LOM Introdução à Mecânica dos Sólidos. Parte 3. Estado plano de tensão. Tensões em tubos e vasos de pressão de parede fina
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1 LOM Parte 3. Estado plano de tensão. Tensões em tubos e vasos de pressão de parede fina DEMAR USP Professores responsáveis: Viktor Pastoukhov, Carlos A.R.P. Baptista Ref. 1: F.P. BEER, E.R. JOHNSTON, J.T. DeWOLF. Resistência dos Materiais. São Paulo: McGraw Hill. 4a Ed., 006, 758p. Ref. : J.M. GERE. Mecânica dos Materiais. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 003, 698p.
2 COEFICIENTE DE POISSON Para uma barra delgada submetida a uma carga aial: z 0 E a deformação produzida na direção da força é acompanhada por uma contração em qualquer direção transversal. Supondo que o material é isotrópico (sem dependência direcional), z 0 Coeficiente de Poisson é definido como deformacao especifica lateral deformacao especifica aial z
3 LEI DE HOOKE GENERALIZADA Para um componente sujeito a carregamento multiaial, os elementos de tensão normais resultantes de componentes de tensão podem ser determinados a partir do princípio da sobreposição. Isto requer: 1) Cada efeito está linearmente relacionado com a força que o produz. ) A deformação é pequena. Com estas restrições: z z E E E z E E E z E E E
4 DILATAÇÃO e Em releção ao estado livre de tensões, a variação de volume é z 1 z E dilatação (mudança de volume por unidade) Para elemento submetido a uma pressão hidrostática constante z z 3 1 p e p E k E k módulo volumétrico 3 1 Sob pressão uniforme, a dilatação deve ser negativa, portanto 0 1
5 DEFORMAÇÃO ANGULAR (DE CISALHAMENTO) Um elemento cúbico submetido a uma tensão de cisalhamento irá deformar em um rombóide. A deformação de cisalhamento correspondente é quantificada em termos de variação do ângulo entre os lados, f Um gráfico de tensão de cisalhamento vs deformação de cisalhamento é similar ao dos gráficos anteriores de tensão normal versus tensão normal, eceto que os valores de resistência são aproimadamente metade. Para pequenas deformações, G z G z z G z Onde G é denominada módulo de cisalhamento ou módulo transversal de elasticidade
6 DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO: EXEMPLO 50 mm 60 mm 00 mm SOLUÇÃO: Determinar a deformação angular média ou tensão de cisalhamento do bloco. Um bloco retangular de um material com um módulo de elasticidade transversal G = 60 MPa é colado a duas placas rígidas horizontais. A placa inferior é fia, enquanto a placa superior está submetida a uma força horizontal P (Fig. 9.45). Sabendo que a placa superior se desloca 1 mm sob a ação da força, determine (a) a deformação de cisalhamento média no material e (b) a força P que atua na placa superior. Aplicar a lei de Hooke para a tosquia de estresse e tensão para encontrar a tensão de cisalhamento correspondente. Utilizar a definição de tensão de cisalhamento para encontrar a força P.
7 DEFORMAÇÃO DE CISALHAMENTO: EXEMPLO Determinar a deformação angular média ou tensão de cisalhamento do bloco. tan 1mm 50 mm 0,00 rad Aplicar a lei de Hooke para a tosquia de estresse e tensão para encontrar a tensão de cisalhamento correspondente. G 60 MPa 0,00 rad 1,4 MPa Utilizar a definição de tensão de cisalhamento para encontrar a força P. P A 3 1,4 MPa 00 mm60 mm 148,8 10 N P 148,8 kn
8 LEI DE HOOKE: RELAÇÕES ENTRE CONSTANTES DO MATERIAL Uma barra delgada submetida a uma força de tração aial se alongará na direção e se contrairá nas direções transversais. Um elemento na forma de um cubo com lado de comprimento unitário e orientado conforme mostra a figura se deformará, transformando-se em um paralelepípedo retangular. Uma carga aial provoca tensões normais. Se o elemento cúbico é orientado como na figura inferior, irá deformar-se para um losango. Força aial também resulta em uma deformação de cisalhamento. Componentes de tensão normal e de cisalhamento são relacionadas, G E 1
9 LEI DE HOOKE EM 3D
10 DEFORMAÇÃO MULTIAXIAL: EXEMPLO 380 mm 380 mm Um círculo de diâmetro d = 0 mm é desenhado em uma placa de alumínio livre de tensões de espessura t = 19 mm. Forças que atuam posteriormente no plano da placa provocam tensões normais σ = 8 MPa e σ z = 138 MPa. 1 Para E = 69 GPa e, determine a variação: 3 a) do comprimento do diâmetro AB b) do comprimento do diâmetro CD c) da espessura da placa d) do volume da placa.
11 SOLUÇÃO: Aplicar a Lei de Hooke generalizada para encontrar três componentes da tensão normal. DEFORMAÇÃO MULTIAXIAL: EXEMPLO Avaliar os componentes de deformação. 3 B d 0,510 mm/mm 0 mm A B A 0,114 mm z z E E E MPa 0,510 z E E E MPa 3 1,06310 z E E E MPa 3 1, MPa MPa mm/mm mm/mm mm/mm MPa MPa 8 MPa MPa C d D z t t 3 1,60410 mm/mm 0 mm C D 0,353 mm 3 1,06310 mm/mm 19 mm t 0,00 mm
12 DEFORMAÇÃO MULTIAXIAL: EXERCÍCIO Uma amostra, submetida à tensão compressiva na direção z, está confinada de modo que não pode se deformar na direção, mas a deformação na direção é permitida. Considerando que o material eibe comportamento linear elástico, determine: a) a tensão na direção ; b) a deformação na direção z; c) a deformação na direção.
13 ESTADO PLANO DE TENSÃO Estado plano de tensão - estado de tensão em que duas faces do elemento de volume estão livres de qualquer tensão. Para o eemplo ilustrado, o estado de tensão é definido por,, z z z 0. Estado plano de tensão ocorre em uma placa fina submetida a forças que atuam no plano médio da espessura da placa. Estado plano de tensão também ocorre na superfície livre de um elemento estrutural ou componente de máquina, ou seja, em qualquer ponto da superfície que não esteja submetido a uma força eterna.
14 COMPONENTES DE TENSÃO: MUDANÇA DE SISTEMA DE COORDENADAS Considerando condições de equilíbrio de um elemento prismático com faces perpendicular aos eios,, e. F F 0 A 0 Acos cos Acos Asen sen Asen cos A Acos sen Acos Asen cos Asen sen sen cos Isolando componentes de tensão no sistema : Obs.: tensão normal ao eio pode ser obtida a partir do resultado para incrementando àngulo θ em π/ cos cos sen cos sen sen
15 TENSÕES PRINCIPAIS E O CÍRCULO DE MOHR ma, min tan p Nota : define dois ângulos separadosde 90 o
16 RELAÇÕES ENTRE CONSTANTES ELÁSTICAS: CISALHAMENTO PURO G E 1
17 EXEMPLO Para o estado de tensão mostrado, determine: (a) os planos principais, (b) as tensões principais, (c) a tensão máima de cisalhamento e as correspondentes tensões normais. SOLUÇÃO: Orientação dos planos principais: tan p Tensões principais: ma, min Tensão máima de cisalhamento ma
18 SOLUÇÃO: Orientação dos planos principais: tan p p 53.1, MPa 10MPa 40MPa 6.6, p Tensões principais: ma,min ma min 70MPa 30MPa
19 Tensão máima de cisalhamento ma ma 50MPa 50MPa 10MPa 40MPa s p , s A correspondente tensão normal med MPa
20 EXERCÍCIOS 1) Um ponto na superfície de um sólido em equilíbrio está sob o estado de tensões indicado na figura. Determine as tensões principais e os planos de corte principais, a máima tensão de cisalhamento e o correspondente valor da tensão normal. Represente graficamente o estado de tensão em um círculo de Mohr. Responda ainda: qual o valor da tensão cisalhante nos planos de corte em que a tensão normal é nula?
21 EXERCÍCIOS ) Para o estado de tensão indicado na figura, sendo p = 50 MPa, calcule as tensões principais e indique os cortes onde elas ocorrem.
22 EXERCÍCIOS 3) As tensões principais de um ponto sob tensão plana estão mostradas no bloco B da figura. Pede-se: i) Calcule as componentes de tensão no plano a-a do bloco B. ii) Calcule as tensões nos planos horizontal e vertical do bloco A.
23 EXERCÍCIOS 4) Em uma chapa cujo estado de tensão é dado pela figura, descobriu-se uma trinca, conforme indicado, comprometendo a integridade da estrutura. Considerando que não são admitidas solicitações de tração nem de cisalhamento no plano da trinca, foram propostas duas soluções para que a trinca não afete a estrutura: i) o acréscimo de uma tensão de compressão na direção perpendicular à da tensão dada; ii) o acréscimo de uma tensão de cisalhamento na chapa. Discuta a validade de cada proposta e calcule o valor da tensão que deve ser acrescentada ao estado de tensão original.
24 TENSÕES EM VASOS DE PRESSÃO DE PAREDE FINA Vasos de pressão são eemplos de aplicação do estado plano de tensões. Eemplos: Recipientes cilíndricos e esféricos Empregados como: Tanques de armazenamento de gás, caldeiras, tanque de ar comprimido, reservatórios de líquidos, oleodutos. t Definição: Vasos de pressão de paredes finas: 0,1 tensões uniformes r (onde: t = espessura da parede; r = raio interno)
25 TUBO PRESSURIZADO DE PAREDE FINA Tensões num ponto qualquer: 1 = tensão circunferencial = tensão longitudinal Tensão circunferencial: F z 1 0 pr t 1 t pr Tensão Longitudinal: F 1 0 pr t rt pr
26 VASO DE PRESSÃO ESFÉRICO 1 pr t O círculo de Mohr para transformações no plano das tensões reduz-se a um ponto. 1 ma(plane) 0 cons tante (Obs.: Posteriormente será vista a reconsideração desses casos como estado tridimensional de tensão)
27 CÍRCULO DE MOHR PARA 3 DIMENSÕES Planos paralelos aos eios principais: O equilíbrio no plano XY não se altera quando a tensão normal em Z é diferente de zero. Fazendo os eios X, Y, Z coincidirem com as direções principais
28 Plano de inclinação arbitrária: CÍRCULO DE MOHR PARA 3 DIMENSÕES
29 CASO PLANO RECONSIDERADO COMO TRIDIMENSIONAL
30 EXEMPLO: TUBO DE PAREDE FINA Os pontos A e B correspondem, respectivamente, à tensão tangencial 1, e tensão longitudinal, Máima tensão de cisalhamento no plano das tensões: ma( plano) 1 pr 4t Máima tensão de cisalhamento ocorres em um plano a 45 o em torno do eio longitudinal ma pr t
31 MEDIDAS DE DEFORMAÇÃO Etensômetro Elétrico de Resistência Rosetas Roseta Retangular
32 Eercícios adicionais para parte 3 Referência principal: [1] Beer F.P., Johnston E.R.Jr., De Wolf, J.T., Resistência dos Materiais, Mecânica dos Materiais, McGrau-Hill, 4ª Ed., S.P., 006 p :.61-.8; p : ; p : p. 453, Problema resolvido 7.5; p : Alternativa: [] Beer F.P., Johnston E.R.Jr., Resistência dos Materiais, Pearson Ed. do Brasil, 3ª Ed., S.P., 006 p : ; p : ; p : p : Problema resolvido 6.5; p :
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