e Q 2 aumentariam. K 2 K 1 Q 2 inha de expansão de período longo inha de expansão de período curto K 0 CT 0 Q 1 0 CT 0 Q
35 inha de expansão de período curto K CT 2 CT 1 CT 2 Enquanto que as linhas de expansão de longo prazo indicam todas as combinações de e K de mínimo custo para produzir diferentes volumes de produção, a linha de expansão de curto prazo apenas indica um ponto de mínimo custo (onde CT pl = CT pc ). Os CT pc são sempre maiores que os CT pl com excepção para um volume de produção, em que são iguais, porque em período curto o empresário está na dimensão mais adequada para produzir esse volume de produção. K 2 K 1 Q 2 inha de expansão de período longo inha de expansão de período curto K 0 CT 0 Q 1 0 CT 0 Q
36 A Função Custo Total de Período ongo K 0 CT CT 1 =p 1 +p K K 1 CT 0 =p 0 +p K K 0 K 1 Q 0 K 0 Q inha de expansão de período longo CT 0 CT 1 CT P Cada ponto da função custo de período longo estabelece uma relação entre o custo total e o nível de produção: é um ponto em que o custo total é mínimo, no sentido em que a combinação de factores é a mais eficiente para produzir um dado volume de produção (porque podemos fazer variar a quantidade de ambos os factores), com preços de factores constantes. 0 Q 0 Q 1 Q
37 K K 2 K 1 Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos CT 1 CT 0 CT 1 inha de expansão de período longo após descida de preço de K E Q 1 inha de expansão de período longo Com a descida do preço de K a nova situação de equilíbrio passa de E 1 para E 2. A diminuição dos preços relativos permitiu que, na nova situação de equilíbrio, o produtor, com a sua restrição orçamental, possa produzir mais do que anteriormente: Q 2. 1 expansão é definida, dado E Uma nova linha de Q 2 que houve alteração dos preços relativos dos factores. Podemos facilmente constatar que o custo de produzir a anterior quantidade de equilíbrio Q 1 diminui.
38 Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos K K 2 K 1 0 CT CT 0 0 CT 1 CT 0 CT 1 inha de expansão de período longo após descida de preço de K E 2 E inha de expansão de período longo CT P 1 CT 1 =CT 1 CT P 2 Q 1 Q 2 Q 1 Q 2 Q Dada a alteração dos preços relativos dos factores, surgirá uma nova curva de custo total de período longo (CT P 2). Com idêntica despesa (CT 1 =CT 1 ), o empresário pode agora produzir mais (Q 2 >Q 1 ). Existe uma nova relação entre Q e CT, agora é possível produzir um dado volume de produção (por exemplo, Q 1 ) a um custo mais baixo (CT 0 ).
39 Economias de Escala e Rendimentos à Escala u.m. Economias de escala Rendimentos crescentes à escala Deseconomias de escala Rendimentos decrescentes à escala Escala Mínima Eficiente Cmd pl Q No caso dos rendimentos crescentes à escala, a produção aumenta mais do que proporcionalmente face ao aumento dos factores de produção. Em consequência, assumindo preços dos factores constantes, o custo médio de período longo é decrescente (zona de economias de escala). No caso dos rendimentos decrescentes à escala, assumindo preços dos factores constantes, o custo médio de período longo é crescente (zona de economias de escala). No caso dos rendimentos constantes à escala, assumindo preços dos factores constantes, o custo médio de período longo é constante. Assim, o comportamento em U da curva de Cmd pl fica explicado: inicialmente, a empresa quando aumenta a sua produção, ultrapassa indivisibilidades técnicas e retira vantagens da especialização do trabalho, obtendo rendimentos crescentes à escala. A partir da escala mínima eficiente, a empresa, provavelmente por dificuldades na gestão e excessiva divisão do trabalho, enfrenta rendimentos decrescentes à escala.
40 Economias de Escala e Rendimentos à Escala u.m. CT pl Quando o Cmd pl é decrescente, Cmd pl > Cmg pl Economias de escala A B Quando o Cmd pl écrescente, Cmd pl < Cmg pl Deseconomias de escala u.m. Cmg pl Cmd pl Q D C Economias de Deseconomias escala de escala Escala Mínima Eficiente Q Quando o Cmd pl é constante, Cmd pl = Cmg pl Escala mínima eficiente (ponto de melhor afectação dos recursos, visto que se minimiza o custo unitário, depois de se esgotarem as economias de escala)
41 Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo Q PT = F(,) P x CVT A função produtividade total (PT) é transformada numa função custo, multiplicando pela taxa salarial. Essa função é chamada de custo variável total (CVT) porque estabelece uma relação entre o nível de produção e o montante de custos variáveis necessários para produzir tal nível de produção. Dado que a função CVT é deduzida a partir da função PT, o seu formato revela os rendimentos do factor variável. A função Custo Total é facilmente obtida a partir da função CVT, depois de serem adicionados os custos fixos totais. u.m. p K K 0 p K K 0 CT(Q, K 0 ) CVT(Q, K 0 ) CFT Q Q Assim, é a função custo variável total que comanda o andamento da função custo total, pois acréscimos de produção só são possíveis com acréscimos do factor variável: CT(Q)=CVT(Q)+CFT Q
42 INTRODUÇÃO Ao contrário da função Custo Fixo Total (CFT), o Custo Fixo Médio (CFM) depende do volume de produção: é o custo fixo por unidade de produto, necessariamente decrescente à medida que o volume de produção aumenta, tendendo para 0 à medida que a quantidade aumenta. Em termos geométricos, cada ponto da função CFM é dado pela inclinação da recta que une a origem ao ponto em questão na função CFT. u.m. u.m. CFT CFM Q1 Q2 Q3 Q Q1 Q2 Q3 Q
43 Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo u.m. Cmg CTM CVM CFM p p p CVT p CVM Q Q Pmd d p p p dcvt CMg dq dq dq Pmg d 0 Q 1 Q 2 Q 2 Q 1
44 Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo Rendimentos Crescentes no Factor Variável Rendimentos Constantes no Factor Variável Rendimentos Decrescentes no Factor Variável PT PT = F(,) PT PT = F(,) PT PT = F(,) C C C CT CT CVT CT CVT CVT C Q C Q C Q CTM CVM Cmg CTM Cmg = CVM CTM CVM Cmg Q Q Q
45 Exemplo (caso discreto) - Custos no Curto Prazo Q CFT CVT CT Cmg CFM CVM CTM
46 Exemplo (caso discreto) - Custos no Curto Prazo u.m u.m Qtd b B a A CT CVT CFT Cmg CTM CVM CFM Qtd Como a diferença entre as funções CTM e CVM é decrescente com o volume de produção, as duas funções tendem a aproximar-se, embora, como é lógico, o CTM esteja sempre acima do CVM. Numa 1ª fase, tanto o CVM como o CFM são decrescentes, logo também o CTM o será. Numa 2ª fase, o CFM continua a decrescer, mas o CVM já começou a aumentar, só que ainda não compensa o 1º efeito pelo que o CTM continua a decrescer. Só quando o 2º efeito compensa o 1º é que o CTM começa a decrescer. O Cmg é a variação do custo total (ou do custo variável total, pois os custos fixos totais não se alteram com o volume de produção) que resulta da produção de uma unidade adicional de produto. O Cmg é menor do que o CVM (CTM) na fase descendente do CVM (CTM); igual ao CVM (CTM), no mínimo destes; maior do que o CVM (CTM) na sua fase ascendente.
47 Relação entre custos de período longo e curto K CT 2 CT 2 CT 1 K 2 K 1 Q 2 inha de expansão de período longo inha de expansão de período curto K 0 CT 0 Q 1 0 CT 0 Q
48 Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo K i é a quantidade de capital minimizadora do custo de longo prazo para Q i ; i = 1,2,3. u.m. CT(Q,K 1 ) CT(Q,K 2 ) CT(Q,K 3 ) CT pl (Q) Q 1 Q 2 Q 3 Q
49 Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo u.m. 0 Cmd pl (Q) Cmg pl (Q) CTM(Q,K 1 ) CTM(Q,K 2 ) CMg(Q,K 1 ) CMg(Q,K 2 ) CMg(Q,K 3 ) CTM(Q,K 3 ) Q 1 Q 2 Q 3 Q O mínimo custo unitário de produzir um determinado produto (Volume de Produção Típico) numa dada dimensão não corresponde ao mínimo CTM dessa dimensão, a não ser que estejamos na dimensão óptima. Se no curto prazo, a empresa utilizar uma dimensão que origina um CTM situado na fase de economias (deseconomias) de escala, terá que produzir o VPT para estar a produzir esse volume de produção ao mínimo custo possível, como em Q 1 (Q 3 ). Se produzir no mínimo do custo total médio, o empresário não está a produzir esse volume de produção ao mínimo custo possível; basta aumentar (diminuir se a dimensão estiver em deseconomias de escala) um pouco a dimensão para a empresa produzir ao mínimo custo.
50 Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo Custo Médio Cmd pc1 Cmd pc 2 Cmd pc 3 Cmd pl A curva de custo médio de período longo (a cheio) é simplesmente o mais baixo envelope das curvas de curto prazo. Se forem contempladas todas as hipóteses de quantidades do factor fixo, através de variações infinitesimais do mesmo, a zona de altos e baixos transforma-se numa curva normalíssima em U.
51 Caso especial u.m. Quando o custo total de período longo cresce a ritmos constantes CT(Q,K 1 ) CT(Q,K 2 ) CT(Q,K 3 ) CT pl (Q) 0 Q 1 Q 2 Q 3 Q
52 Caso especial u.m. O custo médio (e marginal) de período longo é uma constante. CMg(Q,K 1 ) CMg(Q,K 2 ) CMg(Q,K 3 ) CTM(Q,K 1 ) CTM(Q,K 2 ) CTM(Q,K 3 ) CMd pl (Q)=CMg pl (Q) 0 Q 1 Q 2 Q 3 Q
Microeconomia II LGE108. 1º Mini-teste (10%) Case-study (10%) 2º Mini-teste (10%) Exame Final (70%)
INFORMAÇÕES ÚTEIS BIBIOGRAFIA Microeconomia, Robert S. Pindyck and Daniel. Rubinfeld. Prentice-Hall, Inc. New Jersey, 5ª. Ed. 2000. (Já saiu a 6ª edição em Inglês há na Biblioteca E(a) 911) BIBIOGRAFIA
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