UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

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1 1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL AVALIAÇÃO NUTRICIONAL, DESEMPENHO E QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA. PEDRO ANDRADE KATSUKI LONDRINA PARANÁ 2009

2 2 PEDRO ANDRADE KATSUKI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL, DESEMPENHO E QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA Tese apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciência Animal, da Universidade Estadual de Londrina, como parte das exigências para obtenção do título de Doutor em Ciência Animal. Orientador: Profa. Dra. Ivone Y. Mizubuti Co-orientador: Dr. João José Assumpção de Abreu Demarchi LONDRINA PARANÁ 2009

3 3 SUMÁRIO 1. Resumo Geral General Abstract INTRODUÇÃO REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Desempenho animal, consumo, digestibilidade de nutrientes Composição corporal da carcaça, qualidade e perfil de ácidos graxos da carne Referências bibliográficas OBJETIVOS Objetivo Geral Objetivos Específicos ARTIGO I DESEMPENHO ANIMAL, CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA Resumo Abstract Introdução Materiais e métodos Resultados e discussão Conclusões Referências bibliográficas ARTIGO II CARACTERISTICAS DE CARCAÇA E QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA.

4 Resumo Abstract Introdução Material e métodos Resultados e discussão Conclusões Referências bibliográficas CONCUSÃO GERAL... 55

5 5 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL, DESEMPENHO E QUALIDADE DA CARNE DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA 1. Resumo Geral Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes níveis de casca de soja peletizada (0, 15, 30 e 45%) em substituição ao grão de milho inteiro, em rações sem forragem, sobre o desempenho, consumo e digestibilidade dos nutrientes, bem como, as características de carcaça e qualidade e perfil de ácidos graxos da carne. Foram utilizados 24 bovinos da raça Nelore, castrados, com peso vivo médio de 461,83 kg e idade média de 24 meses, alojados em baias individuais e em delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos consistiram de substituições do milho inteiro pela casca de soja, nos níveis de 0% (T1), 15% (T2), 30% (T3) e 45% (T4). O consumo de MS (kg/dia, %PV e kg/pv 0,75 ) apresentou comportamento quadrático (P<0,01) à medida que se aumentou a inclusão de casca de soja em substituição ao milho inteiro na ração. A crescente substituição do milho inteiro por casca de soja apresentou efeito linear crescente (P<0,05) sobre o consumo de FDN e efeito quadrático sobre o consumo de PB, CT e CNE. A digestibilidade da MS, PB, EE, CT e CNE foram reduzidas linearmente com a crescente inclusão da casca de soja. A digestibilidade média observada da FDN foi de 55,64%, valor este considerado baixo, e não foi afetada (P=0,49) pela substituição do milho inteiro. Foram observados níveis não significativos (P>0,05) no consumo de NDT e EM. O GPMD médio dos tratamentos foi de 1,224 kg/dia, e não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos (P=0,18). A CA não apresentou diferenças entre os tratamentos, e o valor médio observado foi de 7,538 kg MS/kg de ganho de PV. O abate dos animais foi efetuado após 63 dias, e suas carcaças mensuradas. O peso vivo médio alcançado pelos animais foi de 538,96 kg, e não se verificou diferenças estatísticas (P=0,44) entre os tratamentos. O mesmo comportamento foi observado com o rendimento de carcaça e a espessura de gordura subcutânea. As medidas de área de olho de lombo apresentaram valores médios de 73,12 cm 2 e foram estatisticamente semelhantes entre si (P>0,05). A proporção de músculos, gordura e ossos das carcaças dos tratamentos não apresentaram diferenças entre si (P>0,05). O tratamento com 15% de substituição atingiu valores de 5,35 kgf e diferiu do tratamento sem casca de soja cujo valor da força de cisalhamento atingiu 8,62 kgf. A perda por cocção diferiu (P<0,05) para o tratamento com 15% (23,67%) de substituição. A perda por descongelamento não apresentou diferença (P<0,05) entre os tratamentos. O perfil dos ácidos graxos e suas relações não foram influenciados pelos tratamentos. Palavras-chave: Ácidos graxos, bovinos de corte, características de carcaça, consumo, digestibilidade, ganho de peso, ruminantes.

6 6 NUTRITIONAL EVALUATION, PERFORMANCE AND MEAT QUALITY OF BOVINES FED RATIONS WITHOUT THE USE OF FORAGE, WITH DIFFERENT LEVELS OF REPLACEMENT OF THE WHOLE CORN BY SOYBEAN HULLS 2. General abstract This work was carried out with the objective of evaluating the effects of different levels of soybean hulls (0, 15, 30 and 45%) in substitution to the whole corn, in diet based on concentrated on performance of bovines, intake and nutrients digestibilities, as well as, the carcass characteristic, meat quality and fatty acid profile. Twenty-four nelore breed bovine, castrated, with medium live weight of kg and medium age of 24 months, housed in individual stalls in a completely randomized design, were used. DM intake (kg/day,% BW and kg/bw 0,75 ) presented a quadratic behavior (P <0.01) increasing the inclusion of soybean hulls in replacement of the whole corn in the diet. The increasing inclusion of soybean hulls in replace to the whole corn showed increasing lineal effect (P <0.05) on neutral detergent fiber intake and quadratic effect on crude protein, total carbohydrates and non-structural carbohydrates intake. The increasing inclusion of soybean hulls in the diet decreased lineally (P <0.05) dry matter, crude protein, ether extract, total carbohydrates and non-structural carbohydrates digestibility. The neutral detergent fiber digestibility was not affected (P = 0.49) by soybean hulls the inclusion, whose average observed (55.64%) is considered low. Not significant levels (P> 0.05) in total digestible nutrients and dry matter intake, were observed. The average daily gain showed no significant differences among treatments (P = 0.18), whose average value was kg/day. The feed conversion did not differ among treatments, and observed average value of kg DM/kg in body weight gain. The animals were slaughtered after 63 days, and its carcass were measured. The hot and cold carcass weight did not present statistical differences (P>0.05) among the treatments. The dressing percentage and subcutaneous fat thickness showed no significant values (P> 0.05). Loin eye area showed medium values of cm 2 and did not differ to each other (P> 0.05), just as occurred with the proportion of muscle, fat and bone in the carcass. The treatment with 15% of substitution reached values of 5.35 kgf and differed of the treatment without soybean hulls whose value of shear force reached 8.62 kgf. The cooking loss differed (P <0.05) for the treatment with 15% (23.67%) of replacement. The dressing loss was not different (P <0.05) among treatments. The fatty acids profile and their relationships were not influenced by treatments. Key words: beef cattle, carcass characteristics, digestibility, fatty acids, intake, ruminant, weight gain

7 7 3. INTRODUÇÃO O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com mais de 180 milhões de cabeças em 2008, e cerca de 80% destes, são bovinos de corte, predominando os animais da raça Nelore ou anelorados. O sistema de produção de carne predominante no Brasil é baseado na engorda em pastagem tropical, e apresenta baixos índices de produtividade e baixa qualidade da carne, fato este que dificulta a inclusão da pecuária brasileira no mercado competitivo de comércio de carnes nobres. O confinamento destes bovinos tem se tornado uma alternativa para a produção de carcaças com acabamento adequado com o intuito de atingir os mercados mais exigentes, e por isso a sua prática entre os pecuaristas tem aumentado sobremaneira nos últimos anos, atingindo bovinos confinados em 2007 (FNP, 2008). Entretanto, a prática do confinamento de bovinos é uma estratégia que requer altos investimentos, principalmente relacionados à alimentação. Com a elevação do custo da alimentação, verificada nos últimos anos, a engorda confinada teve suas margens diminuídas, e para torná-la economicamente viável, faz-se necessário o uso de técnicas que tragam maior eficiência animal na transformação do alimento em carne. Neste sentido, o fornecimento de rações com alta proporção de concentrado tem se tornado comum nos confinamentos, principalmente devido ao fato de a taxa de crescimento e a eficiência alimentar serem melhorados quando a energia metabolizável é maior do que 2,7 e 3,4 Mcal/kg, respectivamente (KREHBIEL et al., 2006). Além disto, os preços de concentrados como milho, sorgo e diversos subprodutos, são mais baixos em determinadas regiões e épocas do ano, do que o custo da unidade de energia dos alimentos volumosos. Em geral, rações de alto teor de concentrado proporcionam maior ganho de peso, reduzem os custos com de mão-de-obra e otimizam a utilização do maquinário de suporte, tornando a atividade mais rentável (BULLE et al., 1999). A utilização destas rações é uma prática comum no sistema norte-americano de engorda de bovinos, onde a inclusão de fibra longa é muito pequena (5 a 10%). Embora a necessidade da fibra nas rações de confinamento seja baixa, seu fornecimento é freqüentemente uma limitação operacional e econômica. A adequação de rações a estas novas demandas prima pelo ajuste da fração mínima de fibra, cuja função neste caso é exercer um efeito mais mecânico do que nutritivo. O principal objetivo da fibra nessas

8 8 rações é promover a ruminação, a salivação e conseqüentemente reduzir o risco de acidose sem afetar o resultado produtivo. A evolução dos sistemas de engorda passa pela adequação de rações com independência de fontes de fibra longa, que permite simplificar a alimentação e torná-la acessível a numerosos confinamentos. Owens et al. (1997) e Grandini (2009) indicam que a utilização do grão de milho inteiro pode proporcionar rações de elevada densidade nutricional sem a utilização de fibras provenientes de forragens. A função do grão de milho inteiro nestas rações, além de prover o fornecimento de energia, é promover uma maior salivação e elevação do ph ruminal com o que se espera uma redução da acidose subclínica e um maior consumo quando comparado com rações contendo o grão de milho processado (STOCK et al., 1995). Também existem associações entre tipo e processamento do grão, e o tipo de fibra a utilizar. Henrique et al. (2006) constataram que a polpa de citros, uma boa fonte energética, em baixa proporção no concentrado apresentou valor energético semelhante ao milho em rações com elevada proporção de concentrados, cuja substituição além de proporcionar ganhos elevados, apresentou alta eficiência alimentar e nenhum problema de acidose, laminite ou abscesso de fígado. Outros fatores também são importantes para que o empreendimento de engorda seja lucrativo, e entre eles a resposta do animal, para evitar inúmeros insucessos e perdas econômicas ocorridas no passado quando se tentou utilizar rações de alto concentrado em bovinos confinados, semelhantes às utilizadas nos Estados Unidos, onde se confina principalmente animais Bos taurus. Os problemas ocorreram em parte porque animais zebuínos podem apresentar maior tendência a desenvolver distúrbios metabólicos em rações de alto concentrado (TAYLOR et al., 1969). O desafio deste trabalho foi adequar as rações sem volumosos, que fossem seguras e economicamente viáveis para os bovinos zebus ou azebuados. 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 4.1. Desempenho produtivo, consumo e digestibilidade de nutrientes. O consumo de alimentos é regulado por mecanismos físicos e químicos (MERTENS, 1994). Em rações com elevada concentração de volumosos a limitação de consumo se dá pela distensão do rúmen, associado aos fatores físicos de degradação da

9 9 fibra no rúmen, e em rações com alta energia, a limitação de consumo se dá pelo mecanismo químico, ou seja, a regulação ocorre pela satisfação energética (GRANDINI, 2007). Rações com alta energia implicam em elevadas proporções de alimentos concentrados, e conseqüentemente maiores teores de matéria seca. Rações mais secas possibilitam a realização de um menor número de tratos, proporcionando a redução dos custos com a mão-de-obra e mecanização, além do que, rações de alto concentrado proporcionam maior ganho de peso e eficiência alimentar, tornando a atividade mais rentável (BULLE et al., 1999). Em um trabalho clássico Woody et al. (1983) já demonstravam que animais alimentados com rações contendo 90% de grãos, ganharam 7% a mais de peso vivo e tiveram redução de 16% no requerimento nutricional por unidade de ganho em relação aos animais alimentados com 70% de grãos. Bartle et al. (1994) avaliaram o efeito de níveis de volumosos sobre o desempenho de bovinos, e constataram que os animais alimentados com rações sem volumosos consumiram menor quantidade de matéria seca, tiveram o mesmo ganho e tenderam a ser mais eficientes em relação ao grupo alimentado com rações com 10% de volumoso. Quando as rações de alto teor de concentrado apresentam o carboidrato solúvel como principal componente energético, este favorece a produção de ácido propiônico no rúmen e induz o aparecimento de acidose nos animais, com mais facilidade do que alimentos que promovem a fermentação acética. A acidose é um distúrbio metabólico que ocorre pelo acúmulo de ácido lático no rúmen, um precursor do ácido propiônico. Persistindo esta condição, há um acentuado aumento no número de Streptococcus bovis, que fermentam açúcar a lactato, ao invés de outros ácidos graxos voláteis, portanto, o ph do meio cai e favorece o desenvolvimento de Lactobacillus, acumulando mais lactato no meio, e levando o animal a uma condição de acidose. Posteriormente, ocorre o aparecimento de laminites e abscessos hepáticos (PORDOMINGO et al., 2002). Para se evitar problemas desta natureza, deve-se fornecer diariamente quantidade mínima de fibra efetiva para estimular a atividade mastigatória, mantendo-se o fluxo mínimo de saliva para a manutenção de um ambiente ruminal adequado. Alvarez & Santos (2001) sugeriram que, quando alimentados com rações contendo baixos níveis de fibras, os animais podem apresentar desempenho inferior do que quando tratados com rações contendo cerca de 6% de fibra em detergente neutro (FDN) proveniente da forragem. Desta forma, para garantir a segurança destas rações deve-se

10 10 observar os valores mínimos de FDN fisicamente efetivo, proveniente de alimentos concentrados e volumosos (MERTENS, 1994). O grão de milho inteiro funciona como um estímulo suficiente para a ruminação e função ruminal, permitindo eliminar a necessidade de fibra longa proveniente do feno em rações de alto teor de grão para bovinos em confinamento (PORDOMINGO et al., 2002). Na Argentina se tem difundido o uso de grão inteiro de milho para a redução de custos, o que implica em não processar o grão. A eficiência alimentar alcançadas, em novilhos confinados, com grãos de boa qualidade são similares ou levemente inferiores (8 a 10%) àquelas alcançadas com grão moído ou amassado seco. Elizalde et al. (2002) relataram a obtenção de ganho de peso vivo de 1,6 kg/dia e eficiência alimentar de 5,3: 1 em novilhos recebendo grão de milho inteiro. O tamanho do grão de milho inteiro obriga o animal a ruminá-lo, proporcionando ao FDN do milho uma efetividade de 100%, e o processa na mastigação em frações menores. Pordomingo et al. (2002) utilizando rações com grão de milho inteiro, avaliaram a proporção de grão de milho nas fezes, e observaram uma perda de 4 a 9% do grão consumido em ração de alto teor de grão e baixo teor de fibra. Essas perdas podem ser ou não significativas dependendo das características dos animais confinados. Experimentalmente, estas perdas, não tem sido relevantes, considerando o ganho de peso e a eficiência de conversão. Os terneiros convertem melhor o grão inteiro de milho quando comparado com os novilhos. Depetris et al. (2003) relataram eficiência de conversão de 4,2:1 em terneiras recebendo rações com dois tipos de grão de milho inteiro (alto oléico e tradicional) e 8:1 em novilhos com a mesma ração, similares às relatadas por Pordomingo & Lagreca (2004). As rações de alto teor de concentrado devem ser utilizadas para animais de elevada eficiência biológica, para que sejam lucrativas, conforme alertado por Leme et al. (2002). Neste sentido, a resposta dos animais zebuínos é diferente dos animais taurinos. Os zebuínos atingem o ápice da curva de consumo com rações de menor concentração energética do que taurinos e seus cruzamentos (LANNA et al., 2003). Como conseqüência, os zebuínos podem apresentar respostas inconsistentes quando são submetidos às rações onde o amido responde por mais de 50% da matéria seca ou o teor de nutrientes digestíveis totais excede 67%, o que requer mais cuidados na utilização de rações com alto teor de energia para os zebuínos (LANNA et al., 1998).

11 11 Leme et al. (2003) avaliaram rações com altos níveis de concentrado em bovinos da raça Nelore e não encontraram diferenças no ganho de peso e na eficiência alimentar ao fornecerem bagaço in natura como volumoso exclusivo nas proporções de 15, 21 ou 27% na MS da ração, apesar de os animais que receberam menor proporção de concentrado consumirem maior quantidade de alimento. Por terem fornecido polpa cítrica substituindo parte do milho na constituição das rações, os autores atribuíram o alto desempenho obtido (1,45 kg/dia) à proporção relativamente baixa de amido nas rações de terminação. Este efeito provavelmente ocorreu devido à pectina aumentar mais a produção de ácido acético do que de propiônico em comparação com o milho. A redução na concentração de carboidratos solúveis através do uso de subprodutos fibrosos como caroço de algodão, casca de soja e polpa cítrica peletizada, em substituição ao milho e sorgo, podem conferir maior segurança às rações de alto concentrado por não influenciar negativamente o ambiente ruminal com a produção extensiva de propionato. Wing (1982) avaliou vários experimentos e observou que, de acordo com o padrão de ácidos graxos voláteis produzidos durante a fermentação de polpa cítrica e casca de soja, fontes de fibra digestíveis e pectina, houve tendência de manutenção do ph ruminal em patamares mais elevados e aumento da produção de ácido acético em comparação aos alimentos energéticos tradicionais. Quicke et al. (1959), relataram o resultado de 96 % de digestibilidade in vitro da celulose, demonstrando que a fração fibrosa da casca de soja é altamente digestível, apesar de ser constituída de mais de 70 % de FDN. De acordo com Ludden et al. (1995) a casca de soja possui valor estimado de 74 a 80 % do valor do milho, quando incluída em quantidade moderada a alta em concentrados para bovinos em fase de engorda. A composição química associada à taxa de degradação da casca de soja em bovinos contribui para que não haja variações bruscas no ph e ácidos graxos voláteis do rumen, quando se deseja otimizar o desempenho destes animais e alterar positivamente a eficiência alimentar com o uso de rações balanceadas. No entanto, segundo Ludden et al. (1995), a crescente inclusão de casca de soja em substituição de milho elevou o consumo e reduziu a digestibilidade da matéria seca e dos nutrientes em rações com 94% de concentrado. Outras estratégias para a estabilização do ph ruminal e prevenção de distúrbios digestivos podem ser utilizadas adicionando-se aditivos antibióticos, leveduras, tamponantes e alcalinizantes na ração. A adaptação dos animais às rações de alto

12 12 concentrado é muito importante, principalmente devido os mesmos terem vindo de sistemas a pasto, sem concentrados ou com pequenas quantidades de concentrado. A disponibilidade de elevadas quantidades de carboidratos não estruturais e rápida fermentação, sem nenhuma adaptação pode levar à acidose e consumo inadequado de matéria seca, resultando em baixo desempenho (VASCONCELOS, 2007). Conforme Fluharty et al. (1994), a população microbiana é afetada com o aumento do teor de concentrados na ração. Estes pesquisadores, estudaram as concentrações de bactérias celulolíticas no rúmen de bezerros recebendo rações contendo silagem e 5 ou 33% de milho moído e observaram que a fração de bactérias celulolíticas foi menor em comparação com a população total na ração quando os bezerros receberam ração com mais milho moído. Segundo Russel & Wilson (1996), em rações com elevado teor de concentrados não ocorre a diminuição de bactérias celulolíticas, mas um aumento substancial de outras bactérias e protozoários, normalmente correlacionadas com os ingredientes da ração. A redução na digestibilidade das fibras nestas rações se dá pela redução na atividade microbiana ocasionado pela redução do ph, já que a concentração das bactérias celulolíticas não é afetada pelo aumento no teor de concentrados Avaliação da carcaça e perfil de ácidos graxos na carne. O músculo é o tecido mais importante na composição da carcaça, e esta para ser considerada de qualidade superior, adequada para qualquer mercado, deve ter quantidade máxima de músculo, mínima de osso e ótima de gordura, que varia de acordo com a preferência do consumidor (BERG & BUTERFIELD, 1976). Os componentes físico-químicos do corpo variam durante o crescimento do animal. Fatores como idade, peso, espécie, raça, condição sexual e nível de ingestão de energia influenciam estas variações. Em animais de maturidade fisiológica precoce quando comparados aos animais de maturidade tardia com o mesmo peso vivo, observam-se maiores conteúdos corporais de gordura e menores de proteína (AFRC, 1993). Este fato se deve ao menor potencial dos animais precoces em depositar proteína, aliado à maior propensão em depositar gordura. Para animais castrados de porte médio, observaram-se reduções sucessivas ao longo do tempo no conteúdo de proteína por kg de peso de corpo vazio (PCVZ) e por kg de ganho de PCVZ (ARC, 1980). Véras et al.

13 13 (2000) verificaram a redução de proteína e aumento na proporção de gordura nas carcaças de bovinos da raça Nelore à medida que sua idade avançava. As principais diferenças em relação à condição sexual dos animais são observadas quanto ao tecido adiposo. Considerando-se animais pertencentes à mesma raça e com PCVZ similar, as fêmeas possuem maior quantidade corporal de gordura do que machos castrados, e estes, mais do que os inteiros. Este comportamento se reflete nas concentrações de energia corporal e nas respectivas exigências energéticas para ganho. A densidade energética da ração pode direcionar o uso da energia para síntese de proteína ou de gordura, modificando a composição do crescimento (ROBELIN & GEAY, 1984). Jones et al. (1985) observaram que animais alimentados com rações sem volumoso, apresentaram maiores teores de gordura na carcaça que aqueles cujas rações eram à base de volumoso. Animais tardios são considerados ideais em sistemas de nível nutricional elevado, porque podem ser abatidos com pesos maiores, alcançando o máximo desenvolvimento muscular, sem, contudo, depositar gordura em excesso. Já animais precoces apresentam maiores acúmulos de gordura e menores de proteína, mas o abate mais cedo destes animais pode oferecer um produto de melhor qualidade no mercado (BERG & BUTTERFIELD, 1976). Fontes (1995) avaliou dados de vários experimentos com animais castrados e não-castrados, e concluiu que os primeiros eram menos exigentes em proteína e mais exigentes em energia para ganho de peso do que os inteiros. A comercialização de bovinos no Brasil baseia-se no rendimento de carcaça, e alguns fatores nutricionais possuem grande influência neste parâmetro, como a ausência ou pequena participação de fibras longas, que certamente altera o peso do conteúdo gastrintestinal (LAWRENCE & FOWLER, 1997). Além disto, rações com elevado teor de concentrados geralmente produzem maior ganho de peso e conseqüentemente, maior quantidade de gordura na carcaça, pois a composição do ganho em planos nutricionais elevados favorece a deposição de gordura (GRANDINI, 2006). Bartle et al. (1994) constataram que os animais alimentados com ração sem volumoso tiveram melhor eficiência alimentar e qualidade da carcaça em relação ao grupo alimentado com 10% de volumoso, além do que os custos foram diminuídos. Luchiari Filho & Moura (1997) constataram em sua pesquisa que os consumidores percebem a qualidade da carne inicialmente pela cor e quantidade de

14 14 gordura de cobertura, seguida por fatores perceptíveis no processamento, como perda de líquidos por descongelamento e cocção, e as características de sabor, suculência e maciez, e este último considerado o aspecto mais importante da qualidade da carne. A deposição da gordura intramuscular é influenciada por diversos fatores, entre eles a raça, peso vivo e plano nutricional (FELÍCIO, 1998). A quantidade da gordura intramuscular, conhecida como grau de marmorização, é uma característica importante pois está intimamente relacionada com a característica sensorial da carne, possível de ser percebida e apreciada pelo consumidor (COSTA et al., 2002). O grau de marmorização tem associação negativa com a quebra de peso da carne durante o descongelamento e positiva com a quebra de peso da carne pela cocção, conforme demonstrado por Costa et al. (2002), indicando que aumentos no grau de marmorização da carne reduzem as perdas durante o descongelamento. Já a relação entre marmoreio e quebra durante a cocção foi positiva indicando que aumentos no grau de marmorização representam acréscimos nas perdas durante a cocção. A importância em medir a perda de líquido durante a cocção é a associação com a suculência da carne durante a degustação. Aumento na perda de líquidos representa a redução na suculência durante a degustação. A maciez da carne é o fator primário que afeta a aceitabilidade do produto pelos consumidores (MILLER, 2001). De modo geral, a carne de animais jovens apresenta textura mais fina do que de animais de idade mais avançada (MÜLLER, 1987), o que neste caso, está associado à maciez da carne. A menor maciez da carne é justificada pela alta correlação positiva entre a idade de abate dos animais e o número de ligações cruzadas termoestáveis do colágeno dos músculos (ALVES et al., 2005). A influência da alimentação na maciez da carne está associada principalmente com a espessura de gordura subcutânea e com o teor de gordura intramuscular na carcaça. Animais terminados com rações mais ricas em grãos, possuem maior porcentagem de gordura intramuscular do que animais terminados com rações à base de forragens (ALVES et al., 2005). A cobertura de gordura na carcaça é fundamental para manutenção da qualidade, pois a quantidade mínima de 3 mm é requerida para que o resfriamento da carcaça ocorra de maneira lenta evitando escurecimento da carne e redução de sua maciez, conseqüência do encurtamento das fibras musculares. No Brasil são aceitos valores entre 3 a 10 mm.

15 15 Atualmente, outros aspectos não relacionados à qualidade da carne, mas relacionados à saúde humana, têm sido considerados nos mercados mais exigentes. Em geral, a correlação entre porcentagem de gordura na carcaça e conteúdo de colesterol na carne é positiva e significativa, indicando que carcaças com maior percentual de gordura também contém mais colesterol na carne. Kazana et al. (2008) relataram a crescente associação entre ingestão de gordura e problemas de saúde apresentados pelos consumidores, e entre os tipos de gordura, principalmente a gordura saturada, sobre a concentração plasmática das lipoproteínas de baixa densidade (LDL). No entanto, nem todas as gorduras são maléficas, como por exemplo os ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa que participam de diversos processos metabólicos benéficos à saúde humana (VARELLA et al., 2004). A composição de ácidos graxos na carne de bovinos pode ser influenciada por diversos fatores, entre eles a composição da ração (ENSER et al., 1999). Rações com maior participação de forragens apresentam maiores teores de ácidos graxos poliinsaturados (VARELLA et al., 2004), e apresentam maior relação entre ácidos graxos poliinsaturados ω6/ω3. A relação ω6/ω3 é um índice que tem relação com o risco de artereosclerose, cujos valores recomendados devem ficar abaixo de 4, conforme recomendações do Department of Health (1994), da Inglaterra. Demeyer & Doreau (1999) observaram que rações com elevado teor de concentrado diminuem o ph ruminal, reduzindo a lipólise e a biohidrogenação dos ácidos graxos, resultando em carne com perfil mais insaturado. Outra conseqüência da elevação no teor de concentrado na ração, é elevação da relação ω6/ω3 e a redução da concentração de CLA, devido a diminuição da biohidrogenação ruminal REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Agricultural and Food Research Council. AFRC. Energy and protein requeriments of ruminants. Wallinggford, UK, CAB. INTERNATIONAL, 159 p., ANUALPEC Anuário da Pecuária Brasileira. 1 ed. São Paulo. INSTITUTO FNP p. ALVAREZ, M. I.; SANTOS, W. L. M. Evaluácion de la terneza del bife angosto (músculo Longissimus dorsi) de bovinos machos castrados mestizos Nelore. Disponível em: < Acesso em: 23 fev

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20 20 5. OBJETIVOS Objetivo geral: Avaliar os efeitos da substituição do milho inteiro por casca de soja em rações sem forragem, sobre a qualidade das rações e sobre o desempenho e características de carcaça de bovinos da raça Nelore Objetivos específicos: Avaliar os efeitos da substituição do milho inteiro por casca de soja em rações sem forragem sobre: o consumo e a digestibilidade aparente dos nutrientes, utilizandose animais da raça Nelore; bem como o desempenho produtivo, as características carcaça e qualidade da carne.

21 21 6. ARTIGO 1 DESEMPENHO ANIMAL, CONSUMO E DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES DE BOVINOS ALIMENTADOS COM RAÇÕES SEM FORRAGEM, COM DIFERENTES NÍVEIS DE SUBSTITUIÇÃO DO MILHO INTEIRO POR CASCA DE SOJA 6.1. Resumo Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes níveis de substituição do milho inteiro por casca de soja (0, 15, 30 e 45% base natural), em rações à base de concentrados sobre o desempenho produtivo, consumo e digestibilidade dos nutrientes. Vinte e quatro bovinos, castrados da raça Nelore, com peso vivo médio de 461,83 kg e idade média de 24 meses, foram alojados em baias individuais e distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em quatro tratamentos experimentais. Os animais receberam as rações experimentais duas vezes ao dia, de modo a permitir uma sobra de 10%. O consumo de MS (kg/dia, %PV e kg/pv 0,75 ) apresentou comportamento quadrático (P<0,01) à medida que se aumentou a inclusão de casca de soja em substituição ao milho inteiro na ração. A crescente inclusão de casca de soja em substituição ao milho inteiro apresentou efeito linear crescente (P<0,05) sobre o consumo de FDN e efeito quadrático sobre o consumo de PB, CT e CNE. A inclusão crescente de casca de soja na ração reduziu linearmente (P<0,05) a digestibilidade da MS, PB, EE, CT e CNE. A digestibilidade da FDN não foi afetada (P=0,49) pela inclusão da casca de soja, cujo valor médio observado (55,64%) é considerado baixo. Níveis não significativos (P>0,05) no consumo de NDT e EM foram observados. O GPMD não apresentou diferenças significativas entre os tratamentos (P=0,18), cuja média atingiu o valor de 1,224 kg/dia. A CA não apresentou diferenças entre os tratamentos, cujo valor médio observado foi de 7,538 kg MS/kg de ganho de PV. A inclusão de casca de soja em substituição ao milho inteiro em rações sem forragem melhora o consumo e reduz a digestibilidade dos nutrientes consumidos. A substituição de 15 a 30% proporcionaram os melhores resultados econômicos. Palavras chave: avaliação de alimentos, bovinos de corte, ruminantes.

22 22 PERFORMANCE, CONSUPTION AND DIGESTIBILITY OF THE NUTRIENTES OF BOVINES FED RATIONS WITHOUT THE USE OF FORAGE, WITH DIFFERENT LEVELS OF REPLACEMENT OF THE WHOLE CORN BY SOYBEAN HULLS 6.2. Abstract This work was carried out to evaluate the effects of different levels of substitution of whole corn by soybean hulls (0, 15, 30 and 45% natural base) in diets based on concentrates on the productive performance, intake and nutrients digestibility. Twenty four Nelore steers, live weight of kg and average age of 24 months, housed in individual stall and distributed in a completely randomized design in four treatments, were used. The animals received the experimental diets twice a day, to allow an over 10%. Consumption of DM (kg /day,% BW and kg/bw 0,75 ) presented a quadratic behavior (P <0.01) as it increased the inclusion of soybean hulls in replace to the whole corn in the diet. The increasing inclusion of soybean hulls in replace to the whole maize showed increasing linear effect (P <0.05) on the neutral detergent fiber consumption and quadratic effect on crude protein, total carbohydrates and non-structural carbohydrates consumption. The increasing inclusion of soybean hulls decreased lineally (P <0.05) the digestibility of dry matter, crude protein, ether extract, total carbohydrate and non-structural carbohydrates. The neutral detergent fiber digestibility was not affected (P = 0.49) by inclusion of soybean hulls, whose average observed (55.64%) is considered low. Levels not significant (P> 0.05) in total digestible nutrients and dry matter intake, were observed. The average daily gain did not present significant differences among the treatments (P=0.18), whose medium value was kg/day. The feed conversion did not differ among treatments, whose observed medium value was of kg MS/kg gain in body weight. In general, the inclusion of increasing levels of soybean hulls in replacement of the whole corn in diets based on concentrate reduces the nutrients digestibility. Keywords: feed evaluation, beef cattle, ruminant

23 Introdução Para manter a atividade economicamente viável, a pecuária de corte no Brasil tem apresentado contínuas mudanças. Nos últimos anos, os pesquisadores têm buscado o desenvolvimento de novas tecnologias a fim de elevar cada vez mais a eficiência da produção. Neste contexto, a inclusão de volumosos nos confinamentos foi reduzido, especialmente naqueles com maior escala de produção, e aumentado a participação de grãos e subprodutos (CERVIERI, 2008), tendo em vista que, rações com maior participação de concentrado têm promovido benefícios sobre o desempenho, custos de produção e operacionalização do confinamento, além de melhorias na qualidade da carcaça e da carne. De acordo com Owens et al. (1998), a grande quantidade de carboidrato prontamente fermentável no rúmen, quando se utiliza este tipo de ração, pode predispor o animal à acidose, acarretando variações no consumo e diminuição na digestibilidade da fibra e dos outros nutrientes. Quando os bovinos são alimentados com rações contendo níveis muito baixos de fibras, podem apresentar desempenho inferior do que quando tratados com rações contendo cerca de 6% de fibra em detergente neutro (FDN). Desta forma, devem-se observar os valores mínimos de FDN fisicamente efetivo na ração, proveniente de alimentos concentrados e/ou volumosos (MERTENS, 1994). Segundo Owens et al. (1997) e Grandini (2009) pode-se utilizar rações à base do milho inteiro, sem fonte de volumoso, na alimentação de ruminantes. A função do milho inteiro nestas rações, além de fornecer energia, é promover maior salivação e elevar o ph ruminal com o que se espera uma redução da acidose subclínica e o aumento do consumo quando comparado com rações contendo milho processado (BRITTON & STOCK, 1986; STOCK et al., 1995). O uso de grão inteiro promove maior passagem de partículas de amido sem fermentar até o trato intestinal, com a conseqüente melhora na eficiência de utilização da energia (OWENS et al., 1986; HEJAZI et al., 1999). A adequação de rações sem a inclusão de fontes de fibra proveniente de forragem permite simplificar a alimentação e tornar acessível esta prática a numerosos confinamentos, principalmente aqueles de pequeno porte, onde o custo operacional é muito elevado devido à escala de produção. Na Argentina, o uso de grão inteiro de milho tem se difundido pela redução de custos pelo não processamento do grão, além do que, a conversão alimentar em novilhos, alcançada com grão inteiro de boa qualidade é

24 24 similar ou levemente inferior (8 a 10%) às alcançadas com grão moído ou amassado seco. A resposta do animal é muito importante para o sucesso da engorda, e o resultado pode variar em rações de alto teor de concentrado, devido a diversos fatores, entre eles a raça. No Brasil, onde predomina a raça Nelore, os riscos são maiores porque animais zebuínos consumindo rações com alto teor de concentrados podem apresentar maior tendência a desenvolver distúrbios metabólicos (TAYLOR, 1969). As respostas são inconsistentes quando os zebuínos são submetidos à rações na qual o amido responde por mais de 50% da matéria seca (MS) ou o teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) excede 67%, o que dificulta a utilização de rações com alta energia (LANNA et al., 1998). Para evitar que distúrbios metabólicos afetem o desempenho animal, é necessário um período de adaptação em que níveis decrescentes dos alimentos volumosos sejam fornecidos aos microorganismos do rúmen, e que haja manutenção de quantidades suficientes de fibra efetiva para a estimulação da ruminação, o que pode ser feita pela utilização de subprodutos e aditivos alimentares. A casca de soja é um subproduto produzido pela indústria do óleo de soja e possui elevado teor de fibra altamente digestível, que em substituição ao milho pode reduzir a densidade energética e modificar a proporção dos ácidos graxos voláteis, podendo reduzir a produção de lactato (LUDDEN et al., 1995). Nakamura & Owens (1989) relataram que em rações contendo grandes proporções de casca de soja ocorreu aumento no consumo devido à maior taxa de passagem. Quicke et al. (1959) obtiveram 96% de digestibilidade in vitro da celulose, demonstrando que a fração fibrosa da casca de soja é altamente digestível, apesar de ser constituída de mais de 70% de fibra em detergente neutro (FDN). A utilização de ionóforos neste tipo de ração é fundamental para controlar o consumo e a acidose (PORDOMINGO et al., 1999). A regulação do consumo e a manutenção da motilidade do rúmen são fundamentais para evitar um quadro de acidose. Neste trabalho assumiu-se que o milho inteiro produz estímulo suficiente para a ruminação e motilidade ruminal, permitindo eliminar a necessidade de fibra longa proveniente de fenos nas rações de alto teor de concentrados para bovinos em confinamento. Por outro lado, a casca de soja em substituição ao milho pode produzir

25 25 um padrão fermentativo diferente, mantendo o ph mais elevado, proporcionando maior consumo de matéria seca. No Brasil, diversos estudos foram realizados para avaliar os efeitos de rações de alto teor de concentrado sobre o desempenho e as características de carcaça de bovinos da raça Nelore confinados. No entanto, poucos trabalhos foram efetuados com rações sem forragem. Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes níveis de substituição do milho inteiro por casca de soja, em rações sem forragem sobre o desempenho produtivo, consumo e digestibilidade dos nutrientes utilizando bovinos da raça Nelore Materiais e Métodos O experimento foi conduzido no confinamento experimental do Pólo Regional Extremo Oeste da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em Andradina, SP, entre os dias 2 de outubro de 2006 e 11 de janeiro de Foram utilizados 24 bovinos castrados da raça Nelore, com aproximadamente 24 meses de idade e peso vivo médio inicial de 461,83 kg. Os animais foram pesados, identificados e tratados contra ecto e endoparasitos antes de entrarem no confinamento. Foram utilizados seis animais por tratamento, em delineamento experimental inteiramente casualizado. Os tratamentos (T) consistiram de rações sem forragem, na qual o milho inteiro foi substituído pela casca de soja peletizada, nos níveis de 0, 15, 30 e 45% (T1, T2, T3 e T4), respectivamente. As rações foram compostas, utilizando-se os seguintes ingredientes: milho inteiro seco, casca de soja peletizada, concentrado protéico contendo: farelo de soja, uréia, núcleo mineral-vitamínico e aditivo promotor de crescimento. As proporções dos ingredientes e a composição química das rações encontram-se na Tabela 1. O período de adaptação foi de 15 dias sendo que a adaptação às rações experimentais foi realizada gradativamente, incluindo-se 33% da ração experimental a cada 5 dias. Os animais receberam a ração experimental duas vezes ao dia sendo a quantidade ofertada corrigida diariamente, procurando-se manter as sobras em torno de 10% do peso total da ração oferecida. As sobras das rações foram recolhidas e pesadas diariamente para de obter o consumo real das rações ofertadas.

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