Imil na Sala de Aula
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- Natan Palma Aldeia
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1 Imil na Sala de Aula Apresenta: com Realização Julio Hegedus Netto Apoio
2 Brasil: em busca do rumo perdido
3 E tentando sair do atoleiro...
4 INTRODUÇÃO 4
5 Nova equipe econômica em sintonia e entrosada (o que agrada o mercado). Ajustes em 2015 começam na área fiscal. Meta fiscal, de 1,2% do PIB, dificilmente será cumprida, dado o fraco resultado em 2014 (déficit de R$ 33,6 bilhões, -0,6% do PIB), as dificuldades na aprovação de medidas n0 Congresso e a baixa arrecadação. Objetivo é reverter as expectativas dos agentes, reconquistar a confiança, visando a retomada mais rápida do crescimento da economia. Brasil deve atravessar um surto recessivo em 2015, dado o ajuste de demanda em andamento. Acreditamos em taxa de crescimento do PIB negativa neste ano, em torno de 1%, e uma suave recuperação em 2016 (+1%). Já a economia global deve crescer entre 2,5/3,0% nestes dois anos (2015 e 2016), liderada pelos EUA e ainda pela China, mesmo com este em suave desaceleração. 5
6 EVOLUÇÃO ECONÔMICA 6
7 Ritmo da economia reflete um quadro recessivo. No primeiro trimestre, PIB fechou em queda, entre 1,5% e 2,0% contra o anterior. No ano deve recuar entre 1% e 1,2%; Na Política Monetária, ordem é se manter vigilante para assegurar a convergência da inflação ao centro da meta em Com isto, novos ajustes de taxa de juros devem ocorrer nas próximas reuniões do Copom; Na Política Cambial, o BACEN terminou com a política de venda de contratos swap no futuro, agora só rolando os existentes, mas reduzindo-os paulatinamente; Na agenda de ajustes, observa-se certa resistência no Congresso em torno das principais medidas anunciadas pelo Ministro Levy. Com isto, um pacote fiscal (de R$ 70 bilhões) está em gestação, prestes a ser aprovado; 7
8 A gestão fiscal deteriorada é o principal foco de preocupação neste ano. A meta de 1,2% do PIB dificilmente será cumprida, em função do resultado pior do que o esperado em 2014, a arrecadação fraca neste ano e as dificuldades na aprovação das medidas fiscais no Congresso. Será elevada a 2,0% do PIB em 2016/2017. O FMI achava que poderia chegar a 2,5%. Já as contas externas devem se recuperar lentamente em 2015, com o maior crescimento da economia mundial e a depreciação cambial em curso. Neste caso, será importante menos volatilidade e mais estabilidade e previsibilidade na taxa de câmbio. Observamos uma calmaria momentânea nos mercados de ativos. Bolsa de valores passando dos 56 mil pontos, dólar a R$ 3,00/3,10 e juro a 13,5% ao fim deste ano, com o BACEN mantendo a autonomia. 8
9 9
10 10
11 abr/13 jun/13 ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 ICS ICC ICI ICST ICOM Perda de confiança dos agentes é uma 130,0 120,0 110,0 100,0 realidade, dada a deterioração das expectativas, a má qualidade da gestão fiscal anterior e o baixo crescimento da economia. Observa-se ao fim uma tênue recuperação. 90,0 80,0 70,0 Vejamos os resultados das medidas de ajuste fiscal do Ministro Joaquim Levy. A partir daí será possível avaliar se haverá (ou não) uma recuperação da confiança. 11
12 12
13 Devemos destacar também a traumática mudança de modelo em curso, não mais sustentada pelo consumo - políticas de transferência de renda (consumo das famílias de baixa renda), reajustes de salário mínimo e concessão de crédito mas agora pelo equilíbrio fiscal, pelo resgate do tripé e a retomada dos investimentos em infraestrutura, no esforço de uma agenda positiva. No gráfico a seguir, observamos os corolários do modelo calcado no consumo e pouco nos investimentos. Agora, o desafio é tentar reverter isto, criar um regime de concessões que atraia mais os investimentos privados, sem gerar maiores custos. A economia só volta a crescer se houver um choque de competitividade, com maior previsibilidade, credibilidade, transparência e ganhos de produtividade. 13
14 % do PIB 22,0 Taxa de Investimento Taxa de Poupança Bruta 21,0 20,6 20,6 20,5 20,0 19,0 18,4 18,5 19,5 19,2 19,4 19,7 18,0 17,0 18,3 16,7 17,3 17,3 18,1 17,7 17,0 16,0 15,0 14,0 14,0 14,7 15,9 15,8 13,5 13,0 12,0 14
15 15
16 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 Em % 14,00 13,00 IPCA SELIC 13,25 BACEN mantendo-se atento e perseguindo o centro da meta entre 2016 e ,00 11,00 10,00 9,00 8,00 8,17 Pela ata do Copom, BACEN deve manter uma postura especialmente vigilante no monitoramento da inflação, o que nos leva a prever a taxa de juros a 13,5% em ,00 6,00 5,00 4,00 Elevação do juro se intensificou neste primeiro trimestre. Em abril foi a 13,25%. Inflação, em 12 meses, deve se manter acima de 8%. 16
17 Dentre as medidas fiscais em estudo no pacote desta semana: Nas receitas especula-se sobre a venda da participação no negócio de seguros da CEF; as concessões de petróleo fora do pré-sal; o aumento da CSLL sobre os bancos, de 15% para 17%; o leilão de serviços da folha de pagamentos; e imposto sobre heranças e lucros no mercado de capitais. Neste último, é possível o anúncio do IR sobre as LCIs e LCAs. Não descartamos também a colaboração das receitas com os leilões de concessões públicas em infraestrutura (ainda a serem anunciados); Nas despesas o contingenciamento e corte nas despesas de custeio e investimentos. Os investimentos públicos, tendo recuado 34% no primeiro trimestre deste ano, devem ser os mais sacrificados. Para Nelson Barbosa, o saldo primário tem que ir a um nível de 2,0% do PIB num prazo de 2 anos; no mínimo dois anos, talvez até mais. Para ele, o mais importante nessa tarefa é melhorar a qualidade dos gastos e a previsibilidade da política macroeconômica. 17
18 18 1,35 1,85 2,35 2,85 3,35 3,85 4,35 4,85 5,35 5,85 6,35 6,85 mar/10 mai/10 jul/10 set/10 nov/10 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15-1,00-0,50 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 Saldo Primário Saldo Nominal
19 BACEN abandonou a estratégia de venda de contratos de swap no mercado futuro. Agora a ordem é deixar a moeda norte-americana flutuar. Aos poucos deve também reduzir as rolagens de contratos, em junho previstos para ficar em torno de 80%. Para o ministro Nelson Barbosa, do Planejamento, o controle da inflação não pode depender da apreciação cambial, pois uma taxa de câmbio real estável e competitiva é essencial para a diversificação produtiva da economia e elevação sustentável do salário real. Já para o ministro Joaquim Levy, o câmbio é uma variável que não se pode controlar com facilidade. Neste ano de 2015, por enquanto, acreditamos na taxa de câmbio fechando a R$ 3,30 e 2016 em R$ 3,40, pressionada, além dos fatores internos, também, pela política de juros do Fed. 19
20 US$ bilhões 100 IED TC NFE
21 COMO ESTÁ A ECONOMIA GLOBAL? 21
22 Nos Estados Unidos, o processo de estímulos monetários (QE) terminou em outubro e a partir daí, a expectativa passou a ser saber o timing para o início do ciclo de ajuste da taxa de juros, até o final do ano. Como contrapartida, devemos salientar a inflação em queda, dado o recuo das commodities. FMI revisou sua projeção de crescimento dos EUA para este ano. Emprego reage lentamente, assim como mercado imobiliário. Já o consumo e os investimentos estão reagindo em bom ritmo. Receio neste cenário é da formação de bolhas nos mercados de ativos dos EUA. Além disto, o recuo das commodities, como o petróleo, seguem ocorrendo, impactando a inflação, também em patamar baixo (menor do que a meta de 2% do Fed). Zona do Euro acusa retomada lenta e errática, com deflação como ameaça. BCE segue a estratégia de compra de ativos como o Fed, visando estimular o crédito e retomar o crescimento, assim como sair da deflação. Ociosidade da indústria e o desemprego levam os países membros a mergulharem num ritmo de crescimento fraco. A deflação é um risco neste contexto, visto que os governos fizeram os ajustes pelo lado dos salários e não pelos preços (câmbio-inflação). Isto se explica pela Unidade Monetária Europeia não permitindo o uso de políticas cambiais corretivas. Medidas recentes de estímulo ao crédito podem ser encaradas como promissoras. 22
23 Preocupa a evolução do ajuste fiscal da Grécia, em impasse com a Tróika. Movimentos do partido radical grego indicam um esforço de acordo com os credores e uma visão mais pragmática da economia. Na Rússia, a desvalorização do barril de petróleo impacta nas receitas do governo do país, tendo contribuído para o rebaixamento recente do seu rating soberano. Preocupa também a desvalorização das commodities, com destaque para soja, milho, cobre e petróleo, este ameaçando fechar 2015 em torno de US$ 60. Justifica isto a má programação da disponibilidade de oferta, ora maior, frente a uma demanda em queda, além de imbróglios geopolíticos e o risco de autonomia energético dos EUA com o uso de gás de xisto. Na China, a mudança de regime econômico, antes focado em exportações e investimentos, e agora em consumo, leva o país a crescer menos nos próximos anos. Endividamento privado também preocupa. Neste ano, o país deve crescer 7,0%, mas no ano que vem deve crescer menos, em torno de 6,5%. 23
24 24
25 Panorama Econômico Mundial, FMI PIB (% Anual) * 2016 * Mundo 3,40 3,50 3,80 Economias Avançadas 1,80 2,40 2,40 EUA 2,40 3,10 3,10 Zona do Euro 0,90 1,20 0,90 Alemanha 1,60 1,60 1,60 França 0,40 1,20 1,20 Itália -0,40 0,50 0,50 Espanha 1,40 2,50 2,50 Reino Unido 2,60 2,70 2,70 Japão -0,10 1,00 1,00 Economias Emergentes 4,60 4,30 4,70 China 7,40 6,80 6,30 Rússia nd -3,80 nd Índia 7,20 7,50 nd Brasil 0,10-1,00 1,00 México 2,10 3,00 nd * Estimativas. Fonte: FMI 25
26 Economia Brasileira Taxa básica - SELIC (em dezembro - % a.a.) Dólar em 31/dezembro IPCA (%) IGP-M (%) Saldo da Balança Comercial (US$ bilhões) Saldo em Transações Correntes (% do PIB) Investimento Externo Direto (US$ bilhões) Reservas Internacionais - Liquidez (US$ bilhões) Resultado Primário do Setor Público (% do PIB) Dívida Líquida do Setor Público (% do PIB) Taxa média de desemprego, % PEA (média anual) Taxa de Crescimento do PIB (% a.a.) Economia Americana Taxa dos Fed Funds (%a.a) (em dezembro) Taxa de Crescimento do PIB (% a.a.) * 2016* 7,25 10,00 11,75 13,50 12,00 R$ 2,04 R$ 2,34 R$ 2,66 R$ 3,30 R$ 3,40 5,84 5,91 6,41 8,60 6,00 7,82 5,51 3,69 7,22 6,00 19,40-2,50-3,90 1,00 4,00-2,40-3,70-4,20-3,80-3, ,90 86,00 80,00 378,60 375,80 374,10 370,00 355,00 2,38 1,90-0,64 0,70 1,80 35,30 33,80 36,70 39,50 33,00 5,50 5,40 4,80 6,50 5,60 1,80 2,70 0,10-1,00 1,00 0,25 0,25 0,25 0,50 1,00 2,8 2,2 2,4 3,1 3,1 26
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