COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA LITERATURA SOB A LUZ DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA LITERATURA SOB A LUZ DA CADEIA DE SUPRIMENTOS"

Transcrição

1 COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS: UMA ANÁLISE DA LITERATURA SOB A LUZ DA CADEIA DE SUPRIMENTOS Douglas Rafael Veit (UNISINOS ) douglasveit@unisinos.br Aline Dresch (UNISINOS ) aldresch@gmail.com Ricardo Augusto Cassel (UFRGS ) cassel@producao.ufrgs.br Dieter Brackmann Goldmeyer (UNISINOS ) dieter.goldmeyer@gmail.com Diego Damasio de Lima (UNISINOS ) diego.damasio@hotmail.com O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão teórica a respeito das competências essenciais (Core Competence), do ponto de vista da cadeia de suprimentos. O artigo analisa a influência das competências organizacionais da empresa focal no comportamento de seus fornecedores, considerando ainda os critérios competitivos que podem influenciar estas relações. Palavras-chaves: Competências organizacionais, competências essenciais, critérios competitivos, cadeia de suprimentos

2 1. Introdução Este artigo tem como objetivo realizar, através de pesquisa bibliográfica, uma análise para verificar qual a influência das competências essenciais sobre as relações na cadeia de suprimentos. Será analisada ainda, a influência das competências essenciais de empresas focais sob seus fornecedores, considerando também os fatores competitivos que podem influenciar nesta relação. Embora existam muitos conceitos para explicar o que são competências, para este artigo, o conceito de competência, será aquele trazido por Hamel e Prahalad (1995): competência pode ser entendida como um conjunto de habilidades e tecnologias de uma organização. No entanto, para esta competência ser considerada essencial, ela deve ter um alto valor percebido pelos clientes/consumidores, deve diferenciar a empresa de seus concorrentes de forma significativa, sendo difíceis de serem imitados e ainda proporcionar uma certa capacidade de expandir a marca ou então a possibilidade da empresa atuar também em outros mercados. Segundo Hamel e Prahalad (1995, p. 257), uma empresa deve ser vista não apenas como um portfólio de produtos ou serviços, mas também como um portfólio de competências. É a partir desta afirmação que surge então o conceito de competência essencial (core competence), como algo a ser almejado pelas empresas que querem ser reconhecidas em um mercado cada vez mais competitivo. É desafio deste artigo analisar este conceito de forma mais profunda, não tendo como pano de fundo uma realidade de uma empresa ou de unidades de negócio, mas sim a cadeia de suprimentos. Dutra et al (2010, p. 11), afirma que o conceito de competências essenciais trazido por Hamel e Prahalad pode ser ainda interpretado como competências organizacionais extraordinárias que viabilizariam diferenciais competitivos sustentáveis. Desta forma, as competências da organização podem ser entendidas como fator chave para a definição das estratégias competitivas das mesmas, mas como será esta relação quando não se trata de uma organização e sim de várias empresas que se relacionam entre si? 2 Método de Pesquisa 2

3 A pesquisa demonstrada neste artigo é de natureza aplicada, com uma abordagem do tipo qualitativa. É uma pesquisa cujo objetivo é explorar diversos constructos e suas relações, empregando, para isto a pesquisa bibliográfica. Esta pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de livros e artigos de periódicos nacionais e internacionais, da área de engenharia de produção em geral, com foco em cadeia de suprimentos, competências organizacionais e estratégias ou dimensões competitivas. Esta pesquisa foi dividida em três fases. Em um primeiro momento foram definidos os constructos a serem abordados e uma possível relação entre eles. Neste caso os constructos são: Cadeia de suprimentos, Competências essenciais e as Dimensões competitivas. Para isto, palavras-chave foram eleitas a fim de promover esta busca. Livros foram consultados, e quando as palavras-chave apareciam, o capítulo foi lido e discutido entre os autores. As palavras-chave foram buscadas nos abstracts presentes em bases de periódicos e artigos. Os abstracts aderentes aos temas da pesquisa foram selecionados, lidos e estudados pelos autores para facilitar o entendimento dos constructos e posteriormente o desenvolvimento deste artigo. Para um refinamento desta busca, foram realizadas duas rodadas para a estruturação da mesma. A primeira rodada foi realizada apenas com a palavra ou conceito chave central da pesquisa. Ao observar que era necessário um refinamento da busca, foram adicionadas palavras relacionadas com os conceitos centrais. Destaca-se também que os termos utilizados na busca pelos artigos foram traduzidos para o inglês, utilizando os mesmos critérios das buscas em bases nacionais. Estes critérios e as palavras chave utilizadas para a busca do material é ilustrado na Figura 1. Figura 1 - Relação entre as palavras chave utilizadas na busca da pesquisa 3

4 Internacionais Nacionais XXXIV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO PRIMEIRA RODADA FONTE PALAVRA CHAVE CENTRAL CONECTOR PALAVRAS RELACIONADAS Competências Cadeia de Suprimentos Dimensões Competitivas Critérios Competitivos Competence Supply Chain Competitive Dimensions Competitive Criteria AND AND AND Fonte: Os autores (2014) E E E SEGUNDA RODADA... Organizacionais... Essenciais Relações na... Estratégias na... Adotando as... Aplicando as... Modelo de... Características das... Organizational... Core Relations...Strategies Adopting the... Applying the Model Characteristics of the... Numa segunda fase, já com um melhor entendimento acerca do tema, os autores passaram a procurar uma relação entre estes constructos a partir dos conhecimentos já obtidos na fase anterior. Para facilitar este entendimento, um framework conceitual foi desenhado a fim de servir de base para as pesquisas posteriores. Esta construção está representada na Figura 2. Por fim, com as relações já previamente definidas pelos autores, novamente bases de periódicos nacionais e internacionais, bem como livros, foram pesquisados com o intuito de encontrar possíveis trabalhos que demonstrassem as relações encontradas pelos autores na fase anterior. Figura 2 - Desenho inicial da relação entre os constructos abordados na pesquisa 4

5 COMPETÊNCIA ESSENCIAL DA EMPRESA FOCAL EMPRESA FOCAL ELO DE LIGAÇÃO ENTRE AS COMPETÊNCIAS DA CADEIA E A COMPETÊNCIA ESENCIAL DA EMPRESA DIMENSÕES COMPETITIVAS COMPETÊNCIA X COMPETÊNCIA Y COMPETÊNCIA Z COMPETÊNCIA n FORNECEDOR A FORNECEDOR B FORNECEDOR C FORNECEDOR n COMPETÊNCIA W COMPETÊNCIA Y FORNECEDOR D FORNECEDOR E Fonte: Os autores (2014) Para sustentar as idéias apresentadas até aqui, o próximo capítulo trará uma base conceitual dos diversos constructos apresentados para a discussão do tema desta pesquisa. 3 Referencial Teórico Neste capítulo, busca-se trazer um embasamento teórico à luz de diversos autores para os temas envolvidos nesta pesquisa: Cadeia de Suprimentos, Dimensões Competitivas e Competências Essenciais. 3.1 Cadeia de Suprimentos A cadeia de suprimentos pode ser entendida como uma rede de organizações que estão ligadas tanto a montante como a jusante, em seus diferentes processos que de alguma forma produzem valor aos clientes, seja no fornecimento de produtos ou no fornecimento de serviços (CHRISTOPHER, 2005). Uma cadeia de suprimentos pode ser entendida como uma rede, na qual o pedido do cliente é escoado através de processos como compras, produção e transporte. Sendo um de seus objetivos fornecer ao cliente os produtos ou serviços desejados no momento certo (NARAHARI, VISWANADHAM, BHATTACHARYA, 2000). 5

6 Uma cadeia de suprimentos que trabalhe de forma ordenada e organizada para um objetivo comum é um excelente exemplo de como formar uma rede de colaboração entre empresas. Conforme Beamon (1998), uma cadeia de suprimentos (supply chain) pode ser definida como um processo integrado em que um certo número de entidades de negócios (ou seja, fornecedores, fabricantes, distribuidores e varejistas) trabalha junto, compartilhando esforços para conseguir o melhor resultado para a cadeia como um todo. Alguns exemplos de esforços colaborativos desta cadeia estão voltados à: i- aquisição de matérias-primas, ii- transformação destas matérias-primas em produtos finais, e iii- entrega destes produtos finais aos varejistas e usuários finais. Esta cadeia é comumente caracterizada por ter um fluxo direto dos materiais e um fluxo inverso das informações. New e Payne (1995) também citam que a cadeia de suprimentos envolve o fluxo desde a extração de matéria-prima ou minerais da terra, passando pelos fabricantes, atacadistas, varejistas e os usuários finais. Tan (2001), referindo-se a esse modelo, contribui que eventualmente, também poderá envolver a reciclagem ou reutilização dos produtos, onde pode ocorrer o fluxo inverso também dos materiais do consumidor para o fornecedor. Considerando a amplitude e a complexidade das cadeias de suprimentos se faz necessária uma atenção especial ao que tange o gerenciamento das cadeias, visando uma melhor compreensão e consequentemente um melhor desempenho como um todo. Segundo Bowersox e Closs (2010, p.99), O princípio básico do gerenciamento da cadeia de suprimentos está fundamentado na convicção de que a eficiência pode ser aprimorada por meio do compartilhamento de informação e do planejamento conjunto. Tendo em vista estes conceitos, é particularmente importante que a cadeia atue de forma cooperativa, com o intuito de gerar melhores resultados para todos os envolvidos. Conforme Lambert et al. (1998) para que ocorra um gerenciamento adequado da cadeia de suprimentos é imprescindível ter conhecimento e uma compreensão clara de como a estrutura da cadeia de suprimentos está configurada. A estrutura da cadeia de suprimentos poderia ser entendida como uma rede, composta por diversos membros e com certas relações entre estes. Segundo este autor, três pontos-chave devem ser considerados para melhor entender a cadeia de suprimentos: 6

7 i) Membros da cadeia de suprimentos: é essencial conhecer quais são os membros da cadeia de suprimentos para saber qual o nível de complexidade da mesma e as relações existentes entre eles. Conhecendo os atores desta cadeia é possível perceber qual é o papel que cada um exerce na rede como um todo. Segundo Lambert et al (1998), os membros podem ser classificados em primários e de apoio. Os membros primários são aquelas empresas autônomas ou unidades de negócio estratégicas que desempenham atividades operacionais e/ou gerenciais em processos de negócio encarregado de produzir resultados em termos de produto ou serviço para um determinado cliente ou mercado. Já as empresas denominadas como apoio, são aqueles membros da cadeia que providenciam recursos, conhecimento, utilidades ou ativos para os membros primários desta cadeia; ii) Dimensões estruturais da rede: Lambert et al. (1998) afirma ainda que há 3 dimensões estruturais da rede que devem ser conhecidas para poder descrever, analisar e gerenciar a cadeia de suprimentos, são elas: estrutura horizontal (número de níveis); estrutura vertical (número de empresas fornecedoras ou cliente em cada nível); posição horizontal que a empresa focal se coloca na cadeia de suprimentos; iii) Ligações existentes nos processos da cadeia de suprimentos: entender como são as ligações existentes entre os membros da cadeia é essencial para entender as suas relações. Existem processos em que a empresa focal integra e gerencia os processos com clientes e fornecedores, em outros casos a empresa focal simplesmente monitora os processos ou em outros ainda ela não se envolve nos processos. A Figura 3 ilustra a relação entre estes três pontos-chave abordados por Lambert et al (1998) no processo de decisão e gerenciamento da cadeia de suprimentos. Figura 3- Relação entre os elementos e decisões-chave no gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 7

8 Fonte: Adaptado de Lambert et al (1998) Lambert et al. (1998), afirmam que uma cadeia de suprimentos não deve ser interpretada como uma simples cadeia de negócios, mas sim como uma rede de diversos negócios e relacionamentos, onde deve haver colaboração e a cooperação entre as organizações que a compõem. A gestão da cadeia de suprimentos deve buscar a sinergia proveniente da integração entre os diversos membros, de tal forma que cada um possa contribuir com o que tem de melhor, gerando ganhos para toda a rede. Segundo Christopher (2005) a cadeia de suprimentos pode consistir em uma fonte importante para alcançar uma melhor vantagem competitiva frente ao mercado, mas para isto, é essencial que se tenha uma boa gestão desta cadeia, para se mostrar forte frente à concorrência e também apresentar vantagens significativas, como baixo custo por exemplo, para seus clientes. Buscar uma vantagem competitiva que faça com que as organizações sejam sustentáveis é papel de todos os gestores, além disso, vale ressaltar que o que é uma vantagem hoje, poderá não ser uma vantagem amanhã. Portanto, toda empresa, e por consequência toda a cadeia, deve buscar definir quais serão suas estratégias de competição e desenvolvê-las para se preparar para o mercado. Christopher (2005) afirma que as organizações de sucesso ou tem uma vantagem de custo frente aos concorrentes e/ou ainda uma vantagem significativa de valor agregado aos seus 8

9 produtos ou serviços. Porém, uma empresa sozinha nem sempre tem a capacidade de se tornar competitiva por estes fatores, logo, a cooperação com outras empresas, sejam fornecedoras, clientes ou ainda concorrentes é essencial para o sucesso de todos. Algumas empresas tem mais facilidade de enxergar esta oportunidade de atuar em conjunto com uma cadeia de suprimentos e não atuar sozinha. Isto acontece porque estas empresas reconhecem que se toda a cadeia se tornar mais competitiva, todas as empresas saem ganhando. (...) a competição real não é a da empresa contra empresa, e sim de cadeia de suprimentos contra cadeia de suprimentos (CHRISTOPHER, 2005, p. 18). Porém, para que esta cooperação exista uma série de fatores como comunicação, confiança e bom relacionamento são essenciais. Não é objetivo deste artigo adentrar sobre este assunto, mas cabe ressaltar que para uma cadeia de suprimentos tenha sucesso é imprescindível que haja uma alinhamento estratégico entre as empresas participantes da cadeia. Na próxima seção serão apresentados alguns conceitos relativos às dimensões competitivas, o que influi diretamente na definição da estratégia, seja da empresa, seja da cadeia de suprimentos. 3.2 Dimensões Competitivas Os mercados de uma maneira geral estão cada vez mais dinâmicos, e uma empresa que quer se manter competitiva precisa ter consciência de que a competição entre empresas está cada vez mais acirrada. Para se manter no mercado, não basta que as empresas somente dominem suas tecnologias e know-how, é preciso estar muito atento a todas as dimensões ou critérios competitivos que podem interferir no seu desempenho. Conforme Paiva et al (2009, p.84), assim como os indivíduos, as empresas também competem com base nas suas habilidades de criar e utilizar o conhecimento. Segundo Antunes et al (2008), as dimensões competitivas poderiam ser classificadas em: custo, flexibilidade, atendimento, tempo de resposta e inovação. Paiva et al (2009) nomeia estas dimensões como critérios competitivos, dividindo-os em: i) Custo: empresas que investem neste critério devem buscar a máxima redução de seus custos. Para isto, as empresas devem procurar melhorar seus processos, melhorar a 9

10 qualificação do pessoal, procurar uma integração com seus fornecedores ou ainda investir em tecnologia tanto na área de gestão como também em máquinas ou equipamentos. ii) Qualidade: a qualidade pode ser dividida em oito dimensões, são elas: o desempenho operacional do produto; características complementares deste produto; confiabilidade, ou seja, a probabilidade de um produto apresentar falha em um determinado período de tempo; conformidade, que é o grau de adequação do produto aos padrões estabelecidos para este; durabilidade ou tempo de vida do produto; serviços agregados, onde deve-se considerar rapidez do serviço, competência, pronto atendimento e cortesia; estética, que é uma dimensão mais subjetiva, considerando por exemplo a aparência do produto; qualidade percebida, dimensão que está fortemente ligada ao um determinado produto em função da sua marca, nome, etc. iii) Flexibilidade: pode ser interpretada como a capacidade de um sistema em responder adequadamente tanto a variáveis internas como externas a organização. A flexibilidade pode ainda ser dividida em alguns tipos: Flexibilidade de novos produtos, Flexibilidade de mix de produtos, Flexibilidade de volume e Flexibilidade de entrega. iv) Desempenho de entrega: este critério pode ser caracterizado por dois conceitos distintos, um é a capacidade da empresa de entregar produtos ou serviços no prazo estipulado junto ao cliente. Outra possibilidade é considerar o desempenho de entrega como a capacidade da empresa em entregar os seus produtos ou serviços com prazos ainda menores que de seus concorrentes. v) Inovatividade : capacidade de uma empresa inovar tanto em seus produtos ou serviços, como também em seus processos. Para que as empresas tenham condições de atender a todos esses requisitos é essencial, por uma questão de sobrevivência e competitividade, que trabalham não apenas nos seus processos internos, mas também com outras empresas, de uma forma muito mais próxima, compondo uma rede de relações que tenham objetivos comuns. É através desta afirmação que procura-se estabelecer a ligação entre as dimensões competitivas e as competências, ou seja, visto que as empresas procuram ser competitivas em alguma destas dimensões competitivas é necessário que tenha algum diferencial para oferecer esse benefício aos clientes e, sendo assim, é aqui que se encaixa o papel das competências: é 10

11 através das dimensões competitivas que podem ser estabelecidos o conjunto de habilidades e tecnologias para oferecer o diferencial aos clientes. 3.3 Competências Essenciais Retomando o conceito de competências essenciais apresentado por Hamel e Prahalad (1995, p.229), Uma competência essencial é um conjunto de habilidades e tecnologias que permite a uma empresa oferecer um determinado benefício aos clientes. Ainda segundo estes autores, vale ressaltar que para esta competência ser de fato considerada essencial, ela deve atender a três premissas básicas, conforme ilustra a Figura 4 (HAMEL e PRAHALAD, 1995): Ser reconhecida pelos clientes, seja pelo baixo custo ou pelo alto valor agregado; Ser um fator de diferenciação entre a empresa e seus concorrentes, não sendo um produto ou serviço de fácil imitação; Ser uma possibilidade de expansão da empresa ou da marca para atendimentos de outros mercados. Figura 4 - Premissas básicas para que a competência seja considerada essencial RECONHECIMENTO DOS CLIENTES DIFERENCIAÇÃO ENTRE OS CONCORRENTES POSSIBILIDADE DE EXPANSÃO DE MERCADOS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS Fonte: Os autores com base nos conceitos de Hamel e Prahalad (1995) 11

12 É importante que as empresas reconheçam suas competências essenciais, uma vez reconhecendo-as é possível estar mais preparado para as oportunidades que surgirem no mercado, o mesmo conceito certamente seria aplicável também à cadeia de suprimentos. Hamel e Prahalad (1995) afirmam ainda que na realidade organizacional, é comum que empresas se dividam em unidades de negócio, porém neste caso, acabam por fragmentar também as suas competências, tornando-as enfraquecidas. Os autores afirmam ainda que uma unidade de negócio sozinha não teria condições de desenvolver uma nova competência essencial. Esta afirmação poderia ser atribuída à cadeia de suprimentos, se no lugar de unidades de negócio, empresas isoladas fossem analisadas. Na Figura 5 esta relação é demonstrada. Figura 5 - Relação das competências das Unidades de Negócio e a competência essencial da Organização COMPETÊNCIA ESSENCIAL DA ORGANIZAÇÃO COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO A COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO B COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO C COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO D COMPETÊNCIA DA UNIDADE DE NEGÓCIO n Fonte: Os autores (2014) Segundo Hamel e Prahalad (1995), uma empresa que não tenha desenvolvido competências essenciais, pode ficar menos consciente sobre a sua dependência de alguns fornecedores importantes para seu processo. O que também pode ser uma realidade da cadeia de suprimentos, onde a empresa focal muitas vezes divide com seus concorrentes alguns de seus principais fornecedores, e somente estando muito consciente das suas competências e da 12

13 importância que estes fornecedores tem para ela, é que poderá atuar de forma adequada durante a gestão desta cadeia, a fim de não deixar na mão de outros o que é para si essencial. Hamel e Prahalad (1995) reconhecem que existe uma forte tendência das empresas passarem a ter uma integração menos verticalizada. Porém atentam para o fato de que mesmo não mantendo todo o processo de fabricação, por exemplo, dentro da empresa, a mesma deve considerar o quão importante suas competências essenciais são para esta rede de integração, pois é isto que vai manter sua lucratividade e poder de influência dentro da rede. Segundo Kueia et al (2008, p.1136) uma cadeia de suprimentos apresenta pelo menos 5 categorias de competências, como demonstrado na Figura 6. Figura 6 - Categorias de competência na Cadeia de Suprimentos COMPETÊNCIA DA CADEIA DE SUPRIMENTOS PRODUTO DE QUALIDADE CONFIABILIDADE NA ENTREGA CONFIANÇA NO COMPRADOR E FORNECEDOR EFICIÊNCIA OPERACIONAL ENTREGA DE VALOR / INOVAÇÃO PARA O CLIENTE Fonte: Adaptado de Kueia et al (2008) Para haver a integração destas competências, um fator chave é haver confiança entre os elos desta cadeia, para que haja troca de informações estratégicas a cerca de quais competências serão as almejadas pela cadeia como um todo, e de que forma esta competência poderá ser 13

14 desenvolvida até se tornar uma competência essencial que possa ser partilhada por todos os membros da cadeia, no entanto, sem perder consistência. O desenvolvimento de competências essenciais é imprescindível para que as empresas criem novos espaços competitivos em um ambiente cada vez mais dinâmico e inovador (KAK, 2004). O mesmo pode ser relacionado à realidade das cadeias de suprimentos, uma vez que atualmente a concorrência não é mais entre empresa isoladas e sim entre cadeia de suprimentos, logo, com concorrentes mais fortes, é ainda mais importante desenvolver as competências essenciais antes que outros as desenvolva. Mooney (2007) aborda o caso de uma organização e sua competência essencial exemplificando com a Coca Cola Company. A autora afirma que o sistema de distribuição da Coca Cola, é um exemplo de competência essencial, uma vez que é um fator central para gerar valor para suas atividades (venda de bebidas). Além disso, com uma boa distribuição ela garante seu poder frente a concorrência de manter seus produtos sempre disponíveis aos seus clientes, derrubando muitos concorrentes e ainda garantindo a expansão em novos mercados. Ainda segundo Mooney (2007), o valor real de uma competência essencial só é percebido quando ele serve como base para uma vantagem competitiva para a empresa. 4. Relação entre os constructos Chen e Wu (2006), afirmam que o planejamento estratégico das empresas é fator preponderante para o desenvolvimento das competências essenciais. Porém é importante ter claro qual o papel da estratégia para as competências essenciais, para isto Boguslauskas e Kvedaraviciene (2009) afirmam que a estratégia define como que a empresa desenvolve, constrói e transforma a sua competência essencial ao longo do tempo. A competitividade das organizações é uma conseqüência da relação entre as competências organizacionais e sua estratégia competitiva (FLEURY e FLEURY, 2004), conforme ilustra a Figura 7. Figura 7 - Competitividade das Organizações 14

15 ESTRATÉGIA APRENDIZAGEM COMPETÊNCIA Fonte: Fleury e Fleury (2004) Fleury e Fleury (2001) afirmam que em uma organização existe uma relação entre a estratégia da empresa e suas competências, e esta relação ocorre através de um processo contínuo de aprendizagem, não existe ordem, uma retroalimenta a outra. Segundo Fleury e Fleury (2008, p.33), ao definir sua estratégia competitiva, a empresa identifica as competências essenciais do negócio e as competências necessárias a cada função as competências organizacionais. Conforme Lahti (1999), competências essenciais derivam das competências organizacionais, que estão diretamente ligadas à estratégia da empresa. Assim sendo, um primeiro questionamento surge da discussão: Pode-se dizer que o mesmo conceito pode ser aplicado à cadeia de suprimentos, mas se esta não tem uma só competência essencial, como desenvolvêla? É importante salientar que uma competência essencial não pode ser comprada ou o desenvolvimento desta terceirizado, ela deve partir e ser desenvolvida dentro da própria organização (BOGUSLAUSKAS e KVEDARAVICIENE, 2009). Logo, não adianta uma cadeia de suprimentos tentar, talvez através de seu governante ou da empresa focal, que todos os membros tenham a mesma competência essencial, ela deve ser desenvolvida de dentro para fora. Quando a estratégia da empresa é definida desta forma olhando para dentro e não para fora da organização é possível definir ações para desenvolvimento de competências que dificilmente serão as mesmas de outras empresas, o que dificultará que sejam imitadas 15

16 (SRIVASTAVA, 2005). Certamente isto vem como uma visão diferente daquela em que a estratégia da empresa deve ser definida olhando-se para o mercado (Porter). E caso estas ainda respeitem aos outros dois pressupostos quanto a competências essenciais propostas por Hamel e Prahalad (1995), poderão se tornar uma competência essencial para a organização. Isto posto, alguns questionamentos emergem da discussão: i) seria possível uma cadeia de suprimentos ter uma única competência essencial? ii) Ela estaria fragmentada entre as diversas empresas que compõem a cadeia? iii) Ou não existe uma única competência essencial? iv)e se esta não existe, como alinhar todos os membros da cadeia, desde a estratégia competitiva até ao desenvolvimento e aprimoramento de suas competências? Fleury e Fleury (2003), afirmam que os modelos comumente utilizados para demonstrar as relações entre competências e estratégia dentro de uma empresa, são diferentes daqueles que demonstrariam estas relação entre redes organizacionais. Logo, em estudo realizado em 2003, Fleury e Fleury trazem que a posição de determinada empresa na rede, se ela é líder ou não, quais são suas relações, a quem é subordinada, etc, se deve também a quais as competências que a empresa tem e o seu papel na cadeia. Então, isto certamente também teria certo impacto nas definições estratégicas das empresas que compõem a cadeia ou rede. Fleury e Fleury (2003, p. 142), afirmam que na formação de redes interorganizacionais, a posição a que uma empresa pode aspirar depende das competências que ela acumulou e da importância relativa dessas competências para o desempenho da rede como um todo. 5. Discussões finais A partir dos tópicos abordados até agora e da exposição dos diferentes pontos de vistas dos autores, algumas discussões ainda devem ser respondidas. A primeira delas parte do ponto da responsabilidade da decisão, ou seja, quem define a competência da cadeia? Em uma primeira observação, dir-se-ia que esta seria de responsabilidade da empresa focal, mas seria isso verdade? Ao verificar o caso da Apple, por exemplo, que é mundialmente conhecida pela inovação, mas seria esta a competência a ser desenvolvida em toda a cadeia? O fornecedor de parafusos ou de materiais simples, da mesma natureza, tem que ser inovadores? A própria cadeia da Coca-Cola, abordada anteriormente como tendo no seu sistema de distribuição como exemplo de competência essencial, deveria ter essa como a competência da cadeia? Os mesmos questionamentos do exemplo anterior surgem a partir deste. 16

17 A segunda questão parte de uma resposta negativa quanto a ter a mesma competência essencial para toda a cadeia. Sendo assim, cada empresa ou cada elo da cadeia deve definir a sua competência? Ou seria um misto das duas questões até agora, ou seja, a partir da empresa focal, as outras empresas integrantes da cadeia deveriam definir suas competências? Ainda: Estes governantes da cadeia tem esse poder para definir a competência essencial da cadeia como um todo? Isto posto, este estudo procurou levantar essas questões, sempre com um bom suporte bibliográfico, em torno de um tema que cada vez mais surge como imprescindível em um ambiente cada vez mais competitivo, ou seja, atualmente as empresas não podem mais pensar apenas em si, e sim na cadeia como um todo e, assim, aumentando a competitividade da mesma no mercado global. Referências BEAMON, Benita M., Supply-chain design and analysis: Models and methods. International journal of production economics, Vol.55, p , BOGUSLAUSKAS, V.; KVEDARAVICIENE, G. Difficulties in identifying company s core competencies and core processes, Inzinerine ekonomika-engineering economics, Vol.2, p , BOWERSOX,D.; CLOSS, D. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, CHEN, Y.; WU, T. The Conceptual Construction of Core Competence for Two Distinct Corporations in Taiwan, The Journal of American Academy of Business, Vol 8, n. 1, p , CHRISTOPHER, M. Logistics and supply chain management: creating value-adding networks, 3a Edição, Grã-Bretanha: Person Education Limited, DUTRA, J.S. et al. Competências: conceitos, métodos e experiências. 1a Edição, São Paulo: Atlas, FLEURY, A.C.C.; FLEURY, M.T.L. Estratégias competitivas e competencias essenciais: perspectivas para a internacionalização da indústria no Brasil. Gestão e Produção, Vol. 10, n.2, p , FLEURY, M.T.L.; FLEURY, A.C.C. Alinhando estratégia e competências, RAE, Vol. 44, n.1, p , FLEURY, A.C.C.; FLEURY, M.T.L. Estratégias empresariais e formação de competências: um quebra cabeça caleidoscópio da indústria brasileira. 3. ed. São Paulo: Atlas,

18 FLEURY, M.T.L; FLEURY A. Construindo o conceito de competência, RAC, Edição Especial, p , HAMEL, G.; PRAHALAD,C.K. Competing for the future. Boston: Harvard Business School Press, HAMEL, G.; PRAHALAD,C.K. Competindo pelo futuro: estratégias inovadoras para obter o controle do seu setor e criar os mercados de amanhã. Rio de Janeiro: Campus, KAK, A. Strategic Management, Core Competence and Flexibility: learning issues for select pharmaceutical organizations, Global Journal of Flexible Systems Management, Vol. 5, n. 4, p. 1-15, KUEIA, C.H. et al. Implementing supply chain quality management, Total Quality Management, Vol. 19, n. 11, p , LAHTI, R.K. (1999), Identifying and integrating individual level and organizational level core competencies, Journal of Business and Psychology, Vol. 14, n. 1, p. 59. LAMBERT, Douglas M.; COOPER, Martha C.; PAGH, Janus D. Supply chain Management: implementation issues and research opportunities. The international journal of logistics management, Vol. 9, n. 2, p. 1-19, MOONEY, A. Core Competence, Distinctive Competence, and Competitive Advantage: What Is the Difference?, Journal of education for business, p , nov/dez NEW, Stephen J.; PAYNE, Philip. Research frameworks in logistics. International journal of physical distribution & logistics management, Vol. 25, n. 10, p , PAIVA, E.L. et al. Estratégia de Produção e Operações: Conceitos, melhores práticas, visão de futuro. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, SRIVASTAVA, S.C. Managing Core Competence of the Organization, Vikalpa, Vol.30, n.4, p , TAN, Keah Choon. A framework of supply chain management literature. European journal of purchasing & supply management, n. 7, p ,

Aumentando a Produtividade e Reduzindo os Custos da Fábrica. Antonio Cabral

Aumentando a Produtividade e Reduzindo os Custos da Fábrica. Antonio Cabral Aumentando a Produtividade e Reduzindo os Custos da Fábrica Antonio Cabral acabral@maua.br Roteiro Desafio; Sistemas; O custo e o valor do controle de processo; Mapeamento; Principais indicadores usados

Leia mais

CADEIA DE VALOR E LOGÍSTICA A LOGISTICA PARA AS EMPRESAS CADEIA DE VALOR 09/02/2016 ESTRATÉGIA COMPETITIVA. (Alves Filho, 99)

CADEIA DE VALOR E LOGÍSTICA A LOGISTICA PARA AS EMPRESAS CADEIA DE VALOR 09/02/2016 ESTRATÉGIA COMPETITIVA. (Alves Filho, 99) CADEIA DE VALOR E LOGÍSTICA Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc A LOGISTICA PARA AS EMPRESAS CADEIA DE VALOR ESTRATÉGIA COMPETITIVA é o conjunto de planos, políticas, programas e ações desenvolvidos

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade IV GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS

Prof. Marcelo Mello. Unidade IV GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS Prof. Marcelo Mello Unidade IV GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS Gerenciamento de serviços Nas aulas anteriores estudamos: 1) Importância dos serviços; 2) Diferença entre produtos x serviços; 3) Composto de Marketing

Leia mais

Gestão da Inovação. Os processos de Gestão da Inovação praticados pelas organizações não evoluíram com os ambientes dinâmicos de negócios.

Gestão da Inovação. Os processos de Gestão da Inovação praticados pelas organizações não evoluíram com os ambientes dinâmicos de negócios. Gestão da Inovação Gestão da Inovação Os processos de Gestão da Inovação praticados pelas organizações não evoluíram com os ambientes dinâmicos de negócios. Não existem evidências confirmando a melhor

Leia mais

Reduções de Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos

Reduções de Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos Reduções de Custos Logísticos na Cadeia de Suprimentos Ricardo Amadeu Da Silva Coordenador Comitê de Logística CEISE Br Diretor Presidente - TransEspecialista 1 Gestão de Suprimentos A gestão da cadeia

Leia mais

2 Aspectos inerentes às empresas para obtenção de vantagens competitiva

2 Aspectos inerentes às empresas para obtenção de vantagens competitiva 2 Aspectos inerentes às empresas para obtenção de vantagens competitiva O presente capítulo aborda os aspectos inerentes às empresas para a geração de vantagens competitiva, tendo com isso, o intuito de

Leia mais

Gestão por Processos. Prof. Luciel Henrique de Oliveira 1

Gestão por Processos. Prof. Luciel Henrique de Oliveira 1 Novos Modelos de Empresa Aula 3 Gestão por Processos Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel.oliveira@fgv.br 1 O que são processos nas empresas? Fornecedores Atividade ou Conjunto de Atividades Input

Leia mais

Logística E gerenciamento da cadeia de abastecimento

Logística E gerenciamento da cadeia de abastecimento Logística E gerenciamento da cadeia de abastecimento Conceitos básicos Logística e Varejo Entendendo a cadeia de abastecimento integrada OBJETIVOS Os conceitos, definições e importância da cadeia de abastecimento;

Leia mais

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho FACET Curso de Sistemas de Informação GESTÃO DE PROJETOS

Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho FACET Curso de Sistemas de Informação GESTÃO DE PROJETOS Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho FACET Curso de Sistemas de Informação GESTÃO DE PROJETOS Prof. Adm. Ismael Mendes 2º Semestre/2011 UNIDADE II ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICA

Leia mais

Cadeia de Suprimentos. Aula 1. Contextualização. O que é Supply Chain Management? Prof. Luciano José Pires

Cadeia de Suprimentos. Aula 1. Contextualização. O que é Supply Chain Management? Prof. Luciano José Pires Cadeia de Suprimentos Aula 1 Contextualização Prof. Luciano José Pires O que é Supply Chain Management? Atual e futuro A Logística é uma das atividades econômicas mais antigas e também um dos conceitos

Leia mais

GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli

GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli 1 GESTÃO DE MARKETING Business to Business Profa. Eveline Jannarelli Fevereiro/2016 E-mail: Eveline@oficinadaestrategia.com.br Breve apresentação Formada em Administração de Empresas pela FAAP e Mestre

Leia mais

Gestão da Produção Logística

Gestão da Produção Logística UNIESP Campus Butantã Gestão da Produção Logística LOGÍSTICA EMPRESARIAL SUPPLY CHAIN MANAGEMENT FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS GERENCIAIS DE SÃO PAULO Rubens Vieira da Silva LOGÍSTICA EMPRESARIAL LOGÍSTICA

Leia mais

Como manter um nível adequado de estoques?

Como manter um nível adequado de estoques? Como manter um nível adequado de estoques? 1 INTRODUÇÃO Sabe-se que ao manter grandes volumes de estoques a empresa irá arcar com custos desnecessários em armazenagem, movimentações e controles, além de

Leia mais

Unidade I PROCESSOS ORGANIZACIONAIS. Prof. Léo Noronha

Unidade I PROCESSOS ORGANIZACIONAIS. Prof. Léo Noronha Unidade I PROCESSOS ORGANIZACIONAIS Prof. Léo Noronha Introdução aos processos organizacionais Qualquer tamanho de empresa, até as informais ou do terceiro setor. Visão moderna de gestão organizacional,

Leia mais

Referencial Teórico. Redes de cooperação produtivas:

Referencial Teórico. Redes de cooperação produtivas: Referencial Teórico Redes de cooperação produtivas: Formas de cooperação a partir de alianças estratégicas: Complexos industriais / organizações virtuais / parques tecnológicos / incubadoras de empresas

Leia mais

Gestão da Produção Logística

Gestão da Produção Logística UNIESP Campus Butantã Gestão da Produção Logística LOGÍSTICA EMPRESARIAL SUPPLY CHAIN MANAGEMENT GESTÃO DE DEPÓSITOS OPERADOR LOGÍSTICO ORGANIZAÇÃO PAULISTANA EDUCACIONAL E CULTURAL FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Leia mais

3. O Framework é um manual/guia de como elaborar o relato integrado? Justifique.

3. O Framework é um manual/guia de como elaborar o relato integrado? Justifique. Questões Relato Integrado 1. O que é A4S? De que forma essa organização influenciou a criação do relato integrado. A4S é o projeto do príncipe de Gales Accounting for Sustainability, foi a organização

Leia mais

Introdução PP. Aula 9: Anunciantes

Introdução PP. Aula 9: Anunciantes Introdução PP Aula 9: Anunciantes Conceito Cliente/empresa/organização/instituição ou pessoa que faz uso da propaganda para resolver algum problema de comunicação e atender a uma finalidade específica

Leia mais

VANTAGEM COMPETITIVA

VANTAGEM COMPETITIVA Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia Programa de Pós-GraduaP Graduação em Engenharia de Produção VANTAGEM COMPETITIVA Disciplina: Inovação e estratégia empresarial para competitividade

Leia mais

Vantagem Competitiva com SI

Vantagem Competitiva com SI Vantagem Competitiva com SI CEA145 Teoria e Fundamentos de Sistemas de Informação Universidade Prof. Federal George de H. G. Ouro Fonseca Preto DECEA / João Monlevade Universidade Federal

Leia mais

Logística Empresarial

Logística Empresarial Logística Empresarial Profª Esp. Mônica Suely Guimarães de Araujo Conceito Logística são os processos da cadeia de suprimentos (supply chain) que planejam, estruturam e controlam, de forma eficiente e

Leia mais

3) Qual é o foco da Governança de TI?

3) Qual é o foco da Governança de TI? 1) O que é Governança em TI? Governança de TI é um conjunto de práticas, padrões e relacionamentos estruturados, assumidos por executivos, gestores, técnicos e usuários de TI de uma organização, com a

Leia mais

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2014 Ensino Técnico ETEC PAULINO BOTELHO / E.E. ESTERINA PLACCO (EXTENSAO) Código: 091.01 Município: São Carlos Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios Habilitação Profissional: Nível

Leia mais

Desenvolvimento de Pessoas: Fator de sucesso em negócios voltados para TI

Desenvolvimento de Pessoas: Fator de sucesso em negócios voltados para TI I INSTITUTO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA Pós-Graduação Aperfeiçoamento Gestão e Tecnologia da Informação Turma 13 19 de março 2014 Desenvolvimento de Pessoas: Fator de sucesso em negócios voltados para TI Brisa

Leia mais

Curso do Superior de Tecnologia em Marketing

Curso do Superior de Tecnologia em Marketing Curso do Superior de Tecnologia em Objetivos do curso 1.5.1 Objetivo Geral O Curso Superior de Tecnologia em na modalidade EaD da universidade Unigranrio, tem por objetivos gerais capacitar o profissional

Leia mais

AULA 2/4 ASSUNTOS ABORDADOS: Gestão da cadeia de suprimentos. Gestão de estoques. 04/05/ :30 12:00

AULA 2/4 ASSUNTOS ABORDADOS: Gestão da cadeia de suprimentos. Gestão de estoques. 04/05/ :30 12:00 AULA 2/4 ASSUNTOS ABORDADOS: Gestão da cadeia de suprimentos. Gestão de estoques. 04/05/2013 10:30 12:00 Assunto: Gestão da cadeia de suprimentos. Consiste em gerenciar estrategicamente diferentes fluxos

Leia mais

2ª Parte Competindo com a Tecnologia de Informação

2ª Parte Competindo com a Tecnologia de Informação 2ª Parte Competindo com a Tecnologia de Informação Objectivos de Aprendizagem Identificar várias estratégias competitivas básicas e explicar como elas podem utilizar Tecnologias da Informação para confrontar

Leia mais

Processo e Agentes da Gestão da Qualidade

Processo e Agentes da Gestão da Qualidade Gestão da Qualidade Processo e Agentes da Gestão da Qualidade Fernanda Villar Corrêa Vídeos - Empresa como Sistema - Gestão da Qualidade como Subsistema - Envolvem métodos de produção, avaliação

Leia mais

Ementário EMBA em Gestão de Projetos

Ementário EMBA em Gestão de Projetos Ementário EMBA em Gestão de Projetos Grade curricular Disciplina MATEMÁTICA FINANCEIRA - N FUNDAMENTOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS E GERENCIAMENTO DE ESCOPO - N GERENCIAMENTO DE RISCOS EM PROJETOS GESTÃO

Leia mais

Sistemas de Informação Gerenciais

Sistemas de Informação Gerenciais Sistemas de Informação Gerenciais Seção 2.2 Sistemas Empresariais: ERP SCM 1 Sistema empresarial Constitui uma estrutura centralizada para uma organização e garante que as informações possam ser compartilhadas

Leia mais

Gestão Estratégica da Qualidade

Gestão Estratégica da Qualidade UNIVERSIDADE DE SOROCABA Curso Gestão da Qualidade Gestão Estratégica da Qualidade Professora: Esp. Débora Ferreira de Oliveira Aula 2 16/08 Objetivo: relembrar o que foi dado, tirar possíveis dúvidas

Leia mais

Plataforma da Informação. Fundamentos da Excelência

Plataforma da Informação. Fundamentos da Excelência Plataforma da Informação Fundamentos da Excelência Modelo de Excelência em Gestão Fundamentos da Excelência O Modelo de Excelência em Gestão estimula e apoia as organizações no desenvolvimento e na evolução

Leia mais

Redes de Valor e de Cooperação : evoluindo com a Inteligência Empresarial série 1

Redes de Valor e de Cooperação : evoluindo com a Inteligência Empresarial série 1 Redes de Valor e de Cooperação : evoluindo com a Inteligência Empresarial série 1 Daniela Ramos Teixeira As regras do jogo empresarial têm mudado, consideravelmente, nos últimos anos, sendo que a hipercompetição

Leia mais

Instituto Sindipeças de Educação Corporativa

Instituto Sindipeças de Educação Corporativa Instituto Sindipeças de Educação Corporativa Maio 2014 Instituto Sindipeças de Educação Corporativa Missão Oferecer soluções educacionais para elevar a competitividade e a sustentabilidade do setor de

Leia mais

Gestão efetiva de mercado em tempos de incerteza

Gestão efetiva de mercado em tempos de incerteza Gestão efetiva de mercado em tempos de incerteza Data e Local Turma 1: 07 e 08/10/2016 FDC, Campus RJ Turma 2: 2017 FDC, Campus SP Carga horária 16 horas Investimento R$ 3.500,00 Público-alvo Executivos

Leia mais

Aqui você escolhe o curso que deseja fazer de acordo com o seu momento empreendedor e as necessidades de sua empresa.

Aqui você escolhe o curso que deseja fazer de acordo com o seu momento empreendedor e as necessidades de sua empresa. Aqui você escolhe o curso que deseja fazer de acordo com o seu momento empreendedor e as necessidades de sua empresa. Aprender a Empreender Objetivo: Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes sobre

Leia mais

S T E M A I N T E G R A D O A SOLUÇÃO COMPLETA PARA ADMINISTRAÇÃO DE SUA EMPRESA Indústria Comércio Serviço

S T E M A I N T E G R A D O A SOLUÇÃO COMPLETA PARA ADMINISTRAÇÃO DE SUA EMPRESA Indústria Comércio Serviço S A SOLUÇÃO COMPLETA PARA ADMNSTRAÇÃO DE SUA EMPRESA ndústria Comércio Serviço S O GestãoPro foi desenvolvido para atender as empresas que atuam nos setores da indústria, comércio e serviço. O grande diferencial

Leia mais

Gestão integrada de projetos

Gestão integrada de projetos www.pwc.com Gestão integrada de projetos Seminário de Tecnologia para rastreabilidade de medicamentos São Paulo, 29 de maio de 2014 O que abordaremos? Tema Proposta tema Desafios para uma gestão das interdependências

Leia mais

A GESTÃO DOS RISCOS EMPRESARIAIS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA INVESTIGAÇÃO TEÓRICA

A GESTÃO DOS RISCOS EMPRESARIAIS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA INVESTIGAÇÃO TEÓRICA A GESTÃO DOS RISCOS EMPRESARIAIS NA CADEIA DE SUPRIMENTOS: UMA INVESTIGAÇÃO TEÓRICA Ana Paula Guimarães 1 ; Tiago Correia da Cunha; Odair de Osti RESUMO: As empresas no contexto atual procuram encontrar

Leia mais

PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A CADEIA EÓLICA DO BRASIL. Haroldo Coutinho Varella Filho UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A CADEIA EÓLICA DO BRASIL. Haroldo Coutinho Varella Filho UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte PROPOSTA DE INDICADORES DE DESEMPENHO PARA A CADEIA EÓLICA DO BRASIL Haroldo Coutinho Varella Filho UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte Objetivo Estruturar o sistema de medição de desempenho

Leia mais

Negociação Comercial

Negociação Comercial Negociação Comercial Aula 6-17/02/09 1 Negociação Comercial CONCEITOS BSC - BALANCE SCORECARD 2 O QUE É BALANCE SCORECARD O BSC é uma nova abordagem para administração estratégica, desenvolvida por Robert

Leia mais

Disciplina: Processos Organizacionais Líder da Disciplina: Rosely Gaeta NOTA DE AULA 05 FERRAMENTAS E MÉTODOS PARA A RACIONALIZAÇÃO DOS PROCESSOS

Disciplina: Processos Organizacionais Líder da Disciplina: Rosely Gaeta NOTA DE AULA 05 FERRAMENTAS E MÉTODOS PARA A RACIONALIZAÇÃO DOS PROCESSOS Disciplina: Processos Organizacionais Líder da Disciplina: Rosely Gaeta NOTA DE AULA 05 FERRAMENTAS E MÉTODOS PARA A RACIONALIZAÇÃO DOS PROCESSOS 4 Técnicas de Apoio à Melhoria de processo: As Sete Ferramentas

Leia mais

Planejamento e Controle da Produção I

Planejamento e Controle da Produção I Planejamento e Controle da Produção I Prof. M.Sc. Gustavo Meireles 2012 Gustavo S. C. Meireles 1 Introdução Planejamento Agregado: Maximizar os resultados das operações e minimizar os riscos de tomadas

Leia mais

Cap. 1. Logística Empresarial e Redes Logísticas -Introdução. Redes Logísticas. Antonio Martins Lima Filho

Cap. 1. Logística Empresarial e Redes Logísticas -Introdução. Redes Logísticas. Antonio Martins Lima Filho Cap. 1 Logística Empresarial e Redes Logísticas -Introdução Conteúdo deste Resumo Indicações Bibliográficas 1.2 Conceito de Redes Logísticas Bibliografia da disciplina Indicações bibliográficas para este

Leia mais

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico

Plano de Trabalho Docente Ensino Técnico Plano de Trabalho Docente 2016 Ensino Técnico Plano de Curso nº 246 aprovado pela portaria Cetec nº 181 de 26/09/2013 Etec Paulino Botelho Código: 091 Município: São Carlos Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios

Leia mais

Instituto Sindipeças de Educação Corporativa

Instituto Sindipeças de Educação Corporativa Instituto Sindipeças de Educação Corporativa 2016 Instituto Sindipeças de Educação Corporativa Missão Oferecer soluções educacionais para elevar a competitividade e a sustentabilidade do setor de autopeças.

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção

Curso de Engenharia de Produção. Organização do Trabalho na Produção Curso de Engenharia de Produção Organização do Trabalho na Produção Estrutura Organizacional Organização da Empresa: É a ordenação e agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance dos objetivos

Leia mais

Disciplina: GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Disciplina: GERENCIAMENTO DE PROJETOS Disciplina: GERENCIAMENTO DE PROJETOS Contextualização No início dos anos 1960, o Gerenciamento de Projetos foi formalizado como ciência. Os negócios e outras organizações começaram a enxergar o benefício

Leia mais

TÍTULO: A PERCEPÇÃO DA INFLUENCIA DA EMBALAGEM NA DECISÃO DE COMPRA PELOS CONSUMIDORES DE SAO BERNARDO

TÍTULO: A PERCEPÇÃO DA INFLUENCIA DA EMBALAGEM NA DECISÃO DE COMPRA PELOS CONSUMIDORES DE SAO BERNARDO 16 TÍTULO: A PERCEPÇÃO DA INFLUENCIA DA EMBALAGEM NA DECISÃO DE COMPRA PELOS CONSUMIDORES DE SAO BERNARDO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: FACULDADE

Leia mais

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA NA GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA

RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA NA GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA NA GESTÃO DA CADEIA LOGÍSTICA Coordenadoria de Economia Mineral Diretoria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Premissas do Desenvolvimento Sustentável Economicamente

Leia mais

Objetivos desta aula. Noções de Marketing 21/10/09

Objetivos desta aula. Noções de Marketing 21/10/09 Noções de Marketing 21/10/09 Atendimento. Marketing em empresas de serviços. Marketing de relacionamento. Segmentação de mercado e segmentação do setor bancário. Propaganda e Promoção. Satisfação, Valor

Leia mais

Além disso, saber onde seus funcionários precisam melhorar vai ajudar e muito na criação de planos de desenvolvimento.

Além disso, saber onde seus funcionários precisam melhorar vai ajudar e muito na criação de planos de desenvolvimento. Este conteúdo faz parte da série: Avaliação de Desempenho Ver 3 posts dessa série O que é Quando o assunto é gestão de pessoas um dos tópicos mais importantes e falados é a avaliação de desempenho. Esse

Leia mais

Modelo de Forças Competitivas de Porter

Modelo de Forças Competitivas de Porter Modelo de Forças Competitivas de Porter O modelo de forças competitivas de Porter pressupõe a existência de cinco forças para a análise da competitividade dos setores da economia. O modelo também pode

Leia mais

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão Curso Administração Campus: Angra dos Reis SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Missão Formar profissionais, éticos, criativos e empreendedores, com competências e habilidades técnicas, humanas e conceituais, visão

Leia mais

6 Referências Bibliográficas

6 Referências Bibliográficas 85 6 Referências Bibliográficas ABML, disponível em: http://www.abml.org.br/website/downloads/conceitodooperadorlogistico.p df - acesso em 28/04/07. AFRICK, J. M.; CALKINS, C.S.; Does asset ownership mean

Leia mais

Contextualização sobre Cadeia de Valor

Contextualização sobre Cadeia de Valor Contextualização sobre Cadeia de Valor Oficina 6 Mecanismos para Implantar a Responsabilidade Social Empresarial na Cadeia de Valor São Paulo, 30 de maio de 2008. O que é Cadeia de Valor? Projeto / design

Leia mais

Logística Empresarial. Aula 11

Logística Empresarial. Aula 11 Logística Empresarial Aula 11 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos

Leia mais

OSM - PROCESSOS ORGANIZACIONAIS BPM / BPMN

OSM - PROCESSOS ORGANIZACIONAIS BPM / BPMN OSM - PROCESSOS ORGANIZACIONAIS BPM / BPMN BPM - BUSINESS PROCESS MANAGEMENT (GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO) Os princípios fundamentais de BPM enfatizam a visibilidade, a responsabilidade e a capacidade

Leia mais

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 01: Gestão das Cadeias de Suprimentos

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 01: Gestão das Cadeias de Suprimentos GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 01: Gestão das Cadeias de Suprimentos Objetivos O aluno deverá ser capaz de: Entender os principais conceitos de Cadeia de Suprimentos Conhecer a origem da Cadeia

Leia mais

APLICAÇÃO DO BPM PARA REESTRUTURAÇÃO DO PORTFÓLIO DE SERVIÇOS DA APEX-BRASIL

APLICAÇÃO DO BPM PARA REESTRUTURAÇÃO DO PORTFÓLIO DE SERVIÇOS DA APEX-BRASIL APLICAÇÃO DO BPM PARA REESTRUTURAÇÃO DO PORTFÓLIO DE SERVIÇOS DA APEX-BRASIL BPM Congress Brasília, 27 de novembro de 2012. Carlos Padilla, CBPP, Assessor da Gerência de Negócios. PANORAMA DA APEX-BRASIL

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Lista de Exercícios 02. Luiz Leão

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Lista de Exercícios 02. Luiz Leão Luiz Leão luizleao@gmail.com http://www.luizleao.com Exercício 01 Conceitue e-business e quais o seu principal objetivo? Exercício 01 Resposta Conceitue e-business e quais o seu principal objetivo? É todo

Leia mais

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos:

Introdução controle manual pelo coordenador da disciplina: abordagem conceitual: jogos lúdicos: 1 Introdução Desde a última década, uma nova forma de ensino na área administrativa tem chamado a atenção por seu espírito inovador, pela forma dinâmica de seu aprendizado e pela criatividade estimulada

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA MERCADO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA MERCADO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORIENTADO PARA MERCADO OBJETIVOS RECURSOS CAPACIDADES COMPETÊNCIAS AJUSTE VIÁVEL OPORTUNIDADES DE MERCADO EM MUDANÇA OBJETIVO MOLDAR E REMODELAR PRODUTOS E NEGÓCIOS LUCROS E CRESCIMENTO

Leia mais

03/05/2010 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO CLIENTE FABRICANTE FOR RNECEDOR. Fluxo Reverso Devolução ou Reciclagem. FLUXO DOMINANTE DE PRODUTOS E SERVIÇOS

03/05/2010 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO CLIENTE FABRICANTE FOR RNECEDOR. Fluxo Reverso Devolução ou Reciclagem. FLUXO DOMINANTE DE PRODUTOS E SERVIÇOS FOR RNECEDOR FABRICANTE SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO CLIENTE Fornecimento físico Planejamento e controle de produção Distribuição física FLUXO DOMINANTE DE PRODUTOS E SERVIÇOS FLUXO DOMINANTE DE DEMANDA E DE

Leia mais

Introdução aos Sistemas de Informação nas Empresas

Introdução aos Sistemas de Informação nas Empresas Introdução aos Sistemas de Informação nas Empresas Esse capitulo estuda o referencial do conhecimento de SI necessário aos usuários finais das empresas e abordagem revista sobre desdobramentos-chaves no

Leia mais

Fulano de Tal. Relatório de Feedback 360 Extended DISC FINXS

Fulano de Tal. Relatório de Feedback 360 Extended DISC FINXS O Feedback 360 é um instrumento projetado para fornecer um foco desenvolvimentista a respeito dos pontos fortes das habilidades comportamentais específicas e suas necessidades de desenvolvimento. Este

Leia mais

Manual de Ecodesign InEDIC

Manual de Ecodesign InEDIC Manual de Ecodesign InEDIC Ferramenta 4: A ferramenta da análise do mercado fornece uma abordagem prática aos conceitos teóricos explicados no capítulo 5. Com o objetivo de determinar o potencial do mercado

Leia mais

Cadeia de suprimentos

Cadeia de suprimentos Cadeia de suprimentos Administração de Logística e da Cadeia de Suprimento Profa. Dra. Márcia Mazzeo Grande Programação de Aula Semana 1 1. Conceito de cadeia e suprimentos 2. Conceito de gestão da cadeia

Leia mais

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS. Prof. Dr. Welington Rocha

GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS. Prof. Dr. Welington Rocha 1 GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS Prof. Dr. Welington Rocha 2 Primeiro Mandamento Respeitarás a Santíssima Trindade da Contabilidade 3 Aplicar a Santíssima Trindade à Gestão da Qualidade 4 Custos da Qualidade

Leia mais

PANORAMA DA INOVAÇÃO NO BRASIL Edição 2015 Prof. Hugo Ferreira Braga Tadeu e Diogo de Lacerda Santos 2015

PANORAMA DA INOVAÇÃO NO BRASIL Edição 2015 Prof. Hugo Ferreira Braga Tadeu e Diogo de Lacerda Santos 2015 PANORAMA DA INOVAÇÃO NO BRASIL Edição 2015 Prof. Hugo Ferreira Braga Tadeu e Diogo de Lacerda Santos 2015 Apoio: Cooperação: SOBRE OS AUTORES Hugo Ferreira Braga Tadeu é Professor e Pesquisador da Fundação

Leia mais

Ementas. Certificate in Business Administration CBA

Ementas. Certificate in Business Administration CBA Ementas Certificate in Business Administration CBA Agosto 2012 Módulo Fundamental Administração Financeira EMENTA: Disciplina desenvolve a capacidade de contribuição para as decisões gerenciais aplicando

Leia mais

OLHANDO DE PERTO Pode-se observar na Figura 5 que todo o "ciclo de inovação" (P&D ao Mercado) ocorre dentro das fronteiras da organização. A inovação-

OLHANDO DE PERTO Pode-se observar na Figura 5 que todo o ciclo de inovação (P&D ao Mercado) ocorre dentro das fronteiras da organização. A inovação- SEMINÁRIO TEMÁTICO VIII: TECNOLOGIA E INOVAÇÃO AULA 01: CONCEITOS SOBRE INOVAÇÃO E TECNOLOGIA TÓPICO 04: INOVAÇÃO ABERTA E INOVAÇÃO FECHADA Conceitualmente a inovação foi pensada como um processo interno

Leia mais

Aplicativos Integrados. Profa. Dra. Ellen Francine Barbosa PAE Lívia Castro Degrossi

Aplicativos Integrados. Profa. Dra. Ellen Francine Barbosa PAE Lívia Castro Degrossi Aplicativos Integrados Profa. Dra. Ellen Francine Barbosa PAE Lívia Castro Degrossi Aplicativos Integrados ERP (Enterprise Resource Planning) CRM (Consumer Relationship Management) SCM (Supply Chain Management)

Leia mais

SER DIGITAL: A TECNOLOGIA NA VIDA EXECUTIVA COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES

SER DIGITAL: A TECNOLOGIA NA VIDA EXECUTIVA COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES 66 GVEXECUTIVO V 11 N 2 JUL/DEZ 2012 COMÉRCIO ELETRÔNICO: DA EVOLUÇÃO PARA AS NOVAS OPORTUNIDADES POR ALBERTO LUIZ ALBERTIN ILUSTRAÇÃO: TOVOVAN/SHUTTERSTOCK.COM - EDIÇÃO DE IMAGEM: RAFAEL TADEU SARTO AS

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DA SERRA

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DA SERRA FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO DA SERRA Curso: Administração Professor: Denilton Macário de Paula Disciplina: Administração Mercadológica I PLANO DE ENSINO Período: 4º C/D/E Ano/Semestre: 2008/2 Carga Horária:

Leia mais

7.1 Contribuições para a teoria de administração de empresas

7.1 Contribuições para a teoria de administração de empresas 7 Conclusões Esta tese teve por objetivo propor e testar um modelo analítico que identificasse como os mecanismos de controle e as dimensões da confiança em relacionamentos interorganizacionais influenciam

Leia mais

Figura 5: Evolução do setor de Petróleo em relação ao PIB no Brasil (Fonte: ANP)

Figura 5: Evolução do setor de Petróleo em relação ao PIB no Brasil (Fonte: ANP) 1 Introdução Como principal fonte energética, o petróleo desempenha papel estratégico na economia do Brasil e dos principais países industrializados do mundo. O setor de petróleo representa quase 10% do

Leia mais

pós-graduação lato sensu MBA em Logística Empresarial

pós-graduação lato sensu MBA em Logística Empresarial pós-graduação lato sensu MBA em Logística Empresarial 4ª turma Contexto atual, Competências e Mercado As organizações atuando em um mercado globalizado, cada vez mais dinâmico e competitivo exigem: Profissionais

Leia mais

1. Gestão da Cadeia de Suprimentos

1. Gestão da Cadeia de Suprimentos 1/6 1. Gestão da Cadeia de Suprimentos A gestão da cadeia de suprimentos é um processo que consiste em gerenciar estrategicamente diferentes fluxos (de bens, serviços, finanças, informações) bem como as

Leia mais

Sistemas de Informação Gerenciais

Sistemas de Informação Gerenciais Sistemas de Informação Gerenciais Seção 1.2 Conceitos e perspectivas em SI Seção 1.3 Classificação dos SI 1 EMPRESA E TECNOLOGIA 2 Contexto Já perceberam que as empresas no mundo moderno estão relacionadas

Leia mais

Unidade I PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO. Prof. Clesio Landini Jr.

Unidade I PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO. Prof. Clesio Landini Jr. Unidade I PLANEJAMENTO E OPERAÇÃO POR CATEGORIA DE PRODUTO Prof. Clesio Landini Jr. Planejamento e operação por categoria de produto Fabricante> Distribuidor> Cliente Fazer os produtos e serviços chegarem

Leia mais

FAMEBLU Engenharia Civil

FAMEBLU Engenharia Civil Disciplina LOGÍSTICA EMPRESARIAL FAMEBLU Engenharia Civil Aula 5: Revisão Geral Professor: Eng. Daniel Funchal, Esp. Estratégia Corporativa Estratégia corporativa é o processo essencial dentro das organizações,

Leia mais

7/30/2012. Formação. Bases Tecnológicas. Planejamento Programação e Controle da Produção PPCP. Rodrigo Moraes de Siqueira. Formação: Engenheiro

7/30/2012. Formação. Bases Tecnológicas. Planejamento Programação e Controle da Produção PPCP. Rodrigo Moraes de Siqueira. Formação: Engenheiro Planejamento Programação e Controle da Produção PPCP Rodrigo Moraes de Siqueira PPCP-Rodrigo Moraes de Siqueira 1 Formação: Engenheiro Formação Especializações: Sistemas de apoio a manufatura Sistemas

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Apresentação do Plano de Ensino. Luiz Leão

ADMINISTRAÇÃO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Apresentação do Plano de Ensino. Luiz Leão Luiz Leão luizleao@gmail.com http://www.luizleao.com Quem sou eu? Site: http://www.luizleao.com Introdução Para aprender a Gerir, Conceber, Desenvolver, Testar, avaliar a qualidade, avaliar a segurança,

Leia mais

Gerenciamento de relacionamento com o consumidor

Gerenciamento de relacionamento com o consumidor Gerenciamento de relacionamento com o UNIBAN Instituto de Comunicação Curso de Tecnologia em Marketing Unidade Tatuapé SP Disciplina Estratégias de Marketing Prof. Me. Francisco Leite Aulas de 18/10/2011.

Leia mais

2. A Logística e a Indústria do Petróleo 2.1. Conceituação da Logística

2. A Logística e a Indústria do Petróleo 2.1. Conceituação da Logística 2. A Logística e a Indústria do Petróleo 2.1. Conceituação da Logística As funções logísticas, embora não tradicionalmente conceituadas como nos dias de hoje, têm importância nas atividades econômicas

Leia mais

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão

SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO. Missão SÍNTESE PROJETO PEDAGÓGICO Curso Superior de Tecnologia em Logística Campus: Nova Iguaçu Missão O Curso Superior de Tecnologia em Logística da Universidade Estácio de Sá tem por missão a formação de gestores

Leia mais

Engenharia de Processos Oscar F. T Paulino

Engenharia de Processos Oscar F. T Paulino 17 Seminário Brasileiro Industrial 27/10/2016 Engenharia de Processos Oscar F. T Paulino Engenharia de Processos - Conceitos Campo de atividades que utiliza os conhecimentos das Ciências básicas (Matemática,

Leia mais

Relatório de Competências de Nataly Lopez (Perfil Natural) Autoconfiança. Autocontrole. Busca de Informação. Capacidade de Negociação.

Relatório de Competências de Nataly Lopez (Perfil Natural) Autoconfiança. Autocontrole. Busca de Informação. Capacidade de Negociação. IMPORTANTE: Em ótimas condições do ambiente, a grande maioria das pessoas pode ter a capacidade de desempenhar-se adequadamente em quaisquer das seguintes competências. Referimo-nos a "ótimas condições"

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE

DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Prof. Sales Filho GERÊNCIA DE PROJETOS AULA 04 1 Objetivos Apresentar a gerência de projetos de software e descrever as suas características particulares; Discutir o planejamento

Leia mais

Estratégia de Operações

Estratégia de Operações Estratégia de Operações Prof. MSc. Hugo J. Ribeiro Junior Engenharia de Produção - 9º período Janeiro de 2011 SUMÁRIO 1. Introdução; 2. Competências Essenciais; 3. Prioridades Competitivas; 4. Estratégia

Leia mais

Redefining the Concept of Strategy and the Strategy Formation Process. Redefinindo o Conceito de Estratégia e o Processo de Formação da Estratégia

Redefining the Concept of Strategy and the Strategy Formation Process. Redefinindo o Conceito de Estratégia e o Processo de Formação da Estratégia 1 Redefining the Concept of Strategy and the Strategy Formation Process Redefinindo o Conceito de Estratégia e o Processo de Formação da Estratégia (HAX, Arnoldo C., 1990) A imersão das estratégias constituem

Leia mais

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO GESTÃO DE LOGÍSTICA

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO GESTÃO DE LOGÍSTICA LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO GESTÃO DE LOGÍSTICA PERGUNTA O que entendo por Logística? E qual sua importância para as empresas no cenário atual? Porque estudar Logística? EVOLUÇÃO Logística Uma função essencial

Leia mais

Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais I

Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais I Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais I Recursos e PRP (Processo de Realização do Produto) Prof. Marcos César Bottaro Os Recursos RECURSOS: é tudo que gera ou tem a capacidade de gerar riqueza

Leia mais

Conceito: estratégia de produção. Gestão da Produção Aula 3. Conceito: estratégia de produção. Conceito: estratégia de produção 03/04/2014

Conceito: estratégia de produção. Gestão da Produção Aula 3. Conceito: estratégia de produção. Conceito: estratégia de produção 03/04/2014 Gestão da Produção Aula 3 Estratégia de Produção: Origens e Novas Orientações Uma estratégia de produção é formada a partir de um conjunto de metas, políticas e restrições auto impostas, que descrevem

Leia mais

UNIVERSIDADE PAULISTA

UNIVERSIDADE PAULISTA UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA Projeto Integrado Multidisciplinar VII e VIII Marketing Manual de orientações - PIM Curso Superior de Tecnologia em Marketing. 1. Introdução Os Projetos

Leia mais

Capítulo 8 Desenvolvimento Empresarial

Capítulo 8 Desenvolvimento Empresarial ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Capítulo 8 Empresarial João Pedro Couto ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Pensamento Estratégico Formulação da Estratégia Análise do Meio Envolvente Missão, Objectivos e Estratégia Produtos-Mercados

Leia mais

Gestão da Qualidade. Aula 13. Prof. Pablo

Gestão da Qualidade. Aula 13. Prof. Pablo Gestão da Qualidade Aula 13 Prof. Pablo Proposito da Aula 1. Conhecer as normas da família ISO 9000. Família da norma ISO 9000 Família ISO 9000 As normas ISO da família 9000 formam um conjunto genérico

Leia mais

LETRAS INDISPENSÁVEIS PARA ORGANIZAR UM PLANO DE AÇÃO 4E REDUZIR RISCOS

LETRAS INDISPENSÁVEIS PARA ORGANIZAR UM PLANO DE AÇÃO 4E REDUZIR RISCOS LETRAS INDISPENSÁVEIS PARA ORGANIZAR UM PLANO DE AÇÃO 4E REDUZIR RISCOS LETRAS INDISPENSÁVEIS PARA ORGANIZAR UM PLANO DE AÇÃO 4E REDUZIR RISCOS apresentação SWOT Você já deve ter ouvido falar em SWOT (Strengths,

Leia mais

Fundamentos de Gestão de TI

Fundamentos de Gestão de TI Fundamentos de Gestão de TI Tópico IV Desenho de Serviço (ITIL V3) José Teixeira de Carvalho Neto desenho de serviço desenho de serviço Objetivo: desenhar e especificar serviços novos ou alterados para

Leia mais