UNIVERSIDADE DO PORTO FACULDADE DE ECONOMIA LICENCIATURA EM ECONOMIA MICROECONOMIA II
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- Marco Antônio Diegues Minho
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1 UNIVERSIDADE DO PORTO FACUDADE DE ECONOMIA ICENCIATURA EM ECONOMIA MICROECONOMIA II Nuno Alexandre Meneses Bastos Moutinho Gabinete 614 PROGRAMA 1. A Empresa 1.1.Tecnologia e produção Função custo Análise do rendimento Maximização do lucro. 2. Estruturas de mercado Concorrência perfeita Monopólio. 3. Incerteza. Mini Teste Exames de Época Normal ou de Recurso 1
2 AVAIAÇÃO Exame Final Avaliação Avaliação Continuada Teste (70%) Mini Teste (30%) 30 de Março Conc. Perfeita, Monopólio e Incerteza Empresa Um estudante que faça a disciplina por avaliação continuada, para ser aprovado, terá que ter média de pelo menos 9,5 valores e não ter obtido, em nenhuma componente, classificação inferior a 8 valores. Não obstante, qualquer que seja a nota que obtenha no mini-teste, poderá ir a qualquer época de exames. As questões do mini-teste são de escolha múltipla. O teste será no mesmo dia e hora do exame de época normal. Não existe qualquer controlo de faltas. INFORMAÇÕES ÚTEIS Bibliografia Principal Varian, Hal (2010): Intermediate Microeconomics - A Modern Approach, 8.ª edição, Norton. Varian, Hal (2010): Microeconomia Intermédia : uma Abordagem Moderna, 8.ª ed., Verlag Barbot e Castro (1997): Microeconomia, 2ª edição, McGrawHill. Bibliografia Complementar Besanko, D. and R. Braeutigam (2005): Microeconomics, 2nd edition, John Wiley Nicholson, Walter (2002): Microeconomic Theory: Basic Principles and Extensions, The Dryden Press, Harcourt Brace College Publishers. Atendimento Por marcação, pessoalmente ou por . Material de Apoio Sigarra: página da disciplina Site pessoal: Site do Prof. João Silva: 2
3 PROGRAMA 1. A Empresa 1.1.Tecnologia e produção Função custo Análise do rendimento Maximização do lucro. 2. Estruturas de mercado Concorrência perfeita Monopólio. 3. Incerteza. Mini Teste Exames de Época Normal ou de Recurso A Empresa 3
4 A Empresa Circuito económico Despesa Mercados dos bens e serviços Receita Procura de bens e serviços Oferta de bens e serviços Famílias Empresas Rendimento (remunerações dos factores produtivos) Oferta de factores produtivos Mercados dos factores produtivos Procura de factores produtivos Custo A Empresa É o agente económico que transforma factores produtivos e bens intermédios em bens; os bens são o resultado da actividade de produção, i.e., da combinação e transformação de factores e bens intermédios; note-de que os bens intermédios são também o resultado de um processo de produção: também eles resultam da combinação de factores e bens intermédios. O objectivo último da empresa é a maximização do lucro, a diferença entre: receitas: que resultam da venda dos seus produtos; e custos: resultado do consumo dos factores produtivos e bens intermédios utilizados na produção. 4
5 Período Curto e Período ongo Curto prazo período de tempo em que a empresa não pode alterar pelo menos um dos factores de produção; os factores cuja quantidade pode ser alterada designamse por variáveis; os restantes são fixos. ongo prazo período suficientemente longo para que todos os factores, incluindo o capital, sejam ajustados; no longo prazo, a empresa pode alterar todos os factores de produção e, portanto, a escala de produção. A Função de Produção Traduz a relação entre a quantidade máxima de produção que pode ser obtida e a quantidade de factores de produção necessários para realizar essa produção; A função de produção traduz uma relação física não relaciona valores, mas quantidades de inputs com quantidades de outputs; As funções de produção descrevem a forma como uma empresa pode produzir o conjunto dos seus produtos e definem-se para um determinado nível de conhecimentos tecnológicos e estado da técnica. O conjunto das possibilidades de combinação dos factores produtivos designa-se por tecnologia. 5
6 A Função de Produção = f (, ) esta explicitação representa uma simplificação por incluir apenas dois factores produtivos: o capital () físico e não financeiro e o trabalho () facilita a análise sem prejudicar as conclusões; os bens intermédios estão representados apenas indirectamente: pressupõe-se que são eles próprios função dos factores de produção; Conceitos Associados à Função de Produção Produção total: quantidade total obtida de um bem, em unidades físicas; Produtividade total de um factor de produção v 1 (PT v1 ) ou função de produção em período curto: quantidade do bem obtida com cada quantidade do factor, medidos em unidades físicas, mantendo todo o resto constante; Produtividade marginal de um factor produtivo v 1 (Pmg v1 ): traduz os acréscimos de produção proporcionados pelo introdução no processo produtivo da última unidade de factor variável, mantendo-se todo o resto constante PT v ( v 1 1) Produtividade média de um factor de produção v 1 (Pmd v1 ): obtém-se dividindo a produção total pela quantidade utilizada do factor de produção PT v ( v 1 1) 6
7 Propriedades da Função de Produção monotonia: significa que aumentando a quantidade utilizada de um factor produtivo, mantendo o outro constante, o volume de produção aumentará (Pmg s > 0) > 0 > 0 rendimentos marginais decrescentes: aumentos sucessivos na quantidade de um factor produtivo (mantendo os restantes constantes) implicam aumentos cada vez menores na quantidade produzida. 2 < < 0 2 ei dos Rendimentos Marginais Decrescentes e Acréscimos sucessivos na utilização de um factor de produção, ceteris paribus, conduzem a acréscimos cada vez menores do produto total. não é uma lei universal mas uma realidade empírica amplamente observada; Como evitar os rendimentos marginais decrescentes? progresso técnico; aumentar a utilização dos restantes factores de produção. 7
8 A Isoquanta Isoquanta: função que relaciona as combinações óptimas de dois factores produtivos que permitem alcançar um determinado nível de produção Mapa de isoquantas: conjunto das isoquantas de um determinado produtor. Corresponde à representação gráfica de uma função produção com dois factores produtivos variáveis. A C:,, A C A B:,, B A Isoquanta Diferenças entre isoquantas e curvas de indiferença: cada isoquanta está associada a um número exacto de unidades de produção; assim sendo, enquanto as curvas de indiferença são meramente ordinais, entre isoquantas é possível determinar em quanto uma é maior ou menor do que outra. A C:,, A C A B:,, B 8
9 Propriedades das Isoquantas As isoquantas são negativamente inclinadas: traduz substituibilidade entre os factores produtivos; As isoquantas não se cruzam: já que uma determinada combinação de factores produtivos não pode proporcionar dois níveis distintos de produção; uanto mais afastada da origem, maior é a produção associada à isoquanta: perante rendimentos marginais positivos, maior quantidade de ambos os factores produz necessariamente maior output; As isoquantas são convexas devido à existência de rendimentos marginais decrescentes em ambos os factores. Taxa Marginal de Substituição Técnica Capital A B= C O C A A= C B B Decompondo a passagem, ao longo da mesma isoquanta, do ponto A para o ponto B: A C: PT Como Pmg =, a diminuição da quantidade produzida é dada pela expressão: PT =.Pmg. C B:. a quantidade usada de é a mesma que no ponto C e aumentou-se o uso de trabalho, pelo que a produção total irá aumentar: PT =.Pmg Ora, de A para B, a produção não pode variar, já que A e B são pontos da mesma isoquanta. ogo, PT = 0 Pmg + Pmg = 0 Pmg = TMST = Pmg Pmg Pmg 9
10 Taxa Marginal de Substituição Técnica TMST = Pmg Pmg d = - d (de capital por trabalho) A TMST corresponde ao valor absoluto do declive da tangente à isoquanta no ponto em questão. Definição: número de unidades de capital de que é necessário prescindir, para utilizar uma unidade adicional de trabalho, mantendo o nível de produção (isto é, para a empresa se manter na mesma isoquanta). A B De A para B, aumenta a utilização do factor trabalho e diminui a utilização do factor capital. Em virtude das Pmgs decrescentes, Pmg/Pmg tende a diminuir. De facto, a inclinação da isoquanta é maior em A que em B. Isto porque vai sendo necessário cada vez mais trabalho para substituir uma unidade de capital devido às Pmgs decrescentes. Casos Particulares de Tecnologias Factores Produtivos Utilizados em Proporção Fixa: Tecnologia de eontief. Não há substituibilidade entre os factores produtivos. Exemplo: Nº de voos comerciais por dia = min (, 0.5), onde = nº aviões e = número de pilotos. TMST de por é infinita na parte vertical, zero na horizontal e indeterminada no vértice. Factores Produtivos Substitutos Perfeitos: Tecnologia inear. A Taxa Marginal de Substituição Técnica é uma constante não nula Exemplo: = +2 TMST=2 (em qualquer ponto da isoquanta, para manter a produção, basta prescindir de duas unidades de por cada unidade de adicionalmente empregue) Função produção Cobb-Douglas. Há substituibilidade imperfeita entre os factores produtivos. = A α β em que os parâmetros A, α e β definem a função concreta. A TMST é decrescente à medida que aumenta. 10
11 Rendimentos à Escala uando variam todos os factores produtivos na mesma proporção, varia a escala de produção, temos então rendimentos à escala (efeito do acréscimo de todos os factores produtivos na mesma proporção sobre a quantidade produzida). = F(,) θ = F(λ,λ) Face à variação proporcional ocorrida em todos os factores produtivos, se a quantidade produzida varia: mais do que proporcionalmente Rendimentos crescentes à escala θ>λ na mesma proporção Rendimentos constantes à escala θ=λ menos que proporcionalmente Rendimentos decrescentes à escala θ<λ Rendimentos à Escala Razões para a existência de rendimentos crescentes à escala: Indivisibilidades técnicas: para escalas de produção reduzidas, a empresa pode ser forçada a utilizar factores produtivos menos eficientes. Divisão do trabalho/especialização: à medida que a escala de produção aumenta, pode ser possível especializar o factor trabalho, com ganhos de eficiência e redução nos desperdícios de alternar entre tarefas. Relações geométricas: por exemplo, duplicar as paredes de um armazém, quadruplica a área disponível. Razões para a existência de rendimentos decrescentes à escala: imitação de recursos ou do output: (exemplo: indústrias extractivas ou pesca). Excesso de divisão do trabalho Dificuldades de supervisão/gestão: à medida que a escala de produção aumenta, a hierarquia de supervisores tende a aumentar e a respectiva eficiência a diminuir. 11
12 Rendimentos à Escala Capital Capital Capital O A B C O A B C O A A B C OA=AB=BC OA>AB>BC OA<AB<BC Rendimentos constantes à escala Rendimentos crescentes à escala Rendimentos decrescentes à escala Rendimentos à Escala Uma função f(x,y) diz-se homogénea de grau n se f (λx, λy) = λ n f(x,y), para todo o λ (λ 0). As funções Cobb-Douglas têm esta propriedade que é particularmente apelativa para o estudo do tipo de rendimentos à escala. Assim, se a escala de produção variar na proporção λ e a quantidade produzida na proporção φ: 0 = 0α 0β 1 = φ 0 1 = (λ 0 ) α (λ 0 ) β 1 = λ α+β 0 φ = λ α+β, o que quer dizer que se α+β >1 φ > λ α+β =1 φ = λ α+β <1 φ < λ Rendimentos crescentes à escala Rendimentos constantes à escala Rendimentos decrescentes à escala 12
13 Produção no Período Curto: Produtividade Total Output por hora A taxa de crescimento do produto diminui à medida que são utilizados mais trabalhadores (factor variável). O input capital é fixo. ( ei dos rendimentos marginais decrescentes) PT Nº de trabalhadores Output por hora Produtividade Média Output por hora Pmd = Output/ Nº de trabalhadores Pmd Output por hora Pmd do
14 Produtividade Marginal Pmg = uantidade do Produto * * neste caso, medido pelo nº trabalhadores Output por hora Nº de trabalhadores Pmg Output por hora Pmg do Output por hora Produtividades Marginal e Média Ao sobrepor as 2 funções, verificamos que quando Pmg>Pmd, a Pmd cresce; no máximo da Pmd, Pmg=Pmd*; quando Pmg<Pmd, a Pmd decresce d * d 1 = 0-2 = 0 d d 1 (Pmg - Pmd ) = 0 Pmg = Pmd Nº de trabalhadores Pmd Pmg Output por hora Pmg do Pmd do
15 Output por hora Produtividades Marginal e Média Ponto A Marca o início da ei dos Rendimentos (ou Pmgs) decrescentes Ponto B Máxima Eficiência do Factor (Pmd máxima) A B Nº de trabalhadores Pmd Pmg Output por hora Pmg do Pmd do PT Pmg Pmd Representação Gráfica das Produtividades Pmg PT Pmd Geometricamente, a Pmd é dada pelo declive do raio que parte da origem e intercepta a função num determinado ponto. A Pmg pelo declive da tangente traçada pelo ponto em questão. ogo, em 1 são iguais. Até 0 : Pmg crescente 0 : Início da ei dos Rendimentos Marginais Decrescentes 1 : Máxima eficiência do factor variável. Nesse ponto, Pmd = Pmg. A partir daí, a Pmd é decrescente (começa a decrescer a eficiência económica do factor variável). 2 : Máximo da PT Máxima Eficiência do Factor Fixo. ( Pmd = PT ) Nesse ponto, Pmg = 0. A partir daí, PT decresce, ou seja, a Pmg do factor variável torna-se negativa. 15
16 Representação Gráfica das Produtividades Conceito de Custo Sempre que falamos em custos, estamos a falar não de custos contabilísticos, mas de oportunidade: o valor de um recurso na sua melhor utilização alternativa (rever Micro I) Exemplo: Custo de Produção na Auto-Europa A empresa gastou 1 milhão de euros em aço, factor a ser utilizado na produção de 1000 automóveis. No período existente entre a aquisição do aço e a sua utilização, o seu preço subiu 20%, graças à crescente procura desse factor pela China. Se a melhor utilização alternativa for a revenda do aço, os custos de produção desses 1000 automóveis, inerentes à utilização do aço, serão não de 1 milhão de euros (meros custos contabilísticos), mas de 1 milhão e 200 mil euros. 16
17 inha de isocusto CT 2 /p k CT 1 /p k CT 0 /p k inha de isocusto: função que relaciona as combinações dos factores produtivos que acarretam o mesmo custo total, dados os preços dos factores e o estado da técnica. CT p CT = p + pk = pk pk O valor absoluto do declive da recta de isocusto representa a taxa a que se trocam os factores no mercado. Se esse rácio for, por exemplo, igual a 3, troca-se uma unidade de trabalho por três de capital. Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p Exemplo: subida do preço do capital CT 1 /p k Se o preço do capital aumenta, a ordenada na origem diminui: o número máximo de unidades de factor que a empresa consegue adquirir com a sua restrição orçamental diminui. Inclinação = -p /p k CT 1 /p k Inclinação = -p /p k CT 1 /p 17
18 CT1 p k Maximização do nível de output dado um custo O comportamento racional das empresas pode ser visto de dois modos: Problema 1: maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. Max, s.r. CT = p + p CT 1 /p O empresário vai tentar maximizar o nível de produção obtido através da aplicação de um determinado orçamento ao processo produtivo. Não irá produzir 0 nem qualquer nível de output inferior a 1, já que, com aquele orçamento, conseguiria obter uma quantidade de produto superior. Para produzir um nível de produção superior a 1, o empresário necessitaria de um orçamento também superior. Então, o nível de produção óptimo será 1, obtido pela tangência entre a linha de isocusto e a isoquanta. Maximização do nível de output dado um custo O comportamento racional das empresas pode ser visto de dois modos: Problema 1: maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. Max, s.r. CT = p + p CT1 p k Matematicamente, no ponto onde duas funções se tangenciam, os seus declives serão iguais: TMST p Pmg p Pmg Pmg = = = p Pmg p p p A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs. CT 1 /p 18
19 CT1 p k Maximização do nível de output dado um custo B O comportamento racional das empresas pode ser visto de dois modos: Problema 1: maximizar a quantidade produzida para um determinado custo total, dados os preços dos factores produtivos e o estado da técnica. Max, s.r. CT = p + p 2 A 0 1 CT 1 /p No ponto A: Pmg Pmg < p p A empresa obtém um acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de inferior ao de. ogo, deve desafectar sucessivamente uma u.m. em e gastá-la em até que a igualdade aconteça. No ponto B, acontece o contrário: a empresa deve usar mais de e menos de. Minimização do custo dado um nível de output CT 2 /p k CT 1 /p k CT 0 /p k Problema 2: minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos. Min, p + p s.r. = f (, ) A empresa não irá utilizar um orçamento de CT 2, ou qualquer outro que corresponda a uma linha de isocusto à direita e para cima da linha de isocusto equivalente a CT 1, pois poderia produzir 1 a um custo mais baixo. Não utilizará um orçamento de CT 0, já que, com aquele orçamento, produz uma quantidade inferior à pretendida. Então, o orçamento a usar pelo 1 empresário será CT 1, obtido pela tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto correspondente ao custo de equilíbrio CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p 19
20 Minimização do custo dado um nível de output CT 2 /p k Problema 2: minimizar o custo total dada a quantidade produzida e os preços dos factores produtivos. Min, p + p s.r. = f (, ) CT 1 /p k CT 0 /p k 1 A condição de equilíbrio é a mesma do Problema 1: p Pmg p Pmg Pmg TMST = = = p Pmg p p p A empresa deve adquirir os seus inputs por forma a obter um igual acréscimo de produto por unidade monetária gasta na última unidade adicional de cada um dos inputs. CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p inha de expansão de período longo CT 2 /p k CT 1 /p k inha de Expansão: conjunto das combinações de longo prazo dos factores produtivos que, dados os preços dos factores produtivos, minimizam o custo total, para os vários volumes de produção. É sempre crescente e passa na origem. CT 0 /p k inha de expansão de período longo Inclinação = -p /p k CT 0 /p CT 1 /p CT 2 /p 20
21 inha de expansão de período curto CT 2 /p k CT 1 /p k Suponha que a empresa quer produzir 0, com o menor custo possível. Se não houvesse restrições, utilizaria uma tecnologia dada pela tangência entre a isoquanta e a linha de isocusto marcada (ponto pertencente à linha de expansão de longo prazo). O custo seria CT 1. Se estiver condicionada a uma determinada quantidade de factor fixo, essa restrição aumentaria o custo para CT 2 pelo aumento da utilização de (e apesar da redução de ). 0 inha de expansão de período curto CT 1 /p CT 2 /p inha de expansão de período curto CT 2 CT 1 CT 2 Se a empresa pretender produzir 0, 1, 2, utilizaria tecnologias pertencentes à linha de expansão de longo prazo. Se a empresa estiver limitada à quantidade de capital que minimiza o custo de produzir 1, então os custos de produzir 0 e 2 aumentariam CT inha de expansão de período longo 1 inha de expansão de período curto 0 CT
22 inha de expansão de período curto CT 2 CT 1 CT 2 Enquanto que as linhas de expansão de longo prazo indicam todas as combinações de e de mínimo custo para produzir diferentes volumes de produção, a linha de expansão de curto prazo apenas indica um ponto de mínimo custo (onde CT pl = CT pc ). Os CT pc são sempre maiores que os CT pl com excepção para um volume de produção, em que são iguais, porque em período curto o empresário está na dimensão mais adequada para produzir esse volume de produção CT 0 0 inha de expansão de período longo 1 inha de expansão de período curto 0 CT A Função Custo Total de Período ongo 0 0 CT CT 1 =p 1 +p 1 CT 0 =p 0 +p inha de expansão de período longo CT 0 CT 1 CT P Cada ponto da função custo de período longo estabelece uma relação entre o custo total e o nível de produção: é um ponto em que o custo total é mínimo, no sentido em que a combinação de factores é a mais eficiente para produzir um dado volume de produção (porque podemos fazer variar a quantidade de ambos os factores), com preços de factores constantes
23 2 1 Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos CT 1 CT 0 CT 1 inha de expansão de período longo após descida de preço de E inha de expansão de período longo Com a descida do preço de a nova situação de equilíbrio passa de E 1 para E 2. A diminuição dos preços relativos permitiu que, na nova situação de equilíbrio, o produtor, com a sua restrição orçamental, possa produzir mais do que anteriormente: 2. 1 expansão é definida, dado E Uma nova linha de 2 que houve alteração dos preços relativos dos factores. Podemos facilmente constatar que o custo de produzir a anterior quantidade de equilíbrio 1 diminui. Efeito de descida de preço de um factor sobre os custos CT CT 1 =CT 1 CT 0 CT 1 CT 0 CT 1 inha de expansão de período longo após descida de preço de E 2 E inha de expansão de período longo 2 CT P1 CT P2 Dada a alteração dos preços relativos dos factores, surgirá uma nova curva de custo total de período longo (CT P 2). Com idêntica despesa (CT 1 =CT 1 ), o empresário pode agora produzir mais ( 2 > 1 ). Existe uma nova relação entre e CT, agora é possível produzir um dado volume de produção (por exemplo, 1 ) a um custo mais baixo (CT 0 )
24 u.m. u.m. Economias de Escala e Rendimentos à Escala Economias de escala B A Deseconomias de escala CT pl Escala Mínima Eficiente Economias de escala Cmg pl D C Deseconomias de escala Cmd pl Escala Mínima Eficiente uando variamos todos os factores produtivos na mesma proporção, o custo total varia nessa mesma proporção, assumindo preços constantes dos inputs: CT = p + p CT 1 =p (λ)+p (λ)=λ(p +p )=λct uanto ao acréscimo do produto, ele depende dos rendimentos à escala: F(λ, λ) = φ F(,) CTpl λctpl CMd pl = CMd ' pl = φf(, ) Assim sendo, as economias (custo médio de período longo decrescente) / deseconomias de escala (custo médio de período longo crescente) dependem dos rendimentos à escala: Se φ > λ Rendimentos Crescentes à Escala O crescimento do CT é menos que proporcional ao aumento do volume de produção Economias de Escala Se φ < λ Rendimentos Decrescentes à Escala O crescimento do CT é mais que proporcional ao aumento do volume de produção Deseconomias de Escala Se φ = λ Rendimentos Constantes à Escala O crescimento do CT ocorre na mesma proporção do aumento do volume de produção CMd pl constante Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo PT = F(,) P x CVT A função produtividade total (PT) é transformada numa função custo, multiplicando pela taxa salarial. Essa função é chamada de custo variável total (CVT) porque estabelece uma relação entre o nível de produção e o montante de custos variáveis necessários para produzir tal nível de produção. Dado que a função CVT é deduzida a partir da função PT, o seu formato revela os rendimentos do factor variável. A função Custo Total é facilmente obtida a partir da função CVT, depois de serem adicionados os custos fixos totais. u.m. p 0 p 0 CT(, 0 ) CVT(, 0 ) CFT Assim, é a função custo variável total que comanda o andamento da função custo total, pois acréscimos de produção só são possíveis com acréscimos do factor variável: CT()=CVT()+CFT 24
25 Custo Fixo Médio Ao contrário da função Custo Fixo Total (CFT), o Custo Fixo Médio (CFM) depende do volume de produção: é o custo fixo por unidade de produto, necessariamente decrescente à medida que o volume de produção aumenta, tendendo para 0 à medida que a quantidade aumenta. Em termos geométricos, cada ponto da função CFM é dado pela inclinação da recta que une a origem ao ponto em questão na função CFT. u.m. u.m. CFT CFM Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo u.m. Cmg CTM CVM CFM p p p CVT = p CVM = = = Pmd CMg ( ) dcvt d p p p d d d Pmg d = = = =
26 Relação entre as Funções Produtividade e as Funções Custo Rendimentos Crescentes no Factor Variável Rendimentos Constantes no Factor Variável Rendimentos Decrescentes no Factor Variável PT PT = F(,) PT PT = F(,) PT PT = F(,) C C C CT CT CVT CT CVT CVT C C C CTM CTM CTM CVM Cmg = CVM CVM Cmg Cmg Exemplo (caso discreto) - Custos no Curto Prazo CFT CVT CT Cmg CFM CVM CTM 26
27 Exemplo (caso discreto) - Custos no Curto Prazo u.m td u.m b B a A CT CVT CFT Cmg CTM CVM CFM td Como a diferença entre as funções CTM e CVM é decrescente com o volume de produção, as duas funções tendem a aproximar-se, embora, como é lógico, o CTM esteja sempre acima do CVM. Numa 1ª fase, tanto o CVM como o CFM são decrescentes, logo também o CTM o será. Numa 2ª fase, o CFM continua a decrescer, mas o CVM já começou a aumentar, só que ainda não compensa o 1º efeito pelo que o CTM continua a decrescer. Só quando o 2º efeito compensa o 1º é que o CTM começa a decrescer. O Cmg é a variação do custo total (ou do custo variável total, pois os custos fixos totais não se alteram com o volume de produção) que resulta da produção de uma unidade adicional de produto. O Cmg é menor do que o CVM (CTM) na fase descendente do CVM (CTM); igual ao CVM (CTM), no mínimo destes; maior do que o CVM (CTM) na sua fase ascendente. Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo i é a quantidade de capital minimizadora do custo de longo prazo para i ; i = 1,2,3. u.m. CT(, 1 ) CT(, 2 ) CT(, 3 ) CT pl ()
28 Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo u.m. 0 Cmd pl () Cmg pl () CTM(, 1 ) CTM(, 2 ) CMg(, 1 ) CMg(, 2 ) CMg(, 3 ) CTM(, 3 ) O mínimo custo unitário de produzir um determinado produto (Volume de Produção Típico) numa dada dimensão não corresponde ao mínimo CTM dessa dimensão, a não ser que estejamos na dimensão óptima. Se no curto prazo, a empresa utilizar uma dimensão que origina um CTM situado na fase de economias (deseconomias) de escala, terá que produzir o VPT para estar a produzir esse volume de produção ao mínimo custo possível, como em 1 ( 3 ). Se produzir no mínimo do custo total médio, o empresário não está a produzir esse volume de produção ao mínimo custo possível; basta aumentar (diminuir se a dimensão estiver em deseconomias de escala) um pouco a dimensão para a empresa produzir ao mínimo custo. Relações entre os Custos de Período Curto e os de Período ongo Custo Médio Cmd pc 1 Cmd pc 2 Cmd pc 3 Cmd pl A curva de custo médio de período longo (a cheio) é simplesmente o mais baixo envelope das curvas de curto prazo. Se forem contempladas todas as hipóteses de quantidades do factor fixo, através de variações infinitesimais do mesmo, a zona de altos e baixos transforma-se numa curva normalíssima em U. 28
29 Caso especial u.m. uando o custo total de período longo cresce a ritmos constantes CT(, 2 ) CT(, 3 ) CT pl () CT(, 1 ) Caso especial u.m. O custo médio (e marginal) de período longo é uma constante. CMg(, 1 ) CMg(, 2 ) CMg(, 3 ) CTM(, 1 ) CTM(, 2 ) CTM(, 3 ) CMd pl ()=CMg pl ()
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