Autoria: Rosana da Rosa Portella Tondolo, Cláudia Cristina Bitencourt

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1 Mensuração do Capital Social em Projetos Desenvolvidos no Terceiro Setor: uma proposta a partir do projeto Transparência e Prestação de contas em OSCs no Rio Grande do Sul Resumo: Autoria: Rosana da Rosa Portella Tondolo, Cláudia Cristina Bitencourt O capital social refere-se a participação de índivíduos ou atores em seu contexto social e pode ser visto como um propulsor de resultados, especialmente nas organizações do Terceiro Setor. Este artigo apresenta a proposta de mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. Como principais resultados, apresentam-se: (1) proposta de mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor por meio de 4 dimensões para medição do capital social: estrutural, cognitiva, relacional e mobilizadora; (2) proposta de um quadro sintético relacionando as categorias e as questões de estudo para o projeto transparência e prestação de contas. 1

2 1. Introdução A quantidade de Organizações sem fins lucrativos tem crescido nas últimas décadas. Essas organizações tem ofertado importantes serviços em diferentes países. No Brasil, a terminologia jurídica utilizada para denominar esse tipo de organizações é Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), e os serviços prestados por estas organizações diferem um pouco dos serviços prestados em países desenvolvidos. No Brasil, as organizações do terceiro setor promovem acesso a saúde, educação, e ao mercado de trabalho, nesse último por meio da promoção de cursos de aperfeiçoamento. Além disso, essas organizações promovem ações contra a pobreza, violência e corrupção. Segundo relatório publicado pelo IBGE, em 2005 existiam aproximadamente organizações da sociedade civil (OSCs). No Estado do Rio Grande do Sul são aproximadamente OSCs. Essas organizações praticam os mais variados tipos de atividades, no entanto todos apresentam uma finalidade básica, a qual é promover o bem estar do cidadão e da comunidade. Diante dos números apresentados pelo IBGE e pela falta de relatórios mais precisos e atualizados, atualmente existem perspectivas de que o terceiro setor é responsável por uma parcela significativa dos postos de trabalhos gerados no Brasil. De acordo com Salamon (2010), em uma pesquisa realizada em 41 países, a média de trabalhadores no terceiro setor é de 4,2% da população ativa desses países. Sendo que desses 59% são profissionais pagos por este setor. Na pesquisa do autor, a mão de obra no terceiro setor brasileiro representa 3,3% da população ativa do país. Nesse ambiente em que os recursos na maioria das vezes são escassos e as demandas são infinitas, o capital social surge como um propulsor, uma vez que auxilia na formação da rede de contatos dessas organizações, auxiliando na busca de recursos físicos, humanos e financeiros (Parceiros Voluntários, 2011). Assim, a medição do capital social nos projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor, torna-se importante, pois denotará quais são as perspectivas e alcance destas através de suas parcerias. Diante disso, este artigo tem como objetivo apresentar a proposta para mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. Para isso, esta pesquisa utilizou-se da análise do projeto transparência e prestação de contas em OSCs no Rio Grande do Sul, o qual foi desenvolvido pela ONG Parceiros Voluntários em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Petrobrás, além do apoio de diversas empresas durante a realização do projeto. 2. Referencial Teórico A discussão teórica proposta neste artigo aborda a questão da noção do capital social nos estudos organizacionais, assim apresentando a evolução dos artigos desde a sua origem e alguns estudos seminais da área. 2.1 Evolução da Noção do Capital Social nos Estudos Organizacionais Desde a origem do capital social na década de 80, diversos estudos tem sido realizados e publicados mundialmente. Nos estudos no campo da gestão, foco desta pesquisa, o tema é bastante explorado atualmente (Adler & Kwon, 2002; Davies & Ryals, 2010) Uma análise histórica pontua algumas publicações que foram chave na discussão sobre a noção do capital social. Neste sentido, um dos primeiros estudos foi conduzido por Burt (1997), que investiga como o valor do capital social para um indivíduo é condicional ao número de pessoas que realizam o mesmo trabalho. Os resultados do autor apresentam como principal contribuição a ideia que quando o número de participantes desenvolvendo a mesma ação aumenta, o capital social diminui. 2

3 Em 1998 Nahapiet e Ghoshal publicaram um estudo teórico significativo no campo da administração. Nesse estudo os autores abordam o capital social como um facilitador na criação do capital intelectual, sendo as organizações são vistas como conjuntos de instituições na condução de níveis elevados de capital social; e empresas com níveis mais elevados de capital social, dentro de certos limites, pode ser interpretada como uma vantagem competitiva na criação e compartilhamento do capital intelectual. Ainda neste mesmo ano, 1998, Tsai e Ghoshal publicaram no Academy of Management Journal um estudo no qual tinha como objetivo examinar o capital social nas dimensões estrutural, relacional e cognitiva, as relações existentes entre estas dimensões, e os padrões de troca de recursos e inovação de produtos na organização estudada. Como principal contribuição do estudo destaca-se o capital social como facilitador na criação de valor, por meio das três dimensões do capital social utilizadas (1) interação social, (2) confiabilidade e a (3) visão compartilhada foi possível identificar efeitos significantes na combinação e troca de recursos. A partir do ano 2000, os estudos sobre capital social ganharam maior visibilidade e interesse no campo da administração, fazendo com que autores optassem por estudar o tema. Após, uma pesquisa realizada em 9 importantes periódicos internacionais i do campo dos estudos organizacionais, foi possível identificar o crescimento na quantidade de publicações, principalmente entre os anos de 1997 à 2010, conforme ilustra a Figura 1. Figura 1: Levantamento dos artigos publicados no período de 1997 à Desta forma, verificou-se que no campo dos estudos organizacionais os autores abordaram a relação entre o capital social e: (i) perfomance das organizações, (ii) laços sociais, (iii) inovação, (iv) conhecimento e aprendizagem, (v) sucesso, (vi) recursos. Observase também que o capital social pode estar relacionado com outros temas secundários, tais como: participação em conselho; distintividade tecnológica; custo de vendas; aquisição de capital financeiro por empresa de biotecnologia, e influência nas decisões de negócios. Portanto, é possível identificar estudos que exploram o capital social a partir de uma revisão teórica, assim como outros que abordam uma meta análise dos artigos apresentados na literatura da área. Na literatura que aborda capital social, de uma maneira geral, existem diferentes estudos que focalizam-se na discussão da medição do capital social, os quais representam basicamente dois enfoques: (i) os estudos que almejam medir o capital social em comunidades, os quais apresentam uma base sociológica bastante forte (Grootaert et al., 2003, Onyx & Bullen, 2000, Putnam, 2004); e (ii) os estudos que almejam medir o capital social em firmas e as suas influências, que estão alicerçados nas teorias organizacionais (Achquaah, 2007, Batjargal, 2003; Fischer & Pollock, 2004; Florin, Lubatkin, & Schulze, 2003; Koka & Prescott, 2002, Moran, 2005; Oh, Chung, & Labianca, 2004; Pil & Leana, 2009; Reed, 3

4 Lubatkin, & Srinivasan, 2006; Shaw et al., 2005;; Somaya, Williamson, & Lorinkova, 2008; Stam & Elfring, 2008; Wu, 2008). Dentre os estudos publicados em periódicos no campo dos estudos organizacionais, destacam-se os estudos de Acquaah (2007), Adler & Kwon (2002), Blyler & Coff (2003), Luo (2003), Moran (2005), Nahapiet & Ghoshal (1998), Peng & Luo (2000), Tsai & Ghoshal (1998), os quais são discutidos a seguir. O estudo de Nahapiet & Ghoshal (1998) se destaca por apresentar um estudo teórico e sugerir três dimensões para o capital social (estrutural, cognitiva e relacional). De acordo com os autores, a dimensão estrutural faz menção ao sistema de relações e aos links existentes entre pessoas ou unidades. Esta dimensão é definida como a localização do ator e os contatos que possui em uma estrutura social, assim oferecendo vantagens para o mesmo. Estas vantagens são obtidas quando os indivíduos se utilizam de certas posições no trabalho, informações ou ainda acesso a recursos específicos (Tsai & Ghoshal, 1998). A dimensão cognitiva refere-se aos recursos que são providos por representações, interpretações e sistemas de significado, os quais são associados aos atores envolvidos (Nahapiet & Ghoshal, 1998). Esta dimensão basea-se nos códigos de linguagem e nos paradigmas compartilhados, assim facilitando o entendimento comum dos objetivos coletivos e das forma de agir no sistema social (Tsai & Ghoshal, 1998). Por fim, a dimensão relacional descreve a espécie de relações desenvolvidas entre os indivíduos, referindo-se aos ativos criados e potencializados por meio dos relacionamentos, os quais promovem confiança, credibilidade, normas e sanções, expectativas e obrigações nas relações (Nahapiet & Ghoshal, 1998). Seguindo esse enfoque teórico, Adler & Kwon (2002) apresentaram uma revisão de estudos anteriores na área organizacional que abordaram o tema capital social. No estudo realizado pelos autores, foi possível identificar que as relações que permeiam o capital social envolvem: o sucesso profissional; auxilio na busca por emprego; facilitador na troca entre unidades e na inovação de produtos; na criação de capital intelectual; na efetividade dos grupos multi-funcionais; redutor de índices de turnover; facilitador de empreendedorismo; na formação de empresas; como fortalecedor nas relações da cadeia; nas redes regionais de produção; e na aprendizagem inter-empresas (Adler & Kwon, 2002). A busca pela relação entre teorias também foi abordada, nesse sentido Blyler & Coff (2003) defendem a existência de uma ligação explícita entre capital social e capacidades dinâmicas, abordando como o capital social influencía quem se beneficia dos ganhos, e argumentando que o capital social potencializa a capacidade dinâmica. Para os autores, esses achados são importantes porque conduzem à predição de que a renda se origina de uma capacidade a qual pode ser registrada em muitas medidas de performance tradicionais. Assim sendo, o capital social é visto como um aspecto chave para entender tanto a geração quanto a apropriação de renda (Blyler & Coff, 2003). Destacando a lógica empírica associada ao tema capital social, Luo (2003) analisou a forma como as condições industriais influenciam as relações gerenciais em nível executivo com outras entidades, como compradores, fornecedores, concorrentes, distribuidores e os reguladores em um mercado emergente. Os resultados da pesquisa confirmam o maior argumento sustentado pelo estudo, de que as relações gerenciais são formadas pelas condições industriais e confirma a contingência e dependência da visão da rede. Dessa forma, o nível de laços utilizando laços social ou pessoais está contigenciado (1) as características setorias que englobam diferentes oportunidade ou ameaças; (2) a visão do executivo sobre como os seus negócios são dependentes das oportunidades, ou vulneráveis às ameaças. 4

5 Já o estudo realizado por Acquaah (2007) teve como objetivo replicar e extender a pesquisa de Peng & Luo (2000), em uma região emergente do sub-sahara Africano. Para isso os autores buscaram verificar três questões: O capital social ajuda a melhorar o desempenho da empresa? Será que os efeitos do capital social observados na performance das empresas Asiáticas (especialmente na China) são verdadeiros no sub-sahara Africano? Como a orientação estratégica de uma empresa afeta o relacionamento entre capital social e desempenho organizacional? Os resultados do estudo realizado por Acquaah (2007) indicam que o capital social é desenvolvido por cada uma das dimensões: distintamente pelos gestores, com diferentes efeitos sobre o desempenho organizacional, e dependente da orientação estratégica. Estes resultados são coerentes com os resultados de Peng & Luo (2000), pois ambos defendem que o capital social desenvolvido de forma positiva entre os gestores de diferentes empresas melhora o desempenho organizacional. O capital social desenvolvido com funcionários do governo também tem um impacto positivo no desempenho organizacional. Assim, os resultados de ambos os estudos, China e Gana indicam claramente que o capital social das relações em rede com os gestores de alta cúpula em outras empresas e funcionários do governo é benéfico para as empresas em economias emergentes. No entanto, ao contrário de Peng & Luo (2000), os resultados encontrados por Acquaah (2007) indicam que o capital social de gestores de alta cúpula em empresas de Gana é mais valorizado do que os dos funcinários do governo. Dessa forma, Acquaah (2007) conclui que o capital social dos líderes é uma importante fonte de recursos, informação e aprendizagem, os quais são utilizados para melhorar a performance, e que o impacto do capital social na performance organizacional está contigenciado a orientação estratégica competitiva da empresa. Moran (2005) também examinou o impacto do capital social dos gestores na performance gerencial. Para isso foram comparadas duas dimensões do capital social, a dimensão estrutural e a dimensão relacional. O autor defende que a dimensão relacional oferece vantagens consideráveis para o desempenho gerencial, mesmo quando comparado aos benefícios da estrutura da rede. Analisando comparativamente os benefícios oriundos das dimensões estrutural e relacional, o embricamento da dimensão relacional é um fator especialmente importante para o comportamento empreendedor (Moran, 2005). É possível identificar a presença dos principais autores que investigam o tema capital social nos enfoques de comunidades e empresas, no entanto torna-se bastante incipiente a investigação do tema no enfoque de organizações sem fins lucrativos. Este estudo aproveita esta lacuna teórica, e propõe mensurar o capital social em projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor. Mesmo tendo o objetivo de mensurar o estoque de capital social de um grupo de atores envolvidos nos projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor, este estudo pressupõe que os projetos desenvolvidos por este setor envolvem diferentes atores os quais se relacionam em prol de um objetivo macro, que é o cumprimeto do projeto. No entanto, cada ator individualmente apresenta um objetivo particular para integrar este projeto. 3. Procedimentos Metodológicos Para realização deste estudo foram inicialmente identificados os principais Periódicos Internacionais que estão relacionados ao tema, ou ainda, que possuem interesse na publicação em capital social. Para isso, além de identificar periódicos com elevados fatores de impacto, acrescentou-se uma investigação no Journal Quality List, buscando identificar a classificação destes periódicos no ano de 2012, os quais apresentam 2 classificações: EJL 2012 Erasmus Research Institute of Management Journals, e Cra 2012 Cranfield University School of 5

6 Management. Tanto o índice de fator de impacto do ano de 2009, quanto as classificações realizadas no ano de 2012 apresentadas para cada um destes periódicos podem ser visualizadas na Figura 02. Fator de Impacto Erasmus Cranfield Periódicos Analisados JCR 2009 EJL 2012 Cra 2012 Academy of Management Journal (AMJ) STAR 4 Academy of Management Review (AMR) STAR 4 Administrative Science Quarterly (ASQ) STAR 4 Journal of Business Ethics (JBE) P 3 Journal of Management Studies (JMS) STAR 4 Journal of Organizational Behavior (JOB) P 3 Organization Science (OSC) STAR 4 Organization Studies (OST) STAR 4 Strategic Management Journal (SMJ) STAR 4 Somatório Figura 2: Lista do Fator de Impacto dos Periódicos Analisados. Ambos indexadores (fator de impacto, EJL e Cra) apresentam informações e pareceres semelhantes, ou seja, de acordo com o EJL 2012 a maioria dos periódicos analisados por este estudo apresentam classificação STAR, ou seja, são os Top Journals, os quais são considerados acima dos melhores periódicos, os quais recebem a classificação P. Já, para a Cra 2012 os periódicos com fator 4 são os mais elevados e significa que são os periódicos líderes mundias, enquanto o fator 3 apresenta os melhores periódicos internacionais. A partir desta investigação inicial, foram obtidos 68 artigos no período de 1992 à 2011, dos quais 50 foram analisados de forma minuciosa. A análise realizada em cada um destes artigos, abrangeu a questão de pesquisa, tipo de pesquisa, as variáveis dependentes e independentes, amostra pesquisada e os principais resultados. Vale ressaltar que nenhum dos 50 artigos analisados mediram capital social em organizações do terceiro setor, assim, sendo necessária uma aproximação das categorias de análise utilizadas nos artigos e o contexto a ser explorado por este estudo. Desta forma, foi possível identificar quais foram os objetos e seus principais objetivos de pesquisa apresentados por cada artigo. Assim, buscou-se identificar as categorias de análise que estes autores apresentaram em suas pesquisas e delinear uma aproximação destas para o contexto do Terceiro Setor Brasileiro. Além disso, foi utilizada a análise de dados secundários os quais abordam os relatórios nacionais e internacionais do terceiro setor (Instituto ADVB, 2010; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística- IBGE, 2004, 2005; International Labour Organization, 2011, Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social-RS, 2010). Adicionalmente, foi analisada as informações e documentos da ONG Parceiros Voluntários (como relatórios anuais e o próprio site da ONG). Mais especificamente foram analisados documentos do Projeto Transparência e Prestação de Contas, os quais envolvem os manuais de procedimentos, listas de OSCs participantes, lista de organizações que constituem a rede colaborativa, assim como documentos que apresentam relatórios intermediários e finais do projeto, o qual se desenvolveu entre (Parceiros Voluntários, 2009, 2011). 6

7 A análise dos dados secundários foram importantes para o entendimento do cenário, o qual é bastante específico por se tratar de um projeto desenvolvido no Terceiro Setor, bem como para o alcance do objetivo proposto por este artigo, o qual é propor um framework para medição do capital social aplicado aos projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. A construção do framework foi inspirada na análise dos estudos investigados a luz do contexto a ser investigado. Durante a análise, constatou-se que o modelo proposto por Nahapiet & Ghoshal (1998) foi um dos mais testados na literatura, independentemente do escopo adotado pelos autores que fizeram essa utilização. Nesse sentido, o presente estudo buscou identificar de acordo com a peculiaridade do setor a ser analisado e com o modelo proposto por Nahapiet & Ghoshal (1998) quais seriam as categorias e elementos a serem analisados no contexto de pesquisa. Assim como, se as três categorias propostas pelos autores seriam suficientes para que se realizasse a mensuração do capital social nos projetos desenvolvidos pelo Terceiro Setor. A partir de repetidas reflexões foi possível identificar que somente o estudo destas três dimensões poderia ser insuficiente para realizar a análise desejada, visto que o Terceiro Setor apresenta peculiaridades, tanto nas ações desenvolvidas, como nas relações entre os atores. Sendo as relações sociais uma forma (fonte) significativa para que a organização consiga se manter atuando, assim como desenvolvendo seus projetos sociais. Nesse sentido, para realizar a mensuração do capital social em Projetos do Terceiro Setor, foi necessário adicionar uma outra dimensão a qual abrangesse os aspectos de mobilização. Diante do contexto, entende-se como mobilização a busca, comoção e o compartilhamento de recursos, sendo estes tangíveis e/ou intangíveis. 4. As Especificidades do Contexto de Pesquisa: O Terceiro Setor O terceiro setor é um campo heterogêneo, dele fazem parte entidades da iniciativa privada, sem fins lucrativos, as quais compartilham de propósitos públicos. Nesse sentido, esse tipo de organizações tem surgido no campo das políticas públicas, operacionalizando projetos, programas e/ou serviços sociais que almejam o atendimento das necessidades sociais dos beneficiários destas iniciativas (Fernandes, Maciel, & Barros, 2011). No Brasil, o terceiro setor está diretamente relacionado ao modelo de gestão adotado na última década do século XX. Nesse modelo são compartilhadas as demandas sociais que emergem da questão social com os demais setores da sociedade, assim originando um novo modelo de gestão social. Como consequência a este processo verifica-se uma ampliação da atuação do terceiro setor no atendimento das políticas públicas (Fernandes, Maciel, & Barros, 2011). Diante disso, esse setor requer atenção em especial, a fim de conhecer a sua dinâmica, além de realizar um monitoramento e avaliação dos processos de gestão. Não menos importante, surge a necessidade de conhecer como ocorrem as mudanças e os efeitos causados pelas ações envolvidas por essas organizações (Fernandes, Maciel, & Barros, 2011). Nesse sentido, a Parceiros Voluntários (PV) uma organização não governamental fundada em Janeiro de 1997 por um grupo de empresários do Rio Grande do Sul tem a missão de potencializar o desenvolvimento humano, por intermédio do voluntariado organizado, para a solução das demandas sociais da comunidade. Atualmente, a ONG Parceiros Voluntários mobiliza voluntários, os quais atuam nas organizações da Sociedade Civil conveniadas, em 82 municípios gaúchos (Parceiros Voluntários, 2011). Além deste foco, a PV também atua com as empresas estabelecidas na sociedade gaúcha, assim enfatizando o papel e participação das empresas no bem estar da comunidade, diante disso a parceiros voluntários tem incentivado o empresariado de três formas, como 7

8 empresas doadoras (aportando recurso financeiro, material ou tecnológico,mas sem envolvimento direto nos projetos e ações); empresas patrocinadoras (disponibilizam recursos após a análise dos projetos e realizam o acompanhamento dos resultados); e empresas empreendedoras sociais (participam de forma efetiva, por meio do desenvolvimento das atividades em conjunto com as organizações sociais, atuando no planejamento, execução, monitoramento e avaliação dos resultados do projeto) (Parceiros Voluntários, 2011). Com estas ações a Parceiros Voluntários busca melhorar a qualidade de vida nas comunidades através da promoção de recursos humanos voluntários para atuarem em projetos sociais desenvolvidos pelas organizações da sociedade civil (OSC). Além disso, a PV fornece gerenciamento qualificado para as OSCs, organizando cursos gratuitos de desenvolvimento gerencial e liderança, entre outros (Parceiros Voluntários, 2009). A PV adota o conceito de Responsabilidade Social Individual (RSI) como princípio norteador na mobilização do voluntariado, o qual é definido pela ONG: A RSI trabalha os valores internos e faz despertar na pessoa o seu verdadeiro valor, o que a torna mais ativa e socialmente transformadora do mundo ao seu redor"(parceiros Voluntários, 2009). Essa ONG acredita que não basta o voluntário oferecer capital humano (habilidades), capital intelectual (conhecimento), capital financeiro (dinheiro), e capital físico (bens físicos como edifícios e máquinas) para as organizações da sociedade civil. Estes voluntários também podem contribuir com capital social, com o objetivo de melhorar os laços entre as pessoas e fazendo com que a prática da solidariedade, fraternidade, cooperação, reciprocidade e empatia seja possível (Parceiros Voluntários, 2009). A Figura 3 apresenta o processo da PV e as influências deste processo na sociedade. Figura 3: Processo da Parceiros Voluntários Fonte: Parceiros Voluntários (2011). 4.1 Ações e Projetos Desenvolvidos Pela Parceiros Voluntários As ações da PV podem ser classificadas em 4 categorias/programas. O primeiro diz respeito ao chamado Voluntário Pessoa Física. Através deste Programa, a pessoa interessada participa da Reunião de Conscientização, na qual recebe informações conceituais e é orientada sobre o que é ser voluntário. No passo seguinte, na Entrevista de Encaminhamento, o interessado escolhe para onde ir, área de interesse e público que quer atender. O segundo programa diz respeito ao Voluntário Pessoa Jurídica. O Programa Voluntário Pessoa Jurídica tem por objetivo sensibilizar a empresa para ver-se como agente estimulador de seus colaboradores, para o exercício da RSI Responsabilidade Social Individual e para a importância de sua inserção em projetos sociais da comunidade. O 8

9 programa também busca romper com o paradigma de que a participação social da empresa ocorre exclusivamente pelo patrocínio financeiro. O novo modelo de envolvimento tem como base a transferência do maior capital que as empresas possuem: seus recursos humanos, seu conhecimento e a cedência de sua marca a uma causa social. A PV afirma que os ganhos sociais são múltiplos, tanto na promoção da imagem institucional das empresas envolvidas, quanto no grau de envolvimento e comprometimento dos seus colaboradores, permitindo o desenvolvimento de suas capacidades e competências, através de uma atitude participativa; espírito empreendedor; criatividade; liderança e, especialmente, a vivência de outras realidades. E para aquelas organizações da sociedade civil assistidas, a PV proporciona a sua profissionalização como forma de atuação, obtendo acesso às técnicas atualizadas de gerenciamento e administração direcionadas às suas necessidades específicas. O terceiro programa refere-se aos Parceiros Jovens Voluntários. Este programa engloba várias formas de envolvimento da comunidade escolar com a sua comunidade. O programa estimula que o jovem atue em seu contexto social, visando a sua formação como agente mobilizador, articulador frente a desafios cotidianos e sua integração à comunidade, com base na solidariedade e na RSI Responsabilidade Social Individual. Por fim, o quarto programa refere-se as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), no qual através de parcerias com as OSCIPs, a PV busca a implantação e desenvolvimento da cultura do trabalho voluntário organizado, visando a transformação da realidade social. As OSCs, como são chamadas pela ONG Parceiros Voluntários, são apoiadas por voluntários cadastrados na PV, que visam atender às demandas dessas organizações nos mais diversos segmentos, possibilitando o beneficiamento direto e indireto de seus públicos. Neste caso, o perfil das organizações conveniadas a Parceiros Voluntários está disposto na figura 4 da seguinte forma: Figura 4: Perfil das organizações conveniadas a Parceiros Voluntários Fonte: Parceiros voluntários (2009). De acordo com Austin (2001), dentro do cenário global que se vive atualmente, a necessidade de cooperação deriva das mudanças rápidas, estruturais e provavelmente irreversíveis que estão sendo geradas por grandes forças políticas, econômicas e sociais. Definido pelo autor, tais macro forças estão criando um ambiente em que a cooperação está se tornando mais regra do que a exceção para as organizações sem fins lucrativos. Dentre os benefícios previstos com a formação das parcerias pelas organizações do terceiro setor estão: a economia de custos, as economias de escala e de escopo, as sinergias estratégicas e o aumento da receita. Pelo lado das empresas comerciais mantenedoras, prevê-se o desenvolvimento de novos negócios derivado da melhoria da reputação das mesmas junto aos mercados. Construir reputação, expandir suas redes, seus relacionamentos e seus mercados, aumentar o acesso a 9

10 grupos de consumidores-chave e proporcionar um campo de teste para suas inovações, segundo Austin (2001), empresta credibilidade à máxima de quem faz o bem só tem a ganhar. Neste caso, verifica-se que tais fenômenos podem estar presentes na PV, que ao longo de sua história, vem acumulando parcerias estratégicas significativas o que lhe garante o suporte econômico necessário para sua manutenção. Desta forma, os parceiros da PV são classificados em organizações fundadoras e mantenedoras e empresas apoiadoras. Cabe ressaltar que todos localizados e/ou atuantes no território do Rio Grande do Sul. 4.2 O Projeto Transparência e Prestação de Contas O projeto em estudo é fruto de uma parceira com o Banco Interamericano de Desenvolvimento e possui o patrocínio da Petrobás. O projeto contou com a participação de 76 Organizações da Sociedade Civil no Estado do Rio Grande do Sul que foram capacitadas para a prestação de contas e transparência. O objetivo geral do projeto foi desenvolver princípios de prestação de contas e transparência (PCT) em Organizações da Sociedade Civil (OSC) para que, através da implementação desses princípios e incorporação, eles venham à contribuir para a melhoria dos processos das OSCs e do cumprimento efetivo de suas missões e posicionamento perante a comunidade, através da incorporação de três elementos: (i) Responsabilidade de cumprir com seus compromissos; (ii) Responsabilidade de prover informações confiáveis e transparentes; e, (iii) Responsabilidade por suas ações e decisões. A fim de desenvolver, implementar e incorporar os princípios de Transparência e Prestação de Contas foram desenvolvidas as seguintes macro atividades: I. Desenvolvimento dos Princípios Transparência e Prestação de Contas (TPC) para as Organizações da Sociedade Civil. II. Implementação das ações de TPC nas Organizações da Sociedade Civil participantes. III. Criação de um Banco de Dados. IV. Disseminação dos resultados do Projeto. Os resultados esperados com este projeto incluem, a definição e criação de certificação em princípios de TPC para o Terceiro Setor; metodologia estruturada com conceitos e princípios de Transparência e Prestação de Contas - TPC (Accountability); organizações da sociedade civil participantes com padrões de TPC (Accountability) incorporados em sua gestão; aumento das alianças estratégicas das OSCs com o Primeiro e Segundo Setor; melhoria dos conceitos e avaliação dos stakeholders (partes interessadas), sobre as Organizações da Sociedade Civil; e, disseminação da metodologia como parte de um movimento Pró-TPC (Accountability) para o Brasil. 4.3 Proposta de Framework A fim de mensurar o capital social nos Projetos Desenvolvidos no Terceiro Setor, este estudo usou como objeto o Projeto Transparência e Prestação de Contas em OSCs do Rio Grande do Sul, o qual teve como cenário um conjunto de organizações que se reuniram para desenvolvê-lo. Devido a especificidade do contexto, este estudo sugere a adaptação das categorias de análise exploradas nos artigos publicados nos principais periódicos internacionais, bem como nas principais pesquisas envolvendo o capital social no contexto mundial. Após esta análise foram sugeridas as categorias para medição do capital social no contexto dos Projetos Desenvolvidos no Terceiro Setor. 10

11 Com isso, sugere-se que o estudo do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor seja percebido por meio das três dimensões, a dimensão estrutural, cognitiva e relacional, as quais foram sugeridas por Nahapiet e Ghoshal (1998), e por uma dimensão adicional, que é sugerida por este estudo como uma dimensão de efetividade do capital social, a qual é chamada de dimensão mobilizadora (Blyler & Coff, 2003; Tsai & Ghoshal, 1998). A dimensão mobilizadora tem como objetivo medir a efetividade, ou ainda, o efeito do capital social na gestão dos recursos. Por se tratar do Terceiro Setor, esta dimensão se justifica por ser a mobilização de recursos tangíveis e intangíveis uma das mais significativas formas de execução dos projetos desenvolvidos por este setor. Diante da investigação realizada nos artigos publicados em importantes periódicos e no contexto desta pesquisa, a dimensão estrutural deve ser composta pela análise dos laços da rede (Nahapiet & Ghoshal, 1998; Wu, 2008;) e pela proximidade entre os atores envolvidos (Moran, 2005). Então, com relação a dimensão estrutural tem-se a seguinte proposição: P1: Quanto mais desenvolvida a dimensão estrutural nas Organizações do Terceiro Setor, maior o estoque de capital social do projeto implementado. Quanto mais intensos forem os laços da rede, ou seja, quanto maior a qualidade/intensidade dos laços estabelecidos entre estes atores, maior será o estoque de capital social do projeto. Assim como, quanto maior for a proximidade entre os atores envolvidos no projeto, favorecendo a comunicação entre estes atores, maior será o estoque de capital social do projeto. Já, a dimensão cognitiva deve ser analisada a partir da interação social dos atores (Tsai & Ghoshal, 1998), desta forma identificando se os atores interagem socialmente. E, da visão compartilhada entre os atores da rede (Tsai & Ghoshal, 1998), a qual faz com que esses atores tenham objetivos em comum, ou até mesmo compatilhem de ideias (visões) próximas. Estas categorias são sugeridas, uma vez que neste setor, as organizações da sociedade civil objetivam promover algum tipo de benefício a um grupo de pessoas, e que por este motivo torna-se relevante a identificação do ator com o contexto social. Diante disso, com relação a dimensão cognitiva tem-se a seguinte proposição: P2: Quanto mais desenvolvida a dimensão cognitiva nas Organizações do Terceiro Setor, maior o estoque de capital social do projeto implementado. Em outras palavras, quanto maior for a interação social dos atores do projeto, maior será o estoque de capital social do projeto. E, quanto mais próxima a visão dos atores, bem como a existência de objetivos em comum, maior será o capital social do projeto. A dimensão relacional pode ser analisada por meio da confiança (Grootaert et al., 2003; Tsai & Ghoshal, 1998), sendo uma das principais propulsoras do capital social, promovendo o estímulo da intensidade de relações e provendo maior quantidade de trocas. E, normas (Coleman, 1988; Nahapiet & Ghoshal, 1998), sendo as normas e regras de conduta consideradas pela literatura como aspectos facilitadores do capital social. Diante disso, com relação a dimensão relacional tem-se a seguinte proposição: P3: Quanto mais desenvolvida a dimensão relacional nas Organizações do Terceiro Setor, maior o estoque de capital social do projeto implementado. Quanto mais elevado for o nível de confiança entre os atores, maior será o estoque de capital social do projeto. Assim como, quanto mais institucionalizadas e claras estiverem as normas/obrigações para os atores, maior será o estoque de capital social do projeto. Já, a mobilização de recursos, a primeira vista não se enquadra em nenhuma das dimensões apresentadas. No entanto, no caso específico do contexto de análise, bem como na maioria das organizações deste setor, a mobilização de recursos é fundamental pois é a propulsora dos projetos sociais e mantenedora deste tipo de organização. Vale destacar que a 11

12 dimensão mobilizadora, é uma dimensão que mede a efetividade do capital social, e que por sua vez está diretamente relacionada as outras três dimensões propostas. Nesta dimensão, sugere-se a medição/efetividade do capital social a partir do compartilhamento de recursos entre os atores (Wu, 2008; Youndt, Subramaniam, & Snell, 2004) e a mobilização de recursos tangíveis e intangíveis (Blyler; Coff, 2003; Tsai; Ghoshal, 1998). Devido a especificidade do setor torna-se relevante verificar se a mobilização de recursos está diretamente relacionada ao capital social da organização analisada, uma vez que organizações que apresentam redes de tamanho significativo e relações fortemente alicerçadas em confiança tendem apresentar uma quantidade significativa de mobilização de recursos. Nesse sentido, este estudo apresenta a seguinte proposição: P4: Quanto maior a rede de colaboração e mais consolidadas forem as relações de confiança, maior será o compartilhamento e mobilização de recursos na execução de um projeto desenvolvido no Terceiro Setor. Em outras palavras, quanto mais recursos tangíveis e intangíveis uma organização mobilizar, maior será o seu estoque de capital social. Diante desta reflexão, é possível constatar que muitas das categorias de análise apresentadas por estudos realizados anteriormente, as quais foram testadas em contextos específicos, podem ser aproximadas para medir capital social em organizações do terceiro setor, no entanto, para que isso ocorra deverá haver uma adaptação destas categorias considerando o contexto de análise. Nesse sentido, sugere-se o framework para mensurar o capital social no terceiro setor, o qual será composto de quatro dimensões, as quais são: dimensão estrutural, dimensão congnitiva, dimensão relacional, e dimensão mobilizadora (sugerida por este estudo, diante da especificidade do contexto empírico). Em cada uma destas dimensões são apresentadas as suas categorias de análise, conforme pode ser observado na figura 5. Dimensão Estrutural - Laços da rede; - Proximidade entre atores. Dimensão Cognitiva - Interação social; - Visão compartilhada (sensemaking). Dimensão Relacional - Confiança; - Normas. Dimensão Mobilizadora - Compartilhamento de recursos; - Mobilização de recursos (tangíveis e intangíveis). Figura 5: Framework para mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. A fim de prover o melhor entendimento do framework proposto, este estudo busca identificar quais seriam as questões aplicativas a cada uma das categorias de análise, assim como suas dimensões. Dessa forma, este estudo apresenta no apêndice 1 o instrumento sugerido para medir capital social em Projetos Desenvolvidos no Terceiro Setor, utilizando como objeto de análise o Projeto Transparência e Prestação de Contas. Neste apêndice são apresentadas as dimensões, suas respectivas categorias, assim como o objetivo de cada categoria, os autores em que cada pergunta ou bloco de perguntas foi inspirado, e por fim as questões que constituem o instrumento de coleta de dados. 5. Considerações Finais Este estudo teve como objetivo realizar uma proposta de mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. Para isso, foi realizada uma exaustiva reflexão teórica, partindo dos autores clássicos da sociologia, que abordam o tema, como Bourdie, 12

13 Coleman, Putnam e Portes, até os principais estudos e teóricos no campo dos estudos organizacionais, como Adler & Kwon (2002), Burt (1992), Nahapiet & Ghoshal (1998), Tsai & Ghoshal (1998), entre outros. Entende-se que o Terceiro Setor é um setor que apresenta suas especificidades e necessidades específicas de gestão, sem perder de vista a questão social. Entre essas especificidades, destaca-se a gestão de projetos temporários. Nesse sentido, é relevante que se faça a gestão do capital social desenvolvido por estas organizações e seus respectivos projetos, para que os esforços não sejam desperdiçados e que possa haver uma melhor mobilização de recursos para uma gestão mais efetiva. Este artigo apresenta uma proposta de mensuração do capital social, no intuito de tornar a gestão dos projetos desenvolvidos por este setor mais efetiva, bem como a própria gestão das organizações do Terceiro Setor. Para tanto, apresenta-se um framework, desenvolvido a partir de revisão teórica nos principais journals da área e a análise do projeto desenvolvido pelo Parceiros Voluntários, como o contexto explorado em uma Organização do Terceiro Setor. Com isso, sugere-se que a compreensão e mensuração do capital social pode ser realizada com base em 4 dimensões: (1) estrutural - aborda os laços da rede, bem como a proximidade entre os atores; (2) congnitiva - aborda a interação social e a visão compartilhada entre os atores; (3) relacional - aborda a confiança, normas e obrigações entre os atores; e (4) mobilizadora aborda o compartilhamento de recursos e a mobilização de recursos tangíveis e intangíveis. A dimensão mobilizadora é sugerida por este estudo considerando o contexto de análise, terceiro setor. Esta dimensão se faz necessária uma vez que as organizações que atuam neste setor se utilizam de forma significativa da mobilização de recursos, seja para manutenção de suas atividades diárias, assim como para o desenvolvimento de projetos. Por isso, considerando este setor, especificamente, sugere-se a necessidade de medir a mobilização de recursos, sendo estes recursos tangíveis ou intangíveis. Esta dimensão tem como objetivo medir o efeito do capital social na gestão dos recursos. Adicionalmente, foram analisadas as dimensões e categorias do capital social sugeridas por este estudo. Diante disso, sugere-se um instrumento de coleta de dados, considerando as particularidades do Terceiro Setor. Neste instrumento são apresentadas as dimensões, categorias, objetivo de cada etapa e questões a serem aplicadas para mensuração do capital social, considerando o contexto do Projeto Transparência e Prestação de Contas. Este estudo buscou contribuir com o campo dos estudos organizacionais, mais diretamente nos estudos que envolvem o Terceiro Setor. Por isso, este estudo se diferencia do trabalho realizado por Adler e Kwon (2002), que propõe um framework integrativo, bem como, os estudos realizados por Grotaert, Narayan & Woolcock (2003), Onyx & Bullen (2000), Putnam (2000), e Putnam, Leonardi, & Nanetti (1996) os quais mensuram capital social em comunidades, visto que o presente estudo propõe um framework para mensuração do capital social em projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. Assim, esta pesquisa almeja contribuir para o avanço teórico do capital social, particularmente, no que tange o escopo dos estudos organizacionais no terceiro setor, e adicionalmente, para os práticas gerenciais envolvendo o terceiro setor. Por fim, sugere-se a aplicação do framework proposto nos mais diferentes projetos desenvolvidos no Terceiro Setor. Além disso, também sugere-se o estudo deste framework relacionado a outras teorias do contexto organizacional. 13

14 Referências Acquaah, M. (2007). Managerial social capital, strategic orientation, and organizational performance in an emerging economy. Strategic Management Journal, 28, Adler, P. S., & Kwon, S. W. (2002). Social capital: prospect for a new concept. Academy of Management Review, 27(1), Austin, J. E. (2001). Parcerias fundamentos e benefícios para o terceiro setor. São Paulo: Futura. Batjargal, B. (2003). Social capital and entrepreneurial performance in Russia: A longitudinal study. Organization Studies, 24(4), Blyler, M., & Coff, R. W. (2003). Dynamic capabilities, social capital, and rent appropriation: ties that split pies. Strategic Management Journal, 24, Burt, R. S. (1997). The contingent value of social capital. Administrative Science Quarterly, 43, Coleman, J. S. (1988). Social capital in the creation of human capital. The American Journal of Sociology, 94, Davies, I. A., Ryals, L. J. (2010). The Role of Social Capital in the Success of Fair Trade. Journal of Business Ethnics, 96, Fernandes, R. M. C., Maciel, A. L. S., & Barros, X. M. T. (2011). Estudo sobre o terceiro setor no Rio Grande do Sul : perfil, gestão e impactos sociais. (1 ed.). Porto Alegre: Fundação Irmão José Otão. Fischer, H. M., & Pollock, T. G. (2004). Effects of social capital and power on surviving transformational change: the case of initial public offerings. Academy of Management Journal, 47(4), Florin; J., Lubatkin, M., & Schulze, W. (2003). A social capital model of high-growth ventures. Academy of management journal, 46(3), Grootaert C., Narayan, D., Jones, V. N., & Woolcock, M. (2003). Questionário Integrado para Medir Capital Social (QI-MCS). Grupo Temático sobre Capital Social. Washington, D.C.; World Bank. Instituto ADVB (2008). Resultados IX Pesquisa Nacional sobre Responsabilidade Social nas Empresas. Disponível em: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2005). As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE (2004). As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos no Brasil ed. Rio de Janeiro: IBGE. International Labour Organization (2011). Manual on the measurement of volunteer work. Geneva: ILO. Disponível em: Koka, B. R., & Prescott, J. E. (2002). Strategic alliances as social capital: a multidimensional view. Strategic Management Journal, 23, Luo, Y. (2003). Industrial Dynamics and Managerial Networking in an emerging market: The case of China. Strategic Management Journal, 24, Moran, P. (2005). Structural vs. Relational embeddedness: social capital and managerial performance. Strategic Management Journal, 26, Nahapiet, J., & Ghoshal, S. (1998). Social capital, intellectual capital and the organizational advantage. Academy of Management Review, 23(2), Oh, H., Chung, M., & Labianca, G. (2004). Group social capital and group effectiveness: the role of informal socializing ties. Academy of Management Journal, 47(6), Onyx, J., & Bullen, P. (2000). Measuring social capital in five communities. The Journal of Applied Behavioral Science, 36(1),

15 Parceiros Voluntários (2009). Relatório Annual Disponível em: Parceirosvoluntarios.org.br/transparência. Parceiros Voluntários (2011). Relatório Annual Disponível em: Parceirosvoluntarios.org.br/transparência. Peng, M. W., & Luo, Y. (2000). Managerial ties and firm performance in a transition economy: the nature of a micro macro link. Academy of Management Journal, 43(3), Pil, F. K., & Leana, C. (2009). Applying organizational research to public school reform: The effects of teacher human and social capital on student performance. Academy of Management Journal, 52(6), Pimenta, S. M., Saraiva, L. A. S., & Corrêa, M. L. (2006). Terceiro setor: dilemas e polêmicas. São Paulo: Saraiva. Putnam, R. D., Leonardi, R., & Nanetti, R. (1996). Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. Putnam, R. (2000). Bowling Alone: the collapse and revival of American community. New York: Simon & Schuster Paperbacks. Putnam, R. (2004). Using social capital to help integrate planning theory, research, and practice. Journal of the American Planning Association, 70(2), Reed, K. K., Lubatkin, M., & Srinivasan, N. (2006). Proposing and testing an intellectual capital-based view of the firm. Journal of Management Studies, 43(4), Salamon, L. (2010). Putting the Civil Society Sector on the Economic Map of the World. Annals of Public and Cooperative Economics, 81(2), Secretaria da Justiça e Desenvolvimento Social (2010). Relatório de Gestão 2010 SJDS. Governo do Estado Rio Grande do Sul. Coordenação, Assessoria Técnica/ASSTEC/SJDS. Shaw; J., Duffy, M. K., Johnson, J. L., & Lockhart, D. E. (2005). Turnover, social capital losses, and performance. Academy of Management Journal, 48(4), Somaya, D., Williamson, I. O., & Lorinkova, N. (2008). Gone but not lost: The different performance impacts of employee mobility between cooperator versus competitors. Academy of Management Journal, 51(5), Stam, W., & Elfring, T. (2008). Entrepreneurial orientation and new venture performance: The moderating role of intra- and extra-industry social capital. Academy of Management Journal, 51(1), Tsai, W.; Ghoshal, S. (1998). Social capital and value creation: the role of intrafirm networks. The Academy of Management Journal, 41(4), Wu, W. (2008). Dimensions of social capital and Firm Competitiveness Improvement: The Mediating Role of Information Sharing. Journal of Management Studies, 45(1), Youndt, M. A., Subramaniam, M., & Snell, S. A. (2004). Intellectual Capital Profiles: An Examination of Investments and Returns. Journal of Management Studies, 41 (2), Apêndice 1: DIMENSÃO CATEGORIAS OBJETIVO AUTOR BASE Estrutural Laços da Rede Proximidade entre atores Identificar a qualidade dos laços estabelecidos na rede Identificar a proximidade Nahapiet & Ghoshal (1998);Wu (2008). Moran (2005) QUESTÃO PARA O TERCEIRO SETOR 1)Nossa OSC apresenta uma boa relação com os órgãos patrocinadores e realizadores do projeto. 2) Nossa OSC apresenta uma boa relação com as outras OSCs participantes do projeto. 1) Você se sente próximo ao BID; Parceiros Voluntários e Petrobrás. 15

16 Cognitiva Relacional Mobilizadora Visão Compartilhada Interação Social Confiança (REVER) Normas Compartilhamento de Recursos Mobilização de Recursos entre os atores envolvidos no projeto Identificar se os participantes apresentam visão compartilhada Identificar se os participantes interagem socialmente Identificar a existência de confiança entre os participantes do projeto Identificar a existência de normas e regras de conduta no projeto analisado Verificar se existe compartilhamento de recursos entre os participantes Identificar a intensidade e as formas de mobilização de recursos tangíveis e intangíveis realizados pela OSC. conceito de closeness Tsai & Ghoshal (1998) Tsai & Ghoshal (1998) Tsai & Ghoshal (1998) -1 Grootaert et al. (2003) - 2 Coleman (1988); Nahapiet & Ghoshal (1998) Wu (2008); Youndt et al. (2004) Blyler & Coff (2003); Tsai & Ghoshal (1998) 2) Você se sente próximo as outras OSCs participantes do projeto. 3) Você se sente próximo ao com a rede colaborativa, como o CRC, CRA, OAB,... 1) Na sua opinião a OSC compartilha a mesma visão e ambições que os demais participantes do projeto. 2) As pessoas na sua OSC estão coletivamente entusiasmadas com a participação no projeto transparência. 1) Você reaje de forma positiva a um convite feito para um evento ligado ao projeto transparência. 2) Você possui relacionamentos sociais com participantes do projeto. 1) Em geral, os demais órgãos envolvidos no projeto sempre cumprem com as promessas feitas. 2) Você confia na seriedade das entidades participantes do projeto (apoiadores, rede colaborativa e OSCs). 1) Para desenvolvimento do projeto ficaram estabelecidas algumas regras e normas, mesmo que estas tenham sido estabelecidas de forma tácita. 2) Na sua opinião, o estabelecimento de regrase normas foi importante para o desenvolvimento do projeto. 1)Durante o projeto a sua OSC compartilhou algum tipo de informação, bens, sugestões, experiências e conhecimento com os demais órgãos envolvidos no projeto. 1)A sua OSC se utiliza da rede de contatos (amigos, parentes e pessoas conhecidas) para conseguir recursos financeiros. 2)A sua OSC se utiliza da rede de contatos (amigos, parentes e pessoas conhecidas) para conseguir voluntários. 3) Durante a sua participação no projeto, a sua OSC fez alguma dessas ações com os demais órgãos participantes do projeto (dentre estes considerar: patrocinadores, rede colaborativa e demais OSCs). i Academy of Management Journal (AMJ); Academy of Management Review (AMR); Administrative Science Quarterly (ASQ); Journal of Business Ethics (JBE); Journal of Management Studies (JMS); Journal of Organizational Behavior (JOB); Organization Science (OSC); Organization Studies (OST); Strategic Management Journal (SMJ). 16

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