MÓDULO 03 PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO SISTEMAS DE PRODUÇÃO 07/09/2015 FLUXO DE PRODUÇÃO
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- Amália Antas Lencastre
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1 MÓDULO 03 PROGRAMAÇÃO DA PRODUÇÃO Danillo Tourinho Sancho da Silva, MSc SISTEMAS DE PRODUÇÃO SISTEMAS DE PRODUÇÃO TRADICIONAL Este sistema está sempre relacionado com o fluxo de produção. Tem uma orientação e uma dimensão FLUXO DE PRODUÇÃO 1
2 OS SISTEMAS PRODUTIVOS E SUAS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS Estratégias Competitivas Liderança em Custos Diferenciação Focalização Contínuos Em Massa (Batch) Contínuos - Ininterruptos Em lotes Sob Encomenda Sistemas Produtivos PRODUÇÃO CONTÍNUA PRODUÇÃO EM MASSA Grandes volumes e pouca variedade. Seqüência linear. Produtos padronizados, não é flexível. As etapas de produção fluem numa seqüência prevista de um posto de trabalho para outro. As etapas são balanceadas para que as atividades mais lentas não prejudiquem a velocidade do processo. São mais eficientes. PRODUÇÃO EM MASSA Produção em grandes quantidades para linhas de montagem Serve para produtos variados produzidos na mesma plataforma Pode ser ininterrupta Indústrias de refrigerantes Indústria de eletrodomésticos Indústria alimentícia Indústria de CDs 2
3 PRODUÇÃO CONTÍNUA ININTERRUPTA Processo totalmente automatizado Produtos padronizados Tarefas repetitivas Rentabilidade obtida através da produção de grandes volumes PRODUÇÃO CONTÍNUA ININTERRUPTA Custos altos em função de máquinas e equipamentos A linha de montagem não pode ser modificada Indústria química Indústria de papel Indústria de derivados de petróleo Indústria de aço PRODUÇÃO INTERMITENTE EM LOTES POR ENCOMENDA JOBBING JOBSHOP Cada tipo de produto tem o seu processo e ao fim de cada lote os produtos podem ser diversificados. Há famílias de produtos com pouca variação Para processos automatizados exige-se maiores volumes. 3
4 Em geral os projetos são dos clientes. O arranjo físico é conforme o processo de produção e podem ser disposto de acordo com as habilidades das pessoas, operações do processo e/ou equipamentos. Não há regularidade no fluxo dos produtos de uma fase para outra. Os recursos humanos são mais exigidos. São necessárias mudanças e calibragens nos equipamentos de acordo com os produtos. Exemplos: Indústrias de máquinas e ferramentas, roupas, algumas indústrias alimentícias, peças para automóveis. Indústria metalúrgica - portas, janelas, portões. Indústria moveleira armários e móveis em geral. Cuidados para com o sistema por lotes: É bastante flexível e pode apresentar problemas diversos. O controle de estoques deve ser perfeito. A programação da produção deve ser do conhecimento de todos antes do início do processo. Exige a implantação de programas de qualidade para evitar desperdícios, erros, etc. 4
5 Há perda de tempo com os rearranjos. Perde-se em eficiência e o volume de produção são baixos. O mercado pode ser reduzido. PRODUÇÃO DE GRANDES PROJETOS. Cada projeto é um produto único. Não há um fluxo do produto. Produção em baixos volumes e grande variedade. Processo de longa duração, com início e fim bem definidos. Tarefas com pouca ou nenhuma repetitividade. Intervalos de tempos diferentes. Produtos de alto custo. Há dificuldades para gerenciar os projetos em função das diferentes atividades concorrentes e concomitantes. Necessita de planejamento e controle de todo o processo, com técnicas como PERT-CPM. 5
6 Exemplos: Estaleiros navios Fabricação de aviões Grandes estruturas de engenharia e construção civil (túnel no Canal da Mancha, pontes, hidroelétricas, edifícios). Turbo geradores para Itaipu. Produção de filmes. COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSOS Projeto Intermitente Fluxo em Linha Flexibilidade: Alta Baixa Qualificação da Alta Baixa Mão-de-Obra: Investimento de Alto Baixo Capital: Capacidade de Alta Baixa Mão-de-Obra: 3-7 Custo Unitário: Alto Baixo Projeto Job Shop ASSOCIAÇÃO ENTRE PRODUTO E PROCESSO Um de cada tipo Características do Produto Pouco Volume Pouca Padronização Produtos Múltiplos Produtos Limitados Volumes Grandes Volumes Grandes Alta Demanda Altos Custos de Oportunidade 3-8 Tipo de Processo Em Lotes Linha de Montagem Contínuo Altos Custos Desembolsados 6
7 CUSTOS VERSUS VOLUME Projeto Alto Intermitente Fluxo em Linha Custo Total Envoltória do Custo Mínimo Baixo 3-9 Baixo V 1 V 2 Volume Produzido Alto PLANEJAMENTO MESTRE DE PRODUÇÃO Planejame nto Estratégic o da Produção INTRODUÇÃO O Plano Mestre de Produção visa desmembrar os planos produtivos estratégicos de longo prazo em planos específicos de produção para o médio prazo Formaliza as decisões tomadas quanto à necessidade de produtos acabados para os períodos analisados O PMP exerce duas funções: validação da capacidade em atender à demanda e identificação das quantidades de produtos acabados a produzir 7
8 VISÃO GERAL DO PLANEJAMENTO LONGO PRAZO PLANO DE PRODUÇÃO Planejamento Mestre de Produção PMP INICIAL MÉDIO PRAZO Viável PMP FINAL SIM NÃO CURTO PRAZO Programação da Produção PLANO MESTRE DE PRODUÇÃO A determinação dos intervalos de tempo que irão compor o PMP está associada à velocidade de fabricação dos itens Para itens com lead-time alto, é interessante trabalhar com períodos maiores no planejamento. Ex: fabricação de navios O ideal é ter o menor número de alterações na programação, com isso, ter um bom planejamento de previsão de demanda é imprescindível NIVELAMENTO DO PMP À DEMANDA Lotes Únicos Variáveis A B C Lotes de intercalados C B C A C B C A C B Horizonte de Programação do PMP 8
9 PMP X PLANO DE VENDAS O PMP tem o objetivo de estruturar o sistema produtivo para atender de forma eficaz o plano de vendas O PMP deve traduzir a linguagem de mercado para a linguagem de produção Normalmente há conflitos para o ajuste do PMP com o Plano de Vendas, pois a Área Comercial quer atender bem os clientes e isso normalmente proporciona muitos ajustes no sistema de produção reduzindo sua produtividade PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS Planejame nto Estratégic o da Produção 27 Objetivos conflitantes Depósitos Pouco estoque; Custos baixos de movimentação e manuseio; Capacidade de reabastecimento rápida. Compras Necessidades de volumes estáveis; Prazo de entrega flexível; Pouca variação do mix; Grandes quantidades. CHOQUES Clientes Prazo pequeno de espera do produto; Estoque alto; Enormes variedades de produtos; Preços baixos. Produção Produção de longo prazo; Alta qualidade; Alta produtividade; Custos baixos de produção. 9
10 NOSSOS DILEMAS Maximizar o lucro Reduzir e controlar custos Proteger e aumentar vendas Reduzir inventários Aumentar inventários 28 INTRODUÇÃO O vertiginoso crescimento das organizações tornou o controle dos recursos mais complicado. Somente com a revolução da tecnologia de informação foi possível desenvolver softwares que auxiliassem nesse controle O MRP é uma técnica que permite determinar as necessidades dos materiais que serão utilizados na fabricação do produto CONCEITOS Lote Econômico de compra é a quantidade que deve ser comprada para que o custo total de aquisição e de manutenção de estoques seja mínimo. (MARTINS E CAMPOS, p335) Lead time do ponto de vista do fornecedor, é o tempo que decorre desde o recebimento de uma encomenda até a entrega do produto. (ARNOLD, 1999, p24) 10
11 CONCEITOS Ordem de fabricação é uma autorização, enviada via escrita ou eletrônica, dirigida para um determinado setor para fabricar uma determinada quantidade de itens ou componentes Ordem de compra é uma autorização, enviada via escrita ou eletrônica, dirigida para um determinado fornecedor externo para faturar e entregar uma determinada quantidade de matéria-prima ou componente MRP MATERIAL RESOURCES PLANNING É uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto Com a evolução da TI e do próprio software surge o MRPII que passou a ser MANUFACTURING RESOURCE PLANNING Adota-se a sigla MRP II para distinguir do original que era mais limitado. Neste entrou o calculo das capacidades e recursos humanos VISÃO GERAL DO PROGRAMA MRP PREVISÃO DE DEMANDA OUTRAS DEMANDAS Peças de reposição, mostruário, etc.. PEDIDOS DE COMPRA EM CARTEIRA ESTRUTURA DO PRODUTO ESTOQUE EXISTENTE EXPLOSÃO DO MRP ORDENS DE COMPRA ORDENS DE FABRICAÇÃO 11
12 EXPLOSÃO DA NECESSIDADE DE MATERIAIS NO MRP NL = (NB) t (DI) t-1 + (ES) t Onde: NL = Necessidade Líquida NB = Necessidade Bruta DI = Disponível em Estoque ES = Estoque de Segurança t = Período de Referência RESPOSTA À DEMANDA Fazer para estoque (Make-to-stock) Montar para estoque (Assemble-to-stock) Fazer contra pedido (Make-to-order) Montar contra pedido (Assemble-to-order) NÍVEL DE ESTRUTURA E DEMANDA 12
13 EXERCÍCIO AVALIATIVO EM GRUPO Com base no nível de estrutura apresentada para a bicicleta, defina: As etapas para a linha de montagem da bicicleta. Cada etapa terá uma capacidade de produzir 1 peça por hora; Monte a programação de produção e calcule a necessidade de materiais para a entrega dos pedidos a seguir: PD-001 = 30 Bikes para o dia PD-002 = 10 bikes para o dia PD-003 = 15 bikes para o dia PD-004 = 40 bikes para o dia PD-005 = 30 bikes para o dia Considere que o Estoque de todos os materiais é 0 e que as peças do nível 2 levam 3 dias para chegar na fábrica e as do nível 03 levam 2 dias para chegar na fábrica. Monte as ordens de compra dos materiais considerando a data de inicio sendo hoje. PRODUÇÃO EMPURRADA - PUSH Em um sistema de produção empurrada, cada centro de trabalho empurra sua produção sem levar em consideração se o centro de trabalho seguinte pode utilizá-lo. Não existe uma preocupação com a demanda, pois normalmente é aplicado em produtos em que sua venda é muito provável PRODUÇÃO PUXADA - PULL Em um sistema de produção puxada, o centro de trabalho consumidor que puxa o trabalho da estação antecedente (fornecedor). Neste caso existe uma forte preocupação com a demanda, pois a probabilidade de venda é baixa elevando os custos de produção e logistico 13
14 PULL X PUSH Marketing comunicação com o mercado. Puxar: Empurrar: Divulgação do que o CONSUMIDOR deve exigir Divulgação do que o FORNECEDOR tem a oferecer PULL X PUSH Venda Transação de valor Puxar: Empurrar: Valor é o que o consumidor ESTÁ DISPOSTO A PAGAR pelos benefícios que obtém Valor é o que o cliente DEVE PAGAR acima do custo do fornecedor PULL X PUSH Planejamento Organização dos Processos Empurrar: Habilidade de organizar os processos para abastecer pelo CONSUMO PREVISTO, considerando CAPACIDADE Puxar: INFINITA Habilidade de organizar os processos para reabastecer pelo CONSUMO REAL, considerando CAPACIDADE FINITA 14
15 PULL X PUSH Estoque Reservas de Capacidade Puxar: Empurrar: Ônus inflador do lead-time, desmotivador da qualidade. Deve ser apenas o necessário e suficiente para proteger as entregas e alavancar a demanda. ATIVO conveniente para maximizar as eficiências de todo os recursos e repor refugos. PULL X PUSH Entregas Reação à necessidade da Cadeia Puxar: Empurrar: O que, quanto e quando a cadeia QUER receber para ser fiel. O que, quanto e quando o cliente PODE receber, conforme prazo de entrega do fornecedor. PULL X PUSH Logística Organização de Recursos Puxar: Empurrar: Maximização da ocupação (eficiência) dos poucos gargalos e da disponibilização (efetividade) dos demais recursos, para garantir a pontualidade no menos lead-time. Condições necessárias: capacidade desbalanceada e elementos de proteção de fluxo Maximização da ocupação (eficiência e lote econômico) de todos os recursos, para minimizar os custos e os investimentos necessários. Condições necessárias: capacidade balanceada e estoques intermediários 15
16 FICHAMENTO 02 Fazer o fichamento do Capítulo 13 do livro Administração da Produção e Operações de Daniel Moreira PRÁTICA DE PRODUÇÃO EM SALA 16
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21 Aplique a TOC para maximizar a produção Indicadores de Desempenho: Faturamento (em aviões): Refugo: Etapa Produção Estoque MP Tempo 21
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