Sistema de Manufatura: Conceitos e Classificação PUC. Prof. Dr. Marcos Georges
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1 Sistema de Manufatura: Conceitos e Classificação PUC CAMPINAS
2 Manufatura: definições e Modelos Manufatura de bens: como sendo um sistema que integra seus diferentes estágios, necessitando para isso de dados de entrada definidos para se obter resultados esperados. O sistema de manufatura: recebe e devolve informações ao meio externo.
3 Esquema do Sistema de Manufatura METAS E OBJETIVOS PRAZOS FERRAMENTAS MATÉRIA PRIMA DADOS DE ENTRADA QUANTIDADES MÉTODOS PROCESSOS DE MANUFATURA VALORES PRODUTOS COMPROMETIMENTO RESULTADOS SATISFAÇÃO MECANISMOS DE CONTROLE E AVALIAÇÃO
4 Sistema de Manufatura: visão obsoleta Visão obsoleta do sistema de manufatura: muitas áreas ou divisões essencialmente departamentalizada conflitos constantes valorização do local em detrimento do global problemas de fluxo falta de integração problemas crescentes
5 Sistema de Manufatura: visão moderna Visão moderna do sistema de manufatura nova composição do sistema de manufatura estruturado em 4 grandes áreas: Negócios, Engenharia, Chão de Fábrica e Suporte reconhecimento de inter-relação entre atividades há dois tipos de inter-relação: interna e externa
6 Sistema de Manufatura: visão moderna Controles Contábeis Atividades Legais Estratégia Custos Recursos Humanos Engenharia Chão de Fábrica Negócios Suporte
7 Engenharia É a responsável pela criação e desenvolvimento de produtos, assim como o desenvolvimento dos meios de manufatura necessários Engloba a engenharia de projeto/produto e de fabricação
8 Engenharia A) Geração do produto projeto conceitual, projeto básico, projeto preliminar, projeto detalhado, teste funcional e comprovação de confiabilidade. a1) Projeto conceitual: interações com o mercado para definição de características preliminares do produto.
9 Engenharia a2) Projeto básico: uso de conhecimentos tecnológicos e ciência básica, que serão incorporados ao produto (funções e dimensionamento). a3) Projeto preliminar: concepção preliminar do produto e avaliação de sua viabilidade (interação com a engenharia de manufatura).
10 Engenharia a4) Projeto detalhado: detalhamento dos desenhos (uso de conhecimento tecnológico) a5) Teste funcional e comprovação de confiabilidade: é o teste de campo sob `as condições de operação. Os requisitos de confiabilidade podem provocar substanciais mudanças em relação ao projeto básico
11 Engenharia B) Geração dos meios de manufatura b1) Definição do roteiro de fabricação: estabelece a lógica geral de passagem das especificações do produto até a fabricação da peça considera os recursos e suas limitações
12 Engenharia b2) Definição do processo de manufatura: a partir do roteiro DE FABRICAÇÃO, estabelece-se o plano de processo, fixando dimensões, ferramental, etc. b3) Determinação das condições operacionais: determina-se as condições operacionais de processos (POR EXEMPLO: Vc, a, p), tempos de manufatura e tempos de setup.
13 Engenharia b4) Comunicação com o chão de fábrica: através de documentos (folha de processo meio eletrônico Na engenharia utiliza-se de modernos conceitos: Engenharia Simultânea Ferramentas computacionais (softwares CAD, CAE, DFA, DFM, ETC)
14 Chão de Fábrica A atividade de chão de fábrica ou produção é a responsável pela fabricação do produto em quantidades determinadas Utiliza-se de recursos: máquinas e equipamentos, mão de obra (direta e indireta/suporte)
15 Chão de Fábrica a1) Transformação: é a atividade que inclui tecnologias de máquinas, de processos, de ferramentas, de dispositivos, de sensores e de controle; também, tecnologias de carga e descarga (manual ou automática). a2) Fluxo de materiais e controle: inclui tecnologias para amazenagem, transporte e controle, destinadas aos processos de suprimento, administração de inventários e remoção de resíduos
16 Chão de Fábrica a3) Gerenciamento e controle de informação: inclui tecnologias de planejamento, programação, supervisão, coordenação, análise e reportagens são usadas para controle de processos, de fluxo de material direto, e outras atividades do chão de fábrica.
17 Suporte É responsável por manter sob controle `as atividades de chão de fábrica, visando tanto a qualidade como o desempenho operacional dos RECURSOS (mão de obra e equipamentos). a1)suporte `a qualidade: prover meios para manter controlada e estável a qualidade dos produtos (uso de CEP, sensoreamento, medição on line)
18 Suporte a2)suporte `a operação: prover meios para manter os equipamentos em condições operacionais adequadas (atividade de manutenção). a3) Suporte a facilidades: prover meios para manter as facilidades do chão de fábrica em condições adequadas (ar comprimido, energia, etc)
19 Negócios Deve ser a interface entre o sistema de manufatura com o mundo exterior, tanto do mercado consumidor (cliente) como mercado supridor (fornecedor) Envolve as atividades de marketing, suprimentos, planejamento
20 Negócios a1)marketing: ligação com o mercado consumidor e o sistema de manufatura. Efetua pesquisa de mercado, definição de necessidades do mercado (participação ativa na definição conceitual dos produtos). Deve prover informações sobre: estabilidade dos produtos produzidos, tendência `a diversificação, vida útil dos produtos e alterações nas quantidades (curto, médio e longo prazos)
21 Negócios a2)suprimentos: conexão entre o sistema de manufatura e o mercado supridor. É afetado pelas atividades de marketing e engenharia. Deve fornecer respostas para: variação de especificação (materiais e componentes, devido a queda de vida e diversificação de produtos); desenvolvimento de fornecedor com qualidade assegurada
22 Negócios a3)planejamento: as atividades de planejamento e controle da manufatura é a responsável pela ligação entre negócio e chão de fábrica exemplo: sistema MRPII
23 Inter-relação entre atividades Engenharia Engenharia de fabricação Chão Chão de de fábrica fábrica Negócios Planejamento e controle Chão Chão de de fábrica fábrica Suporte Manutenção e qualidade Chão Chão de de fábrica fábrica Inter-relação interna
24 Inter-relação entre atividades Engenharia Marketing e suprimentos Negócios Engenharia Qualidade e manutenção Suporte Negócios Qualidade Suporte Inter-relação externa
25 Sistema de manufatura como sistema de informações Máquinas, equipamentos e instalações são os meios pelos quais as entradas se transformam em saídas Representam a parte visível do sistema de manufatura
26 Sistema de manufatura como sistema de informações Informações: representam a parte não visível do sistema de manufatura No entanto, são elas que transitam entre as diversas partes do sistema, tendo como causa a produção dos bens A capacidade do sistema de manufatura em transmitir informações reflete o seu nível de organização
27 Sistema de manufatura como sistema de informações Quanto mais integrado o sistema de manufatura, maior será sua capacidade de prover os atributos de competitividade Um sistema de manufatura é, na sua essência, um sistema de informações O seu nível de integração depende, essencialmente, da sinergia do fluxo de informações
28 Classificação dos Sistemas de Manufatura Pode-se categorizar um sistema de manufatura em relação a: Arranjo interno (arranjo celular, arranjo funcional, arranjo em linha); Processo de Produção (Projeto, Contínuo e Intermitente); Política de Atendimento do Cliente (Make-to-order, assemble-to-order, engineer-to-order, make-to-stock).
29 Classificação Segundo o Arranjo Interno Arranjo Funcional TR-01 TR-02 TR-03 FR-01 FR-02 FR-03 TR-04 TR-05 TR-06 FR-04 FR-05 FR-06 TR-07 TR-08 FU-01 FU-02 FU-03 SR-01 SR-02 SR-03 FU-04 FU-05 FU-06 PT-01 PT-02 PT-03 PT-04 PT-05 PT-06 RT-01 RT-02 RT-03 RT-04 RT-05 RT-06
30 Classificação Segundo o Arranjo Interno Produção em série TR-01 FR-01 TR-03 RT-01 TR-04 SR-02 PT-02 TR-02 FU-01 FR-02 SR-01 FR-03 PT-01 PT-03 Células de Manufatura FR-01 FU-01 SR-01 TR-04 FU-02 SR-02 TR-05 SR-03 RT-03 TR-02 RT-01 FR-02 RT-02 FR-03 PT-04 TR-01 PT-01 TR-03 PT-02 TR-06 PT-03 Célula 1 Célula 2 Célula 3
31 Classificação Segundo o Processo de Produção PROJETO INTERMITENTE FLUXO EM LINHA JOB SHOP BATCH SHOP FLOW LINE CONTÍNUO BAIXO VOLUMES DE PRODUTOS ALTO
32 Classificação Segundo o Processo de Produção PROJETO TIPO DE PROCESSO MÁQUINAS FERRAMENTA / SOFTWARE JOB SHOP BATCH SHOP FLOW LINE CONTÍNUO PRODUTO ÚNICO / Adm. PERSONALIZADO Produção II AVIÕES/NAVIOS TRATORES (CATERPILLAR) ELETRÔNICOS (COMPUTADOR/ CELULAR) AUTOMÓVEIS CANETAS/ JORNAIS SIDERÚRGICA IND. QUÍMICA PRODUTOS POUCOS ALGUNS PRODUÇÃO MULTIPLOS/ PRODUTOS/ PRODUTOS/ EM BAIXO VOLUME Prof. MÉDIO Dr. Marcos VOLUME Georges ALTO VOLUME MASSA VOLUME DE PRODUTO
33 Custos em Função do Volume Custo Total PROJETO INTERMITENTE EM LINHA V 1 V 2 A medida que o volume de produção aumenta o custo unitário torna-se menor para a produção em linha. Por outro lado, a medida que o volume de produção diminui, o custo unitário por produto torna-se menor para a produção orientada a projeto. Isto é justificado devido aos grandes investimentos necessários em uma linha de produção. Volume de Produção
34 Classificação Segundo a Política de Atendimento ao Consumidor make-to to-stock pedido PROJETO PRODUÇÃO MONTAGEM CLIENTE estoque Exemplo: enlatados, refrigerantes, etc.. assemble-to to-orderorder pedido PROJETO PRODUÇÃO MONTAGEM CLIENTE estoque Exemplo: computadores DELL
35 Classificação Segundo a Política de Atendimento ao Consumidor make-to to-orderorder pedido PROJETO PRODUÇÃO MONTAGEM CLIENTE estoque Exemplo: Aviões Embraer, Tratores Caterpillar engineer-to to-orderorder pedido PROJETO PRODUÇÃO MONTAGEM CLIENTE Exemplo: Construção Civil, Satélites.
36 Agradecimentos Prof. Dr. Osvaldo Luis Agostinho Prof. Dr. Antonio Batocchio Dr. Gustavo Nucci Franco
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